sábado, 12 de fevereiro de 2022

Passo a passo


"Não se sabe ao certo o que Rui Costa terá dito ao balneário após a derrota com o Gil Vicente. A verdade é que os jogadores que entraram em campo, em Tondela, pareceram fazê-lo com vontade de responder afirmativamente.
A exibição não foi esplendorosa (nem poderia ser), e houve falhas defensivas que com outro adversário teriam custado caro. Mas mostrar vontade de reagir, de correr e de lutar, de disputar cada lance com garra e espírito competitivo, já é um bom principio para a mudança que todos exigimos à nossa equipa.
Uma vitória em Tondela não mascara, obviamente, o cinzentismo da temporada até aqui. Há ainda muito para mudar, e o presidente saberá melhor do que ninguém o que mudar - quer no imediato, quer no final da época.
Não percebo nada de futebol. Mas percebo alguma coisa de liderança. Só há resultados quando há coesão, e só há coesão quando existe compromisso de todos. É preciso entender o que cada membro pode dar à equipa, se está a dar tudo o que pode - e se tal não acontece, qual o motivo. Haverá jogadores no plantel que poderão render mais, e outros que talvez não caibam no clube. Há dinâmicas de grupo e de subgrupo que é preciso analisar, e sobre as quais pode ser preciso agir, quer para as fortalecer, quer, se for o caso, para as mitigar. Num fenómeno tão mediatizado como o futebol, a blindagem do balneário torna-se também absolutamente fundamental - algo que, nos últimos tempos, nem sempre foi uma realidade.
Veremos o que mostram os próximos jogos. Os do campeonato e, sobretudo, a eliminatória europeia com o Ajax - para a qual ainda mantenho elevadas expectativas."

Luís Fialho, in O Benfica

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