terça-feira, 22 de novembro de 2022

Nova competição, (alguns) novos jogadores, o mesmo desfecho: a vitória


"O Benfica entrou na Taça da Liga derrotando (3-2) o Estrela da Amadora. Privado dos jogadores que estão no Mundial, Schmidt foi obrigado a fazer alterações, mas os titulares que não foram ao Catar não foram poupados. Musa, Chiquinho e Draxler marcaram

É uma originalidade da sempre criativa bola portuguesa. Para preencher a paragem a que o Mundial 2022 forçou a I Liga, as autoridades do futebol nacional decidiram que parte da Taça da Liga 2022/23 deveria ser disputada enquanto o planeta centra atenções no Catar. É mais uma encarnação na vida desta competição que só começou em 2007 mas que já tem tantas versões, polémicas e formatos que daria para escrever um livro.
Com António Silva, Otamendi, Bah, Enzo Fernández, João Mário e Gonçalo Ramos no Mundial, o Benfica entrou em campo no grupo C, onde compete com Estrela da Amadora, Moreirense e Penafiel. A vitória, por 3-2, contra o Estrela acentua o registo fantástico desta campanha: 22 vitórias e quatro empates em 26 jogos.
Schmidt teve de lançar João Victor, Brooks, Gilberto, Chiquinho, Diogo Gonçalves e Musa para os lugares dos internacionais que se encontram no Médio Oriente, mas o resto dos titulares não foi poupado. Rafa Silva, com direito a braçadeira de capitão, voltou a ser o principal desequilibrador, fazendo a assistência para o 1-0 e ganhando o penálti que levaria ao 2-1.
O jogo começou querendo fazer uma linha de continuidade para com o passando recente do Benfica. Ainda nem cinco minutos tinham sido jogados e já Rafa, pisando aqueles terrenos interiores onde é agora letal, onde cada aceleração ou mudança de direção ferem o rival, roçou o golo.
Não chegou ali a inauguração do marcador, mas chegou ao minuto 13. E novamente com o supersónico atacante em destaque. Rafa, de calcanhar, tocou para Musa. O croata devolveu para o português, mas o passe saiu algo tosco, com a bola alta. Indiferente a isso, Rafa fê-la colar-se à relva. O capitão devolveu-a educada para Musa, que marcou de fora da área. O croata vai-se mostrando alternativa sólida a Gonçalo Ramos, tendo já seis golos na temporada.
O Estrela segue em 3.º na II Liga, vivendo, de longe, o melhor momento dos últimos anos. O clube da Amadora desceu aos invernos da bola nacional, vítima do pior que há no jogo, mas tenta reerguer-se e voltar a tornar hábito olhar os grandes nos olhos.
Aos 22’, um livre da direita foi desviado por Guzman ao primeiro poste e, ao segundo, João Silva rematou de forma acrobática para fazer o 1-1. Na resposta, Chiquinho cruzou para Musa, mas o cabeceamento do avançado foi defendido por Bruno Brígido, evitando depois a muralha defensiva do Estrela o golo de Diogo Gonçalves.
A igualdade só durou sete minutos. Aos 29’, Rafa entrou na área com os seus passinhos velozmente pequenos e Omurwa derrubou-o. Para transformar o penálti, Chiquinho fez de João Mário para voltar a dar vantagem ao clube da I Liga.
No final da primeira parte e no começo da segunda, David Neres roçou o 3-1, mas ou a pontaria não era a melhor, ou Almeida evitava o pior para o Estrela em cima da linha. Quando o Benfica recuperava em zonas altas criava perigo, e foi assim que Rafa também esteve perto do 3-1.
O Estrela manteve-se na discussão do resultado até final. Ronaldo Camará forçou Vlachodimos a uma defesa apertada enquanto, do outro lado, David Neres continuava a tentar marcar, sem êxito.
Em cima do apito final, ao minuto 90, um contra-ataque do Benfica levou ao 3-1. Draxler, assistido por Rodrigo Pinho, marcou no seu regresso de lesão. Quase no último lance do encontro, aos 95', uma perda de bola das águias permitiu que Gustavo Henrique fixasse o 3-2 final.
Em Leiria, o Benfica somou novo triunfo numa temporada que continua a ser praticamente perfeita. Segue-se a receção ao Penafiel, no dia 26."

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