terça-feira, 18 de outubro de 2022

𝘿𝙪𝙧𝙖 𝙡𝙚𝙭, 𝙨𝙚𝙙 𝙡𝙚𝙭.


"Os dias vão passando e continua sem haver uma explicação da parte de Fernando Gomes e Fernando Santos sobre o inaceitável processo de fuga ao fisco – que ambos protagonizaram em nome de uma instituição de utilidade pública.
Já passaram duas semanas e, da parte do Presidente da Federação Portuguesa de Futebol e do Selecionador Nacional, nem uma palavra sobre o tema. Imaginamos que deva ser desagradável, incómodo, desconfortável. Mas, ainda assim, é imperioso que ambos (Gomes e Santos) tenham a dignidade e o bom-senso de aceitar dar as explicações que se impõem. Se não o fizerem, então estaremos esclarecidos relativamente ao (des)respeito que têm pelos portugueses. Começa, aliás, a ser difícil aceitar que – mesmo com explicações – ainda tenham condições para continuar a exercer os cargos que atualmente ocupam. Ter no currículo um título de campeão da Europa não permite tudo. Nem que fosse de campeão do Mundo! No ‘campeonato da transparência’, para já, estão na divisão mais baixa.
A comunicação social, ao ajudar a Federação a varrer esta pouca-vergonha para debaixo do tapete, também está a ser cúmplice. Falamos da mesma comunicação social que por causa de uns e-mails truncados abriram telejornais e imprimiram centenas de primeiras páginas de jornais a acusarem o Benfica de tudo e mais um par de botas.
Num País com a Justiça a funcionar, Fernando Santos apanharia 8 anos por fraude fiscal qualificada e Fernando Gomes 5 anos de pena suspensa e perda imediata de mandato. Mas como estamos em Portugal, a 𝘋𝘶𝘳𝘢 𝘭𝘦𝘹, 𝘴𝘦𝘥 𝘭𝘦𝘹 - a lei é dura, mas é a lei - aplica-se apenas aos pobres. Para os ricos é 𝘋𝘶𝘳𝘢 𝘭𝘦𝘹, 𝘴𝘦𝘥 𝘭𝘢𝘵𝘦𝘹 - a lei é dura, mas estica."

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