sexta-feira, 2 de setembro de 2022

No topo do mundo


"Só o futuro dirá se esta é ou não uma geração de ouro. A verdade é que, depois da estrondosa vitória na Youth League, o Benfica arrecadou também a primeira edição da Taça Intercontinental, ganhando ao Peñarol num Estádio Centenário repleto e vibrante.
A equipa encarnada não foi exactamente a mesma que havia triunfado em Nyon. Faltavam, por exemplo, António Silva e Henrique Araújo - ambos no plantel principal -, bem como o capitão Tomás Araújo, entretanto emprestado ao Gil Vicente. Ainda assim, o onze de Luís Castro superiorizou-se a um adversário forte e maduro, em sua própria casa, calando as dezenas de milhares de uruguaios que enchiam as bancadas.
Esta foi uma vitória muito importante para o palmarés do nosso clube, e também para a afirmação mundial da academia do Seixal. O Benfica tem, de facto, uma das melhores escolas de formação do mundo. Olhe-se para a selecção nacional, olhe-se para nomes como João Cancelo, Rúben Dias, Bernardo Silva, João Félix, Gonçalo Guedes, Renato Sanches e tantos outros, que brilham nos mais ricos plantéis do futebol europeu. Os troféus conquistados são apenas o selo que confirma a excelência do trabalho realizado ao longo de anos, e que, recordemos, desde 2014 já valera outras três finais da Youth League.
A vitória de Montevideu não foi a única do dia. Também as nossas mulheres deram um importante passo com vista a mais uma presença na fase de grupos da Champions League feminina, ganhando fora de casa às campeãs dos Países Baixos. Foi uma tarde-noite de sofrimento em frente da televisão, que culminou com duas saborosas vitórias.
Isto promete."

Luís Fialho, in O Benfica

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