quinta-feira, 18 de agosto de 2022

FK Dynamo Kyiv 0-2 SL Benfica: Valeu pela eficácia


"A Crónica: Águias Em Vantagem Na Eliminatória

Não houve goleada, mas houve domínio. Depois de ter ultrapassado o Midtjylland na terceira pré-eliminatória de acesso à Champions – de forma algo fácil, digamos – o Benfica sabia que teria de ultrapassar os ucranianos do Dynamo Kyiv para embolsar 36 milhões de euros e entrar na elite europeia da Liga dos Campeões.
Num jogo em que Roger Schmidt voltou a não realizar qualquer alteração no 11 inicial, nem sequer deixou de fora o ponta de lança português Gonçalo Ramos, que esteve a contas com um problema físico no dia anterior ao jogo, o Benfica entrou em força no jogo com o jogador do momento a rematar logo só três minutos, após bom passe de Rafa.
A mostrar boa forma física, apesar de não ter havido rotação nos onzes iniciais de todos os jogos oficiais da época, o Benfica chegou à vantagem aos nove minutos, quando Gilberto, depois de uma boa jogada de envolvimento em que a bola veio da esquerda do ataque encarnado, Joao Mário deixa para o brasileiro disparar forte para o fundo das redes de Bushchan, que ainda toca na mesma antes de vê-la aninhar-se no fundo da sua baliza.
Há muito que Bah tem sido falado pelos adeptos benfiquistas como estando próximo de fazer parte da equipa titular, mas se Gilberto continuar com este nível alto, será difícil para Schmidt realizar essa mudança. Mas confesso que o defesa direito proveniente do Fluminense cometeu alguns erros hoje, talvez pela insistência em adornar os lances e tentar fazer o mais difícil.
E por falar em mais difícil, isso é algo que não assiste a Enzo Fernández. O médio joga fácil, tão fácil, que fica difícil para os adversários. Uma das melhores contratações dos encarnados dos últimos anos fez mais uma exibição segura, eficaz e mandona. Ainda agora chegou, mas já é patrão daquele meio campo, fazendo mais uma vez dupla com um Florentino também ele muito maduro nesta sua segunda vida na Luz.
O que é certo, é que em termos de jogo jogado, o equilíbrio imperou a partir dos 15 minutos, e prova disso foi o remate perigoso de Tsygankov quando faltavam dez minutos para o intervalo, para controlo de Vlachodimos. Mas enquanto do lado ucraniano, a eficácia não era muita, a equipa portuguesa mostrou como se faz, apenas três minutos depois, com o inevitável Gonçalo Ramos a rematar com efeito, depois de uma recuperação de Neres a aproveitar um mau lançamento da equipa contrária.
Na segunda parte o Benfica controlou as operações, tendo visto ainda novo remate perigoso do número 15 ucraniano, valendo uma defesa para a fotografia do guardião grego encarnado. Na frente do ataque encarnado, descansavam Neres, que vindo de lesão esteve uns furos abaixo do que nos habituou, e Ramos, esgotado e com sentimento de dever cumprido.
O Benfica garantiu assim uma vantagem importante no play-off, o que deixa o caminho para a fase de grupos, mais facilitado. Este Dynamo Kyiv mostrou ter claramente mais futebol que os dinamarqueses do Midjytlland, mas o Benfica jogando o que sabe, carimbará na próxima terça-feira a entrada na fase de grupos da liga dos milhões.

A Figura
João Mário Não se é por sentir a ameaça “Ricardo Horta”, que pode vir a tirar-lhe o lugar, ou se é mesmo por ser um jogo europeu e isso, como já sabemos, aumenta a motivação dos jogadores, mas o médio internacional português fez hoje um jogo muito bom, seguríssimo, e digno do melhor que já mostrou na sua carreira. Sempre muito expedito no ataque, com tabelinhas, passes atrasados e até alguns sprints, foi uma peça relevante na manobra ofensiva do Benfica. É dele a assistência para o primeiro golo e é dele a pressão sobre o jogador que atrasa mal a bola e dá origem ao segundo das águias. A continuar assim, será mais uma dor de cabeça (boa) para o treinador alemão.

O Fora de Jogo
Yaremchuk/Feliz Zwayer Partilho o meu FORA DE JOGO com duas figuras que poderiam ter feito muito melhor para bem do espetáculo e das suas equipas. O ucraniano podia obviamente estar mais sensível ao facto de ir defrontar uma equipa do seu país, que se encontra numa situação como todos sabemos, muito difícil.
Mas este Yaremchuk é claramente um peixe fora de água neste sistema e forma de jogar da equipa de Roger Schmidt. A sair um avançado do Benfica, que seja o jogador proveniente do Gent, que apesar de esforçado, não tem muito mais para dar.
Uma nota apenas para o árbitro alemão, que felizmente não teve influencia no resultado, mas aqui e ali mostrou pouca destreza para lances visivelmente fáceis de ajuizar, mas que ele preferiu ir pela via mais longa.

Análise Tática – FK Dynamo Kyiv
Claro 4-4-2, mas com o elemento mais perigoso na manobra atacante da equipa, a vir do flanco direito. Tsygankov é o jogador mais perigoso desta equipa que não teve dos seus dois jogadores mais avançados, grande ajuda.

11 Inicial e Pontuações
Bushchan (5)
Kedziora (5)
Zabarnyi (7)
Popov (7)
Dubinchak (6)
Tsygankov (7)
Andriyevskiy (6)
Shaparenko (7)
Shepeliev (6)
Besedin (6)
Buyalskyi (6)
Subs Utilizados
Vivcharenko (7)
Karavaev (6)
Syrota (6)
Tsarenko (5)
Vanat (5)

Análise Tática – SL Benfica
A atuar em 4-2-3-1, que se desdobra várias vezes quando Rafa avança no terreno e Enzo aparece na zona central, o Benfica foi igual a si próprio. Colocando sempre grande pressão sobre o portador da bola adversário na zona defensiva. Hoje não houve pressão muito alta e forte, mas foi o suficiente para colocar em sentido os homens de Lucescu.

11 Inicial e Pontuações
Vlachodimos (8)
Gilberto (8)
Otamendi (7)
Morato (7)
Grimaldo (7)
David Neres (7)
Enzo (8)
Florentino (7)
João Mário (9)
Rafa (7)
Gonçalo Ramos (7)
Subs Utilizados
Chiquinho (6)
Bah (6)
Henrique Araújo (5)
Yaremchuk (5)"

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