terça-feira, 24 de maio de 2022

Cadomblé do Vata


"Síndrome da azeitona - narrativa a que o bêbado recorre quando se passa uma noite agarrado à sanita depois de beber um garrafão de tinto rosqueiro… “isto foi a azeitona que comi que me caiu mal”.
Exemplo aplicado ao futebol - depois de uma temporada pejada de erros de arbitragem, nenhum árbitro português foi nomeado para o Mundial do Qatar… “isto de certeza que a FIFA não gostou de ver os adeptos portugueses a criticarem tanto”, dizem os responsáveis do futebol lusitano.
Não se pode negar à partida que uma azeitona em cima de um garrafão de tinto rosqueiro não faz bem nenhum à saúde. Mas indesmentivelmente, a razão da má disposição não é essa. Da mesma forma, o escarcéu semanal por causa do trabalho dos Associados da APAF não ajuda ninguém, mas vamos dizer que a principal razão dos senhores do apito irem ver os jogos do Campeonato do Mundo não é a falta de qualidade deles, que salta aos olhos a um cego e respectivo cão guia?
A arbitragem portuguesa tem um problema sério e não é corrupção. É total falta de qualidade. Há só 1 árbitro com nível internacional de Elite Artur Soares Dias, que devido à arrogância de se achar acima do VAR e ao facto de nunca ter recuperado dos condicionalismos provocados pela invasão do Centro de Estágio de Árbitros, tornou-se num juiz ao nível do Gustavo Correia. É esta a altura em que o leitor pergunta “mas quem é o Gustavo Correia”?. E eu respondo “é um dos árbitros internacionais portugueses”. Tal como Vitor Ferreira e Miguel Nogueira. “Quem?”… Exacto. Um deles foi substituir um tal de Iancu Vasilica que deixou de ser internacional, porque desceu de categoria, para que se entenda o nível médio do “Portuguese international referee” como se diz lá fora.
Assim sendo, Soares Dias seria o único seleccionavel para ocupar uma das 10 vagas atribuídas a homens da UEFA, porque há 1 vaga para mulheres. Pelo que se vai vendo intra e extra muros, dificilmente não se encontra uma dezena de assobiadores mais competentes do que ele, o que me leva a concluir que o drama generalizado após saltarem para a vitrina as caras dos eleitos, não pode deixar de se considerar estapafúrdia. Portanto mais do que sacar de uma embalagem de azeitonas para justificar o que é limpinho, limpinho, sem necessitar recurso ao VAR, urge encontrar soluções para acabar com a vasta incompetência que grassa por quem apita nos relvados nacionais. E aí sim, dirigentes e adeptos podem fazer um mea culpa por tornarem o trabalho dos antigos homens de preto num inferno.
A falta de qualidade é como o sumo de uma laranja, mesmo que não se veja à partida, está lá toda. Verte-se é por todos os gomos com pelos condicionalismos colocado por semanas inteiras de criticas mais ou menos justificadas. Em Portugal ninguém sabe quem marcou o golo da jornada, mas todos têm na ponta da língua os lances polémicos dos jogos dos grandes. Há 25 anos atrás, se me perguntassem quem eram o Vital, o Wilson e o Sergio Cruz eu dizia logo que eram os esteios defensivos do Gil Vicente. Acácio, Dinis Sandokan e Eliseu? Beira Mar porra. Rufai, Paixão e Jorge Soares? Farense déb. Luis Felipe, Kau e Chimas? Não sabia, fui ver. Mas sei que tiveram um golo validado por 2cm na mesma jornada do SL Benfica - FC Porto.
Facilitava muito se olhassemos mais para o futebol jogado e menos para o apitado. Um bocadinho de rédea solta aos homens poderia ter bons proveitos. Se duvidam, façam uma experiência da próxima vez que forem com o carro à inspeção: quando o inspetor se dirigir pela primeira vez a vocês, digam-lhe bem alto na cara “foda-se, logo me calhou este em sorte. Puta de vida a minha. Vou ter de lhe pagar para ter o carro aprovado?”. Filmem e partilhem aqui se faz favor, para vermos o resultado."

1 comentário:

  1. Com que então o Soares Dias é que é bom? muito me contas...um suposto benfiquista achar que um tipo que rouba à descarada o Benfica em todos os jogos é o melhor cá do sitio, é surreal.
    Talvez por isso todos se sentem à vontade para fazer do Benfica a risota nacional. A impunidade é garantida!
    Isto cheira um pouco a síndrome de Oslo.

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