terça-feira, 19 de abril de 2022

Vantagem à direita


"Apresentaram-se no derby duas equipas com abordagens distintas, mas que curiosamente encontraram as maiores vantagens no mesmo corredor, ainda que de formas diferentes.
Defensivamente, o Benfica foi uma equipa de duas faces. Até ao 1-0 e nos primeiros 10′ da segunda parte existiram posicionamentos mais altos e nos restantes períodos uma equipa encarnada a apresentar regularmente uma linha defensiva de seis elementos. Enquanto Everton não afundou e se posicionou perto de Grimaldo, o espaço para atacar esteve sempre nesse corredor. Apesar da linha defensiva com Diogo Gonçalves como quinto elemento, esta basculava bastante e sem a ajuda do extremo brasileiro era possível criar 2×1 contra o lateral espanhol. Mesmo sem essa superioridade, a possibilidade de aproveitar um 1×1 de Porro sobre Grimaldo ou quando Verthoghen chegasse perto explorar um 2×2 na área onde os avançados conseguiriam ganhar vantagem aos defesas.
Já do lado encarnado, o posicionamento em dupla largura no corredor lateral direito, com Gilberto baixo e Diogo Gonçalves alto, criou incerteza no Sporting e obrigou a sucessivas decisões e ajustes. Com extremo a pressionar dentro, se Nuno Santos não estivesse alto com Gilberto, o espaço para sair era sempre aí. Já se o lateral sportinguista optasse por saltar, obrigava a ajuste de Inácio para igualar Diogo Gonçalves, com a possibilidade de ambos chegarem tarde. Assim abria-se a hipótese de explorar diretamente a bola no extremo encarnado ou utilizar apoios frontais com combinações diretas ou indiretas para explorar os sucessivos 1×1 que se criavam."

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