sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

Este Clube não é para fracos


"Ao fazer o trajeto de regresso de Leiria, já noite dentro, após um óptimo jantar num mar de Benfica (a melhor parte da viagem), muitas ideias e sentimentos me cruzaram a mente. Desde a paupérrima exibição da equipa ao conforto de adepto da missão cumprida pela passagem à final da competição, não é fácil saber o que pensar ou sentir enquanto Benfiquista.
O que comprovei nas bancadas foram os adeptos do Benfica a tentar apoiar a equipa e à espera de motivos para aplaudir ou entusiasmar-se com a exibição. Esperançosos que desta é que a equipa ia jogar "à Benfica".
Mas, quase nada houve em retorno que o justificasse. O que se viu foram jogadores lentos, receosos, amorfos, desligados um dos outros e com uma evidente falta de querer vencer o jogo mais do que o adversário.
Olho para a equipa e vejo instalada uma enorme falta de confiança, com medo de decidir, a jogar para o lado, sem progressão, com jogadores a esconderem-se do jogo. Uma equipa pouco ambiciosa e que na maior parte do tempo parece que se limita a desempenhar a sua profissão de forma aburguesada.
Salvo raras exceções, parece que os jogadores não se apercebem (nem alguém lhes explica) o privilégio de terem a honra de envergar o manto sagrado. Soubessem eles da importância de constar na história do Benfica e certamente teriam as camisolas mais pesadas (pelo suor e pela sujidade da relva, pelo menos).
E, sinceramente, dei por mim a pensar que esta imagem da equipa poderá ser um espelho e refletir a mentalidade que parece instalada em geral no Benfica: decisões onde o foco parece ser o de jogar pelo seguro, sem iniciativa, sem rompimentos (mormente com o passado e os conformados), sem inspirações, a fugir da decisão difícil, parecendo que reina o receio de confrontar adversários.
Quem representa o Benfica, dentro e fora de campo, não pode decidir assim. No Benfica não pode instalar-se a mentalidade do medo, do jogar pelo seguro ou fugir à responsabilidade que daí resulta. Quando isso sucede, rapidamente começará a surgir a ideia confortável de que ganhar ou não ganhar é secundário perante a segurança de não arriscar.
E isto é inaceitável. Quem tem medo de decidir ou só joga pelo seguro, não pode estar no Benfica. Esta ideia serve para jogadores, treinadores ou dirigentes nas suas atividades e responsabilidades.
No Benfica não pode reinar o medo dos desafios. O Benfica não foi construído por gente fraca ou receosa. No Benfica, vencer ou não vencer não pode ser a mesma coisa. No Benfica, não fazer tudo para vencer não é aceitável. No Benfica, não ter capacidade para criar coisas novas e de qualidade significa que é tempo de procurar novas paragens. No Benfica, há que assumir responsabilidades e dar o melhor de si, superar-se perante desafios.
Depois de tudo o que sucedeu recentemente, era (e é) evidente que o Benfica precisa de uma reforma. Sem dramas, sem sangue e sem crises. De forma natural. Claro que como qualquer reforma, precisa de decisões corajosas, disruptivas e com profundas alterações com o que existe, os denominados poderes instalados.
Rui Costa foi o presidente eleito com mais votos na história do Benfica. Isso conferiu-lhe um salvo conduto para reformar, mudar e fazer um caminho novo de volta aos pergaminhos do Clube conforme bem decidisse. Contudo, entendeu que essa reforma deveria ser feita progressivamente (diria lentamente), com poucas alterações e mantendo grande parte do que herdou da anterior direção.
O que se assiste, meses depois, é a constatação que muito há ainda para fazer e mudar. Olhamos para as modalidades, para o marketing, para a comunicação ou para o futebol e (tirando a saída "imposta" de Jesus) pouco ou nada mudou em termos estruturais. Não mudaram as pessoas, não mudaram as ideias e a forma de decidir, nem mudaram os resultados.
Realço que reformar não é mudar tudo. Não é estragar o que está bem feito. E há muita coisa bem feita no Benfica. Muita mesmo. E há também bastante gente boa e com valor, gente "à Benfica". Tudo isso deve ser mantido e reforçado, se possível. Com tranquilidade e com um diagnóstico objetivo. Com foco na comprovada competência, nos resultados e objetivos atingidos.
Não obstante, penso que no geral, o Benfica continua a ser em parte, uma cópia suave do Benfica anterior, e, por isso, urge mudar e criar um Benfica com uma nova identidade e de cores mais garridas.
Importa recuperar aquele Benfica temerário conhecido por ter uma garra e determinação que vejo em grande parte dos adeptos benfiquistas, mas que não vejo instalada no Clube (salvo honrosas exceções).
Para isso, há que romper de forma considerável com o passado e o presente. Sem medo, sem hesitações ou fraquezas, guiados pela determinação de se estar a fazer o melhor para o Benfica. E o Benfica precisa de mudar, precisa de sangue novo, capaz, competente e com novas ideias e horizontes. Dentro e fora de campo.
Doa a quem doer, o interesse maior tem de ser o do Benfica. Sempre. Isso poderá implicar decisões difíceis, que se complicam ainda mais com a existência de laços profissionais e afetivos que naturalmente se criam com quem serviu e/ou serve o SLB. Mas importa que esses laços não se tornem numa fonte de fraqueza e impeçam o Benfica de prosperar. E esse objectivo está acima de tudo e de todos. Lealdade às pessoas, mas ainda mais ao interesse do Benfica.
Perante isto, deixo votos de firme determinação e confiança a Rui Costa, acreditando na sua vontade em mudar o Benfica para melhor.
Bem sabendo que as mudanças levam o seu tempo, e acreditando que parte do foco deve começar pela formação, há que começar já a preparar o presente e futuro.
Assim sendo, em jeito de desafio e desejo, deixo a ideia de que sábado é um belo dia para marcar esta mudança de ciclo, vencendo a taça da liga "à Benfica". Que estejamos todos lá com vontade e união, com a tal mística!
Em suma, resumo dizendo que depois de os irmãos Cohen terem mostrado ao mundo que "este país não é para velhos", é altura de lembrar que este Clube não é para fracos."

9 comentários:

  1. De boas intenções está o inferno cheio!
    Rua com a corja vieirista.

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  2. Vou ficar sentado á espera.
    Mas há ainda alguém que acredita no pai Natal?
    O que está bem feito no Benfica em termos desportivos?,sim porque é isso que todos queremos e não cimento e mais cimento.
    Futebol é uma tristeza
    Futsal, sempre a correr atrás dos lagartos.
    Basquete, miséria.
    Hóquei,sempre gamados.
    Andebol,mais vale nem falar.
    Salva-se o voleibol,por enquanto.
    Portanto acho que o teu testemunho está completamente desfasado da realidade.

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  3. Depois de Salazar veio Marcelo Caetano com a sua "primavera marcelista".
    Depois de LFV, o testa de ferro, o gangster que arruinou o Benfiquismo e usou o Clube da forma mais traicoeira e miseravel, veio Rui Costa,o colaboracionista, o fraco, mole, impreparado e iludido. O homem que abracou o porco velho.
    O SLB precisa e de um 25 de Abril do Benfiquismo. Isto ja nao vai la com paninhos quentes!!

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  4. SR. Gustavo Silva, li atentamente o seu artigo, e cheguei, espero não estar enganado, à mesma conclusão de um ditado da minha zona que diz " BALHAS BEM... BALHAS BEM, MAS VÁS PRÁ RUA.

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  5. Como..? Artigo num pseudo jornal antiBenfiquista.. Um Benfiquista não dá nada pro recoreco, porra!!!
    SLB fotever
    jota

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  6. Força benfica vamos lá mostrar sabe qual espero tu ganhe não deixe es campeão salvio

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  7. Nelson Veríssimo fica fica não vá adoro te gosto muito de tirar ele é ladrão roubar Rúben Amorim vai preso não manda nada preso irmão ele irrita me

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  8. Força benfica vamos lá mostrar sabe qual

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  9. Final será meu Rúben Amorim vai preso manda ir embora frederico varandas ele ladrão não pode fazer isso tens parar com isso já não deixe força benfica mulher Rúben Amorim ele vai foder sexo anal no cu lamber

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