3 metas para pensar a curto prazo | SL Benfica


"Serão estas metas cumpridas pelas águias?

Para a equipa do SL Benfica, esta temporada está a ser mais uma desilusão. A maioria dos adeptos encarnados já vêm a época 21/22 como mais um fracasso anunciado.
Depois das derrotas contra os rivais que ditaram a eliminação da Taça de Portugal, o afastamento da liderança do campeonato e o falhanço de mais uma Taça da Liga, assim como a caricata saída de Jorge Jesus do comando técnico da equipa e consequente sucessão interina (ou talvez não) de Nelson Veríssimo, ficou no ar qual seria o projeto e os objetivos para o SL Benfica nesta e na próxima época.
Neste artigo, irei aqui definir três metas que o SL Benfica deve cumprir de modo a pensar no presente e no futuro do clube.

1. Definir um perfil de treinador
Rui Costa disse que Nelson Veríssimo poderia muito bem ser aposta para mais de seis meses. No entanto, essas declarações só demonstram o desnorte da estrutura do SL Benfica, que gere a questão do treinador em função dos resultados, sem ter um plano, nem a curto nem a longo prazo.
O SL Benfica precisa de definir um perfil para um treinador do clube e trabalhar em função desse perfil.

2. Preparar uma equipa para a próxima época
De modo a começar a planear o plantel para a próxima época, seria necessário começar a arrumar a casa e formar uma estrutura-base.
Para isso, é necessário abrir espaço para os jovens da formação começarem a ter oportunidades reais na equipa (Tomás Araújo, Paulo Bernardo, Henrique Araújo) e descartar jogadores que pouco ou nada têm para acrescentar à equipa (André Almeida, Gil Dias, Taarabt).

3. Orgulho e honra europeia
O apuramento para os oitavos-de-final da Champions tem sido o principal aspecto positivo desta temporada e a competição europeia deve ser a principal aposta do SL Benfica no que resta da época.
O Ajax é um clube que tem aquilo que o SL Benfica pode e deve ter: um projeto desportivo sólido e sustentado e uma política de recrutamento coerente.
Como tal, os holandeses serão certamente um osso bem duro de roer, mas o mínimo que se pode exigir ao SL Benfica, é que dignifiquem a camisola e deem o seu melhor."

O verdadeiro dilema: 4-3-3 ou 4-4-2?


"Nos dias que correm há imensos dilemas que pairam sobre a equipa encarnada. Entre eles está a velha conhecida questão – “qual o melhor sistema tático para o SL Benfica?”. Ao longo dos anos, passaram pela Luz bastantes treinadores, sendo que cada um escolhia aquela opção que lhe parecia ser a melhor para o 11 selecionado.
Com Jorge Jesus, por exemplo, vimos que o esquema ia alternando algumas vezes, sendo por exemplo o 5-2-1-2 muitas vezes utilizado. Este esquema oferecia bastantes opções de passe nos corredores e trazia para a equipa um bloco sólido defensivamente, que permitia transições rápidas, através dos laterais. No entanto, o ataque, que ainda hoje é um dos pontos fracos das águias, ficava mais comprometido.
Bruno Lage optava muito pelo 4-4-2, com o objetivo de reagir rapidamente à perda de bola, pressionando os adversários assim que esse cenário se verificava. No que toca à parte ofensiva, apresentava uma forte organização, tendo muitas vezes o maior número de jogadores possível em frente à linha da bola.
Para além disso, os laterais, à época André Almeida e Grimaldo, conseguiam dar largura e contribuíam muito para os cruzamentos. Este esquema permitia ter três ou quatro jogadores na zona final do terreno de jogo, como Rafa, Pizzi e Seferovic.
Apesar de todos estes aspetos positivos, este esquema tático não era o melhor para defrontar equipas que têm como principal característica jogar com alta pressão, criando-se assim algumas inseguranças, no que diz respeito à transição defensiva, devido também há existência de apenas dois médios.
Como se pode ver, todos os esquemas oferecem inúmeras vantagens, mas também são confrontados com alguns obstáculos, que por vezes podem ser difíceis de ultrapassar. A meu ver, esta discussão que tem ocorrido no universo benfiquista, nem deveria ser a maior problemática.
Com tantos jogadores de qualidade, não me parece que a tática seja a principal razão para os maus resultados e para as más prestações, mas sim a falta de garra. No entanto, este artigo serve para dar a minha opinião quanto àquela que considero ser a melhor opção tática para o SL Benfica.
A meu ver, a melhor opção para esta equipa orientada por Nélson Veríssimo é o 4-3-3. Apesar de que com este esquema não se verifica um grande número de atacantes presentes na área adversária, podemos ver uma distribuição mais uniforme ao longo de cada terço do campo, uma melhor ocupação na parte ofensiva e o facto de haver um maior número de adversários no próprio campo defensivo.
Adotando o 4-3-3, Nélson Veríssimo pode apostar nas seguintes opções: Vlachodimos (que tem feito boas exibições); Morato (que pode ocupar o lugar de Vertonghen, uma vez que, acho que o belga precisa de algum descanso) e Otamendi (o patrão da defesa encarnada).
Nas laterais, à esquerda Grimaldo (titular indiscutível) e à direita, Lazaro (agora parece-me ser a melhor opção para esta posição); passando para o meio campo, João Mário (bom a definir), Weigl (bom a recuperar as perdas de bola e a permitir que a equipa saia a jogar) e Paulo Bernardo (que tanto pode jogar a oito como a dez e que ajuda a pressionar a saída de bola dos adversários).
Na parte atacante da equipa apostaria em Rafa à direita e Darwin à esquerda (o português, porque dá liberdade de movimentos, tem uma velocidade fora de série e um faro para bons cruzamentos, e o uruguaio, porque, para além de ser o melhor marcador, pressiona desde cedo, na parte defensiva, e, sendo um extremo móvel, desgasta os adversários, oferecendo também um ataque em profundidade).
Para terminar, como principal matador escolheria Yaremchuk, rápido, forte fisicamente e com boa capacidade de remate. Estas são apenas algumas das opções que poderia escolher, no entanto, também tem à disposição jogadores como Gilberto, Diogo Gonçalves, Radonjić, Gil Dias, Gonçalo Ramos e Vertonghen, que têm dado boas indicações, ou até mesmo, Pizzi, André Almeida, Taarabt ou Ferro, velhos conhecidos dos adeptos.
Apesar de tudo isto, continuo a referir que o principal problema não é escolher entre o 4-4-2 ou o 4-3-3, mas sim a falta de raça, crer e ambição, que outrora se viam dentro e fora de campo. Para este problema, não há tática que o resolva."

A morte da sereia de Shakespeare Beach


"Renata percebeu que não seria capaz de vencer a maldição da Mancha. O sal dos olhos misturou-se com o sal do mar...

Nasceu em Santos, à beira do mar, gostava de se estender ao sol na Praia de Itaréré, depois mergulhava e desafiava as ondas, nadando com braçada fácil. Saiu do mar, sacudindo os cabelos negros, sereia de pernas fortes, cantarolando Dorival Caymi:
«O mar quando quebra na praia
É bonito, é bonito
O mar... pescador quando sai
Nunca sabe se volta, nem sabe se fica
Quanta gente perdeu seus maridos seus filhos
Nas ondas do mar...».
Depois regressava a casa sem saber que um dia também haveria de desaparecer no mar, ou quase.
Quando criança viveu uns anos no Rio de Janeiro. Tinha oito anos quando o pai a inscreveu no Fluminense, numa secção com nome sugestivo, Aprenda a Nadar, e Renata Câmara Agondi aprendeu também a fugir aos fins de tarde para contemplar as águas que vinham bater nas areias de Copacabana, espiando o barquinho ao longe como João Gilberto pelas palavras de Roberto Menescal:
«Dia de luz festa de sol
E um barquinho a deslizar
No macio azul do mar
Tudo é verão e o amor se faz
Num barquinho pelo mar
Que desliza sem parar».
Renata era menina feliz de água, música e sol. E tinha um espírito competitivo mais incontrolável do que as vagas que batiam lá ao fundo na Pedra do Arpoador. Colecionava medalhas. As dela, quero dizer, as que ia conquistando em todos os torneios em que participava, o seu peito ancho engolindo litros de oxigénio, sempre uma braçada de ritmo forte que terminava num sorriso traquina de vencedor convencido de si próprio.
Depois voltou a Santos e desistiu das piscinas. Eram estreitas de mais para uma sereia, mesmo que fosse uma sereia de pernas e sem escamas. Queria o mar. O mar que lhe enchia os olhos de azul, o mar de Caymi que matou Pedro, mas ela ria-se da morte do mar, porque o mar era a sua vida:
«Pedro saiu no seu barco
Seis horas da tarde
Passou toda a noite
Não veio na hora do sol raiá
Deram com o corpo de Pedro
Jogado na praia
Roído de peixe
Sem barco sem nada».
Renata gostava tanto do mar que o mar de Santos já não lhe chegava. Por isso foi à procura de outros mares. Na Europa, em Itália, quis cumprir a travessia de 36 quilómetros entre Capri e Nápoles. Quis e cumpriu. Levou nove horas, vinte e sete minutos e quatro segundos, assim mesmo por extenso que, nela, era tudo por extenso. Em seguida recebeu, certo dia, vindo de não sei de onde, mas certamente de um lugar maldito, o chamado da Mancha. Renata fazia o que queria naquele jeito de alegria escandalosa de Ivan Lins. Seria a Mancha o seu novo desafio. Partiu para Inglaterra, para Dover, na companhia da sua amiga inseparável, Judith Russo. A decisão estava tomada, não havia nada que a demovesse, nem o contemplar das águas vivas, geladas, maltratadas a vento agreste. Renata queria a Mancha e a Mancha abria-se agora na sua frente como em tempos o mar de Itaréré da sua infância.
Os nadadores que se atiram à água, na Shakespeare Beach, para alcançarem Calais, do lado francês da Mancha, são acompanhados por um barco que leva lá dentro o piloto, o treinador, o copiloto e um fiscal de travessia que denuncia as batotas. Judith era a treinadora. Colin Cook e Graham Featherbee, piloto e copiloto, respetivamente. Renata conhecera-os na véspera quando ficou a saber que o barco que lhe estava destinado se chamava Hilda May e tinha o calado tão alto que dificultava a comunicação com a nadadora e a entrega de alimentos. Mark Edward, um jovem norte-americano, funcionaria como fiscal. Estão apresentadas as personagens da tragédia que se segue.
Renata mergulhou às 8h22 do dia 23 de agosto de 1988. Uma ligeira névoa pairava sobre o canal, o continente estava praticamente isolado. Oitenta braçadas por minuto. Um ritmo alucinante. Num instante, metade da travessia ficava para trás. Depois Renata perdeu-se. Nadou cinco quilómetros sem ter a noção de onde se encontrava. O capitão Cook não tinha experiência, tanto levava o barco na frente de Renata como se deixava ficar para trás. A confusão instalou-se. Com 10h45 minutos de prova, andavam todos à deriva e o fiscal deu ordem para lançar a boia o que significava desistência. Mas Renata não era de desistir. Recusou a boia, continuou a lutar contra as ondas de forma frenética, numa teimosia inconsolável. Lágrimas de raiva corriam-lhe pela cara misturando o sal dos olhos com o sal do mar. Ninguém seria capaz de a fazer parar. A sete quilómetros da margem viu um helicóptero de salvamento pairar sobre si. Mark Edward tinha acionado os meios de urgência. Então, Renata percebeu, finalmente, que não seria capaz de vencer a maldição da Mancha. Deixou-se levar. Um sentimento de desolação tomou conta dela por dentro, um aperto no coração fê-la querer esticar a vista para lá das ondas e só conseguia ver mais ondas sobrepondo-se a outras ondas. No final do dia, no Hospital de Calais, o aperto no coração tornou-se uma punhada e morreu de paragem cardíaca provocada pela exaustão e pela hipotermia. Um sorriso triste ficou-lhe preso na boca. Renata jogada na praia, roída de peixe, sem barco sem nada..."

O desafio da modernidade, presente e futura, para o Desporto em Portugal. Uma rábula


"Deve ser suscitada, com carácter de urgência, a discussão sobre o futuro modelo do desporto e sistema desportivo em Portugal, face à realidade atual, as tendências evolutivas internacionais.

Chegou incauto, Calisto Elói de Silos e Benevides de Barbuda, morgado da Agra de Freimas, da província para a capital aquando das eleições do XXII Governo constitucional de Portugal em 2019!
Homem moldado na raiz cultural dos bons costumes, ensaiava o debate com Abade de Estevães, figura parda, mas útil pela assertividade mordaz da sua eloquência. Apesar de não ser especialista, o assunto era do seu conhecimento pois tivera uma educação ao estilo Inglês. O debate prometia! Era com o Dr. Libório, homem do “sistema” que se perpetuava no poder, da área sectorial da Juventude e Desporto, também ele agricultor.
– Mas será, Sr. Abade, que vamos continuar a assistir impávidos e serenos às insuficiências, graves e profundas, crónicas e anacrónicas, do Modelo de Desporto Português, MDP, que se traduzem numa fonte de profunda preocupação e origem de fracassos que prejudicam a Juventude e toda a população?
– E não se esqueça do efeito perverso da COVID e seus derivados Dr. Calisto! Eu não diria melhor! Mas, tem o diagnóstico feito? — Remata de forma contundente o Abade!
– Por acaso até tenho. Penso que não deslustra, para um simples agricultor da província, este diagnóstico preliminar Sr. Abade. Senão vejamos:
1. A insuficiência de prática desportiva, considerada de forma lata como atividade física não estruturada, exercício físico e prática desportiva, de todas as faixas populacionais;
2. A insuficiência de resultados olímpicos, paralímpicos e absolutos, que resultem de uma aposta inequívoca das condições de crescimento e desenvolvimento, como consequência da falta de uma estratégia nacional programada a multi-ciclos, sem estar na dependência de fatores anómalos e circunstanciais, como tem sido o caso;
3. As insuficiências da literacia desportiva nacional, pela falta da aposta do desporto nos diferentes níveis de educação (pré-escolar, 1º ciclo, 2º e 3 º ciclos, do ensino básico, ensino secundário e universitário) escolar e que não se subsumem a estratégias de cosmética para engrossar as métricas institucionais;
4. A inexistência de um verdadeiro ecossistema de inovação no desporto, aproveitando a massa crítica do sistema científico e tecnológico nacional e das instituições de ensino superior, assim como o sector empresarial de base tecnológica (não de serviços);
– Mas Dr. Calisto, não me interprete mal, será que a culpa deste estado morre nos braços somente do Dr. Libório e da política do governo?
- Claro que não Sr. Abade. No entanto aqui ensaiamos a retórica parlamentar! A responsabilidade, que só peca por escassa, reside não só nos erros do Estado e política pública desportiva e suas lideranças, mas também do associativismo desportivo e das suas lideranças que ou não percebem o que está a suceder, e por isso são incompetentes, ou se calam por omissão e por isso são coniventes. Existem, claro está, outros fatores que condicionam e vão afetar a prática desportiva, transversais num quadro de responsabilidades partilhadas entre os vários sectores, quer internos quer externos. Desde logo, o envelhecimento da população; a crise económica e a austeridade orçamental; a emigração da Juventude como solução de política pública; um Estado jurisdicional e económico que veiculam a austeridade que fragiliza o Desporto,
- Sabe Dr. Calisto, quase me faz recordar a estrofe do poema de Camões: Mas, como pode causar seu favor, / Nos corações humanos, amizade/ Se tão contrário a si, é o mesmo amor?
– É quase isso Sr. Abade! Dar-me-ia por feliz que neste contexto atual ou futuro pudéssemos gerar condições únicas, de coordenação estratégica entre as diferentes instituições liderantes do desporto nacional, para promovermos alterações substanciais ao modelo desportivo, com outros interlocutores. Por isso as minhas propostas concretas para desacreditar o Dr. Libório!
1. Que seja suscitada, com carácter de urgência, a discussão sobre o futuro modelo do desporto e sistema desportivo em Portugal, face à realidade atual, as tendências evolutivas internacionais, acrescendo os contributos de todos os parceiros interessados, principalmente das organizações produtoras do exercício e desporto em Portugal.
2. Que esta análise tenha em conta o Modelo de organização do desporto Europeu e que se proceda a uma análise comparativa do desporto europeu e tendências evolutivas do desporto internacional para 2030, com o desporto nacional, com indicadores objetivos (per capita, eurobarómetro, resultados grandes competições continentais, etc.) e que sirvam simplesmente para justificar os nossos erros.
3. Que se proponha, face a esta análise, uma reforma com patamares transitórios para acomodar a necessária alteração dos interlocutores e agentes de mudança no modelo de organização do desporto em Portugal, inserindo nestes o estado, central; regional e local; as organizações desportivas cúpula (Comité Olímpico e Paralímpico de Portugal, Confederação Desporto Portugal, etc.), as federações de modalidade, clubes, associações e demais tecidos sociais, empresarial e cooperativo.
4. Que a mudança no modelo de organização do desporto em Portugal seja sustentada na definição (1) e escolha (2) dos fatores críticos do modelo e a estratégia do desporto e sistema desportivo em Portugal, conjuntamente com as organizações produtoras do exercício e desporto em Portugal.
– Mas o Dr. Calisto sabe quais são?
- Tenho uma ideia, Sr. Abade! Uma ligeira ideia! É o que dá estarmos responsáveis pelas cousas das cambalhotas quando só percebemos de bolotas! Eu assumiria logo aqueles que me parecem ser os fatores estruturais: o financiamento do desporto – modelos e dotações; a organização e estrutura das políticas públicas para o desporto; as Instalações desportivas; o ecossistema da investigação científica, inovação e negócio e, como base e alavanca para os fatores funcionais – a massificação da prática desportiva e desporto de base (prática informal, sistema educativo, sistema produtor desporto, sistema prestador de serviços, exercício, etc.); o processo de identificação de talentos e sistema de desenvolvimento do rendimento; o suporte para atletas e pós-carreira; a questão dos recursos Humanos – técnicos e dirigentes; os quadros de organização da prática Nacionais e Internacionais.
E num ápice passaram-se três anos em que Calisto de Elói se deixa corromper pelo luxo e pelo prazer que imperam na capital, mudando mesmo a sua posição política de oposição para a do partido, agora liberal, no governo. Aproximavam-se as eleições e a disputa eleitoral do XXIII Governo de Portugal, em 2022, e mais uma vez Calisto fora chamado, agora a defender o que propusera e ninguém fizera.
– Vamos então ensaiar, Dr. Calisto! Apesar dos debates hoje em dia serem sound bytes discursivos de conteúdo duvidoso – propõe o Abade.
– Sabe Sr. Abade, penso que é tarefa ingrata fazer esta análise exaustiva tal como fizemos para as eleições do XXII governo constitucional. Desde logo porque o conteúdo das propostas dos diferentes partidos é vazio, como o era, e depois convenhamos, o desporto é irrelevante, principalmente para os que, no quadro das obrigações políticas, serão responsáveis pela definição estratégica das prioridades societais num país que se quer em desenvolvimento, como eu! Como compreendo agora o Dr. Libório!
– Sabe Dr. Calisto, afinal de fidalgo de Província você já nada tem! No universo das lideranças desportivas, políticas e organizativas, confluem diferentes interesses, mas raras vezes são os desportivos! Sobressaem o estatuto associado ao poder, a capacidade de decisão e influência, a intriga, o deslumbramento e a sedução. Mas, como estou de despedida, também lhe posso dizer, que via em si um artífice da política, não como o objeto da ação principal, mas sim o instrumento de mudança! Mais uma vez, enganei-me!

Nota: todas as personagens foram recuperadas do Romance de Camilo Castelo Branco, A queda dum anjo!"

Prémio Paulhinha


"Jogo todo a dar pau, 7 faltas, 0 amarelos.
Fica ainda uma expulsão por atribuir por falta de Mateus Nunes que, ostensivamente, pisa o calcanhar do Weigl e que, segundo os analistas e paineleiros de merda que andaram um mês a crucificar o Otamendi, era entrada para vermelho directo, e ficam ainda 2 penáltis por assinalar: um aos 81 minutos e outro aos 89 (este mais que evidente).
«Joguem mas é à bola!», sim, idiotas, já sabemos. Mas o facto de se jogar mal não confere legitimidade aos árbitros para roubarem o Benfica. Ontem, uma vez mais, foi à vista de todos."

domingo, 30 de janeiro de 2022

Coroado: Avançado do Benfica comete falta!!!!!!!!!!!!


"E mais um. Para que não falte nada.
Continuem a achar que as más exibições conferem o direito de os árbitros nos roubarem.
Eles agradecem! "

Ninguém viu...!!!

"Sim, o Benfica continua sem processos e sem fio de jogo, mas isto não é penálti?
Parabéns ao Sporting, mas não precisavam de ganhar com ajudas."

Vermelhão: Derrota...

Benfica 1 - 2 Sporting


Mais uma derrota, com muita azia pelo meio, mas num jogo diferente dos últimos dérbis! Hoje não haverá acusações de falta de atitude, mas o resultado acabou por ser o mesmo...

Uma partida onde entrámos sem vários titulares: Otamendi, Veríssimo, Rafa e Darwin... além de outros que poderiam ser opção: Seferovic e Pinho... E se no onze inicial, as ausências até foram disfarçadas, quando fomos obrigados a recorrer ao banco, a equipa perdeu qualidade... principalmente com a entrada do Gil Dias...

Com o 433, e com o Meite, acabámos por reforçar o meio-campo, ganhando mais duelos, em relação a jogos anteriores, mas faltou muitas vezes 'números' na frente, quando tínhamos bola... Mesmo, assim, controlámos a profundidade na defesa, melhor do que em confrontos anteriores... Notou-se uma maior preocupação na recuperação defensiva, após a perda de bola, por isso na estatística, acabamos por ter menos 'jogo 'ofensivo' porque a estratégia passou por aí...
Com o golo do Everton, a dinâmica mudou, a Lagartada ficou mais nervosa, e tornou-se muito complicado jogar futebol, porque as faltas, as simulações e os protestos tornaram-se constantes! O Rafa e o Darwin teriam sido úteis para esta fase do jogo...
Péssima entrada no 2.º tempo, com um golo sofrido numa bola parada... depois de tanto esforço para ficar em vantagem, sofrer um golo destes, é frustrante...
Com o cansaço e as substituições perdemos organização e qualidade, e acabámos por sofrer o 2.º golo... numa situação que até aí, estávamos a controlar melhor!
Na recta final, como não podia deixar de ser, dois penalty's descarados, que poderiam potencialmente dar o empate(ou a vitória), a serem ignorados pelo árbitro e o VAR...

Aliás, mais um jogo com Palhinha a 'escapar' ao Amarelo de forma inacreditável... e com os muitos mergulhos para a piscina, alguns na área do Benfica, a servirem de alibi para não assinalarem os penalty's descarados sobre o Gil e o Henrique, mesmo a terminar... E minutos, depois, ainda cortou um contra-ataque do Benfica, sem dar a lei da vantagem (aliás, nos últimos jogos com os Lagartos e os Corruptos, temos tido sempre um lance destes na parte final das partidas! Parece tradição!!!).
Os nossos dois principais adversários utilizam a falta constante, como a principal arma defensiva! A raça, atitude etc... são desculpas para o facto de jogarem de forma caceteira constantemente, durante os 90 minutos! Sendo que este 'estilo' de jogo, só é possível porque as equipas de arbitragem o permitem... a entrada do Matheus Nunes é um bom exemplo da total impunidade...

As coisas não vão mudar de um dia para o outro, e se o 1.º lugar é impossível de alcançar, o 2.º lugar no campeonato está ao nosso alcance, com todo o plantel disponível e motivado para isso, mesmo com todas as limitações conhecidas podemos lá chegar! O jogo da próxima Quarta-feira com o Gil Vicente será muitissimo importante, não só pela questão matemática, mas essencialmente, por ser a ressaca desta derrota...

sábado, 29 de janeiro de 2022

Vitória em Coimbra...

Académica 70 - 102 Benfica
18-32, 18-29, 23-27, 11-14
Makram(23), Silva(21), Gaines(19), Munnings(15), Hallman(11), Farr(6), Broussard(5), H. Silva, Betinho

Vitória, com várias ausências e com o Betinho a fazer só 5 minutos!

3 pontos...

Esmoriz 1 - 3 Benfica
18-25, 17-25, 28-26, 22-25

Após uma paragem 'forçada', com o Covid novamente a entrar no plantel, inclusive com o jogo Europeu a ser cancelado, com uma derrota na secretaria, regresso aos jogos, com uma vitória!

Num dos pavilhões mais complicados da Liga, somámos os 3 pontos, em mais uma partida onde o adversário lutou muito, mas acabámos por ser justos vencedores!


Derrota no Jamor!

Estoril 1 - 0 Benfica


O jogo não foi transmitido na televisão, mas as informações que chegaram, dão conta de uma 1.ª parte totalmente dominado pelo Benfica e duma 2.ª parte mais dividida!
Mantemos a liderança, mas este vem provar que esta fase final vai ser complicada... estamos a jogar praticamente com uma equipa de Juniores, contra adversários mais velhos...
Não sei se o facto de alguns jogadores terem estado no banco da véspera na Trofa, com a equipa B, os fez perder 'energia'!

Vencer


"Conquistar a Taça da Liga é um dos objetivos da temporada. Hoje é o dia da decisão, só a vitória nos interessa. O jogo é em Leiria, às 19h45, frente ao Sporting.

1
Conforme afirmou Nélson Veríssimo, "o foco é ganhar o jogo e trazer o troféu". Neste contexto, não importa o momento ou o adversário, a Taça da Liga é um troféu que vale por si só. Estamos de regresso à final e queremos que o desfecho desta não difira das sete anteriores, queremos voltar a ganhar. Somos o Benfica, e Veríssimo, um homem da casa, sabe-o muito bem: "Temos consciência da importância deste troféu, mas não nos traz nem mais, nem menos responsabilidade do que aquela que já tínhamos."

2
Vai ser necessário, naturalmente, superar diversos desafios durante a partida. O Sporting é um bom adversário e partilha o objetivo de vitória. E é um dérbi, com o peso da história e da implantação social de ambos os clubes a apimentar esta contenda decisiva. O nosso treinador referiu que "um dérbi é sempre um dérbi e os jogadores têm consciência disso", acrescentando que se trata de "um jogo diferente, com emoções diferenciadas em relação aos outros".

3
Porém, Veríssimo fez ainda questão de frisar que o "objetivo é sempre o mesmo": "Entrar de forma competitiva, conscientes do que temos de fazer, lutar pela vitória e conseguir ganhar."

4
Esta manhã a nossa equipa feminina de futebol somou mais um triunfo na fase de apuramento do campeão, desta feita ante o Marítimo, e prossegue, ao fim de quatro jornadas, na liderança isolada. Sorte diferente teve a nossa Equipa B ontem na Trofa. A derrota na visita ao Trofense penalizou a desinspiração em frente à baliza, nomeadamente na primeira parte, durante a qual fomos muito perdulários, não conseguindo aproveitar qualquer das boas oportunidades de golo criadas.

5
São várias as nossas equipas em ação ao longo do dia. No futebol de formação temos, à mesma hora (15h00), os Sub-23 (no Estoril) e os Sub-19 (no Benfica Campus frente ao Nacional). Nas modalidades de pavilhão, a equipa de vólei visita o Esmoriz (17h00) e a de basquetebol desloca-se a Coimbra para defrontar a Académica (21h30). Na Luz temos um Benfica-Vermoim em futsal (feminino) às 17h30. Vamos, Benfica!"

Vitória...

Benfica 3 - 0 Marítimo
Pintassilgo, Valéria, Cintra


Vitória normal, sem a Cloé e com mais uma estreia...!!!

PS: A meio da semana, mais um sorteio da Taça madrasto, com uma deslocação a Braga!

Nélson Veríssimo | No final da época, “should he stay or should he go”?


"Nélson Veríssimo foi apontado, em dezembro, treinador da equipa principal (vocábulo empegue por mero estatuto) do SL Benfica.
Então, o clube informou que o técnico que militava na equipa B seria daí em diante o timoneiro dos As até final da temporada. Parecia claro, pelo comunicado, que Veríssimo estaria a abraçar um compromisso a termo certo sem possibilidade de extensão.
Mais tarde, Rui Costa viria a terreno insinuar que esta nova passagem do vila-franquense pela equipa sénior A poderia estender-se para lá de meio ano. Estava espoletada a discussão sobre o estatuto do treinador de 44 anos. Afinal, está a prazo (ainda que todos os treinadores o estejam) ou podemos contar com a sua continuidade na época vindoura? E se for a segunda hipótese, faz sentido que assim seja?
Pessoalmente, continuo a acreditar que não foi despiciente a complementação do comunicado com a seleção de palavras “até ao final da temporada”. Parece-me agora como me parecia no momento em que assumiu que Veríssimo tem os dias contados na equipa principal. E parece-me agora como me parecia então que não faz sentido manter a longo prazo uma aposta no ex-defesa.
Não necessariamente pela sua maior ou menor capacidade ou mesmo pelo parco CV de NV, no que respeita a equipas A. Veríssimo é um bom treinador no contexto em que estava inserido até dezembro e dentro da fase da carreira que atravessa. Todavia, não é para já a pessoa indicada para assumir uma pasta que implica transformar uma equipa plena de problemas intrincados e profundos numa equipa vencedora e dominante.
Sobejam dúvidas (quiçá infundadas) acerca da capacidade de Veríssimo para liderar e gerir um grupo de trabalho com demasiadas pseudovedetas e com “jogadores-entulho” que terão que ser enquadrados de uma forma muito específica para que deles ainda se faça alguma coisa.
Impõem-se depois questões técnico-táticas e metodológicas. O timoneiro vinha fazendo um excelente trabalho no SL Benfica B, mas o que a equipa A tem feito sob a sua batuta é demonstrativo de uma de duas coisas: ou a equipa não reflete em campo o trabalhado nas sessões de treino ou as sessões de treino não têm surtido efeito na necessária mudança do futebol encarnado.
De uma forma ou de outra, pelo menos parte da culpa poderá sempre ser atribuída a Nélson Veríssimo.
A juntar a isto, aquilo que é o trabalho mais visível do treinador – aquilo que faz durante os jogos – não tem sido convincente, com algumas decisões impercetíveis, sobretudo no que concerne às substituições. É verdade que não construiu o plantel à sua imagem e medida – o que constitui uma atenuante que não pode ser ignorada -, mas exigia-se e esperava-se melhor.
Posto tudo isto, não creio que faça sentido a continuidade de Nélson Veríssimo no SL Benfica A para lá de maio e não creio que vá suceder. Por falar em suceder… falta saber quem o vai fazer a Veríssimo…"

Derrota...

Trofense 2 - 0 Benfica B


Boa 1.ª parte: jogámos bem, mas fomos perdulários...
Má 2.ª parte: o adversário marcou um grande golo de bola parada, e demorámos a responder... nos últimos minutos voltámos a ter bola, voltámos a acertar nos ferros, e depois num erro do Nóbrega, sofremos o 2-0!
Não será uma derrota que apaga a excelente época que esta equipa está a fazer, mas com as 'saídas' do Tomás Araújo e do Henrique Araújo, ficamos com menos opções... e no caso do Henrique, ficamos com 'menos golo'!!!

Não passarão


"Está para breve o anúncio das conclusões do estado de uma Comissão, instituída pela Federação Portuguesa de Futebol, acerca do pedido do Sporting para que os vencedores do Campeonato de Portugal sejam considerados campeões nacionais. E como pedir não custa, o Sporting pretende ainda que as quatro primeiras edições do Campeonato Nacional seja m expurgadas do palmarés, alegando que foram experimentais.
Vindo este pedido do Sporting, só faltará que, não obstante a questão dos títulos, se continue a contar com os golos marcados, de forma a garantir que Peyroteo perdure na liderança dos goleadores da prova. Não me admirarei se for este o caso, afinal do Sporting tudo deve ser esperado.
Veja-se bem: num ápice, por decreto administrativo sem qualquer base factual, o Sporting passaria a contar com 23 campeonatos nacionais ganhos (mais quatro). O FC Porto com 32 títulos (mais quatro e menos um). E o Benfica continuaria nos 37 (mais três e menos três).
E o que dizem os factos? Basta ler o relatório da FPF sobre 1938/39, no qual é referido que o Campeonato da I Liga passou a ser denominado de Campeonato Nacional, e o Campeonato de Portugal passou a ser chamado Taça de Portugal.
A alteração dos nomes demonstra o que é cada competição. Aquela em que se apura o campeão nacional começou em 1934 e teve o nome modificado em 1938. A Taça de Portugal foi estreada em 1922, tendo o nome sido mudado em 1938. O que não mudou foi a natureza, o formato e até os troféus de cada prova (no da Taça continuaram a constar as placas dos vencedores desde 1922), e ninguém, em 1938, esperou que tal ocorresse, uma vez que as competições eram as mesmíssimas mas com nome diferente.
Que o Sporting faça um pedido destes, pretendendo adulterar na secretaria o que alcançou em campo, é uma coisa, mas que a Federação sequer tenha aceitado estudar o caso já roça o domínio do absurdo.
A lata com que estes dirigentes da Federação ousam pôr em causa o que os seus antecessores, em conjunto com as associações regionais, determinaram no tempo certo é absolutamente espantosa. O desrespeito por quem decidiu em conformidade com a realidade é inqualificável.
Esperemos que o bom senso e o respeito por todos os que se dedicaram ao futebol no passado prevaleçam sobre estes movimentos insidiosos e atentatórios à história do futebol português."

João Tomaz, in O Benfica

Racistas não passarão


"Parece que, durante a última semana, uns quantos racistas saíram das suas tocas para atacar a futebolista Jéssica Silva e o Sport Lisboa e Benfica. Escreveu um deles no Twitter que o 'Benfica é um clube de pretos', aproveitando ainda para apoucar as qualidades físicas daquela que é uma das melhores jogadoras portuguesas de futebol de todos os tempos.
A azia por ver esta atleta de eleição a assinar com o clube do coração devia estar a afetar o pequeno - e pouco trabalho - cérebro do racista em questão, mas isso justifica a diarreia de letras que permitiu que conseguisse elaborar uma frase.
Ainda para mais, o racista não percebeu que a sua frase em relação ao Glorioso peca por defeito. Sim, o Benfica é um clube de pretos, mas também de brancos, amarelos, castanhos, rosados, cremes, bronzeados, albinos e tudo o mais que exista na paleta humana. Fazer disto um insulto é um claro sinal de falta de ligações entre os neurónios deste racista. E, já agora, de qualquer outro racista, até mesmo dos que se dizem benfiquistas e querem 'fazer carreira política à custa do ataque às minorias, às mulheres e ao bem comum. O Sport Lisboa e Benfica é de todos. Sempre e foi, seja qual for a cor da pele, a capacidade económica, o nome de família, o sexo, o partido, a idade ou a religião.
O racismo nas redes sociais é um problema global. Tal como a mentira e as teorias da conspiração. Só se resolve com educação, em casa, na escola e no trabalho. Aquilo a que assistimos com estas declarações imundas só prova que o racismo está demasiado bem instalado na sociedade, quase impune. E que os estudos e algum poder financeiro não compram inteligência, dignidade nem humanismo."

Ricardo Santos, in O Benfica

Vamos, Benfica!


"Amanhã é a final da Taça da Liga. A última do Benfica tinha sido em 2016, e não escondo que já tinha saudades. Todos os troféus são especiais, e este não é excepção. A segunda edição ficou logo na história, quando Pedro Silva, lateral brasileiro do Sporting, atirou a medalha de segundo lugar para o chão com toda a força, depois de ter sido expulso por suposta mão na bola aos 73 minutos. Com um golo do craue José António Reyes. Um ano depois, 3-0 ao FCP com um valente frango de Nuno Espírito Santo depois de um remate de fora da área de... Rúben Amorim. O actual treinador do SCP e sócio do Benfica tem estrelinha de campeão nesta competição, mas já anda com ela no bolso desde 2010.
O 2-1 ao Paços de Ferreira com o nosso Moreira a defender um penálti, e o Pizzi do outro lado do campo. O 2-1 ao Gil Vicente com o Saviola a sair do banco aos 80 minutos para impedir o desempate em grandes penalidades. O 6-2 ao Marítimo no ano do tetra, com a saída do Nico em lágrimas a anunciar a despedida. Um troféu conquistado pelo Benfica sete vezes nas primeiras nove edições. Sete em 14, actualmente. A taça que ninguém queria vencer como um miúdo que perde ao berlinde na escola: 'E então? Eu também não queria ganhar, nem me importo'.
Cá eu quero ganhar. Fiquei aziado cada vez que fomos eliminados, e estava com o coração a mil na terça-feira até o Weigl me devolver a tranquilidade. Amanhã é dia de voltarmos a ser felizes. Não é para salvar a época, obviamente. Não é para passarmos de sete para oito taças no palmarés. Nem sequer é para sermos os campeões de inverno, seja lá o que isso for. É, acima de tudo, para voltarmos a sentir que somos o Benfica."

Pedro Soares, in O Benfica

Bancadolândia


"No emaranhado de deambulações pela geografia nacional, promessas e manobras de cativação de votos convergentes na corrida às Legislativas que desaguam no escrutínio de 30 de Janeiro, o cidadão comum, do outro lado das campanhas, também teve direito ao seu contraponto de antena. Algures, alguém fez por sintetizar um estado de espírito num pequeno conglomerado de palavras: 'Tirando o que está mal, o resto está tudo bem'.
Somos natural e intrinsecamente dados ao exagero, mas no meio desse caminho de extremos também encontramos verdades aceitáveis diagnósticos. No plano desportivo, o tempo que vivemos é o do 'sol de inverno', da luz dos ajustamentos com movimentos no mercado de transferências. Na vida do Benfica, encarando e analisando a realidade das actividades para lá do futebol profissional, que não cabe no exercício que aqui se desenrola, este é o período do ano dos 'cliques', das escolhas com potencial corretivo.
No âmbito dos contextos competitivos da equipa feminina de futebol e das equipas das cinco proeminentes modalidades de pavilhão (futsal, voleibol, hóquei em patins, basquetebol e andebol), no masculino como no feminino, nada está ganho, tal como nada está perdido, mas este é indubitavelmente o momento para analisar insuficiências e avaliar necessidades, porque, exceptuando o Campeonato de andebol, que, em ambos os géneros, se decide nos pontos corridos, todas as vertentes acima referenciadas têm segundas fases, de apuramento de campeão ou os denominados playoffs.
Abordando mais especificamente as modalidades do Clube, a primeira metade da temporada, espremida, teve menos sumo do que o desejado, mas este é um universo com características muito diferenciadas e particulares. As grandes decisões estão guardadas para o final da primavera/início do verão, sim. Porém, esse facto não pode ser pretexto, para adiar o ataque aos problemas, à busca das melhores, cirúrgicas e rigorosas opções para guarnecer os plantéis dos argumentos ideias, ou em falta, com vista às decisivas batalhas pelos principais títulos.
Os trabalhos de acerto e de conserto das capacidades dos diferentes plantéis pedem racionalidade, agora, porque as sirenes que se 'ouvem' em alguns resultados, até ao momento, são isso mesmo alertas. A cobrança objectiva e lúcida, na verdade, ainda demorará uns meses, será feita no final da estrada, mas o presente recomenda precisão de ourives."

João Sanches, in O Benfica

Incompreensível


"As pausas para jogos de selecções entaladas a meio das competições clubísticas são um dos aspectos mais anacrónicos da calendarização do futebol moderno. Além dos elevados custos para os clubes, significam um anticlimax na paixão dos adeptos, coisa que a FIFA ainda não percebeu, ou não quer perceber.
Até agora tratava-se apenas de interromper as provas. Embora as viagens e toda a alteração de metodologias e horários já de si condicionassem fortemente o rendimento posterior dos atletas (sem falar em eventuais lesões), não me recordo de termos estado perante uma sobreposição absoluta de datas e, logo, uma indisponibilidade factual de jogadores para compromissos oficiais dos seus clubes.
O Benfica tem na Taça da Liga um dos principais objectivos para que resta de temporada. É obrigado a disputá-la sem dois dos seus elementos mais influentes (Otamendi e Darwin), chamados para jogos da fase de qualificação sul-americana para o Mundial. Se o Uruguai está na luta pelo apuramento, a Argentina nem sequer precisa de pontos.
Nenhum desses jogos interessa patavina ao Benfica ou aos benfiquistas. Todavia, foi o Benfica que investiu nos jogadores, é o Benfica que lhe paga os salários, e assume os riscos de lesão inerentes a qualquer atleta em competição. No momento em que disputa um troféu, fica sem eles e nada pode fazer para impedir que partam.
O futebol de selecções já tem cada vez menos qualidade e interesse, e pouco a pouco vai dissolvendo a sua própria história em partidas insípidas, lentas e arrastadas. Com estas obtusas calendarizações torna-se também profundamente antipático."

Luís Fialho, in O Benfica

sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

Há números de sorte!


"Do livro do Apocalipse 13 com as duas bestas, do mar e da terra, que se erguem contra o criador, à última ceia de Cristo, onde Judas era um dos 12 apóstolos e Cristo o 13.º, o azar do número 13 é praticamente universal em todas as culturas ocidentais, cristãs ou não (no Oriente essa fama coube ao número 4). Para mais, a crucificação deu-se numa sexta-feira, e, séculos depois, a extinção da ordem e perseguição dos templários, simbolicamente ordenada pelo papa numa sexta-feira, fizeram da sexta-feira 13 um ícone e um dos expoentes máximos do azar.
Portanto, entre nós, o 13 é o número que desafia a ordem do universo, e tudo o que deveria correr bem corre mal. Mas não foi sempre assim e, na verdade, o número 13 na mitologia grega e na antiguidade clássica, a que remonta tanto da nossa cultura e identidade, de onde importamos os valores do desporto e as olimpíadas, era um número auspicioso que representava uma junção virtuosa de poder e sublimação. Quando Zeus, completando como 13.º um desfile de 12 deuses menores, encabeçou e engrandeceu o cortejo e afirmou-se enquanto expoente máximo da glória divina. Ou seja, de todos um!
Quando o Benfica criou a Fundação, há 13 anos bem contados, fê-lo pela missão de bem fazer. E essa missão tem sido cumprida, cada vez em mais lugares, cada vez com mais dimensão e cada vez abrangendo mais problemas que desafiam a nossa sociedade, as nossas cidades, as nossas aldeias, a nossa floresta e, crescentemente, a globalidade do planeta onde vivemos. Por isso, 13 anos volvidos, revisitamos o trabalho feito e renovamos os votos do nosso compromisso com os benfiquistas. E, sim, este e um 13 de sorte, um 13 de bem e de harmonia. Um 13 cheio de futuro e que é, de todos, um, como só o Benfica sabe!"

Jorge Miranda, in O Benfica

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"1
Everton estreou-se a marcar na Taça da Liga, sendo o 52.º jogador do Benfica a fazê-lo (112 golos com 2 autogolos, em 61 partidas). Jonas, com 10 golos, é o recordista, seguindo de Cardozo, com 7, e Rodrigo, com 6. Pizzi faz parte do quarteto com 5 golos;

3
Com a vitória ante o SC Braga, a equipa feminina chegou à liderança isolada do campeonato ao fim de 3 jornadas, com pleno de triunfos;

6
Foi a 6.ª vez que o Benfica disputou um desempate por pontapés da marca da grande penalidade na Taça da Liga (21 jogos a eliminar, incluindo finais, a 3.ª nas meias-finais). Foi a 5.ª vez que foi bem-sucedido;

8
O Benfica está pela 8.ª vez na final da Taça da Liga, tendo vencido em todos as presenças anteriores, a última em 2016 (triunfo em Coimbra, por 6-2, frente ao Marítimo);

20
Darwin marcou em Arouca e chegou aos 20 golos em competições oficiais na presente temporada, superando em 6 o registo da época de estreia e elevando a contagem pessoal, de águia ao peito, para 34;

32
João Mário apanhou Rafa em 'jogos oficiais' na presente época, e o duo lidera esta contagem. Vlachodimos, com 2768 minutos (incluindo tempos adicionais), lidera no tempo de utilização;

80
Se fosse vivo, Eusébio teria feito 80 anos nesta semana;

150
Jogos de Vlachodimos pelo Benfica me competições oficiais. No atual plantel, só Pizzi, André Almeida, Grimaldo, Rafa e Seferovic representaram mais vezes a equipa de honra do Clube. É o 2.º guarda-redes estrangeiro com mais jogos, superado só por Preud'Homme;

232
Grimaldo passou a estar isolado na 50.ª posição dos futebolistas com mais jogos pela equipa de honra do Benfica em competições oficiais;

2025
Kika Nazareth renovou o contrato que a liga ao Benfica. Uma excelente notícia!"

João Tomaz, in O Benfica

Editorial


"1 - O Sporting não tem razão. O titulo do artigo inserido nesta edição do jornal O Benfica explicita a infundada vontade de um clube em reclamar quatro títulos de campeão nacional sem que lhe assista a mínima veracidade histórica. Os documentos aqui revisitados hoje e na edição de há três semanas provam juridicamente inaceitável qualquer tentativa de revisionismo histórico, ainda mais com o patrocínio institucional da Federação Portuguesa de Futebol, que há muito já deveria ter colocado um ponto final nesta deriva.
O Sport Lisboa e Benfica não aceitará impávido a esta tentativa ardilosa, para não dizer manhosa, de rescrever a história do futebol português à medida dos interesses conjunturais de um ou de outro clube, numa total e profunda agressão à verdade desportiva e ao legado da competição.

2 - O Benfica está na oitava final da Taça da Liga. É o clube com mais títulos nesta prova, nunca tendo falhado uma conquista do troféu sempre que marcou presença no momento da decisão. Sábado, em Leiria, contamos com o intransigente apoio dos nossos adeptos para elevar o almejado troféu, com a qualidade e o compromisso que nos cumpre ostentar, sem casos de arbitragem nem desrespeito pelo manto sagrado que orgulhosamente envergamos."

Pedro Pinto, in O Benfica

Almasqué, 7 na camisola e nos ofícios


"Desportivamente, ecletismo, estoicismo e benfiquismo: conceitos que resumem a vida de Alexandre Almasqué

A história do Benfica está repleta de figuras cuja paixão e dedicação contribuíram para o crescimento e afirmação do Clube. Uma delas foi Alexandre Planas Almasqué.
Nascido em 1916, em Paris, o filho de pais catalãs fez-se sócio do Benfica aos 15 anos. Dois anos depois, alinhava no râguebi do Clube, modalidade na qual brilhou pela sua silhueta robusta. Estreou-se nas reservas do basquetebol encarnado em 1936/37. Mais tarde viria a exibir-se no andebol, modalidade à qual mais se afeiçoou, e ainda no voleibol, em três partidas pela 1.ª categoria.
O seu ecletismo era tão evidente, que as suas actividades se sobrepunham. Em 9 de Maio de 1937, alinhou pelo basquetebol às 12h00 e pelo râguebi às 15h00. O mesmo aconteceu em 6 de Novembro de 1938, com basquetebol e andebol.
No râguebi foi campeão regional em 1938/39 e 1941/42. Mas o seu maior feito aconteceu no basquetebol. Em 1940/41, envergando o camisola 7, muito de tantas outras, foi o primeiro capitão benfiquista a sagrar-se campeão nacional, depois de ter sido campeão regional. Em 1945/46, fez parte da equipa que conquistou a Taça de Honra (mais tarde designada Taça de Portugal).
De comportamento irrepreensivel ao longo de 15 épocas de actividade, nunca foi sancionado ou castigado. No final dos anos 40 estabeleceu-se na África do Sul, onde ajudou a introduzir e desenvolver o basquetebol, com uma autêntica equipa da 'Sociedade das Nações' representada 'por 1 português, 1 grego, e maltês, e egípcio, 1 turco, etc.'.
Na primeira deslocação do Benfica a África, Almasqué fez 600 quilómetros 'de abalada de Durban até Lourenço Marques'. O seu amor pelo Clube levava-o à mais pura exaltação ou, se as coisas corressem menos bem, a 'chorar de raiva, cerrando os seus possantes punhos'.
Em 1953, em Lisboa, Almasqué pediu à secção para voltar a alinhar pelo andebol, participando em duas partidas de 2.ª categoria no Campeonato de Lisboa. Em 17 de Maio, frente ao Sporting, fez o seu último jogo com a camisola encarnada, como capitão.
Seguiu sempre o Clube de perto, estivesse no Lobito, em Luanda, Durban, Buenos Aires ou na Guatemala. Nele encontrava o mais profundo espírito benfiquista, 'deixando sempre atrás de si novos amigos e novos benfiquistas'.
Na sua longa vida de 89 anos, o sócio de mérito preocupou-se sempre com a vida do Clube, procurando reviver velhas amizades e, sobretudo, viver o Benfica.
Conheça outras histórias de ecletismo e espírito benfiquista na área 3 - Orgulho, Eclético, do Museu Benfica - Cosme Damião."

Pedro S. Amorim, in O Benfica

Milagres!


"Já nesta temporada, e esquecendo a temporada passada onde (por acaso) foi igual, desde a reta final de dezembro, Rafa é o décimo jogador do Benfica a testar positivo para Covid, depois de Grimaldo, Svilar, Pizzi, Yaremchuk, Radonjic, Meïte, Vlachodimos, Vertonghen e Everton.
Do Cashball e Calor da Noite são quantos mesmo?
Em pleno pico de pandemia.
E ninguém diz nada, os bananas da nossa Direcção não dizem nem fazem nada, e se for preciso ainda andam a fazer os testes na Unilabs do fanático andrade Menezes.
É dose ser Benfiquista hoje em dia. E frustrante. Ao máximo."

Este Clube não é para fracos


"Ao fazer o trajeto de regresso de Leiria, já noite dentro, após um óptimo jantar num mar de Benfica (a melhor parte da viagem), muitas ideias e sentimentos me cruzaram a mente. Desde a paupérrima exibição da equipa ao conforto de adepto da missão cumprida pela passagem à final da competição, não é fácil saber o que pensar ou sentir enquanto Benfiquista.
O que comprovei nas bancadas foram os adeptos do Benfica a tentar apoiar a equipa e à espera de motivos para aplaudir ou entusiasmar-se com a exibição. Esperançosos que desta é que a equipa ia jogar "à Benfica".
Mas, quase nada houve em retorno que o justificasse. O que se viu foram jogadores lentos, receosos, amorfos, desligados um dos outros e com uma evidente falta de querer vencer o jogo mais do que o adversário.
Olho para a equipa e vejo instalada uma enorme falta de confiança, com medo de decidir, a jogar para o lado, sem progressão, com jogadores a esconderem-se do jogo. Uma equipa pouco ambiciosa e que na maior parte do tempo parece que se limita a desempenhar a sua profissão de forma aburguesada.
Salvo raras exceções, parece que os jogadores não se apercebem (nem alguém lhes explica) o privilégio de terem a honra de envergar o manto sagrado. Soubessem eles da importância de constar na história do Benfica e certamente teriam as camisolas mais pesadas (pelo suor e pela sujidade da relva, pelo menos).
E, sinceramente, dei por mim a pensar que esta imagem da equipa poderá ser um espelho e refletir a mentalidade que parece instalada em geral no Benfica: decisões onde o foco parece ser o de jogar pelo seguro, sem iniciativa, sem rompimentos (mormente com o passado e os conformados), sem inspirações, a fugir da decisão difícil, parecendo que reina o receio de confrontar adversários.
Quem representa o Benfica, dentro e fora de campo, não pode decidir assim. No Benfica não pode instalar-se a mentalidade do medo, do jogar pelo seguro ou fugir à responsabilidade que daí resulta. Quando isso sucede, rapidamente começará a surgir a ideia confortável de que ganhar ou não ganhar é secundário perante a segurança de não arriscar.
E isto é inaceitável. Quem tem medo de decidir ou só joga pelo seguro, não pode estar no Benfica. Esta ideia serve para jogadores, treinadores ou dirigentes nas suas atividades e responsabilidades.
No Benfica não pode reinar o medo dos desafios. O Benfica não foi construído por gente fraca ou receosa. No Benfica, vencer ou não vencer não pode ser a mesma coisa. No Benfica, não fazer tudo para vencer não é aceitável. No Benfica, não ter capacidade para criar coisas novas e de qualidade significa que é tempo de procurar novas paragens. No Benfica, há que assumir responsabilidades e dar o melhor de si, superar-se perante desafios.
Depois de tudo o que sucedeu recentemente, era (e é) evidente que o Benfica precisa de uma reforma. Sem dramas, sem sangue e sem crises. De forma natural. Claro que como qualquer reforma, precisa de decisões corajosas, disruptivas e com profundas alterações com o que existe, os denominados poderes instalados.
Rui Costa foi o presidente eleito com mais votos na história do Benfica. Isso conferiu-lhe um salvo conduto para reformar, mudar e fazer um caminho novo de volta aos pergaminhos do Clube conforme bem decidisse. Contudo, entendeu que essa reforma deveria ser feita progressivamente (diria lentamente), com poucas alterações e mantendo grande parte do que herdou da anterior direção.
O que se assiste, meses depois, é a constatação que muito há ainda para fazer e mudar. Olhamos para as modalidades, para o marketing, para a comunicação ou para o futebol e (tirando a saída "imposta" de Jesus) pouco ou nada mudou em termos estruturais. Não mudaram as pessoas, não mudaram as ideias e a forma de decidir, nem mudaram os resultados.
Realço que reformar não é mudar tudo. Não é estragar o que está bem feito. E há muita coisa bem feita no Benfica. Muita mesmo. E há também bastante gente boa e com valor, gente "à Benfica". Tudo isso deve ser mantido e reforçado, se possível. Com tranquilidade e com um diagnóstico objetivo. Com foco na comprovada competência, nos resultados e objetivos atingidos.
Não obstante, penso que no geral, o Benfica continua a ser em parte, uma cópia suave do Benfica anterior, e, por isso, urge mudar e criar um Benfica com uma nova identidade e de cores mais garridas.
Importa recuperar aquele Benfica temerário conhecido por ter uma garra e determinação que vejo em grande parte dos adeptos benfiquistas, mas que não vejo instalada no Clube (salvo honrosas exceções).
Para isso, há que romper de forma considerável com o passado e o presente. Sem medo, sem hesitações ou fraquezas, guiados pela determinação de se estar a fazer o melhor para o Benfica. E o Benfica precisa de mudar, precisa de sangue novo, capaz, competente e com novas ideias e horizontes. Dentro e fora de campo.
Doa a quem doer, o interesse maior tem de ser o do Benfica. Sempre. Isso poderá implicar decisões difíceis, que se complicam ainda mais com a existência de laços profissionais e afetivos que naturalmente se criam com quem serviu e/ou serve o SLB. Mas importa que esses laços não se tornem numa fonte de fraqueza e impeçam o Benfica de prosperar. E esse objectivo está acima de tudo e de todos. Lealdade às pessoas, mas ainda mais ao interesse do Benfica.
Perante isto, deixo votos de firme determinação e confiança a Rui Costa, acreditando na sua vontade em mudar o Benfica para melhor.
Bem sabendo que as mudanças levam o seu tempo, e acreditando que parte do foco deve começar pela formação, há que começar já a preparar o presente e futuro.
Assim sendo, em jeito de desafio e desejo, deixo a ideia de que sábado é um belo dia para marcar esta mudança de ciclo, vencendo a taça da liga "à Benfica". Que estejamos todos lá com vontade e união, com a tal mística!
Em suma, resumo dizendo que depois de os irmãos Cohen terem mostrado ao mundo que "este país não é para velhos", é altura de lembrar que este Clube não é para fracos."