segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Positivo...

Benfica 6 - 4 Barcelos

Provavelmente o melhor jogo da época, mas mesmo assim só vencemos porque tivemos um muro na baliza, que defendeu tudo, aliás ao contrário do que é habitual, falhámos somente um penalty (em 2 'bolas paradas', marcámos 1), e o Barcelos desperdiçou muitas...
Destaque para os golaços do 'Chiquinho' e o 2.º do Nicolía... hinos ao Hóquei!

Pressão...

Lixívia 9


Tabela Anti-Lixívia
Benfica.............24 (0) = 24
Sporting...........23 (+1) = 22
Corruptos.......23 (+5) = 18


Regresso do Campeonato, com as inclinações do costume...

Em Tondela, o Verdíssimo cumpriu a avença: perdi a conta aos Amarelos perdoados aos Corruptos! É fácil travar os ataques dos adversários, vale tudo, agarra-se, derruba-se... e nada!!! Às vezes marca-se falta, mas o cartão, tá quieto... E isto acontece, quando do outro lado, os Amarelos começam a sair logo no início da partida!!!
A expulsão do Tondolense, é bem assinalada, mesmo ficando eu com dúvidas, se o Taremi tinha a 'bola controlada' pois a biqueirada que deu na bola, 'deu' a bola ao guarda-redes do Tondela... mas a pisadela existe, depois o mergulho com nota artística, até merecia que não fosse marcado, mas como já afirmei a pisadela existe...
Tal como minutos depois, existe um penalty contra os Corruptos não assinalado: o Zaidu toca na bola, mas antes toca no joelho do Extremo do Tondela... penalty claro, que o VAR Rui Costa, não marcou...
No lance onde os Corruptos pedem penalty, não existe razão para tal, porque o contacto não é deliberado...

No Alvalixo, jogo parecido com os jogos dos Corruptos: total impunidade disciplinar para os jogadores do Sporting, com destaque para o Pote e o Nuno Santos... além dos habituais Palhinha e Coates!!!

Em Vizela, para mim, o mais inacreditável foi mesmo a não expulsão do Aidara! A primeira falta sobre o Darwin só por si poderia dar Vermelho... depois ainda fez mais... E o Godinho sabia que ele merecia ir para a Rua, e por isso mesmo, não assinalou nada, quando este 'agarrou' o Rafa...
O penalty sobre o Verísimo, ao vivo até pode deixar dúvidas, mas com a repetição, é indiscutível... mas o Godinho marcou a falta ao contrário!!!
Mas mais do que isto tudo, o grande condicionamento foi mesmo as faltas absurdas marcadas contra o Benfica, que obrigaram os nossos jogadores a reduzir a agressividade... ao mesmo tempo, que permitia tudo ao adversário!!!


Anexos (I):
Benfica
1.ª-Moreirense(f), V(1-2), V. Ferreira(Godinho), Prejudicados, Sem influência
2.ª-Arouca(c), V(2-0), Mota(Malheiro), Prejudicados, (3-0), Sem influência
3.ª-Gil Vicente(f), V(0-2), Almeida(Nobre), Prejudicados, (0-3), Sem influência
4.ª-Tondela(c), V(2-1), Martins(Hugo), Prejudicados, (4-1), Sem influência
5.ª-Santa Clara(f), V(0-5), Rui Costa(Soares Dias), Beneficiados, (1-5), Impossível contabilizar
6.ª-Boavista(c), V(3-1), Hugo(Vasco Santos), Prejudicados, Beneficiados, (3-2), Impossível contabilizar
7.ª-Guimarães(f), V(1-3), Godinho(Narciso), Prejudicados, (1-4), Sem influência
8.ª-Portimonense(c), D(0-1), Veríssimo(L. Ferreira), Nada a assinalar
9.ª-Vizela(f), V(0-1), Godinho(L. Ferreira), Prejudicados, (0-2), Sem influência

Sporting
1.ª-Vizela(c), V(3-0), Nobre(Almeida), Beneficiados, Sem influência
2.ª-Braga(f), V(1-2), Godinho(Hugo), Nada a assinalar
3.ª-B Sad(c), V(2-0), M. Oliveira(V. Santos), Nada a assinalar
4.ª-Famalicão(f), E(1-1), Veríssimo(Godinho), Beneficiados, (1-0), (+1 ponto)
5.ª-Corruptos(c), E(1-1), Almeida(Pinheiro), Prejudicados, Beneficiados, (3-1), (-2 pontos)
6.ª-Estoril(f), V(0-1), Martins(Esteves), Beneficiados, (0-0), (+2 pontos)
7.ª-Marítimo(c), V(1-0), Pinheiro(Hugo), Nada a assinalar
8.ª-Arouca(f), V(1-2), Rui Costa(M. Oliveira), Nada a assinalar
9.ª-Moreirense(c), V(1-0), V. Ferreira(L. Ferreira), Nada a assinalar

Corruptos
1.ª-B Sad(c), V(2-0), Correia(Mota), Nada a assinalar
2ª-Famalicão(f), V(1-2), Almeida(Narciso), Beneficiados, (2-2), (+2 pontos)
3.ª-Marítimo(f), E(1-1), Pinheiro(Rui Costa), Nada a assinalar
4.ª-Arouca(c), V(3-0), Malheiro(L. Ferreira), Beneficiados, (2-1), Impossível contabilizar
5.ª-Sporting(f), E(1-1), Almeida(Pinheiro), Beneficiados, Prejudicados, (3-1), (+1 ponto)
6.ª-Moreirense(c), V(5-0), Nobre(L. Ferreira), Beneficiados, Prejudicados, (6-1), Impossível contabilizar
7.ª-Gil Vicente(f), (V1-2), Soares Dias(Malheiro), Beneficiados, (1-1), (+2 pontos)
8.ª-Paços de Ferreira(c), V(2-1), Mota(Martins), Nada a assinalar
9.ª-Tondela(f), V(1-3), Veríssimo(Rui Costa), Beneficiados, (2-3), Impossível contabilizar

Anexos (II):
Com influência (árbitros ou Var's):
Benfica
(...)

Sporting
Martins - +2
Esteves - +2
Veríssimo - +1
Godinho - +1
Almeida - -2
Pinheiro - -2

Corruptos
Almeida - +3
Narciso - +2
Soares Dias - +2
Malheiro - +2
Pinheiro - +1

Anexos(III):
Árbitros:
Benfica
Godinho - 2
V. Ferreira - 1
Mota - 1
Almeida - 1
Martins - 1
Rui Costa - 1
Hugo - 1
Veríssimo - 1

Sporting
Nobre - 1
Godinho - 1
M. Oliveira - 1
Veríssimo - 1
Almeida - 1
Martins - 1
Pinheiro - 1
Rui Costa - 1
V. Ferreira - 1

Corruptos
Almeida - 2
Correia - 1
Pinheiro - 1
Malheiro - 1
Nobre - 1
Soares Dias - 1
Mota - 1
Veríssimo - 1

VAR's:
L. Ferreira - 2
Benfica
Godinho - 1
Malheiro - 1
Nobre - 1
Hugo - 1
Soares Dias - 1
V. Santos - 1
Narciso - 1

Sporting
Hugo - 2
Almeida - 1
V. Santos - 1
Godinho - 1
Pinheiro - 1
Esteves - 1
M. Oliveira - 1
L. Ferreira - 1

Corruptos
L. Ferreira - 2
Rui Costa - 2
Mota - 1
Narciso - 1
Pinheiro - 1
Malheiro - 1
Martins - 1

Jogos Fora de Casa (árbitros + VAR's)
Benfica
Godinho - 2 + 1 = 3
V. Ferreira - 1 + 0 = 1
Almeida - 1 + 0 = 1
Rui Costa - 1 + 0 = 1
Nobre - 0 + 1 = 1
Soares Dias - 0 + 1 = 1
Narciso - 0 + 1 = 1
L. Ferreira - 0 + 1 = 1

Sporting
Godinho - 1 + 1 = 2
Veríssimo - 1 + 0 = 1
Martins - 1 + 0 = 1
Rui Costa - 1 + 0 = 1
Hugo - 0 + 1 = 1
Esteves - 0 + 1 = 1
M. Oliveira - 0 + 1 = 1

Corruptos
Almeida - 2 + 0 = 2
Pinheiro - 1 + 1 = 2
Rui Costa - 0 + 2 = 2
Soares Dias - 1 + 0 = 1
Veríssimo - 1 + 0 = 1
Narciso - 0 + 1 = 1
Malheiro - 0 + 1 = 1


Totais (árbitros + VAR's):
Benfica
Godinho - 2 + 1 = 3
Hugo - 1 + 1 = 2
L. Ferreira - 0 + 2 = 2
V. Ferreira - 1 + 0 = 1
Mota - 1 + 0 = 1
Almeida - 1 + 0 = 1
Martins - 1 + 0 = 1
Rui Costa - 1 + 0 = 1
Veríssimo - 1 + 0 = 1
Malheiro - 0 + 1 = 1
Nobre - 0 + 1 = 1
Soares Dias - 0 + 1 = 1
V. Santos - 0 + 1 = 1
Narciso - 0 + 1 = 1

Sporting
Godinho - 1 + 1 = 2
Almeida - 1 + 1 = 2
Pinheiro - 1 + 1 = 2
M. Oliveira - 1 + 1 = 2
Hugo - 0 + 2 = 2
Nobre - 1 + 0 = 1
Veríssimo - 1 + 0 = 1
Martins - 1 + 0 = 1
Rui Costa - 1 + 0 = 1
V. Ferreira - 1 + 0 = 1
V. Santos - 0 + 1 = 1
Esteves - 0 + 1 = 1
L. Ferreira - 0 + 1 = 1

Corruptos
Almeida - 2 + 0 = 2
Pinheiro - 1 + 1 = 2
Malheiro - 1 + 1 = 2
Mota - 1 + 1 = 2
L. Ferreira - 0 + 2 = 2
Rui Costa - 0 + 2 = 2
Correia - 1 + 0 = 1
Nobre - 1 + 0 = 1
Soares Dias - 1 + 0 = 1
Veríssimo - 1 + 0 = 1
Narciso - 0 + 1 = 1
Martins - 0 + 1 = 1

Anexos(IV):
Jornadas anteriores:

Anexos(V):
Épocas anteriores:

Sempre Leal ao Clube


"Fundador do Grupo Sport Benfica, presidente e antigo sócio n.º 1, Faria Leal é uma figura incontornável da história do Clube

Luís Carlos de Faria Leal olhou emocionado em volta, no dia da inauguração do antigo Estádio da Luz. Sócio n.º 1 na altura não podia deixar de pensar que, quando formara o Grupo Sport Benfica, não imaginara que pudesse vir a 'assistir a tão grande espectáculo'.
O Grupo Sport Benfica, do qual foi sócio fundador em 26 de Julho de 1954, teve a sua primeira sede na cave da Vila Faria Leal, na Avenida Gomes Pereira, propriedade do seu pai. No mês seguinte, Faria Leal foi o líder de um 'golpe de Estado', pois o presidente José Duarte tinha comprado uma cautela sem ter consultado os outros dirigentes. Considerado um acto anticonstitucional, Faria Leal assumiu o cargo de presidente da Direcção, que viria a ser confirmado na Assembleia Geral de 18 de Novembro de 1906.
O Clube iniciou a sua actividade desportiva com ciclismo e atletismo, dois desportos bem adaptados à zona de Benfica, com bastante campo e pouco trânsito. Posteriormente, foi introduzido o futebol, para o qual a Direcção de Faria Leal teve de se debater com várias dificuldades. Para arranjar dinheiro para a compra da bola, procuraram sócios fora de Benfica, e adquiriu-se, por arrendamento, o Campo da Feiteira, inaugurado em 14 de Julho de 1907, no âmbito da comemoração do primeiro aniversário do Grupo Sport Benfica. O festival foi um sucesso, 'cabendo os maiores elogios ao sr. Faria Leal, que não se poupou a esforços para que a festa decorresse o melhor possível'.
No ano seguinte, o Regicídio teve um impacto inesperado para o Grupo Sport Benfica, que passou a usufruir das instalações no Beco Visconde Sanches de Baena, n.º 4, 1.º andar, e o Clube, 'envaidecido então com a sua nova sede, toma o pomposo nome de Sport Cube de Benfica'.
Nos anos seguintes, Faria Leal faria ainda parte dos corpos gerentes do Sport Lisboa e Benfica, como secretário, mas as funções militares obrigaram-no a abandonar definitivamente a actividade desportiva. Apesar disso, o seu prestígio persistiu, e vários sócios tinham o hábito de lhe escrever com frequência sobre problemas do Clube e para lhe dar notícias do que se passava.
Saiba mais sobre os presidentes do Clube na área 28 Homens do Leme, do Museu Benfica - Cosme Damião."

Lídia Jorge, in O Benfica

Vitória da crença


"Se há caraterísticas indeléveis da nossa equipa, a crença e o comprometimento com os objetivos preconizados são certamente duas delas. Ontem tivemos mais uma demonstração disso mesmo, com o golo do triunfo a ser obtido ao cair do pano.
Rafa, autor do golo solitário que nos deu os três pontos, aproveitando um passe magistral de Pizzi, destacou a capacidade que a equipa teve de nunca se conformar e persistir na busca pelo triunfo: “Acreditámos, acreditámos e conseguimos a vitória”, disse. Instado a revelar o que sentia por ter protagonizado o lance decisivo, Rafa referiu que “é um momento especial porque ganhámos o jogo, e isso é que é importante.”
Para Jorge Jesus, esperava-se “um jogo difícil e confirmou-se”. De facto, o Vizela chegara à partida invicto na condição de visitante e não conhecia a derrota há cinco jornadas, pelo que o desafio se revestia de natural dificuldade.
Jorge Jesus salientou que a equipa “nunca perdeu a identidade” num jogo em que a tónica foi a “procura do espaço para finalizar”, acrescentando que “estas vitórias no último minuto moralizam".
Somámos três pontos de forma merecida, pois nunca deixámos de procurar a vitória. Ganhámos oito vezes nas primeiras nove jornadas, um registo que ocorre apenas pela terceira vez desde 1991, a quarta desde 1984.
Nota ainda para o 100.º jogo oficial de Taarabt pela primeira categoria do Benfica.
Do fim de semana desportivo há ainda a destacar a oitava conquista consecutiva do troféu da Supertaça pela nossa equipa feminina de hóquei em patins, o triunfo da equipa B de futebol que lhe possibilita a ascensão à liderança isolada da II Liga caso vença o jogo em atraso, e a vitória, em Alcochete, por 1-3, no dérbi dos Sub-23.
Por fim, todos os benfiquistas estão hoje de parabéns pelo 18.º Aniversário do nosso querido e magnífico Estádio da Luz, uma obra extraordinária que nos enche de orgulho e que nunca teria sido possível sem os imprescindíveis empenho e contributo da massa adepta do Clube.
Ao longo da sua existência, o Estádio da Luz foi palco de episódios inolvidáveis e gloriosos da história do Benfica, desde logo as celebrações de sete Campeonatos, incluindo os do inédito tetra, e o percurso até duas finais europeias, além de ter sido escolhido para as finais de um Campeonato da Europa e de duas Ligas dos Campeões.
Considerado um dos melhores estádios no mundo, é nosso, é do Sport Lisboa e Benfica!"

Os Luíses !!!


"O nosso trabalho aqui nesta página está cada vez mais monótono e frustrante. Já perdemos a conta à quantidade de vezes que já aqui denunciámos o Sr. Luís Ferreira. E, apesar disso, o Benfica continua calado em relação a ele e ele continua a ser um dos VAR mais requisitados. Se com Luis Filipe Vieira ainda percebíamos o silêncio, porque nem Benfiquista era e tinha o rabinho entalado com "emails", já de Rui Costa não conseguimos perceber nem admitimos este silêncio. O que aqui vamos mostrar, só por si, seria suficiente para que Luís Ferreira fosse banido de VAR para jogos que envolvem o Benfica e o Calor da Noite. Nem precisamos de falar no histórico do Sr. Luís Ferreira, cuja fama já vem dos tempos em que era árbitro de campo e permitia ao Boavista marcar 3 golos irregulares na Luz, num jogo que o Benfica empatou 3-3.
Mas se der muito trabalho ao Rui Costa e restante Direcção, podem fazer uma simples pesquisa aqui na nossa página para compilar os lances todos do Sr.Luis Ferreira (estão cá todos!) e marcar uma reunião URGENTE com Fontelas Gomes a exigir o seu imediato afastamento. Os factos estão à vista de TODOS! Se a reunião não fosse bem sucedida, era marcar uma Conferência de Imprensa a mostrar esses lances todos. Chega desta merda!
Aqui fica um exemplo paradigmático do que anda Luís Ferreira a fazer no papel de VAR. O primeiro jogo do vídeo é um Calor da Noite - Marítimo em que Marega dá um pontapé num gajo do Marítimo e o árbitro Rui Costa marca penalti. O VAR Luís Ferreira nada diz e o penalti é mesmo assinalado. O segundo jogo é Vizela-Benfica de ontem. Lucas Veríssimo é pontapeado de forma clara e objectiva e o árbitro assinala falta atacante! (lololololololololololololololololololololololol). O VAR Luis Ferreira nada diz e o jogo segue com a hilariante falta atacante. Está tudo dito!
Nota para a arbitragem nojenta do lagarto de Borba, Luís Godinho. Para além deste lance surreal, Luís Godinho controlou o jogo todo com sucessivas faltas por marcar para nós. Nada que nos surpreenda, vindo que quem vem. Apesar de tudo, Luís Godinho nem é mesmo dos piores. O que dá para ter uma ideia de como está a arbitragem neste momento, totalmente controlada por Calor da Noite e Cashball."

Sempre a favor dos mesmos!!!


"Mais um roubo de proporções épicas patrocinado pela Liga Portugal, com os suspeitos do costume a saírem beneficiados."

Joelhos !!!


"O VAR só veio provar que não é errar, é mesmo roubar.
Penálti indiscutível por marcar contra o #PortoaoColo e VAR a “dormir”. Há coisas que nunca mudam."

Uma escorregadela, a felicidade e um Vizela de se lhe tirar a boina


"O Vizela quis ganhar, fez por ganhar e podia mesmo ter ganhado ao Benfica. Mas a estrelinha salta de estádio em estádio, não é pertença de um só clube e um erro involuntário de Samu, um dos mais perigosos dos minhotos, aos 90'+8, ditou o único golo do jogo. O Benfica venceu por 1-0 e está de regresso à liderança da I Liga

Muito nos queixamos nós do futebol português - e tantas vezes com razão - mas é impossível olhar para trás sem constatar o óbvio: por estes dias, a velha estratégia de defender o pontinho é, felizmente, mais uma exceção do que a regra e nisso o salto de qualidade é claro face a outras décadas de maus relvados, estádios aos pedaços, chuteiras ao alto e defesas de facas nos dentes.
Porque, em geral, há qualidade nos bancos, há vontade nos treinadores em se agarrarem a ideias positivas e a estratégias que pensam na vitória e não na sobrevivência no campo de batalha. E é por isso que hoje Samu vai dormir mal.
O médio do Vizela foi quase sempre o homem que tornou em remates perigosos as transições venenosas da sua equipa. Foi ele que quase marcava aos 10’, quando Vlachodimos errou, foi ele que rematou forte aos 25’, dando mais uma vez trabalho ao grego. Foi ele também que deu a bola a Schettine para aquele que seria um dos lances de maior perigo do Vizela na 2.ª parte, aos 63’. E depois de tudo isto foi dele a escorregadela fatal, nos últimos segundos de jogo, quando o empate já parecia certo, que permitiu ao Benfica a recuperação de bola que deu a jogada do único golo do encontro, já em horas mais que extraordinárias - o relógio estava nos 90’+8.
Se na última época falámos tanto de estrelinha, aqui também vai ter de ser.
Porque o Benfica sai de Vizela com uma vitória que saberá que não mereceu. Os campeões também se fazem disto, todos sabemos, dos triunfos na marra, na sorte, nos lances fortuitos. A norte está uma equipa fiel a uma ideia de ataque, que não se vende por receber um grande, que na 1.ª parte conseguiu ter mais remates que o Benfica e na 2.ª, mesmo com uma óbvia quebra física, nunca deixou de procurar a baliza de Vlachodimos. E isso teve como consequência um jogo aberto, com espaços para jogar de parte a parte, espaços esses que o Benfica raramente teve criatividade para aproveitar.
A nem sempre habitual segurança de Charles e o jogo sólido de Aidara e Ivanilson fecharam atrás aquilo que o Vizela procurou resolver na frente, olhos nos olhos com o Benfica e com um estádio reunido à volta da equipa da terra, algo tão pouco usual por cá e que deixa o aviso para futuras visitas de grandes: em Vizela será sempre muito difícil passar.
E pelas filosofia de Álvaro Pacheco também. O treinador da boina quis sempre ganhar, até ao fim, a sua equipa teve até mais bola nos últimos minutos que os encarnados, e merecia pelo menos o ponto. Perder este jogo à conta de uma infelicidade vai doer, mas as ideias, essas, saem incólumes, intactas, valorizadas até. Não servirá isto como vitória moral para este domingo, mas talvez leve a muitas vitórias reais para o Vizela no futuro.
Quanto ao Benfica livra-se à última da hora daquilo que parecia ser o quarto jogo consecutivo sem ganhar nos 90 minutos. Está de regresso à liderança da I Liga, mas o susto foi grande."

FC Vizela 0-1 SL Benfica: Rafa decide no último suspiro


"A Crónica: Encarnados Não Desataram o Nó Até Aos 98 Minutos
A jornada nove da Primeira Liga portuguesa ditou a visita do SL Benfica ao reduto do recém-promovido FC Vizela, equipa que frente aos encarnados não conhece outro sabor sem ser o da derrota. As equipas não se encontram no campeonato desde 13 de janeiro de 1985, quando o FC Vizela foi goleado na Luz por 5-1.
O jogo iniciou-se e não tivemos de esperar muito tempo para vermos as primeiras oportunidades, quer de um lado quer do outro. Primeiro, excelente jogada do SL Benfica, que acabou com Yaremchuk a servir Darwin na perfeição, mas o uruguaio, que até passou pelo guarda-redes, demorou muito tempo a decidir e acaba por errar o passe para Grimaldo.
Logo no minuto seguinte, na sequência de um contra-ataque, o FC Vizela chegou à frente, apertou Odysseas, obrigando o grego a errar e deixar a bola à mercê de Samu, que acaba por falhar na cara do guardião.
A segunda oportunidade da equipa vizelense iria chegar aos 25 minutos, após uma jogada pela esquerda, a bola chega a Marcos Paulo que encontra Samu solto na área e o médio vizelense obriga Ody a uma defesa complicada.
Aos 31, chegou também a segunda chance do SL Benfica chegar à vantagem, quando Diogo Gonçalves rematou potentíssimo para a baliza vizelense, valeram os reflexos de Charles.
A cinco minutos do final da primeira parte, ainda tivemos um belíssimo remate de Mendez, que Odysseas defendeu para a frente e Igor Julião não consegue dar a melhor sequência ao lance.
A segunda parte começou e a equipa do SL Benfica veio diferente do intervalo, tentando empurrar desde cedo os vizelenses às cordas. Ao minuto 51, a primeira grande oportunidade do segundo tempo. Investida de Diogo do lado direito, cruzamento picado ao segundo poste e Darwin a avisar Charles, obrigando-o a uma defesa difícil.
À passagem do minuto 62, o FC Vizela tem uma oportunidade de ouro para inaugurar o marcador. Recuperação de bola alta no terreno, Schettine fica na cara do guarda-redes, atrapalha-se com a bola e serve Nuno Moreira, que remata contra um adversário.
O SL Benfica até iria colocar a bola no fundo das redes, ao minuto 81, mas Rafa, o homem que fez o golo, estava em posição irregular. As águias, já perto do minuto 90, tiveram duas oportunidades perigosas, as duas com os mesmos protagonistas. Primeiro é Radonjic a amortecer para remate à figura de Taarabt e depois foi o marroquino que cruzou para o sérvio rematar para nova defesa de Charles.
E foi no último suspiro. Variação para o corredor direto benfiquista, onde Pizzi recebeu e cruzou rasteiro para Rafa decidir a partida, já no minuto 90+8. O SL Benfica, que teve muitas dificuldades, durante toda a partida, sai assim vencedor desta deslocação difícil ao terreno do FC Vizela.

A Figura
Rafa Simplesmente decisivo. Não foi o jogo em que desequilibrou mais nem em que teve a sua melhor exibição, mas decide a partida já muito perto dos 100 minutos. Menção honrosa para Marcos Paulo que faz um jogo de um nível estratosférico.

O Fora de Jogo
Darwin Não foi um jogo feliz para o uruguaio. Teve nos pés (e na cabeça) as melhores oportunidades do SL Benfica, mas não conseguiu finalizar. Na segunda parte não apareceu ao jogo, não sendo sequer solicitado pelos seus colegas.

Análise Tática – FC Vizela
O FC Vizela apresentou-se no 4-3-3 habitual, com Samu com mais liberdade do que Marcos Paulo e Claudemir no meio-campo. Álvaro Pacheco mudou algumas peças, principalmente no eixo defensivo, entrando Igor Julião e Aidara no onze, para os lugares de Koffi e Bruno Wilson. Entrou também Mendez para o lugar do lesionado Zohi.
Numa primeira fase de construção, o FC Vizela primou por sair apoiado pelos centrais, com os laterais não muito projetados a serem solução. Nenhum dos médios fazia uma linha de três para sair a jogar, mas ambos os médios mais recuados apareciam numa fase posterior a dar linha de passe, quer aos centrais, quer aos laterais. Num segundo momento, o FC Vizela tentou servir Schetinne na profundidade ou encontrar Samu entre linhas.
Sem bola, o Vizela esteve organizado e foi perigoso em praticamente todas as situações que recuperou a bola e conseguiu sair apoiado em transição.

11 Inicial e Pontuações
Charles (6)
Ivanildo (7)
Aidara (5)
Igor Julião (5)
Kiki (6)
Marcos Paulo (8)
Claudemir (6)
Samu (7)
Mendez (6)
Nuno Moreira (7)
Schettine (6)
Subs Utilizados
Kiko (5)
Zag (5)

Análise Tática – SL Benfica
O SL Benfica apresentou-se no seu habitual 3-4-3 e com praticamente todos os elementos que têm feito parte do 11 mais regular dos encarnados no campeonato. Linha de três centrais, com Grimaldo e Diogo Gonçalves abertos nos corredores laterais. João Mário e Weigl tomaram conta do meio-campo. Darwin e Rafa no apoio a Yaremchuk, em constantes trocas e a jogarem muito por dentro.
Numa primeira fase de construção, o SL Benfica tentou sair pelos centrais, tentando atrair o FC Vizela, que hoje não jogou num bloco muito alto, para depois ter algum espaço na zona interior do terreno, sendo João Mário e Weigl as principais soluções para, numa fase seguinte, levar o jogo para a frente.
Sem bola, o SL Benfica abordou o jogo numa pressão média/alta, porém teve algumas dificuldades em conter as transições ofensivas do Vizela, muitas vezes por falta de velocidade a chegar perto do adversário.

11 Inicial e Pontuações
Odysseas (5)
Verissimo (6)
Vertonghen (5)
Otamendi (5)
Grimaldo (5)
Diogo Gonçalves (6)
João Mário (6)
Weigl (6)
Darwin (4)
Rafa (8)
Yaremchuk (5)
Subs Utilizados
Radonjic (6)
Gonçalo Ramos (4)
Everton (5)
Pizzi (6)

BnR na Conferência de Imprensa
FC Vizela
BnR: Depois de uma boa primeira parte, o Vizela teve um início de segunda parte bastante complicado, com o Benfica a entrar com tudo e a obrigar o Vizela a baixar linhas e a recuar no terreno. Entretanto, a sua equipa equilibrou forças e demonstrou uma grande qualidade até ao fim, mas acha que esse desgaste no início de primeira parte foi decisivo para a falta de discernimento na parte final da partida?
Álvaro Pacheco: Concordo plenamente. Falamos disso ao intervalo e sabíamos que o Benfica ia entrar forte na segunda parte, e também sabíamos que se não fizessem golos no início iriam ficar intranquilos e expor-se mais ao erro. Identificamos o espaço na profundidade e atrás dos médios e tentamos explorar isso. Depois não conseguimos chegar ao golo e num escorregão eles chegam ao golo.

SL Benfica
Jorge Jesus: Não foi possível fazer pergunta a Jorge Jesus."

Desequilíbrio de Radonjic para o corredor


"O tempo passava em Vizela sem que o Benfica conseguisse dar mostras de poder inverter o seu destino, depois das vitórias de FC Porto e Sporting na véspera. A vinte minutos do final, Jorge Jesus “meteu a carne toda no assador”. Everton entrou para a ala esquerda, e Radonjic para a direita.
O sérvio que se sente bastante mais confortável recebendo a bola no corredor lateral, para poder receber de frente e com espaço para se impor onde é mais forte – desequilíbrio individual no 1×1 – pisou pela primeira vez na temporada terrenos onde Ofensivamente pode dar mais ao jogo, e acabou por ser um dos principais catalizadores de um Benfica que foi crescendo aos poucos até fintar um destino que parecia certo, mantendo a liderança na Liga."

Até ao último suspiro Benfica


"Jesus foi a jogo com o seu melhor onze, consciente das dificuldades que aí viriam, perante um adversário humilde, mas sempre organizado e capaz de causar dissabores à turma das águias.
Mas, perante um bloco médio baixo e com as linhas sempre muito próximas, a equipa de Álvaro Pacheco foi retirando ao Benfica aquilo de que mais gosta: o espaço para acelerar no ataque à profundidade. Além disso, com um Benfica menos reativo à perda da bola, com unidades como Weigl e João Mário menos efetivos nesse momento, a possibilitarem lances de relativa perigosidade para a equipa da casa.
Com os habituais problemas em zona de criação, maioritariamente corporizados por Darwin, o Benfica teve muita bola, mas muito poucas ocasiões de real perigo criadas.
E foi por perceber que pelo corredor central se revelava, com a passagem dos minutos, cada vez mais difícil fazer a diferença, Jesus lançou Radonjic e Éverton para nas alas ganhar maior aceleração e capacidade de resolver num lance individual. E mais tarde, Pizzi e Adel na busca de criação e definição mais esclarecidas.
Mas perante um bloco vizelense tão bem organizado e capaz de transitar a todo o momento, só um instante de descontrolo, proveniente de um erro individual, como o foi a perda de bola em início de construção, no lance do golo, que apanhou o Vizela subido e com o seu bloco mais aberto. Depois, espaço no corredor lateral, só aí havia, e o Benfica arranca assim, três pontos preciosos alavancados pela capacidade de definição a um toque de Pizzi e Rafa.
Um jogo difícil a denotar a ressaca europeia, daqueles que ganhar importa mais do que jogar.

Homem do Jogo
Por dentro o Vizela tirou Rafa de jogo. E foi no corredor lateral que veio a entrar mais em jogo, já na segunda parte e, aparecendo daí finalizou uma das poucas oportunidades de golo encarnadas, ao cair do pano, que valeu os três pontos e a liderança encarnada."

Há nuvens na selva


"Quando tive a sorte de ir fazer os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, a maravilhosa cidade maravilhosa, foi necessário pedalar para descobrir e aprender inevitabilidades ou detalhes sobre alguns desportos. Mais importante do que isso tudo, o que ficou foi um olhar diferente sobre o desporto, o atleta, sobre a mulher e o homem. Sobre os céus de cada um. E as nuvens.
A história começa quase sempre em criança. Por prazer, claro. É por isso que costumo dizer, até um atleta ou jogador(a) o desmentirem, que quanto mais perto vivem dessa criança, ao longo da carreira, mais felizes são. E isto tem a ver com essência, natureza, expressão do seu “eu”, estilo e, lá está, prazer. A competição pode confundir tudo. A pressa, a ambição ou, pior, a pressa e ambição alheias podem servir de acelerador de partículas para viver numa sociedade apressada, despida de olhares e sonhos ternos. O prazer vai sofrendo pancada e às vezes o “eu” é de outro alguém. Quando se começa a ver aquilo que se faz por amor e prazer como trabalho, as coisas começam a mudar.
A futebolização da sociedade tem sido óbvia. Ou se é notável e vencedor, ou quase irrelevante. Não há meio-termo, não há simpatia pelo compromisso, trabalho diário, paixão e mérito, que poucas vezes é regado e recompensado pela gloriosa prata. Nem falemos do valor do prazer. Os atletas, sejam olímpicos ou não, sofrem muito com esta nossa falta de cultura desportiva. Indiferentes a condições ou ao binómio possibilidades-probabilidades, exigem-se medalhas. Era o que faltava, é o mínimo, ou foram lá passear?
Julio Velasco, um mago da oratória e também grandíssimo treinador de voleibol, explicou-o há uns tempos. “Não é lindo só quando se ganha, como dizem muitos. Há uns que dizem ‘eh, sim, é lindo isso de o importante é participar, [mas] o importante é ganhar’. Isso é uma estupidez. Nos Jogos Olímpicos, sobretudo em certas provas como natação e atletismo, há muitos atletas que sabem que não vão ganhar. Eles sabem. Não é a bola redonda como no futebol [e tudo pode acontecer], não vão ganhar. E, no entanto, preparam-se como se fossem ganhar. Porquê? Porque combatem contra eles próprios, querem baixar um segundo, uma décima de segundo, querem lançar um metro a mais. Isso é parte de ganhar. Ganhar não é somente ser campeão, é superar-se, melhorar. O desporto ensina isto aos jovens.”
Nessa luta silenciosa pela humanização do desporto, também me lembro de Sergio Hernández, o selecionador de basquetebol da Argentina, e do que ele disse quando Scola disse adeus àquela modalidade, nos primeiros dias de agosto. “O legado que o Luis deixa é incrível. Todos, todos, em algum momento, nos pusemos atrás dele, incluindo eu, o seu treinador, pela liderança e exemplo de vida. Não só no basquetebol, é o exemplo de constância, ética, trabalho, lucidez, respeito, de honrar o que se faz. Com o Luis aprendi que ganhar é pouco, que ganhar um jogo ou ser campeão não é o mais importante”, dizia enquanto a voz puxava o travão de mão, ameaçando desabar. “O mais importante é honrar, a cada segundo, o que fazes na vida, seja o que for. Agradeço-lhe. E que todos estejamos atentos a esse legado, necessitamos destes exemplos.”
Lembrei-me destes senhores por causa da entrevista do Diogo Pombo a Bárbara Timo, a judoca que acabou de conquistar a medalha de ouro no Grand Slam de Paris, o primeiro torneio internacional pós-Tóquio. E isto na semana em que admitiu que superou uma depressão. Faz falta escutar os desabafos desta mulher, de 30 anos, e o alerta “procurem ajuda”. Não é demais recordar que em cada atleta está uma mulher e um homem com dúvidas e convicções. Afinal, dissimulada, a dor não sorri como o sorriso. Vale a pena compreender a mente de uma atleta que sofreu com as labirínticas nuvens da mente. Perdeu peso, pensou em desistir.
Timo, na mesma entrevista, refletiu também sobre a competição em tenra idade, onde tudo começa: “A forma como a competição é levada quando és muito jovem tem muita pressão, é muito pesada, faz com que, às vezes, nem seja muito real. A criança treina e tem responsabilidades a um nível do qual não precisa. Cada coisa tem o seu tempo e acho que os treinadores, os amigos, os mais velhos e toda a equipa envolvida tem de estar muito atenta para criar um ambiente saudável para os atletas. Concorrência já vai haver, já há competição, se um atleta está ali é porque gosta e não é preciso haver um clima de selva. Há formas e formas de evoluir e, além da competição, a pessoa tem de ter uma cabeça saudável e para isso é importante que o ambiente em torno dos atletas seja saudável. A competição tem de ser saudável”. A palavra “saudável” apareceu quatro vezes em tão poucos segundos de conversa. Que a meninada se divirta, que se faça gente, boa gente. Há tempo e espaço para ser tudo mais sério. Os exemplos, os bons exemplos daqueles que honram o que fazem todos os dias, são indispensáveis.
Dizia que no Rio de Janeiro aprendi uma coisa ou duas e, admito, foi ali que os judocas se transformaram nos meus atletas preferidos, um sentimento reforçado nos últimos Jogos de Tóquio. Se intrigou o som daquelas tentativas de pegas que desaguavam tantas vezes numa facunda chapada, impressionou e ainda impressiona a dignidade na derrota. Telma e o seu “eu vim aqui para ficar” ajudaram àquela romantização da superação, pois a judoca chegava ali depois de uma lesão complicada.
Fiz a viagem para o Rio enquanto lia o livro dela. “Saber cair” é um dos capítulos, era algo literal mas também metafórico, pois em Atenas não soubera gerir a derrota. Da boca de Bárbara Timo saiu a mesma ideia: “Antes de aprender qualquer golpe ou a derrubar, a primeira coisa que aprendemos no judo é a cair, temos de saber como cair. É a primeira lição. Faz parte ganhar, mas também faz parte perder, tens de saber lidar com os dois”."