domingo, 24 de outubro de 2021

Vermelhão: Goleada de um a zero!!!

Vizela 0 - 1 Benfica


Já tinha 'saudades' de saborear uma vitória no último 'lance' do encontro! Valem tanto estes 3 pontos, como os 3 pontos conquistados em Guimarães (ali ao lado...), jogando pior ou melhor, merecendo mais ou menos, com mais ou menos golos, os 3 pontos têm o mesmo valor... Aliás, já estava era farto dos nossos principais adversários a conquistarem 3 pontos nos descontos e nós 'nicles'!!!
E antecipo: enquanto as vitórias dos nossos adversários são prova da força e da qualidade deles, da forma como nunca deixam de acreditar... etc...; uma vitória do Benfica no último minuto, vai ser analisada como um lance de sorte, uma escorregadela fatal, como um Benfica em crise... etc... etc...!!!

Já esperava um jogo complicado, não só pelo valor do adversário, mas por ser uma partida pós-Champions... e por admitir que o Benfica, neste momento, está com menos fulgor! A partir do momento em que deixámos de rodar os jogadores, entre partidas, a equipa ficou mais previsível! Muitas vezes, argumenta-se que as equipas precisam de um 11 tipo, para ganhar consistência, para melhorar o rendimento, este ano, no Benfica, parece que estamos ao 'contrário'! A partir do momento que encontrámos o 11 tipo (as excepções tem sido na Lateral Direito, devido às lesões...), o rendimento baixou... Essencialmente, porque os nossos adversários, estão preparados para o nosso tipo de jogo: com a excepção do Bayern, o 'segredo' dos nossos adversários, tem sido o recuo das linhas defensivas, juntando muita pressão, principalmente sobre o João Mário e o Weigl... Temos tido muitas dificuldades em ultrapassar estes 'muros', sendo notório a falta de qualidade de 'decisão' no jogo entre-linhas, nem o Darwin, nem o Roman, e nem o Rafa, quando recebem a bola entre-linhas, tem capacidade para fazer tabelinhas, ou recepções orientadas, que criem rupturas nas defesas contrárias...

Hoje, entrámos mal no jogo, aquele erro do Odysseas (que foi a tempo de retificar) parece que retirou confiança à equipa, e enquanto os Vizelenses tiveram força para pressionar tudo e todos, e dar pau a tudo o que mexia, praticamente não chegámos a zonas de perigo... no final da 1.ª parte, as coisas começaram a mudar, finalmente conseguimos alguns remates... e até não seria escandaloso termos marcado antes do intervalo...

O 2.º tempo, foi diferente... não conseguimos massacrar na área do adversários, mas creio que o Vizela só por três vezes, que conseguiu aproximar da nossa área com algum perigo(quase todas nos descontos), de resto foi o Benfica a tentar chegar ao golo! Muitas vezes mal... com pouca eficácia, e com muitas decisões erradas, mas o equilíbrio relativo do 1.º tempo, não aconteceu na 2.ª parte...

Com as substituições, ficámos com uma equipa extremamente ofensiva, com jogadores mais rápidos nas alas e com melhores capacidade de decisão... e assim, quando já poucos acreditaram, chegámos à vantagem... E como disse anteriormente, vale tanto, como um 1-0, com o golo a ser marcado no 1.º minuto! Ou de Canto...!!!

Mais uma arbitragem vergonhosa! Critério técnico e disciplinar inacreditável...!!! Agora, escorregadelas dos nossos adversários são falta contra o Benfica...; mergulhos dos nossos adversários, são Amarelos para os nossos jogadores; penalty's a favor do Benfica, são falta contra o Benfica; inacreditável como o Aidara terminou o jogo sem ser expulso...
A 'sorte' do Benfica, esta noite, foi no lance do golo do Benfica, o Radonjic, estar um bocadinho afastado quando o adversário escorregou... porque o Godinho estava com vontade de marcar falta!!!
Estas arbitragens têm uma influência gigantesca da forma como os jogos decorrem... e como são feitas as análises às exibições das equipas, pois enquanto uma equipa tem autorização para 'varrer' tudo ao pontapé (exemplo: Aidara), os outros, neste caso, os nossos jogadores, nas disputas de bola, têm medo de meter o pé, pois sabem que qualquer contacto, dá falta...

Agora, temos Taça da Liga em Guimarães a meio da semana, jogo onde espero uma 'rotação' total, e se forem necessários jogadores da equipa B, espero que sejam chamados (principalmente na defesa...). O jogo do Estoril no Sábado será muito complicado...

Melhores...

Sporting 1 - 3 Benfica

Gomes; Tomé(Spencer, 86'), Tó Silva, Bajrami, Domingues; N. Félix, Nascimento, Santos(Neves, 77'); Gerson(Moreira, 66'), H. Pereira(Ribeiro, 77'); Semedo(Resende, 66')

Muito melhores, numa partida, onde a vitória só peca, por ter sido escasso, tantas foram as oportunidades desperdiçadas... No início da partida, e no final, quando a nossa consistente pressão alta, deixou os defesas do Sporting baralhados!!!


Recuperar a liderança


"A anteceder a visita a Vizela, ontem tivemos intensa atividade benfiquista em várias modalidades, com destaque para mais uma conquista da nossa equipa feminina de hóquei em patins.
As octocampeãs nacionais acrescentaram novo troféu ao extraordinário pecúlio conseguido pelo Benfica desde que enveredou pela vertente feminina do hóquei em patins.
Vencemos a oitava Supertaça consecutiva, frente a um adversário, o CACO, que deu boa réplica e valorizou mais um episódio bem-sucedido de uma hegemonia que muito nos honra e satisfaz. Parabéns às nossas hoquistas, à equipa técnica liderada pela glória Paulo Almeida e a todo o staff que, dia após dia, trabalha afincadamente em prol da causa benfiquista na modalidade.
Hoje as atenções estão centradas na deslocação a Vizela, no futebol, para defrontarmos um adversário que, não obstante ter agora regressado ao convívio dos grandes após muitos anos de ausência no escalão maior, tem merecido diversos elogios pela qualidade do futebol praticado e ocupava, à entrada da jornada, a 12.ª posição na tabela classificativa, permanecendo ainda invicto na condição de visitado.
Jorge Jesus prevê um desafio "difícil, como são todos os do campeonato português". Relativamente ao adversário, o nosso treinador considera que se trata de uma "equipa competitiva e bem trabalhada" e relembra que o Vizela "não conhece a derrota há cinco jogos".
Nesta, como em todas as jornadas, só a vitória nos interessa. "Queremos continuar na liderança e vamos à procura disso", conforme explanado por Jorge Jesus. No começo da jornada dispúnhamos de um ponto de vantagem sobre os mais diretos perseguidores, agora o objetivo é recolocar a nossa equipa nessa posição.
Vamos, Benfica!

P.S.: Das várias vitórias alcançadas ontem, destacamos ainda a da equipa B de futebol, no Benfica Campus, frente à Académica, por 3-1. O contexto desta equipa é assumidamente de formação, o que não nos impede de enaltecer o seu excelente desempenho neste início de campeonato, com cinco vitórias e dois empates nos primeiros oito jogos disputados."

Desporto «corpo a corpo»


"Primeira constatação: nós somos pedagogos do corpo, muito mais do que no passado. Somos confrontados com a extraordinária diversidade de qualidades físicas e de práticas corporais. como referia Bellin du Coteau, no seu Trado de Educação Física, em 1930, o nosso universo pedagógico não se limita à “força-destreza, velocidade, resistência”. Hoje, as referências são mais complicadas. Há uma diversidade de qualidades: lazer, relaxamento, tonicidade, músculo, etc. Por outro lado, existe uma efervescência de práticas desportivas, levando ao seu crescimento. Hoje, vivemos num mundo que privilegia a informação, relativamente a um mundo que privilegiava a energia. Se alguém lê um livro sobre dieta, espera um discurso sobre calorias e sobre como tratar do seu corpo, inculcando-lhe uma memória. O corpo é um dos maravilhosos instrumentos do visível e do sensível à “evacuação”.
Segunda constatação: existem muitos “não ditos” nas práticas desportivas, nas normas e nas preferências sociais. Vivemos numa situação de grande mobilidade. As práticas desportivas julgadas fundamentais mudaram. Há práticas que quase desapareceram. Nos anos 1920 dava-se muita importância ao boxe. Atualmente, o que é feito dele?
Terceira constatação: existe uma diversificação de práticas e de públicos. No entanto, existe um défice social na participação desportiva, nomeadamente no que diz respeito à feminização no desporto e na integração das populações desfavorecidas. A igualdade de oportunidades é real no direito, mas não se traduz, muitas vezes, na realidade. É previso passar da igualdade do direito para a igualdade dos factos. Outras há, mas estas constatações interpelam o conjunto dos atores da vida social, sobretudo do movimento desportivo."

Cooperação, competição, civilização!


"Em 2020 Remy Blumenfeld (1) trouxe-nos a história do aluno que teria perguntado à antropóloga Margaret Mead (1901-1978) qual seria o primeiro vestígio da existência da civilização humana. A antropóloga americana teria respondido: “Um fémur com 15 mil anos encontrado numa escavação arqueológica.” E esta ter-lhe-ia explicado que o fémur encontrado revelava indícios de se ter partido e ter cicatrizado, o que implicava que alguém tinha cuidado daquele ser humano, abrigando-o, alimentando-o e protegendo-o, até porque naquela altura aquela recuperação teria demorado provavelmente seis semanas. Segundo o mesmo, Margaret Mead teria acrescentado que, na natureza, no reino animal, a quebra de uma perna implicava a morte. Não se poderia fugir do perigo, não se poderia beber ou procurar comida. Ferido dessa forma, o animal seria carne para os seus predadores. Nenhuma criatura sobreviveria a um fémur quebrado por tempo suficiente para o osso se curar sem auxílio. Seria comida primeiro… Assim, para a antropóloga, cooperar com alguém numa ajuda para ultrapassar dificuldades seria o ponto de partida da civilização.
Considerando este acontecimento como o início da civilização, é no entanto comum considerar-se a Mesopotâmia como berço da civilização ocidental. Se a escrita aí desabrochou (por volta do ano 3200/3100 a.C.), verificamos que entre este acontecimento e o descrito por Mead medeiam cerca de 11.000 anos. E entre o aparecimento da escrita e o relato de Mead estão aproximadamente 5.000 anos.
A civilização, considere-se o que se considere ser o seu início, foi (é) um processo lento e moroso que avançou (avança) passo a passo, ponto a ponto, conto a conto… Tal como o desporto…
Se até à primeira grande guerra mundial se pode dizer que o desporto estava preocupado com objectivos como a educação e a moral, a partir desta a incidência passou a ser no espectáculo e, lentamente, a comunicação social, a economia, a política e a publicidade tomaram conta deste. Durante e após a década de 80 do século passado o desporto foi-se transformando numa actividade que gera comércio, tornando-se ele próprio um comércio – passou-se do ócio ao negócio.
Actualmente o desporto vive do e para o alto rendimento recorrendo ao profissionalismo, é movido pelos ‘mass media’ e pela publicidade, exige sensacionalismo e recordes, nele tudo é quantificado, idolatra os heróis, é determinado pela ciência e pela tecnologia e é gerido pelo lucro, pela política e pelo direito.
Do amadorismo ao profissionalismo, do livre associativismo à legislação actual, do jogo pelo jogo aos actuais investimentos, o desporto saltou de paradigma em paradigma… Como? Lentamente... sem irmos tendo a percepção de tal. A par de um processo civilizacional temos um processo do fenómeno desportivo. Pequenas alterações vão sendo introduzidas espaçadamente (a árvore), pequenas modificações vão-se interpenetrando e aglomerando ao fim de algum tempo e, sem darmos conta, chegamos ao momento actual (a floresta). De um modelo de competição sem regras chegamos a um modelo de processos de interpenetração com normas que mostra “como a teia de relações humanas muda quando muda a distribuição de poder.” (2) De tal modo que já não é o desporto que é um reflexo da sociedade, mas sim a sociedade que é a imagem do desporto!
Este avanço – processo – não foi no entanto acompanhado pela nossa mente, pelo nosso raciocínio, e por isso mesmo ideologicamente ainda nos encontramos agarrados a ideias que nos foram vendidas e nós comprámos (o espírito desportivo, o espírito olímpico, o amor à camisola, a verdade desportiva, o ‘fair play’, a ética, os valores) noções essas que se utilizam constantemente em discursos de circunstância sem ninguém se preocupar em esclarecer o seu real significado (talvez por já se encontrarem esvaziadas de sentido mas funcionando bem como ‘cliché’) quando a realidade actual é bem diferente. Ideias que nos continuam a inculcar sob uma nova roupagem… a roupagem da moda. E se a moda não incomoda, como diz o povo, quando a moda é tóxica incomoda mesmo (pelo menos os mais atentos ou os mais pragmáticos).
A criação dos clubes-empresa, de que Claude Bez foi o impulsionador em 1984, a criação das SAD’s, a acção desenvolvida por Jean-Marc Bosman, e mais recentemente a aquisição do Newcastle por um consórcio liderado pelo Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita isso nos mostram lá fora. Entre nós, o mesmo nos é mostrado pela evolução desde a Lei de Bases do Sistema Desportivo (1990) até à comercialização centralizada dos direitos televisivos dos jogos de futebol (2021), passando pelo Regime Jurídico das Federações Desportivas (2008) e pelo Regime Jurídico dos Jogos e Apostas Online (2014). No desporto, hoje em dia, conta mais o poder económico que o poder organizativo. No desporto, hoje em dia, conta mais o lucro que o resultado desportivo. Não é por acaso que existem gabinetes de ‘marketing’ nos grandes clubes, tal como não é por acaso os mesmos possuírem canais televisivos. Não é só o espectáculo que vende, a publicidade também vende… e não vende só a mercadoria, vende sonhos, vende esperança.
E, por muito que certas personagens com responsabilidades na sociedade (e no desporto) nos tentem submeter à crença de que o futebol é uma indústria e não um comércio, seria bom que essas mesmas personagens nos explicassem o que é “a transparência, a integridade e a boa governança”… até porque os estereótipos tendem a transformar-se em mito.
Nos últimos tempos alguns autores (Harari, Damásio, Cregan-Reid) trouxeram-nos de novo o facto de ter sido a cooperação entre seres humanos o grande motor da civilização e não a competição. Muito menos a competição-espectáculo… até porque, nos dizeres de Pier Vincenzo Piazza (3), “todos os seres vivos produzem entropia quase exclusivamente com a finalidade de sobreviverem. O homem é o único que parece gostar de a criar ou de a aumentar apenas para se divertir.” E acrescenta ainda este autor que “quanto mais elevada for a entropia de um recurso, maior a sua abundância e omnipresença.” E aí está o desporto, um recurso extenso, enorme, grandioso (passe o pleonasmo) em abundância e em omnipresença.
A pedagoga Maria Montessori (1870-1952) também nos disse que “as pessoas educam para a competição e esse é o princípio de qualquer guerra. Quando educarmos para cooperarmos e sermos solidários uns com os outros, nesse dia estaremos a educar para a paz!” (4)
Mas nós continuamos a comprar (e a acreditar) naquilo que nos vendem… a nossa ingenuidade (ou a forma como somos manipulados) acompanha transgressões a princípios éticos e a normas morais. E quando somos adeptos, quando nos orgulhamos dessas transgressões então estamos de facto condenados…

Post Scriptum: Jorge Valdano escreveu em «A Bola» (16.10.2021, p. 40) o seguinte: “Há um grande engano cultural em que todos estamos metidos e que diz no seu enunciado mais simples: a vida é uma competição e apenas se salva o vencedor. O futebol envolveu-se nessa dinâmica como se fosse o ‘Squid Game’, embora neste momento as vítimas sejam apenas morais.” Provavelmente uma observação acertada… No mesmo diário, Vítor Serpa (23.10.2021, p. 31) diz-nos que “as mudanças no futebol, no país e no mundo são imparáveis. Não adianta ser contra, porque elas, inevitavelmente, irão seguir o seu caminho.” Uma constatação, provavelmente mais que correcta…"

8.ª Supertaça


A nossa secção feminina de Hóquei em Patins conquistou hoje a 8.ª Supertaça, com uma vitoria de 3-1 sobre o CACO!
Normalmente, seria bom sinal, e deveríamos estar aqui a antecipar mais uma época triunfante, mas muito sinceramente, acho que vamos ter muitos problemas... o plantel está mais fraco, e os equilíbrios defensivos, contra os adversários mais complicados vão-se notar...
Mesmo assim, parabéns por mais um título!

Em estilo...

Benfica B 3 - 1 Académica


Vitória, com três excelentes golos, numa partida que esteve sempre controlada... mesmo com um golo sofrido, em fora-de-jogo!!! Já perdi a conta aos golos em foras-de-jogo que esta equipa já sofreu...!!!

Depois das 'saídas' antes do fecho do mercado, a equipa 'tremeu' um pouco, mas agora já voltou a ganhar consistência!