sábado, 29 de maio de 2021

Na Final...

Benfica 3 - 2 Fundão

Estamos na Final, num jogo que podia ter corrido muito mal, mas com um minuto final que deu uma excelente remontada!!!
Marcámos cedo, mas nunca conseguimos alargar a vantagem... Entrámos mal no 2.º tempo, praticamente demos a bola ao adversário, que pressionou, jogou muitas vezes em 5x4, e conseguiu marcar dois golos, ficando em vantagem na partida... Depois do 1-2, voltámos a ter bola, tivemos várias oportunidades... mas acabámos por igualar num livre directo e logo a seguir com a uma bomba 'russa' ganhámos!!!

Temos vários jogadores condicionados, hoje o Tayebi não jogou, o Fits fez os primeiros minutinhos em várias semanas, o Afonso também me pareceu limitado... Esta tem sido a sina da época toda!

Uma nota para a arbitragem: expulsão perdoada ao guarda-redes do Fundão na 1.ª parte, além da agressão ao Jacaré, ainda saiu da área com a bola na mão, arrependeu-se, voltou atrás... e nada foi assinalado!!!
Aliás esta eliminatória, foi um excelente 'ensaio' para a Final, com o banco do Fundão constantemente todo levantado, sempre a protestar, sempre a pressionar, sempre a refilar... Sim, houve uma falta mal assinalada sobre o Robinho, e quantas ficaram por marcar?! Então antes do intervalo retardaram a 6.ª falta do Fundão à descarada...!!!

Vitória...

Benfica 34 - 32 Sporting
(17-17)

Depois da derrota a meio da semana no Faial, vitória num campeonato que está praticamente decidido, e portanto o jogo acabou por ser encarado doutra forma!
Mesmo assim, bom jogo, com grande eficácia por parte do Rahmel e do Djordjic... e com o Sergey a defender dois 7 metros na recta final da partida!!!

SL Benfica | O Franco (que não) Cervi para Jesus


"Namoro duradouro, casamento adiado em janeiro e consumado no verão. Pode ser este um dos resumos da temporada 2020-2021 de Franco Cervi, um dos dispensáveis para Jorge Jesus na preparação da nova época.
Para o técnico, o argentino nunca passou de um recurso para a ala esquerda, quer em 4-4-2 quer em 3-4-3 – como o demonstram as 21 presenças, a maioria na fase complicada do surto de Covid-19 no plantel. A Galiza espera-o, num pedido expresso de Eduardo Coudet, treinador do RC Celta de Vigo e responsável pela afirmação de “Chucky” no CA Rosario Central, em 2015.
Transferência praticamente consumada no mercado de inverno por valores razoáveis (quatro milhões de entrada, mais quatro em variáveis), o episódio viral que condicionou a equipa em meados de janeiro adiou a partida para Espanha, gerando a urgência em fazer ressurgir o pequeno argentino nos terrenos da titularidade.
Das nove que cumpriu em toda a temporada, seis foram nessa fase – entre 20 de janeiro, na meia-final da Taça da Liga contra o Sporting de Braga (fez os 90 minutos) e 8 de fevereiro, quando jogou 62 minutos contra o FC Famalicão, com o CD Nacional (1-1), Belenenses SAD para a Taça de Portugal (3-0 e um golo, o único da época), Sporting CP (0-1) e Vitória SC (0-0) pelo meio, ciclo infernal onde foi importante e acumulou muito tempo de jogo, dadas as circunstâncias.
A partir daí, com a recuperação das opções habituais, o argentino desapareceu novamente – e, com isso, patente ficou o sacrifício que cumpriu pelo clube, adiando, em prol da equipa, a oportunidade de rumar à La Liga ou à MLS, neste caso ao New York City FC, que surgiu como um dos grandes pretendentes à compra do seu passe.
Os norte-americanos chegaram a ter tudo certo com o SL Benfica, mas a vontade expressa de Cervi em rumar aos Balaídos e/ou manter-se na Europa afastou essa hipótese. Jorge Jesus impediu a assinatura e empurrou o negócio para a próxima janela de transferências, já que a equipa precisava de Cervi, sendo fundamental até meados de fevereiro. Mas, a partir daí, e tal como na fase inicial, não foi mais do que nota de rodapé no contexto encarnado.
Chegado a Lisboa em 2016, a sua carreira na Luz ficou marcada por altos e baixos em termos de consistência individual e destaque no seio da equipa. Se em 2016-17 se assumiu entre os titulares (41 jogos), mesmo tendo Carrillo, Zivkovic ou Rafa como concorrentes diretos, participando na grande época encarnada e na aceitável participação europeia, é em 2017-18 que se inicia a estagnação do seu rendimento – faz ainda 37 jogos, mas Rafa começava a ganhar-lhe terreno, o que ficou consumado em 2018-19.
Nessa grande época do português (44 jogos, 21 golos) Cervi remeteu-se a papel de alternativa direta, representando auxílio importante em jogos de maior exigência física pela sua abnegação dentro de campo. Em 2019, esteve para sair – subiu Jota, chegou Caio Lucas, e o argentino era visto como ‘transferível’ – mas durante a difícil temporada encarnada mostrou-se o elemento mais confiável, acabando entre as escolhas iniciais (35 jogos). Mas os sinais estavam lá e com a chegada de Jorge Jesus, mesmo com a transformação para opção de recurso a Grimaldo, a lateral, viu a sua utilização diminuir acentuadamente, sendo este o fim de linha na sua ligação a Lisboa, muito provavelmente.
À sua espera está Eduardo ‘El Chacho’ Coudet, treinador argentino que o treinou no CA Rosário Central, que aspira à qualificação europeia com o seu RC Celta de Vigo no próximo ano – em 20/21 ficaram a cinco pontos do sétimo classificado, o Villareal, último lugar de Liga Europa – e para isso necessita urgentemente do poder fogo que Chucky pode empregar.
O pequeno argentino estreou-se nos AA dos Los Canallas em 2014, pela mão de Miguel Ángel Russo, atual treinador do CA Boca Juniors – e, em 2015, quando Coudet chegou, viu nele o talento necessário onde basear o seu sistema de 4-1-4-1 e levar aquele surpreendente Rosario Central ao top três da Liga Argentina e à final da Copa.
O técnico argentino aposta agora na mesma fórmula para levar o RC Celta de Vigo às provas da UEFA: neste momento, é equipa combativa à sua imagem, mas são precisos mais municiadores de confiança para aproveitar a totalidade da capacidade finalizadora de Iago Aspas. Franco Cervi, que consigo alcançou sete golos e 11 assistências, representaria a contratação ideal, em reencontro necessário para ambos.
Porém, todo o processo de mudança demora a ser confirmado. A situação arrasta-se com o SL Benfica a manter o braço-de-ferro, subindo a parada em termos financeiros – manobra que não agradou aos responsáveis espanhóis, sobretudo a Mouriño, presidente do emblema espanhol. Da sua parte, as negociações mantêm-se no mesmo ponto que há cinco meses: quatro mais quatro em milhões de euros, valor que o SL Benfica pretende subir para ajudar à reconstrução do plantel."

Agridoce


"Primeiro o ácido: perder é sempre mau independentemente das circunstâncias, por mais nefastas e incontroláveis que sejam. Para o Benfica, perder uma competição (ou um jogo) é contranatura porque abala o mais fundamental do etos benfiquista, caracterizado por uma cultura de vitória bem enraizada, e é dissonante da projecção que fazemos ao nosso Glorioso. Benfica é, para nós, benfiquistas, sinónimo de ganhar, logo a derrota na final da Taça de Portugal foi negativa.
Avaliar as razões da derrota remete-nos, normalmente, para o domínio do subjectivo, porém há excepções. E estre caso é uma delas, pois ficará para sempre a dúvida do que poderia ter feito a nossa equipa se não tivesse sido espoliada das suas possibilidades de lutar pelo triunfo.
A arbitragem de Nuno Almeida foi vergonhosa. A expulsão de Helton por volta dos 17 minutos, deveria figurar junto da palavra 'aberração' em todos os dicionários ilustrados. A maioria dos especialistas de arbitragem dividiram-se entre o erro e a decisão legítima que não tomariam. Ora, Nuno Almeida, que nos sonegara um penálti com o V. Guimarães e fizera vista grossa, como VAR, noutro com o Nacional, há muito que perdera o direito de lhe ser conhecida a dúvida legítima. Diz-se que abandonará a arbitragem, fá-lo tardiamente.
E o doce: por falta de espaço, mas não de satisfação, admiração e orgulho, resumo o que penso sobre a nossa equipa de futebol feminino: São campeãs à Benfica! Chegar ao jogo decisivo, para mais realizado no estádio do adversário na luta pelo título, e vencer por inapeláveis 0-3 é fabuloso. Este é um projecto no qual predomina a excelência. E ficará na história a obra de arte de Kika Nazareth que resultou no bom golo de Cloé Lacasse. Parabéns!"

João Tomás, in O Benfica

Campeãs em tudo


"Calma, não estou a dizer que todas as equipas femininas do SL Benfica se sagraram campeãs nacionais. Gostaria muito, mas sei que é tarefa quase impossível. Não por falta de qualidade ou de afinco, mas porque, no desporto, há adversários individuais e colectivos que também procuram ganhar. E às vezes conseguem. É assim o desporto.
O 'campeão em tudo' refere-se a uma equipa específica. Poderia estar a escrever sobre o hóquei, o pólo aquático, o basquetebol ou o futsal, mas esta semana destaco o equipa feminina de futebol do Glorioso. Não foi apenas a equipa a jogar melhor, foi também a que chegou a casa do rival mais directo e tirou as dúvidas que pudessem existir. Mais fortes, mais focadas, mais dedicadas à causa, foram campeãs em tudo.
Das jogadoras ao staff, passando pela equipa técnica, esta equipa mostrou o que significa e como deve agir quem representa o Benfica. Ao longo da época, no contacto com a comunicação social, nos jogos e nos festejos, este plantel - à semelhança do que já tinha sentido com as comemorações das outras modalidades que foram campeãs - esteve mais do que à altura da história do Clube.
A frase-emblema da treinadora Filipa Patão é, por si, o mote para o sentimento colectivo de ser benfiquista. Por mim, ia já escrita para as paredes do estádio, para quem pudesse ter dúvidas - 'Ama o Benfica e nada te faltará'.
Estas mulheres entram para a história como a primeira equipa feminina de futebol do SLB a conquistar o campeonato. E nós vivemos esta história com elas. Que nada lhes falte."

Ricardo Santos, in O Benfica