terça-feira, 6 de abril de 2021

Lixívia 25


Tabela Anti-Lixívia
Benfica..............54 (-10) = 64
Sporting............ 65 (+7) = 58
Corruptos....... 57 (+22) = 35

Jornada começou com mais um jogo no Dragay que já começou condicionado, com o Santa Clara a ter dois jogadores expulsos na jornada anterior e logo dois dos mais importantes: Fábio Cardoso e o Alano... sendo a expulsão do Alano completamente absurda!
Em relação ao jogo duas 'dúvidas':
- no penalty do Taremi, após muitas repetições não é claro que tenha havido toque (joelho - corpo guarda-redes)! Que ele podia ter evitado o contacto e marcado o golo, isso é claro, mas pronto dá a ideia que é o penalty típico dos guarda-redes e não existindo imagens claras do contrário, até se aceita que tivesse sido marcado...
- no penalty do Diogo Leite, a dúvida é a cor do cartão... já que não existe guarda-redes na baliza! A recomendação da FIFA, é clara: se o defesa ao fazer falta, tentar 'jogar a bola' não deve ser advertido com o cartão Vermelho, para evitar a dupla(ou tripla) penalização! Neste caso, a acção do defesa está no limite... Mas como estou piedoso, até aceito o Amarelo...

Na Luz, tivemos um milagre... a marcação de um penalty a favor do Benfica! Mesmo assim ainda houve alguns atrasados mentais que defendem que não houve falta!!! Se os mal intencionados já não me conseguem irritar, para os 'bens intencionados' que dizem ter existido simulação do Rafa, só tenho uma coisa a dizer: nunca jogaram futebol seguramente!!! Levar um toque, daquela forma, na parte posterior da perna, quando esta está a dar um passo, por mais pequeno que seja o toque, dá sempre desequilíbrio ...
Mas aos 49 minutos, ainda ficou outro penalty por assinalar: agarrão continuado ao Seferovic, que começa fora da área, mas continua dentro da área... E se o árbitro até podia não ver, o VAR tinha a obrigação de avisar o árbitro de campo! É verdade que o Suíço também não protestou muito, mas a falta é evidente, primeiro tentou 'bloquear' o braço em corrida, e depois puxou pela manga da camisola...
O facto hilariante do corte com a barriga do Veríssimo ter sido considerado um Caso, e o lance do Seferovic nem sequer ser analisado é um exemplo perfeito da forma manipuladora como a propaganda anti-Benfica funciona!!!

Em Moreira de Cónegos, desta vez não tivemos golo salvador nos últimos minutos... e houve imediatamente choradeira!!!
Os foras-de-jogos milimétricos são de facto 'chatos'! Eu já escrevi muitas linhas sobre esse assunto, a margem de erro da tecnologia devia ser levada em conta, mas não é...e assim, a escolha de um frame é decisivo! Neste caso saiu a fava aos Lagartos, comparando com os nossos golos anulados por poucos centímetros, ainda faltam algumas dezenas, para equilibrar as contas!!!
Mas o grande erro, foi mesmo o penalty cometido pelo Feddal: pisadela e tentativa de abraço... Inaceitável, não ter sido marcado, nem o árbitro, nem o VAR têm desculpas...


Anexos (I):
Benfica
1.ª-Famalicão(f), V(1-5), Godinho (Malheiro), Nada a assinalar
2.ª-Moreirense(c), V(2-0), Almeida (R. Oliveira), Nada a assinalar
3.ª-Farense(c), V(3-2), Martins (V. Santos), Prejudicados, (3-0), Sem influência
4.ª-Rio Ave(f), V(0-3), Pinheiro (Hugo), Prejudicados, (0-4), Sem influência
5.ª-B Sad(c), V(2-0), Rui Costa (Narciso), Nada a assinalar
6.ª-Boavista(f), D(3-0), Hugo (V. Santos), Nada a assinalar
7.ª-Braga(c), D(2-3), Soares Dias (Esteves), Nada a assinalar
8.ª-Marítimo(f), V(1-2), Mota (V. Santos), Prejudicados, (1-3), Sem influência
9.ª-Paços de Ferreira(c), V(2-1), Rui Costa (Esteves), Prejudicados, Sem influência
10.ª-Gil Vicente(f), V(0-2), Almeida (Nobre), Prejudicados, Beneficiados, (0-3), Sem influência
11.ª-Portimonense(c), V(2-1), Martins (Esteves), Prejudicados, Sem influência
12.ª-Santa Clara(f), E(1-1), Malheiro (Rui Costa), Nada a assinalar
13.ª-Tondela(c), V(2-0), M. Oliveira (V. Santos), Prejudicados, (3-0), Sem influência
14.ª-Corruptos(f), E(1-1), Godinho (Hugo), Prejudicados, (1-2), (-2 pontos)
15.ª-Nacional(c), E(1-1), Rui Costa (Almeida), Prejudicados, (3-1), (-2 pontos)
16.ª-Sporting(f), D(1-0), Soares Dias (Hugo), Nada a assinalar
17.ª-Guimarães(c), E(0-0), Almeida (Nobre), Prejudicados, (1-0), (-2 pontos)
18.ª-Famalicão(f), V(2-0), Hugo (Godinho), Nada a assinalar
19.ª-Moreirense(f), E(1-1), M. Oliveira (Melo), Prejudicados, (0-3), (-2 pontos)
20.ª-Farense(f), E(0-0), Hugo (V. Santos), Prejudicados, (0-2), (-2 pontos)
21.ª-Rio Ave(c), V(2-0), Almeida (Nobre), Prejudicados, (3-0), Sem influência
22.ª-B Sad(f), V(0-3), Martins (Pinheiro), Nada a assinalar
23.ª-Boavista(c), V(2-0), Mota (V. Ferreira), Prejudicados, (4-0), Sem influência
24.ª-Braga(f), V(0-2), Pinheiro (Godinho), Prejudicados, (0-3), Sem influência
25.ª-Marítimo(c), V(1-0), Godinho (Narciso), Prejudicados, (2-0), Sem influência

Sporting
1.ª-Gil Vicente(c), V(3-1), Narciso (R. Oliveira), Nada a assinalar
2.ª-Paços de Ferreira(f), V(0-2), Veríssimo (Esteves), Beneficiados, (0-1), Impossível contabilizar
3.ª-Portimonense(f), V(0-2), M. Oliveira (Narciso), Nada a assinalar
4.ª-Corruptos(c), E(2-2), Godinho (Martins), Prejudicados, (2-0), (-2 pontos)
5.ª-Santa Clara(f), V(1-2), Mota (V. Santos), Nada a assinalar
6.ª-Tondela(c), V(4-0), Nobre (Esteves), Nada a assinalar
7.ª-Guimarães(f), V(0-4), Hugo (V. Santos), Nada a assinalar
8.ª-Moreirense(c), V(2-1), V. Ferreira (R. Oliveira), Beneficiados, (1-1), (+2 pontos)
9.ª-Famalicão(f), E(2-2), Godinho (Soares Dias), Nada a assinalar
10.ª-Farense(c), V(1-0), Narciso (Esteves), Beneficiados, (0-0), (+2 pontos)
11.ª-B Sad(f), V(1-2), Rui Costa (Narciso), Nada a assinalar
12.ª-Braga(c), V(2-0), Verríssimo (Pinheiro), Prejudicados, Beneficiados, (4-0), Sem influência
13.ª-Nacional(f), V(0-2), Mota (Nobre), Nada a assinalar
14.ª-Rio Ave(c), E(1-1), Malheiro (V. Ferreira), Nada a assinalar
15.ª-Boavista(f), V(0-2), Veríssimo (Nobre), Nada a assinalar
16.ª-Benfica(c), V(1-0), Soares Dias (Hugo), Nada a assinalar
17-ª-Maríitmo(f), V(0-2), Hugo (Narciso), Nada a assinalar
18.ª-Gil Vicente(f), V(1-2), Almeida (Nobre), Beneficiados, (1-1), (+2 pontos)
19.ª-Paços de Ferreira(c), V(2-0), Narciso (L. Ferreira), Beneficiados, Prejudicados, (1-2), Impossível contabilizar
20.ª-Portimonense(c), V(2-0), Rui Costa (R. Oliveira), Beneficiados, (1-0), Sem influência
21.ª-Corruptos(f), E(0-0), Pinheiro (Soares Dias), Nada a assinalar
22.ª-Santa Clara(c), V(2-1), M. Oliveira (Veríssimo), Nada a assinalar
23.ª-Tondela(f), V(0-1), Almeida (Correia), Beneficiados, (0-0), (+2 pontos)
24.ª-Guimarães(c), V(1-0), Martins (V. Ferreira), Nada a assinalar
25.ª-Moreirense(f), E(1-1), Pinheiro (Esteves), Beneficiados, (2-1), (+1 ponto)

Corruptos
1.ª-Braga(c), V(3-1), Pinheiro (Martins), Beneficiados, (2-1), Impossível contabilizar
2.ª-Boavista(f), V(0-5), Godinho (Hugo), Nada a assinalar
3.ª-Marítimo(c), D(2-3), Rui Costa (L. Ferreira), Beneficiados, (1-4), Sem influência
4.ª-Sporting(f), E(2-2), Godinho (Martins), Beneficiados, (2-0), (+1 ponto)
5.ª-Gil Vicente(c), V(1-0), Malheiro (Esteves), Nada a assinalar
6.ª-Paços de Ferreira(f), D(3-2), Almeida (Narciso), Beneficiados, (5-1), Sem influência
7.ª-Portimonense(c), V(3-1), Nobre (R. Oliveira), Beneficiados, (3-2), Impossível contabilizar
8.ª-Santa Clara(f), V(0-1), Pinheiro (Esteves), Beneficiados, (0-0), (+2 pontos)
9.ª-Tondela(c), V(4-3), Martins (Hugo), Beneficiados, (2-3), (+3 pontos)
10.ª-Nacional(c), V(2-0), M. Oliveira (Esteves), Beneficiados, Prejudicados, (0-1), (+3 pontos)
11.ª-Guimarães(f), V(2-3), Malheiro (Rui Costa), Beneficiados, (1-0), (+3 pontos)
12.ª-Moreirense(c), V(3-0), Mota (V. Santos), Beneficiados, (1-0), Impossível contabilizar
13.ª-Famalicão(f), V(1-4), Rui Costa (Martins), Prejudicados, Beneficiados, Sem influência
14.ª-Benfica(c), E(1-1), Godinho (Hugo), Beneficiados, (1-2), (+1 ponto)
15.ª-Farense(f), V(0-1), Mota (Malheiro), Beneficiados, (2-1), (+3 pontos)
16.ª-Rio Ave(c), V(2-0), Almeida (Godinho), Nada a assinalar
17.ª-B Sad(f), E(0-0), Veríssimo (R. Oliveira), Nada a assinalar
18.ª-Braga(f), E(2-2), Soares Dias (Pinheiro), Nada a assinalar
19.ª-Boavista(c), E(2-2), Mota (V. Ferreira), Beneficiados, (0-3), (+1 ponto)
20.ª-Marítimo(f), V(1-2), V. Ferreira (Almeida), Beneficiados, (2-1), (+3 pontos)
21.ª-Sporting(c), E(0-0), Pinheiro (Soares Dias), Nada a assinalar
22.ª-Gil Vicente(f), V(0-2), Almeida (R. Oliveira), Nada a assinalar
23.ª-Paços de Ferreira(c), V(2-0)Martins (Nobre), Nada a assinalar
24.ª-Portimoenense(f), V(1-2), Rui Costa (Narciso), Beneficiados, (2-2), (+2 pontos)
25.ª-Santa Clara, (c), V(2-1), Hugo (Nobre), Nada a assinalar

Anexos (II):
Árbitros:
Benfica
Almeida - 4
Rui Costa - 3
Hugo - 3
Martins - 3
Godinho - 3
Soares Dias - 2
M. Oliveira - 2
Mota - 2
Pinheiro - 2
Malheiro - 1

Sporting
Veríssimo - 3
Narciso - 3
Godinho -2
Mota - 2
Hugo - 2
Rui Costa - 2
M. Oliveira - 2
Almeida - 2
Pinheiro - 2
Nobre - 1
V. Ferreira - 1
Malheiro - 1
Soares Dias - 1
Martins - 1

Corruptos
Godinho - 3
Mota - 3
Pinheiro - 3
Almeida - 3
Rui Costa - 3
Malheiro - 2
Martins - 2
Nobre - 1
M. Oliveira - 1
Veríssimo - 1
Soares Dias - 1
V. Ferreira - 1
Hugo - 1

VAR's:
Benfica
V. Santos - 5
Esteves - 3
Hugo - 3
Nobre - 3
Godinho - 2
Narciso - 2
Malheiro - 1
R. Oliveira - 1
Rui Costa - 1
Almeida - 1
Melo - 1
Pinheiro - 1
V. Ferreira - 1

Sporting
Esteves - 4
Narciso - 3
Nobre - 3
R. Oliveira - 3
V. Santos - 2
Soares Dias - 2
V. Ferreira - 2
Martins - 1
Pinheiro - 1
Hugo - 1
L. Ferreira - 1
Veríssimo - 1
Correia - 1

Corruptos
Esteves - 3
Martins - 3
Hugo - 3
R. Oliveira - 3
Narciso - 2
Nobre - 2
L. Ferreira - 1
Rui Costa - 1
V. Santos - 1
Malheiro - 1
Godinho - 1
Pinheiro - 1
V. Ferreira - 1
Almeida - 1
Soares Dias - 1

Jogos Fora de Casa (árbitros + VAR's)
Benfica
Hugo - 2 + 3 = 5
Pinheiro - 2 + 1 = 3
Godinho - 2 + 1 = 3
V. Santos - 0 + 3 = 3
Malheiro - 1 + 1 = 2
Almeida - 1 + 0 = 1
Mota - 1 + 0 = 1
Soares Dias - 1 + 0 = 1
M. Oliveira - 1 + 0 = 1
Martins - 1 + 0 = 1
Nobre - 0 + 1 = 1
Rui Costa - 0 + 1 = 1
Melo - 0 + 1 = 1

Sporting
Narciso - 0 + 3 = 3
Nobre - 0 + 3 = 3
Mota - 2 + 0 = 2
Veríssimo - 2 + 0 = 2
Hugo - 2 + 0 = 2
Almeida - 2 + 0 = 2
Pinheiro - 2 + 0 = 2
V. Santos - 0 + 2 = 2
Soares Dias - 0 + 2 = 2
Esteves - 0 + 2 = 2
M. Oliveira - 1 + 0 = 1
Godinho - 1 + 0 = 1
Rui Costa - 1 + 0 = 1
Correia - 0 + 1 = 1

Corruptos
Almeida - 2 + 1 = 3
Rui Costa - 2 + 1 = 3
Godinho - 2 + 0 = 2
Malheiro - 1 + 1 = 2
Pinheiro - 1 + 1 = 2
Martins - 0 + 2 = 2
R. Oliveira - 0 + 2 = 2
Narciso - 0 + 2 = 2
Mota - 1 + 0 = 1
Veríssimo 1 + 0 = 1
Soares Dias 1 + 0 = 1
V. Ferreira 1 + 0 = 1
Hugo - 0 + 1 = 1
Esteves - 0 + 1 = 1

Totais (árbitros + VAR's):
Benfica
Hugo - 3 + 3 = 6
Almeida - 4 + 1 = 5
Godinho - 3 + 2 = 5
V. Santos - 0 + 5 = 5
Rui Costa - 3 + 1 = 4
Martins - 3 + 0 = 3
Pinheiro - 2 + 1 = 3
Esteves - 0 + 3 = 3
Nobre - 0 + 3 = 3
Soares Dias - 2 + 0 = 2
M. Oliveira - 2 + 0 = 2
Mota - 2 + 0 = 2
Malheiro - 1 + 1 = 2
Narciso - 0 + 2 = 2
R. Oliveira - 0 + 1 = 1
Melo - 0 + 1 = 1
V. Ferreira - 0 + 1 = 1

Sporting
Narciso - 3 + 3 = 6
Veríssimo - 3 + 1 = 4
Nobre - 1 + 3 = 4
Esteves - 0 + 4 = 4
Hugo - 2 + 1 = 3
Pinheiro - 2 + 1 = 3
Soares Dias - 1 + 2 = 3
V. Ferreira - 1 + 2 = 3
R. Oliveira - 0 + 3 = 3
Mota - 2 + 0 = 2
Rui Costa - 2 + 0 = 2
M. Oliveira - 2 + 0 = 2
Almeida - 2 + 0 = 2
Martins - 1 + 1 = 2
V. Santos - 0 + 2 = 2
Godinho - 1 + 0 = 1
Malheiro - 1 + 0 = 1
L. Ferreira - 0 + 1 = 1
Correia - 0 + 1 = 1

Corruptos
Martins - 2 + 3 = 5
Godinho - 3 + 1 = 4
Pinheiro - 3 + 1 = 4
Almeida - 3 + 1 = 4
Rui Costa - 3 + 1 = 4
Hugo - 1 + 3 = 4
Mota - 3 + 0 = 3
Malheiro - 2 + 1 = 3
Nobre - 1 + 2 = 3
Esteves - 0 + 3 = 3
R. Oliveira - 0 + 3 = 3
V. Ferreira - 1 + 1 = 2
Soares Dias 1 + 1 = 2
Narciso - 0 + 2 = 2
M. Oliveira - 1 + 0 = 1
Veríssimo - 1 + 0 = 1
L. Ferreira - 0 + 1 = 1
V. Santos - 0 + 1 = 1


Jornadas anteriores:

Épocas anteriores:

Objectivo cumprido


""O mais importante era ganhar e isso foi conseguido", começou por afirmar Jorge Jesus, após a partida com o Marítimo, realçando, com pragmatismo, a relevância dos três pontos conquistados e a continuidade da senda de vitórias que a equipa tem vindo a conseguir desde que o surto de Covid-19 no seio do plantel foi debelado.
Tratou-se do sexto triunfo consecutivo em provas oficiais, o quinto na Liga NOS. Esta série vitoriosa no Campeonato iguala a melhor conseguida na presente temporada, ao longo das cinco jornadas iniciais. 
 Merecem também destaque as seis partidas seguidas na Liga NOS sem qualquer golo sofrido. É preciso recuar a 2014/15, época em que, sob o comando de Jorge Jesus, nos sagrámos bicampeões nacionais passados 31 anos, para se encontrar um registo melhor (sete). Em toda a história, foram somente oito as séries mais longas que a atual de jogos consecutivos no Campeonato sem golos sofridos.
O triunfo benfiquista ante o Marítimo não tem contestação possível. Só a ineficácia perante a baliza contrária impediu a nossa equipa de cimentar a vantagem conseguida no 21.º minuto de jogo. E ao não conseguir concretizar qualquer das várias oportunidades de golo criadas, "pôs-se a jeito", conforme caracterizou Jorge Jesus. Na única grande chance maritimista, Helton fechou a baliza.
O golo solitário foi da autoria de Waldschmidt, o 10.º da sua conta pessoal desde que chegou ao Benfica, perfazendo já, ainda com dez jogos por disputar na temporada, o seu melhor registo numa época.
Fê-lo de penálti, o primeiro de que o Benfica beneficiou na Liga NOS 2020/21. Foram necessárias 25 jornadas para que, finalmente, uma falta evidente sobre um nosso jogador na área adversária fosse sancionada com grande penalidade. Trata-se de um recorde indesejável e injusto face aos vários lances em jogos anteriores que, indubitavelmente, deveriam ter sido assinalados.
O nosso treinador, entretanto, atingiu um marco interessante ao serviço do Benfica: 250 vitórias em competições oficiais nacionais e internacionais, não considerando três após o desempate por marcação de pontapés da marca de grande penalidade. Incluindo estas e ainda as conseguidas na Taça de Honra da AFL, soma 255.
Após uma ronda em que encurtámos em dois pontos a distância pontual para o líder, faltam agora nove jornadas e todas são para vencer. Por agora interessa apenas a próxima, na qual teremos a difícil deslocação ao reduto do Paços de Ferreira, casa do quinto classificado e de uma das equipas mais elogiadas pelos analistas.
De Todos Um, o Benfica!"

Lucão, o Senhor das “Clean Sheets”


"Seis jogos “domésticos”, seis “Clean Sheets”. Deverá ser extremamente difícil encontrar registo igual por todo o mundo fora. Lucas Veríssimo entrou na equipa do Benfica como se sabia que entraria quem antes já acompanhara aquele que é um dos melhores centrais de nacionalidade brasileira da actualidade, e entre competências defensivas e tremenda qualidade ofensiva, o central da Liga portuguesa.
Impressiona a forma como o seu passe tenso chega ao destino, como não cede na pressão mantendo intentos ofensivos e ainda mais quando em tarefa defensiva se preocupa desde logo a ligar o jogo para o contra ataque. Fisicamente, tecnicamente e tacticamente a um nível extraordinário, Lucas trouxe argumentos para o Benfica em todos os momentos do jogo. Trouxe ligação na construção, saída em Transição nas bolas que ao recuperar entrega com qualidade, imponência no jogo aéreo defensivo, concentração competitiva em momento de perda da bola, onde sucessivamente abafa referência de saída, e ainda tremendo posicionamento e leitura de jogo defensivo."

SL Benfica 1-0 CS Marítimo: Tento solitário de Waldschmidt garante mais um triunfo


"A Crónica: Sexta Vitória Consecutiva Graças Ao Sétimo Golo de Luca na Liga
Nem mesmo a pausa de duas semanas faz parar o SL Benfica na luta para chegar ao lugar de acesso direto à Champions. Em mais uma ronda da Primeira Liga, as “águias” receberam e venceram pela margem mínima o CS Marítimo, numa partida em que a diferença poderia ter sido maior caso os homens da frente do ataque encarnado tivessem sido menos perdulários na hora de rematar.
O início de jogo não teve grandes momentos de interesse, com o SL Benfica a ter mais bola e a fazê-la circular com o intuito de abrir espaços na muralha insular, que estava a defender com toda a equipa atrás da linha da bola. Por lance corrido, estava complicado para os homens de Jorge Jesus criarem perigo ao seu adversário, pelo que foi na conversão de uma grande penalidade que foi inaugurado o marcador na Luz.
Depois de Marcelo Hermes ter cometido falta na grande área sobre Rafa, Luca Waldschmidt assumiu a responsabilidade de bater o guardião Amir e não desperdiçou a oportunidade para fazer o 1-0. O alemão fez assim o seu sexto tento na Primeira Liga.
Em desvantagem, o CS Marítimo teria forçosamente de se expor mais se quisesse sair da Luz com um resultado positivo, algo que poderia abrir mais a partida e trazer mais ocasiões de perigo. Aos 29’, Seferovic combinou bem com Rafa e ficou na cara de Amir, só que atirou à figura do guarda-redes. No minuto 34, Waldschmidt apareceu isolado e tentou contornar o número 1 insular para fazer o seu bis, mas foi desarmado no momento em que ia rematar.
A cinco minutos do descanso, foi a altura de se assistir ao primeiro remate à baliza dos visitantes – na sequência de um livre lateral, Zainadine amorteceu de cabeça ao segundo poste para Andreas Karo, que não foi capaz de bater Helton Leite, um autêntico espetador durante o primeiro tempo devido ao pouco perigo criado pela equipa madeirense.
O intervalo fez bem aos dois lados, já que o início do segundo tempo teve maior intensidade e novamente com o SL Benfica a estar perto de fazer o 2-0 numa bola parada bem trabalhada onde Otamendi fez o mais difícil ao atirar para fora, quando estava em excelente posição para marcar.
O ritmo de jogo parecia estar outra vez a baixar, mas ganhou interesse aos 63 minutos nas duas grandes áreas. Primeiro, Cláudio Winck obrigou Helton Leite a fazer uma grande defesa para manter a vantagem encarnada, após um pontapé de canto do lado esquerdo. No instante seguinte, Seferovic ficou isolado na cara de Amir que defendeu com o ponta do pé.
A partida foi-se desenrolando até ao minuto 90 com o SL Benfica a conseguir controlar o ritmo do jogo, algo que deixava pouco espaços para os visitantes ainda tentarem chegar ao empate. Mesmo assim, Jorge Correa aos 90+1’ teve o empate nos pés com um remate potente a sair ligeiramente ao lado. O último lance do encontro surgiu nos pés de Chiquinho que poderia ter dissipado quaisquer dúvidas sobre o resultado final, mas Amir voltaria a brilhar.
Vitória encarnada pela margem mínima que continua a sua senda vitoriosa e sem sofrer qualquer golo há seis partidas. O CS Marítimo só esboçou uma reação na fase final da partida, porém o esforço final não valeu de muito.

A Figura
Rafa Silva O extremo português está em bom momento de forma, e foi elemento “mais” do ataque encarnado durante a partida. Sempre ligado à corrente, procurou constantemente criar desequilíbrios na defesa insular e foi uma grande dor de cabeça para os defensores visitantes.

O Fora de Jogo
Joel Tagueu A referência ofensiva do CS Marítimo na ausência de Rodrigo Pinho esteve muito apagado durante o tempo que esteve em campo. Bastante vigiado pela dupla central do SL Benfica, o número 95 dos madeirenses não criou qualquer espaço na frente de ataque e acabou por ser substituído aos 71 minutos.

Análise Tática – SL Benfica
Em busca de chegar à sexta vitória consecutiva, o SL Benfica apresentou-se na Luz para continuar a sua senda vitoriosa com destaque para o triunfo importante em Braga na jornada anterior. Pairava no ar a dúvida se o sistema com três centrais iria manter-se, mas Jorge Jesus optou pelo 4-4-2, com a entrada de Everton Cebolinha para a ala esquerda do ataque encarnado.
As “águias” entraram motivadas para o jogo à procura de marcar logo no início, pressionando fortemente a defesa contrária, só que a boa organização do CS Marítimo impediu essa mesma pretensão encarnada. Foi aos 21’ que o conjunto encarnado conseguiu bater Amir, na conversão de uma grande penalidade por Waldschmidt. O resto do primeiro tempo foi totalmente controlado pelos homens de Jorge Jesus, só que estava a faltar maior criatividade na última zona do campo para surgirem mais oportunidades.
No início do segundo tempo, o SL Benfica até teve dois lances para aumentar a sua vantagem – Otamendi aos 53’ e Seferovic aos 62’ -, contudo a ineficácia dos dois jogadores levou a melhor e o resultado foi-se mantendo inalterado até ao final do jogo, sem grandes sobressaltos para os comandados de Jorge Jesus, que garantiram mais um triunfo.

11 Inicial e Pontuações
Helton Leite (6)
Diogo Gonçalves (6)
Nicolás Otamendi (6)
Lucas Veríssimo (6)
Grimaldo (6)
Julian Weigl (5)
Adel Taarabt (5)
Rafa (7)
Everton Cebolinha (4)
Luca Waldschmidt (6)
Haris Seferovic (5)
Subs Utilizados
Franco Cervi (5)
Darwin Núñez (4)
Chiquinho (-)
Jan Vertonghen (-)

Análise Tática – CS Marítimo
A lutar para sair dos lugares de descida, o CS Marítimo sabia de antemão que não teria uma missão fácil na visita à Luz. Depois da pesada derrota sofrida em casa frente ao FC Famalicão, o treinador Júlio Velázquez fez quatro mudanças no seu onze: Andreas Karo e René Santos entraram para formar com Zainadine a linha de três centrais, além da titularidade de Ali Alipour a acompanhar Joel Tagueu na frente de ataque.
Dando o controlo total ao seu adversário, os insulares limitaram-se a proteger a sua baliza durante a maioria da primeira parte, tarefa que não foi cumprida na sua plenitude devido ao golo sofrido aos 21 minutos. A precisar urgentemente de amealhar pontos para fugir da cauda da tabela, era expectável que o CS Marítimo se soltasse mais para voltar à situação de igualdade no marcador. Porém, isso não aconteceu de todo, tanto que foi preciso esperar até ao minuto 40 para ver o primeiro remate enquadrado da formação visitante.
Na segunda parte, a equipa visitante arriscou um pouco mais para tentar chegar ao golo do empate, mas esse esforço apenas se traduziu nos últimos minutos do jogo, algo que penalizou bastante o CS Marítimo que continua em posição delicada na tabela classificativa.

11 Inicial e Pontuações
Amir Abedzadeh (7)
Cláudio Winck (6)
Zainadine Júnior (6)
Andreas Karo (5)
Marcelo Hermes (5)
Jean Irmer (4)
Franck Bambock (6)
René Santos (5)
Ali Alipour (4)
Edgar Costa (5)
Joel Tagueu (4)
Subs Utilizados
Pedro Pelágio (5)
Correa (5)
Milson (5)
Rafik Guitane (-)

BnR na Conferência de Imprensa
SL Benfica
BnR: O SL Benfica iniciou a partida a jogar com dois centrais, mas terminou o jogo num sistema de três centrais. O que o fez mudar a dinâmica defensiva da sua equipa, ainda para mais numa altura em que o CS Marítimo foi à procura do golo do empate de forma mais intensa nos últimos minutos?
Jorge Jesus: Optei por jogar com dois centrais e não três, por achar que o Marítimo não tinha um sistema tático de forma que pudesse fechar mais o nosso corredor central. Senti que era importante ter um jogador com caraterísticas mais ofensivas a jogar mais perto da última linha do Marítimo. Calculava que o Marítimo ia jogar em 5-4-1 nos momentos defensivos, mas jogou em 5-3-2, o que até facilitou o jogo pelo lado direito. Explorámos muito esse lado, pois reparámos que o jogador do Marítimo que fechava o nosso lado direito, nunca tinha tempo de chegar ao Diogo (Gonçalves) e foi aí que canalizámos várias jogadas e na segunda parte, foi a mesma coisa. Fiz mudanças já perto do fim do jogo, voltando assim à estrutura que usámos em Braga, pois senti que o nosso corredor central estava a quebrar com o Adel (Taarabt) mostrou sinais de fadiga e o Julian (Weigl) parecido, e o Marítimo a meter mais jogadores na frente e que nos podia surpreender, então justificava-se mudar o sistema da equipa. Isso compete ao treinador saber jogar com o jogo, foi o que fizemos e ficámos mais seguros.

CS Marítimo
Não foi possível fazer questão ao treinador do CS Marítimo, Julio Velázquez."

Benfica q. b.


"Jogo de sentido único, como se esperava, com uma vitória natural da turma da Luz, num jogo com pouco sal e um ritmo baixo. Se do lado encarnado o interesse e a predisposição para acelerar o jogo não estiveram nos píncaros, do lado maritimista a incapacidade em transitar com qualidade tornou sempre o terreno de jogo demasiado grande para os forasteiros, que se limitaram a ações de bola parada para criar situações de relativo perigo.
Lucas e Diogo Gonçalves cada vez mais entrosados no coletivo encarnado são, também eles, peça chave para que a equipa ataque melhor. Para ter a bola com qualidade tens de a perder menos vezes e, para tal, esta dupla veio trazer maior critério e capacidade associativa à última linha encarnada;
Por oposição aos seus colegas, Everton. O internacional brasileiro tarda em evidenciar todo o seu potencial. O canarinho parece, por vezes, um peixe fora de água no modelo de Jorge Jesus. Muitas vezes de costas para o jogo e tendo a obrigatoriedade de baixar na cobertura ao lateral, Everton parece um elemento “triste” em campo;
No lado oposto, Rafa beneficia do aparecimento de Diogo Gonçalves para subir o seu rendimento. Porque o futebol é, antes de mais, um jogo de associações setoriais, o extremo português encontra, pelas combinações com Diogo mas também Luca, melhor condições para explorar o seu futebol e aparecer, em espaço curto, devidamente enquadrado para a baliza adversária para desequilibrar; 
 Taarabt, novamente à sua imagem, a perder gás com o decorrer do encontro e a deixar a sua equipa exposta a algumas transições adversárias. Se é importante saber ter a bola, não é menos ter equilíbrio sem ela;
Seferovic é o melhor marcador do Benfica mas mostrou, mais uma vez, o porquê de não ser visto como um matador. Uma bola em zona frontal na cara do guarda-redes não pode ser desperdiçada com tanta displicência.

Destaques Individuais
Luca é o criador-mor do jogo ofensivo encarnado. A qualidade técnica e associativa do alemão são imprescindíveis para um Benfica com um jogo, demasiadas vezes, lento e padronizado. Hoje, para além de tudo isso, marcou o golo da vitória.
Lucas Veríssimo é um defesa de uma sobriedade incomum nos momentos com e sem bola. Apesar de o seu único erro técnico de hoje ter originado a maior oportunidade do Marítimo, o brasileiro mostra, a cada jogo, porque motivo a melhoria defensiva encarnada não se pode dissociar da sua chegada.
Amir evitou um resultado dilatado com duas defesas de bolas “isoladas” e outro par de boas intervenções. Merece outro patamar na carreira."

Falta de cobertura?!!!


"Depois dos 2 penáltis por assinalar a favor do Benfica em Moreira de Cónegos, hoje houve mais uma vez problemas de comunicação com o VAR. Deve haver pouca cobertura na zona do Estádio.
Como diria Feddal: "Cada vez entiendo menos.""

Para recordar...!!!


"Dia memorável na história do futebol português.
Foi finamente assinalado o primeiro penálti a favor do SL Benfica na época de 2020/2021, à 25ª jornada do campeonato, no dia 5 de Abril de 2021.
Há exatamente 258 dias que não era assinalada uma grande penalidade para a liga a favor do SL Benfica, desde o jogo com o Clube Desportivo das Aves, em 21 de Julho de 2020, lance então convertido por Pizzi. 
 Que se dê início à peregrinação a Fátima."

Vergonha, é conceito que esta gente não compreende!!!


"Até onde chega a falta de vergonha deste jornal?
Todos os benfiquistas deveriam boicotar os jornais e sites da Global Media Group, cuja origem advém da Olivedesportos, empresa fundada por Joaquim Oliveira, acionista da FC Porto SAD. É crucial que se pare de alimentar quem tão mal faz ao Sport Lisboa e Benfica, de forma ostensiva e reiterada."

F, claramente...!!!


"a) O cúmulo do fanatismo?
b) O cúmulo da necessidade de servir o dono para meter o pão na mesa?
c) O cúmulo do anti-benfiquismo primário
d) O cúmulo da demência?
e) O cúmulo da falta de vergonha na puta da cara
f) Todas as anteriores estão correctas"

E que tal rever o fairplay financeiro?


"O futebol não poderia ficar imune à covid e a UEFA sabe-o. A ausência de público afeta muito a captação de receitas de matchday (bilheteira, lugares anuais e corporate), merchandising (pelo peso das vendas em dias de jogo) e, porventura, de patrocínios (em função da redução da atividade económica global).
Faz por isso sentido que a UEFA altere as regras do fairplay financeiro, na medida em que a aplicação dos indicadores e rácios anteriormente usados tornar-se-ia inviável, designadamente pelo crescimento previsível do número de clubes em incumprimento. A extinção, porém, seria um erro: o fairplay financeiro induz boas práticas de gestão, impondo mecanismos de controlo que, de outra forma, dificilmente resistiriam à miopia do proto sucesso desportivo imediato. Com a experiência de alguns anos e a pandemia por cima, talvez esta seja uma boa oportunidade para a UEFA rever as regras introduzidas em 2010.
Por exemplo, fará sentido que um clube com capitais próprios robustos (acima do capital social), esteja limitado a um breakeven, num triénio, de apenas 5 milhões negativos? Não me parece. E mais importante do que a adequação dos indicadores e rácios é abolir as regras inibidoras a que um qualquer magnata tente "comprar" títulos. Lembro que o fairplay financeiro surgiu também em reação ao crescimento galopante do Chelsea e outros.
Ao contrário do muitas vezes sugerido, a existência de clubes "novos-ricos" é desejável - estimula a competitividade (e os "odiados" despertam mais interesse - ganhar-lhes torna-se um desígnio). Muitos dos clubes hoje considerados aristocráticos cimentaram esse estatuto na sequência de investimentos desmesurados em tempos idos, não necessariamente muito distantes. De novo o Chelsea: hoje, pouco se contesta o efeito Abramovich. Mesmo que o súbito "fecho da torneira" traga riscos, os limites aos suprimentos merecem mais folga e as injeções de capital travestidas de patrocínios deviam ser permitidas. No limite, o maior investimento beneficia a indústria do futebol no seu todo. Esta deveria ser a prioridade da UEFA."

Da semântica, da ignorância e do condicionamento


"A língua portuguesa é muito traiçoeira, costumamos dizer… Não, a língua portuguesa nem é sequer traiçoeira, nós é que fazemos com que ela se torne traiçoeira. E ao pretendermos que ela seja traiçoeira, atraiçoamo-nos… umas vezes por questões de semântica, outras por simples e mera ignorância. Ou ainda por sermos condicionados.
Recorre-se como justificação à homonímia – “rematar” qualquer actividade ou tarefa, de finalizar, concluir, e “rematar” à baliza (chutar, de ‘shoot’, o tiro finalizado em golo) – e a tudo o que é ‘cliché’ – “vamos deixar tudo em campo”, “vim para ajudar a equipa”, “ganhamos ou… morremos”, “perdemos mas saímos de cabeça erguida”.
Utiliza-se indiscriminadamente vários termos por incúria, provocando um esvaziamento dos conteúdos dos mesmos, vulgarizando-os. Dois exemplos: um deles é “fair-play” (que formas de? Em que circunstâncias?); o outro é “verdade desportiva” (qual é de facto o seu conteúdo?) – veja-se Dias Ferreira e Fernando Seara em «A Bola» (respectivamente 03.04.2021, p. 38 e 20.03.2021, p.31). Banaliza-se a equidade e banaliza-se a justiça. Em inúmeros artigos, textos, livros, crónicas, comentários, estes dois termos desconceituados são utilizados sem os seus utilizadores previamente se preocuparem em defini-los e sem explicarem de que e sobre o que estão a falar. Seguindo uma via normal estes termos completamente inócuos são reproduzidos ao infinito. Tal como o “no pain, no gain”, o expoente máximo da pedagogia da dor, que nos pretende inculcar o princípio de que para vencer é preciso sofrer!
Na maior parte dos estudos, tal como na comunicação social, os termos “agressão” e “violência” no domínio do desporto quase que se confundem, embora o segundo seja mais utilizado para os actos agressivos que são mais desaprovados socialmente… tudo o resto é “agressão”. Utilizamos demasiadas vezes o verbo “agredir” e escassas vezes o verbo “violentar”.
A ética no deporto vem muitas vezes ao de cimo quando na realidade, em vez de se discutir esta, se deveria debater a moral no desporto.
Misturamos conceitos como “indústria” e “comércio” de tal modo que categorizamos o futebol profissional e todo o desporto espectáculo como indústria quando na realidade são comércio. Há a negação do termo “comércio” por este estar mais associado ao negócio, ao intermediário e ao lucro, em benefício do termo “indústria” (não é por acaso que se vulgarizou a “indústria do espectáculo”) dado ligar-se este inconscientemente a um contributo para a economia, a uma promoção do desenvolvimento e do crescimento económico (veja-se aqui o artigo «Desporto: indústria ou comércio?» de 04.03.2021). 
Por último, a utilização mais que banalizada do termo “atitude” – “a equipa apresentou em campo uma atitude agressiva” ou “o jogador mostrou uma atitude determinada”.
Quando Jorge Valdano («A Bola», 23.01.2021, p.32) diz que “o desejo de culpar fala da falta de atitude” utiliza o termo correctamente. Já não o faz o antigo jogador do Wolverhampton Karl Henry quando se refere ao abruptamente falecido Lee Collins (Sky Sports online, 02.04.2021) e afirma: “lembro-me de Lee como um jovem jogador no Wolves. Ele era um bom rapaz com uma grande atitude.”
Qualquer neófito em psicologia sabe que uma atitude é uma tendência interna do indivíduo, uma propensão para. Não é visível, embora se possa medir (escalas de Thurstone, de Likert, de Guttman ou de Osgood). O que é visível, e como tal observável, é o comportamento do sujeito. As atitudes, tal como os valores, as crenças e as normas são determinantes do comportamento, não são o comportamento. Logo, não se pode – não se deve – utilizar o termo “atitude” em detrimento de “comportamento” como forma de empolgar a acção tornando-a mais relevante ou de a tentar branquear tornando-a mais justificável.
Usando-se este termo, muita tinta que correu nesta última semana sobre a “atitude” de Cristiano Ronaldo por causa de um golo que foi injustamente negado à selecção nacional num jogo contra a Sérvia. O jogador quis abandonar o campo antes do apito final, retirou a braçadeira de capitão e arremessou-a ao chão. Não foi uma questão de “atitude”. Foi uma questão de “comportamento”. 
 Acontece que, muitas vezes, senão na maior parte das vezes, temos a convicção que estamos a ser informados quando na verdade estamos a ser manipulados. Temos a convicção que estamos a adquirir conhecimento quando na verdade estamos a ser condicionados. E como nos disse Aldous Huxley (1), “está-se de tal modo condicionado, que ninguém pode deixar de fazer o que tem a fazer.”"