sábado, 27 de março de 2021

Vitória curta...

Benfica 1 - 0 Albergaria


Não jogámos bem, mesmo antes da expulsão da Seiça, estávamos com dificuldades... e com menos uma, o susto ainda foi maior!!!

Parabéns, Artur Santos!


"Hoje assinalamos o 90.º aniversário de Artur Santos, nosso antigo jogador e presidente do Sport Saudade e Benfica.
Artur é Benfica. Elogia-lhe, quem o viu jogar, o voluntarismo, a abnegação, a intrepidez, a capacidade de sacrifício e o espírito de missão, sobretudo na hora de impedir as investidas adversárias. Um dia chamaram-lhe a "Muralha Benfiquista", epíteto que tão bem lhe assentou e pelo qual é ainda lembrado passadas décadas de ter pendurado as chuteiras.
Natural de Paço de Arcos, nos arredores de Lisboa, chegou ainda adolescente ao Clube. Em 1949/50, a época da conquista benfiquista da Taça Latina, jogou ocasionalmente na equipa de honra, notabilizando-se como titular pela equipa das reservas. Na época seguinte passou a ser utilizado regularmente na defesa liderada por Félix e ganhou o estatuto de titular indiscutível em 1951/52, que manteve, à exceção de 1957/58, até à penúltima temporada de águia ao peito. 1960/61 haveria de ser de despedida de Artur, após uma brilhante carreira recheada de títulos.
Representou a equipa de honra em 382 ocasiões (286 em competições oficiais), distribuídas por 12 épocas, capitaneando-a 70 vezes. Começou por alinhar maioritariamente à direita da defesa, com algumas incursões pela esquerda quando necessário. Com a chegada de Otto Glória, em 1954, estabeleceu-se ao centro da linha defensiva, tendo regressado por vezes à direita, nomeadamente na derradeira temporada.
Ajudou o Clube a sagrar-se campeão nacional na época de estreia do saudoso treinador brasileiro, em 1954/55. Viria a ser campeão novamente em 1957, 1960 e 1961, as duas últimas vezes já sob as ordens de Béla Guttmann. Contribuiu ainda para a conquista de cinco Taças de Portugal (1951; 1952; 1953; 1955 e 1959 – não foi utilizado no percurso vitorioso em 1956/57). E fez parte, como capitão de equipa, da memorável campanha europeia culminada com José Águas a erguer em Berna, pela primeira vez na história do clube, o troféu da Taça dos Clubes Campeões Europeus.
Mereceu do Clube a festa de despedida após terminar a carreira de futebolista (partida amigável com o La Chaux de Fonds, da Suíça, em outubro de 1961) e continuou a servir o Benfica enquanto técnico nas camadas jovens. Prosseguiu com a carreira de treinador noutras paragens até que regressou ao Clube, que nunca havia abandonado enquanto adepto e associado, para tão bem o representar através do Sport Lisboa e Saudade, hoje denominado Sport Saudade e Benfica, o bastião das glórias "encarnadas" e da mística benfiquista.
Não obstante a provecta idade, impressiona todos os que têm a honra e o privilégio de o conhecer pela jovialidade, simpatia e disponibilidade para servir o Sport Lisboa e Benfica. O Presidente Luís Filipe Vieira, na mensagem de parabéns que lhe dirigiu, fez questão de sublinhar isso mesmo: "Felicito o Artur Santos pela celebração de tão bonita idade mantendo o espírito e entusiasmo de um jovem. O Artur é uma referência do nosso Clube, dedicando uma vida a servi-lo, não só como jogador e capitão, mas também na dinamização do Saudade, verdadeiro espaço de vivência da mística benfiquista." 
 Parabéns, Artur Santos! Que continuemos por muitos anos a ter a oportunidade de o podermos felicitar e agradecer por tudo o que representa no nosso Benfica.

P.S.: Está também de parabéns outra enorme glória do Benfica, Vítor Martins, a quem damos os parabéns pelo 71.º aniversário e manifestamos a nossa amizade. O Vítor Martins como o Artur Santos são dois obreiros da mística benfiquista. Obrigado!"

Benfica News, in SL Benfica

SL Benfica | Os 5 nomes que estão prontos para subir à equipa principal


"Apesar de, numa equipa B, os resultados não serem uma prioridade, a “segunda equipa” do SL Benfica tem realizado uma temporada sólida na Segunda Liga. Independentemente de já terem passado por uma mudança de treinador, com Renato Paiva a ser substituído pelo regressado Nelson Veríssimo, a formação secundária das “águias” tem potenciado vários jogadores e, como tal, é natural que se comece a especular que determinados jogadores possam dar o salto para a equipa A. Como tal, selecionei cinco jogadores que considero mais preparados para darem o salto, tendo em conta a experiência e maturidade, as suas qualidades e o seu desempenho individual.

1. Mile Svilar Depois de ter sido muito pouco utilizado nas suas duas primeiras épocas de águia ao peito, estagnando o seu crescimento, Svilar começou a jogar na equipa B, tendo assim a utilização regular de que necessitava para evoluir. O guarda-redes internacional jovem pela Bélgica tem-se mostrado bastante mais seguro e consistente, crescendo sobretudo na abordagem aos lances e no posicionamento entre os postes. Dadas as alterações que têm havido na baliza da equipa A, acredito que Svilar possa vir a assumir a titularidade da mesma na próxima época.

2. Morato A cumprir a segunda época de águia ao peito, Morato rapidamente mostrou que é um dos defesas-centrais mais promissores do futebol mundial, demonstrando uma capacidade acima da média, tanto a nível físico, como a nível técnico. No entanto, tinha claras lacunas a nível do posicionamento em organização defensiva e do controlo de profundidade, lacunas típicas de um defesa vindo do futebol sul-americano. Aos poucos, o central brasileiro tem aprimorado as suas lacunas enquanto jogador e a Segunda Liga já começa a ser curta para ele.

3. Paulo Bernardo Renato Paiva já disse, em entrevista, que considerava Paulo Bernardo como o jogador da equipa B encarnada com maior potencial. Embora se encontre a recuperar de lesão, Paulo Bernardo é um dos indiscutíveis da equipa B e, apesar de ainda ter idade de júnior, rapidamente se tem adaptado às exigências e à realidade da Segunda Liga. Paulo Bernardo é um médio completo com e sem bola, demonstrando capacidade para pensar o jogo e para definir os momentos de pressão. Destaca-se também a sua reação à perda da posse de bola, a sua qualidade de passe e também, embora que em crescendo, a sua finalização.

4. Ilija Vukotic No seu terceiro ano de sénior, Vukotic tem sido um dos jogadores mais utilizados pelo SL Benfica B na Segunda Liga. Podendo tanto jogar na posição de “6” como de “8”, o médio montenegrino tem características físicas e técnicas que, a meu entender, cumprem os padrões de Jorge Jesus para o meio-campo. Dono de um pé esquerdo bastante dotado, Vukotic tem qualidade a nível de passe e drible, uma boa capacidade de chegada à área e é também um bom executante de lances de bola parada.

5. Henrique AraújoAinda com idade de júnior, Henrique Araújo já se assumiu como titular da equipa B, mostrando potencialidades para se vir a tornar um avançado de referência no futebol mundial. Para além da veia goleadora, o ponta-de-lança madeirense também mostra uma inteligência ímpar a movimentar-se em campo, uma grande capacidade para jogar em apoio e na profundidade e define o timing de desmarcação como poucos. Leva oito golos em 19 jogos pelo SL Benfica B."

As estruturas, o homem a homem e a coerência



"Vemos ressurgir o Chelsea e percebemos o dedo de Tuchel, do mesmo modo que assistimos ao brilho intenso de um City refeito por Guardiola ou reconhecemos também depressa que o novo Sporting tem a impressão digital de Amorim, daquelas marcadas a tinta como nos velhos bilhetes de identidade. Mas, ao mesmo tempo, assistimos à ressurreição do Barcelona sem que haja propriamente uma “ideia Koeman”, como ainda nos surpreendemos, tantos anos depois, com uma espécie de paradoxo que são as “oscilações regulares” do Real de Zidane, percursoras dos entusiasmos fugazes com o Man United de Solskjaer. O futebol vai sempre viver assim, algures entre uma ideia que congrega jogadores e grupos de jogadores que sustentam uma ideia. Mas aqui há ovo e galinha, bem distintos, que houve grupos de jogadores desde o proto-futebol e só décadas depois se percebeu a intenção de os ligar num compromisso tático, o que melhorou o jogo.
Vem isto a propósito de dois debates recentes, porque me parece que pelo menos os enquadra, se é que não os anula: o das alterações estruturais – em que as variantes com defesa a 3 são a novidade velha (estou em definitivo dado a contradições) - ou do resgate da marcação ao homem, em boa parte reforçada a partir da alteração legal que autoriza a bola a ser tocada no interior da área após o pontapé de baliza. Foi o detonador para que muitas equipas, mesmo algumas que não têm qualquer intenção de pressionar propriamente, se apressem a condicionar individualmente o rival, mais não seja para o manter mais tempo distante da própria baliza.
A estrutura de três atrás (ou cinco, depende dos momentos), tem óbvias vantagens, seja na proteção que dá aos médios ou na liberdade ofensiva que pode garantir aos laterais/alas, algo claramente visível no actual Sporting, e que fez disparar o rendimento e cotação de Porro, Nuno Mendes ou Palhinha, e nalguns jogos recentes do Benfica, idem para Diogo Gonçalves, Grimaldo, e sobretudo a dupla Weigl/Taarabt de quem deixaram de se questionar as fragilidades defensivas. Não deixa, no entanto, de representar, por regra, a supressão de uma unidade ofensiva, o que obviamente retira soluções em posse. Claro que a qualidade ofensiva dependerá sempre do perfil desses laterais/alas (e dos médios), se de origem defensiva – o mais comum – ou com trajeto de atacantes, como nos modelos de inspiração “cruyffiana”.
A questão da marcação ao homem é mais complexa, até porque sempre existiu e não desaparecerá, pelo menos em alguns momentos do jogo. Já a opção de a colocar como prioridade defensiva, como volta a ocorrer e com particular frequência no futebol italiano, pode criar uma nova dificuldade às equipas de iniciativa, que mesmo circulando bem a bola, ligando e variando os corredores, raramente encontram espaço livre de opositores (que se movimentam em função dos rivais e não da posição da bola, e por isso estarão onde eles estão), mas não deixa de condicionar, e sempre, as próprias opções ofensivas. É que se cada jogada ofensiva (dessa equipa que defende prioritariamente HxH) se inicia com posicionamentos resultantes dos movimentos do rival, dificilmente será possível um processo de construção e criação ordenado e, na decorrência, um critério ofensivo cumprido com eficácia constante. 
Em síntese, a estrutura de 3 (ou 5) defesas, tanto pode ser útil como absurda, que o essencial é ter em conta a intenção tática e o perfil dos jogadores que a servem – desde logo, convém que haja 3 centrais de qualidade, senão mais vale não abdicar do jogador ofensivo que se retira – porque que as estruturas em si não são boas nem más, e serão sempre mais eficazes quanto mais permitirem que os jogadores exibam o que têm de bom e sejam protegidos das fragilidades. Já a eternização do condicionamento (natural) na altura do pontapé de baliza em sucessivas ações de marcação individual não me parece que garanta grandes ganhos, sobretudo em equipas que pretendem o protagonismo no jogo, seja porque coletivamente promove uma anarquia tática que contrária à confiança numa ideia de jogo própria, pensada e trabalhada, seja porque individualmente, e como nos ensinou já há uns 70 anos o mestre Viktor Maslov, um dos pais autênticos do futebol moderno, quase oprime moralmente o jogador que tem de a fazer. No limite, o melhor jogo nunca será nem o das ideias que castram jogadores, nem o da anarquia que desfavorece até os maiores craques. O caminho certo será sempre o da coerência entre as ideias e os jogadores. Se puderem ser dos melhores – ideia e jogadores- como no City, a consagração pode ser retumbante. Mas se houver pelo menos coerência, o sucesso também fica mais perto, como tem acontecido no Sporting."

Já se vê uma luz ao fundo do túnel


"Portugal conseguiu recentemente um enorme reconhecimento internacional nas mais diversas modalidades: foram os Europeus de Pista Coberta de Atletismo, foi o Campeonato do Mundo de Vela da classe 470, foi a qualificação histórica da seleção masculina de Andebol para uns Jogos Olímpicos - só para destacar os mais recentes, porque existiram ao longo deste último ciclo muitos mais honrosos resultados na Canoagem, Ciclismo, Equestre, Ginástica, Judo, Natação, Skate, Surf, Taekwondo, Ténis, Ténis de Mesa, nos Tiros e no Triatlo.
E o que têm todas estas modalidades em comum? Têm atletas integrados no Programa de Preparação Olímpica – Projeto Tóquio 2020.
Este Programa de Preparação Olímpica tem por objeto assegurar as condições de preparação para os Jogos Olímpicos, designadamente através da atribuição de bolsas aos atletas e treinadores integrados no Projeto Tóquio 2020, bem como a concessão de verbas às Federações, consignadas à preparação e participação competitiva dos atletas integrados no Projeto Tóquio 2020.
Face ao adiamento dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020 para 2021 foram necessárias medidas extraordinárias de gestão da sustentabilidade do Programa de Preparação Olímpica, com o objetivo de minimizar os efeitos da pandemia e proporcionar a possível tranquilidade na preparação dos atletas. 
Tais medidas passaram pela manutenção dos valores comprometidos para o Apoio à Preparação durante o ano de 2020; pelo prolongamento automático, até à nova data dos Jogos Olímpicos, das integrações dos atletas qualificados; pela manutenção dos níveis de todos os atletas integrados no Projeto Tóquio que continuam com possibilidades de qualificação até ser possível a normal realização dos quadros competitivos nas diferentes modalidades; pela manutenção das bolsas de atletas e de treinadores de acordo com os princípios anteriormente apresentados e, com a ausência e indefinição do quadro competitivo, pela solicitação às Federações de adotarem uma gestão responsável dos recursos disponibilizados ao longo do ano passado, cumprida com elevada distinção, na perspetiva de garantir as melhores condições de apoio ao processo de qualificação, que retomou somente no último trimestre do ano passado.
É certo que todas estas medidas ajudaram o topo da pirâmide do movimento desportivo, mas e muito bem expressado na carta aberta ao Primeiro-Ministro subscrita por um grupo de atletas de elite, a importância da Atividade Física e do Desporto não se resume às prestações desportivas de um grupo de Atletas.
Felizmente, a acompanhar as medidas gerais de desconfinamento foi anunciado o regresso gradual do desporto de formação e, reconhecendo a necessidade de medidas extraordinárias para mitigar as consequências da pandemia no Desporto, uma vitamina de 65 milhões de euros, dos quais 30 milhões a fundo perdido para clubes e associações desportivas, 5 milhões para reabilitação de instalações desportivas e uma linha de crédito de 30 milhões para as Federações dotadas de utilidade pública desportiva. 
Já se vê uma luz ao fundo do túnel! Mas a capacidade de alcançá-la dependerá não só da concretização dos apoios anunciados, da burocracia e critérios de acesso, como também da capacidade dos clubes, associações e federações em construírem alicerces que sustentem o topo da pirâmide do movimento desportivo. Porque as dívidas contraídas para recuperar hoje precisarão de ser pagas amanhã, e por mais sólido que seja o telhado todas as casas acabam por desmoronar se não tiverem bases sustentáveis.
Por fim, assinalo que ontem teve início o percurso da Tocha Olímpica pelo Japão, na sua viagem de 121 dias pelas 47 prefeituras do país que de 23 de julho a 8 de agosto vai receber os Jogos Olímpicos.
“Os sonhos são para serem vividos”"