terça-feira, 9 de março de 2021

Lixívia 22


Tabela Anti-Lixívia
Benfica..............45 (-10) = 55
Sporting............ 58 (+4) = 54
Corruptos....... 48 (+20) = 28


Jornada estranhamente calma, sem grandes casos de arbitragem! Mas com as características típicas do Tugão a manterem-se!

Em Barcelos, o aflito Gil Vicente, decidiu 'poupar' vários titulares contra os Corruptos! Tudo normal... inclusive a atitude dos jogadores da casa, bastante aquém daquela que demonstraram por exemplo, contra o Benfica!

No Alavalixo, mais um festival de porrada, sem qualquer consequência! O único Amarelo para o Sporting, foi para um jogador sentado no banco!!!
Como este tipo de discussão é muitas vezes subjectivo, deixo aqui algumas imagens de faltas cometidas por jogadores do Sporting... Repito, nenhum deles levou Amarelo, incluindo o inimputável Palhinha!!!! E neste resumo não coloquei os mergulhos para a piscina constantes dos Lagartos...



. . . . . . . . . . Anexos (I):
Benfica
1.ª-Famalicão(f), V(1-5), Godinho (Malheiro), Nada a assinalar
2.ª-Moreirense(c), V(2-0), Almeida (R. Oliveira), Nada a assinalar
3.ª-Farense(c), V(3-2), Martins (V. Santos), Prejudicados, (3-0), Sem influência
4.ª-Rio Ave(f), V(0-3), Pinheiro (Hugo), Prejudicados, (0-4), Sem influência
5.ª-B Sad(c), V(2-0), Rui Costa (Narciso), Nada a assinalar
6.ª-Boavista(f), D(3-0), Hugo (V. Santos), Nada a assinalar
7.ª-Braga(c), D(2-3), Soares Dias (Esteves), Nada a assinalar
8.ª-Marítimo(f), V(1-2), Mota (V. Santos), Prejudicados, (1-3), Sem influência
9.ª-Paços de Ferreira(c), V(2-1), Rui Costa (Esteves), Prejudicados, Sem influência
10.ª-Gil Vicente(f), V(0-2), Almeida (Nobre), Prejudicados, Beneficiados, (0-3), Sem influência
11.ª-Portimonense(c), V(2-1), Martins (Esteves), Prejudicados, Sem influência
12.ª-Santa Clara(f), E(1-1), Malheiro (Rui Costa), Nada a assinalar
13.ª-Tondela(c), V(2-0), M. Oliveira (V. Santos), Prejudicados, (3-0), Sem influência
14.ª-Corruptos(f), E(1-1), Godinho (Hugo), Prejudicados, (1-2), (-2 pontos)
15.ª-Nacional(c), E(1-1), Rui Costa (Almeida), Prejudicados, (3-1), (-2 pontos)
16.ª-Sporting(f), D(1-0), Soares Dias (Hugo), Nada a assinalar
17.ª-Guimarães(c), E(0-0), Almeida (Nobre), Prejudicados, (1-0), (-2 pontos)
18.ª-Famalicão(f), V(2-0), Hugo (Godinho), Nada a assinalar
19.ª-Moreirense(f), E(1-1), M. Oliveira (Melo), Prejudicados, (0-3), (-2 pontos)
20.ª-Farense(f), E(0-0), Hugo (V. Santos), Prejudicados, (0-2), (-2 pontos)
21.ª-Rio Ave(c), V(2-0), Almeida (Nobre), Prejudicados, (3-0), Sem influência
22.ª-B Sad(f), V(0-3), Martins (Pinheiro), Nada a assinalar

Sporting
1.ª-Gil Vicente(c), V(3-1), Narciso (R. Oliveira), Nada a assinalar
2.ª-Paços de Ferreira(f), V(0-2), Veríssimo (Esteves), Beneficiados, (0-1), Impossível contabilizar
3.ª-Portimonense(f), V(0-2), M. Oliveira (Narciso), Nada a assinalar
4.ª-Corruptos(c), E(2-2), Godinho (Martins), Prejudicados, (2-0), (-2 pontos)
5.ª-Santa Clara(f), V(1-2), Mota (V. Santos), Nada a assinalar
6.ª-Tondela(c), V(4-0), Nobre (Esteves), Nada a assinalar
7.ª-Guimarães(f), V(0-4), Hugo (V. Santos), Nada a assinalar
8.ª-Moreirense(c), V(2-1), V. Ferreira (R. Oliveira), Beneficiados, (1-1), (+2 pontos)
9.ª-Famalicão(f), E(2-2), Godinho (Soares Dias), Nada a assinalar
10.ª-Farense(c), V(1-0), Narciso (Esteves), Beneficiados, (0-0), (+2 pontos)
11.ª-B Sad(f), V(1-2), Rui Costa (Narciso), Nada a assinalar
12.ª-Braga(c), V(2-0), Verríssimo (Pinheiro), Prejudicados, Beneficiados, (4-0), Sem influência
13.ª-Nacional(f), V(0-2), Mota (Nobre), Nada a assinalar
14.ª-Rio Ave(c), E(1-1), Malheiro (V. Ferreira), Nada a assinalar
15.ª-Boavista(f), V(0-2), Veríssimo (Nobre), Nada a assinalar
16.ª-Benfica(c), V(1-0), Soares Dias (Hugo), Nada a assinalar
17-ª-Maríitmo(f), V(0-2), Hugo (Narciso), Nada a assinalar
18.ª-Gil Vicente(f), V(1-2), Almeida (Nobre), Beneficiados, (1-1), (+2 pontos)
19.ª-Paços de Ferreira(c), V(2-0), Narciso (L. Ferreira), Beneficiados, Prejudicados, (1-2), Impossível contabilizar
20.ª-Portimonense(c), V(2-0), Rui Costa (R. Oliveira), Beneficiados, (1-0), Sem influência
21.ª-Corruptos(f), E(0-0), Pinheiro (Soares Dias), Nada a assinalar
22.ª-Santa Clara(c), V(2-1), M. Oliveira (Veríssimo), Nada a assinalar

Corruptos
1.ª-Braga(c), V(3-1), Pinheiro (Martins), Beneficiados, (2-1), Impossível contabilizar
2.ª-Boavista(f), V(0-5), Godinho (Hugo), Nada a assinalar
3.ª-Marítimo(c), D(2-3), Rui Costa (L. Ferreira), Beneficiados, (1-4), Sem influência
4.ª-Sporting(f), E(2-2), Godinho (Martins), Beneficiados, (2-0), (+1 ponto)
5.ª-Gil Vicente(c), V(1-0), Malheiro (Esteves), Nada a assinalar
6.ª-Paços de Ferreira(f), D(3-2), Almeida (Narciso), Beneficiados, (5-1), Sem influência
7.ª-Portimonense(c), V(3-1), Nobre (R. Oliveira), Beneficiados, (3-2), Impossível contabilizar
8.ª-Santa Clara(f), V(0-1), Pinheiro (Esteves), Beneficiados, (0-0), (+2 pontos)
9.ª-Tondela(c), V(4-3), Martins (Hugo), Beneficiados, (2-3), (+3 pontos)
10.ª-Nacional(c), V(2-0), M. Oliveira (Esteves), Beneficiados, Prejudicados, (0-1), (+3 pontos)
11.ª-Guimarães(f), V(2-3), Malheiro (Rui Costa), Beneficiados, (1-0), (+3 pontos)
12.ª-Moreirense(c), V(3-0), Mota (V. Santos), Beneficiados, (1-0), Impossível contabilizar
13.ª-Famalicão(f), V(1-4), Rui Costa (Martins), Prejudicados, Beneficiados, Sem influência
14.ª-Benfica(c), E(1-1), Godinho (Hugo), Beneficiados, (1-2), (+1 ponto)
15.ª-Farense(f), V(0-1), Mota (Malheiro), Beneficiados, (2-1), (+3 pontos)
16.ª-Rio Ave(c), V(2-0), Almeida (Godinho), Nada a assinalar
17.ª-B Sad(f), E(0-0), Veríssimo (R. Oliveira), Nada a assinalar
18.ª-Braga(f), E(2-2), Soares Dias (Pinheiro), Nada a assinalar
19.ª-Boavista(c), E(2-2), Mota (V. Ferreira), Beneficiados, (0-3), (+1 ponto)
20.ª-Marítimo(f), V(1-2), V. Ferreira (Almeida), Beneficiados, (2-1), (+3 pontos)
21.ª-Sporting(c), E(0-0), Pinheiro (Soares Dias), Nada a assinalar
22.ª-Gil Vicente(f), V(0-2), Almeida (R. Oliveira), Nada a assinalar

Anexos (II):
Árbitros:
Benfica
Almeida - 4
Rui Costa - 3
Hugo - 3
Martins - 3
Godinho - 2
Soares Dias - 2
M. Oliveira - 2
Pinheiro - 1
Mota - 1
Malheiro - 1

Sporting
Veríssimo - 3
Narciso - 3
Godinho -2
Mota - 2
Hugo - 2
Rui Costa - 2
M. Oliveira - 2
Nobre - 1
V. Ferreira - 1
Malheiro - 1
Soares Dias - 1
Almeida - 1
Pinheiro - 1

Corruptos
Godinho - 3
Mota - 3
Pinheiro - 3
Almeida - 3
Malheiro - 2
Rui Costa - 2
Nobre - 1
Martins - 1
M. Oliveira - 1
Veríssimo - 1
Soares Dias - 1
V. Ferreira - 1

VAR's:
Benfica
V. Santos - 5
Esteves - 3
Hugo - 3
Nobre - 3
Malheiro - 1
R. Oliveira - 1
Narciso - 1
Rui Costa - 1
Almeida - 1
Godinho - 1
Melo - 1
Pinheiro - 1

Sporting
Esteves - 3
Narciso - 3
Nobre - 3
R. Oliveira - 3
V. Santos - 2
Soares Dias - 2
Martins - 1
Pinheiro - 1
V. Ferreira - 1
Hugo - 1
L. Ferreira - 1
Veríssimo - 1

Corruptos
Esteves - 3
Martins - 3
Hugo - 3
R. Oliveira - 3
L. Ferreira - 1
Narciso - 1
Rui Costa - 1
V. Santos - 1
Malheiro - 1
Godinho - 1
Pinheiro - 1
V. Ferreira - 1
Almeida - 1
Soares Dias - 1

Jogos Fora de Casa (árbitros + VAR's)
Benfica
Hugo - 2 + 3 = 5
V. Santos - 0 + 3 = 3
Godinho - 2 + 0 = 2
Malheiro - 1 + 1 = 2
Pinheiro - 1 + 1 = 2
Almeida - 1 + 0 = 1
Mota - 1 + 0 = 1
Soares Dias - 1 + 0 = 1
M. Oliveira - 1 + 0 = 1
Martins - 1 + 0 = 1
Nobre - 0 + 1 = 1
Rui Costa - 0 + 1 = 1
Melo - 0 + 1 = 1

Sporting
Narciso - 0 + 3 = 3
Nobre - 0 + 3 = 3
Mota - 2 + 0 = 2
Veríssimo - 2 + 0 = 2
Hugo - 2 + 0 = 2
V. Santos - 0 + 2 = 2
Soares Dias - 0 + 2 = 2
M. Oliveira - 1 + 0 = 1
Godinho - 1 + 0 = 1
Rui Costa - 1 + 0 = 1
Almeida - 1 + 0 = 1
Pinheiro - 1 + 0 = 1
Esteves - 0 + 1 = 1

Corruptos
Almeida - 2 + 1 = 3
Godinho - 2 + 0 = 2
Rui Costa - 1 + 1 = 2
Malheiro - 1 + 1 = 2
Pinheiro - 1 + 1 = 2
Martins - 0 + 2 = 2
R. Oliveira - 0 + 2 = 2
Mota - 1 + 0 = 1
Veríssimo 1 + 0 = 1
Soares Dias 1 + 0 = 1
V. Ferreira 1 + 0 = 1
Hugo - 0 + 1 = 1
Narciso - 0 + 1 = 1
Esteves - 0 + 1 = 1

Totais (árbitros + VAR's):
Benfica
Hugo - 3 + 3 = 6
Almeida - 4 + 1 = 5
V. Santos - 0 + 5 = 5
Rui Costa - 3 + 1 = 4
Martins - 3 + 0 = 3
Godinho - 2 + 1 = 3
Esteves - 0 + 3 = 3
Nobre - 0 + 3 = 3
Soares Dias - 2 + 0 = 2
M. Oliveira - 2 + 0 = 2
Malheiro - 1 + 1 = 2
Pinheiro - 1 + 1 = 2
Mota - 1 + 0 = 1
R. Oliveira - 0 + 1 = 1
Narciso - 0 + 1 = 1
Melo - 0 + 1 = 1

Sporting
Narciso - 3 + 3 = 6
Veríssimo - 3 + 1 = 4
Nobre - 1 + 3 = 4
Hugo - 2 + 1 = 3
Soares Dias - 1 + 2 = 3
Esteves - 0 + 3 = 3
R. Oliveira - 0 + 3 = 3
Mota - 2 + 0 = 2
Rui Costa - 2 + 0 = 2
M. Oliveira - 2 + 0 = 2
V. Ferreira - 1 + 1 = 2
Pinheiro - 1 + 1 = 2
V. Santos - 0 + 2 = 2
Godinho - 1 + 0 = 1
Malheiro - 1 + 0 = 1
Almeida - 1 + 0 = 1
Martins - 0 + 1 = 1
L. Ferreira - 0 + 1 = 1

Corruptos
Godinho - 3 + 1 = 4
Pinheiro - 3 + 1 = 4
Almeida - 3 + 1 = 4
Martins - 1 + 3 = 4
Mota - 3 + 0 = 3
Rui Costa - 2 + 1 = 3
Malheiro - 2 + 1 = 3
Esteves - 0 + 3 = 3
Hugo - 0 + 3 = 3
R. Oliveira - 0 + 3 = 3
V. Ferreira - 1 + 1 = 2
Soares Dias 1 + 1 = 2
Nobre - 1 + 0 = 1
M. Oliveira - 1 + 0 = 1
Veríssimo - 1 + 0 = 1
L. Ferreira - 0 + 1 = 1
Narciso - 0 + 1 = 1
V. Santos - 0 + 1 = 1

Jornadas anteriores:

Épocas anteriores:

Vitória concludente


"Não se afigurava fácil a tarefa da nossa equipa, ontem, no Jamor, frente a um adversário, o Belenenses, SAD, que se encontrava numa série de cinco jogos consecutivos sem conhecer a derrota e apresentava, à entrada da jornada, o terceiro melhor registo defensivo da Liga NOS.
A organização defensiva benfiquista, quase não permitindo oportunidades de golo ao Belenenses, SAD, e a intensidade e dinâmica ofensiva patenteadas, nomeadamente na segunda parte, aliadas à eficácia na finalização, foram a chave do nosso triunfo.
Tratou-se, aliás, da primeira vez que o Belenenses, SAD sofreu três golos numa partida do Campeonato na presente temporada, o que valoriza ainda mais o desempenho ofensivo do Benfica num estádio cujo relvado continua a estar longe do ideal para a prática de futebol.
Para Jorge Jesus, os três golos marcados sem resposta são um sinal de que "a equipa tem vindo a melhorar em vários sectores e fisicamente". Verificado o nulo ao intervalo, a diferença da primeira para a segunda parte residiu, de acordo com o nosso treinador, na capacidade demonstrada no segundo tempo de "jogar entre linhas, principalmente os nossos alas e o nosso segundo avançado e ganhar vantagem quando a bola entrou entre linhas".
Seferovic, que soma agora 15 golos em todas as competições oficiais desde o início da época, bisou pela quarta vez na presente temporada (a 11.ª de águia ao peito) e Lucas Veríssimo estreou-se a marcar, com a curiosidade de ter sido neste preciso estádio, também com o número quatro na camisola, que Luisão o fizera em 2003 pouco depois de ter chegado ao Clube.
Este triunfo foi o terceiro consecutivo da equipa, um registo que só se verificara anteriormente na temporada no período que antecedeu o surto de Covid no balneário benfiquista.
A equipa tem vindo a melhorar, assim o comprovam os resultados e exibições. "Estamos na busca da recuperação", afirmou Jorge Jesus, reconhecendo que a classificação obriga a equipa a "andar atrás sabendo que não pode falhar". Neste contexto, e tendo também em conta os muitos constrangimentos com que o grupo de trabalho se tem deparado ao longo da época, o nosso treinador vincou que o plantel "está muito forte emocionalmente", pois não é fácil, a 13 pontos da liderança, ter "esta qualidade e confiança".
O próximo embate está agendado para sábado, no Estádio da Luz, ante o Boavista, em mais uma jornada da Liga NOS.
De Todos Um, o Benfica!"

Um exemplo de dedicação


"Enquanto presidente de Direcção, João José Pires esteve sempre disposto a ajudar o Clube

João José Pires encabeçou uma Direcção histórica na vida do Clube, mas menos conhecidos são os seus vários gestos de dedicação desinteressada. Aprovado como sócio do Sport Clube de Benfica em 13 de Maio de 1908, foi eleito presidente da Direcção no mês seguinte, em 28 de Junho.
Uma das primeiras acções da nova gerência foi a organização dos festejos comemorativos do segundo aniversário do Clube, que se realizaram em 9 e 16 de Agosto desse ano. O programa incluiu um certame de desportos atléticos no Campo da Feiteira, e um sarau, quermesse e baile, num dos armazéns da propriedade do presidente da Direcção, que se disponibilizou a pagar pelos seus próprios meios as obras necessárias nas portas e canalizações de gás. Por este gesto, João José Pires recebeu um voto de reconhecimento e, mais tarde, devido ao brilhantismo das festividades, para o qual muito contribuiu o esforço do presidente, um voto de louvor por parte do Clube.
Esta gerência ficou, principalmente para a história pela junção do Sport Clube de Benfica com o Sport Lisboa, em 13 de Setembro de 1908, mantendo a identidade de cada um, unidos num só. João José Pires, enquanto presidente do Sport Club de Benfica, continuou como presidente do Sport Lisboa e Benfica e, em 18 de Fevereiro de 1909, foi reeleito para um novo mandato, que durou até 2 de Fevereiro de 1910.
O Clube teve de ultrapassar vários problemas financeiros, em parte por falta de pagamento das quotas, tendo-se realizado várias iniciativas para a sua cobrança e liquidação e, ainda, de obtenção de fundos através de outras diligências, como récitas de saraus. Novamente, João José Pires cedeu generosamente uma propriedade para a realização de festas, na Rua Direita de Benfica, n.º 284.
O presidente também se mostrou disponível para auxiliar o Clube com o empréstimo do capital necessário para melhorias do Campo da Feiteira. Contudo, estes planos não viriam a realizar-se, ao serem informados de que os terrenos estavam destinados à Câmara Municipal de Lisboa para a construção de um parque ou então, se este projecto não avançasse, o proprietário faria o arrendamento do campo por 800 mil réis por ano. Na impossibilidade de suportar o aumento de renda, ficou decidido que procurariam outro terreno, seguindo-se anos de incerteza, mas também de consolidação do Benfica.
João José Pires viria a falecer pouco depois, em 6 de Março de 1913, com 53 anos, mas entrou nos anais da história do Benfica pela sua gerência e acções beneméritas. Na área 28 - Homens do Leme, no Museu Benfica - Cosme Damião, pode saber mais sobre os presidentes do Clube."

Lídia Jorge, in O Benfica

Linha de Esferovite


"Depois de uma 1.ª parte que revelou uma apatia impressionante, o Benfica conseguiu descobrir o ouro na etapa complementar. Com mais 45 minutos em cima que só revelaram aquela falta de ritmo habitual, as águias haveriam de aproveitar a tímida tentativa do Belenenses em tentar tirar mais de um jogo que, até então, não mostrava grande ameaça por parte dos de Jorge Jesus. Aliás, quem tivesse de apontar algo sobre a parte inicial deste jogo ficaria grato por estar a salvar a floresta – visto que pouco papel teve de gastar para escrever em relação à tal nova mostra de apatia, de falta de ritmo dominador com e sem bola de uma equipa da qual muitos esperavam que ganhasse a Liga. Uma chegada à área de Pizzi (num excelente movimento para desequilibrar uma linha defensiva de cinco baixa no terreno) e uma cabeçada que saiu torta de Seferovic, não pareciam indicar que na 2.ª metade o Benfica iria recuperar um capítulo que muito lhe tem faltado esta época.


Grimaldo a conduzir para dentro, com Everton e Seferovic a tentarem atrair fora, Pizzi chega à área na movimentação mais interessante do Benfica na 1.ª parte – também aquela que gerou a melhor ocasião nos primeiros 45′.

Fazendo flashback até àqueles Benficas que, não há muito tempo, fizeram sair os adeptos em direção ao Marquês, encontramos vários pontos em comum. E se um deles é o tal ritmo que agora parece faltar, outro deles é o golo fácil mesmo em momentos em que a equipa não aparece tão bem no jogo. Foram fornadas e fornadas de avançados que, nesta década, foram mantendo o registo ajudando o Benfica a estar sempre nas contas mais importantes da classificação final. Assim de repente, lembramo-nos de Cardozo, de Lima, de Rodrigo, de Jonas, de Mitroglou, de Jiménez (que era impressionante a sair do banco para resolver) e até de João Félix (que nos seis meses como sénior revelou-se importantíssimo também a concretizar). Em oposição directa aos craques mencionados acima teremos de mencionar, e não esconder, que as alternativas que chegaram quando estes foram saíndo não cumpriram. Ferreyra, Castillo, RdT e, até agora, Darwin Nuñez estão a anos-luz daquele golo fácil que dava a tranquilidade à equipa de saber que as vitórias não fugiam mesmo que as exibições não estivessem a ser conseguidas. Algo que, por ironia, acontece agora com… o Sporting explicando em parte a diferença de rendimento dos leões desta para essas épocas.



Com o espaço à frente da linha defensiva a descoberto, a melhor ocasião do Belenenses surge num 2×2 entre avançados azuis e centrais encarnados. Lucão vai com um e abre espaço para um confronto que só por falta de finalização não saiu caro a Otamendi

E no meio de todos estes eficazes, e ineficazes, avançados, encontramos um que anda num limbo. Já esteve no céu e já desceu ao inferno, sendo um misto deste yin-yang de finalizadores. Não muito completo a combinar e com um grau de acerto na finalização a fazer lembrar as ondas de uma montanha-russa, Seferovic destacou-se por ganhar habilmente o espaço nas costas das defesas adversárias. Alturas houve em que bola na profundidade era sempre ganha pelo suíço, num registo que foi baixando paralelamente à quebra acentuada na finalização, até ficarmos só com um avançado que não toma as melhores decisões na maior parte das vezes, que não vai no um-para-um, que não combina e que acerta quase sempre fora. Algo que até seria perdoável se, como nesta noite, Seferovic voltasse a mostrar o seu (talvez único) superskill, o de ganhar a profundidade.

O momento em que o cruzamento sai mostra já a posição felina de Seferovic para atacar o espaço – algo que será sempre difícil para um defesa acompanhar. A redução desse espaço, a ser feita neste exacto momento, dificultou imenso a vida de Tomás Ribeiro & cia

Algo que foi importantíssimo para um Benfica que revela algo de preocupante. Numa Liga onde as equipas não se destacam pelo ritmo que impõem nas partidas, outra das coisas que fazia destacar esses Benfica dos quais falámos acima era, isso mesmo, o ritmo avassalador que impunham. Tanto que seria normal que na Luz, por exemplo, a maioria das partidas para a Liga chegassem à meia-hora com um resultado já descansado para Jorge Jesus, Rui Vitória ou Bruno Lage. Noutro exemplo, lembrem-se de uma deslocação a Paços, a Moreira de Cónegos ou a Barcelos. Puxem pela memória até encontrarem uma primeira-parte morna, sem fibra de campeão. Vejam a equipa a regressar do balneário e a atacar na direção de uma bancada (na maioria das vezes amovível) pintada de vermelho. E meçam o ritmo com o que se vê hoje! Meçam a pata em cima do jogo que o Benfica metia e comparem com uma equipa que, na maioria dos seus jogos, não tem mais ritmo que equipas que formam uma Liga que nunca se destacou por isso. Preocupante?

Seferovic a ler novamente o lance primeiro que a linha defensiva. Parte detrás e chega primeiro a um espaço que estando tanto tempo desprotegido é presa fácil para o suíço. Note-se que o passe ainda não tinha saído e já Sef mostra embalo superior aos demais. Algo que, novamente, a ser feito nesta altura garante vantagem ao avançado.

Talvez nesta noite de segunda-feira até não o tenha sido [preocupante] porque o Benfica achou o ouro na profundidade. O Belenenses subiu a sua linha, quis mais de um jogo em que o Benfica pareceu estar à mercê, e acabou por pagar o preço ao deixar desprotegidas as costas da linha defensiva. E aí emergiu Seferovic. Na primeira com a bola a ir de Everton para Grimaldo e com Seferovic a acompanhar o movimento do espanhol e a ser mais lesto que o adversário. E algo que poderia ser um pormenor pontual revelou mesmo não sê-lo quando Diogo Gonçalves descobriu, de novo, o suíço três minutos depois. E com os dois golos de vantagem a equipa soltou-se, combinou melhor, e até aumentou o ritmo. Facto determinante na combinação que deu o terceiro da noite (primeiro de Lucão Veríssimo com a camisola das águias) novamente a revelar o espaço fundamental para uma vitória gorda que faz passar o aspecto preocupante para segundo plano. Mas que ele está lá, está, bem à vista. Tanto que até se mostra bem corrigível. Daí não ser um elefante na sala até porque, sabe-se, já foi mencionado também pelo líder da equipa. E mesmo que não o fizesse, a diferença de ritmo da 1.ª parte com o Rio Ave para a 2.ª mostra bem que há preocupação com isso. O porquê do padrão constante ser mais letargia que ritmo agressivo e dominante também já teve resposta oficial. Resta então esperar pela vacina.

Benfica demonstrou ter a lição bem estudada em relação à profundidade, espaço que o Belenenses revelou maior apatia a proteger do que o Benfica a atacar."

Do Jamor para o mundo: tendências e contra-tendências no Belenenses vs. Benfica


"Para um novo problema, uma nova solução. É assim que o futebol evolui. E o Belenenses vs. Benfica foi uma amostra representativa disso mesmo.
Nos últimos anos, assistimos à difusão de um futebol de posse de bola, com a constante procura do homem livre através de passes seguros (curtos e rasteiros). Porém, as “cópias rascas” do célebre Barcelona de Guardiola confundem o meio (a forma como fazemos) com o fim (aquilo que queremos), sendo este último o óbvio: golo!
Para fazer face ao futebol apoiado, de ligações nas entre linhas, as defesas zonais subiram – e de que maneira! – o preço da renda, tornando quase impraticável o futebol dentro do seu bloco.
Hoje em dia, tal como já referido anteriormente pelo Ricardo Carvalho aqui do Lateral esquerdo, é preciso jogar o jogo todo! Citando Carlos Carvalhal, “a identidade é a flexibilidade”. Ninguém pode jogar só numa posse resguardada. Tal como ninguém pode viver apenas da acutilância. O jogo interior e as dinâmicas de terceiro homem são pinceladas de arte, mas só um louco pode recusar por completo o simples cruzamento ou o passe longo.
Uma interpretação correta do que escrevi em cima permite-nos pegar no bisturi e analisar cuidadosamente este Belenenses vs. Benfica que, extrapolando para outros patamares de qualidade, praticamente se adapta a qualquer outro campeonato ou liga.
Dito isto, passemos à análise do jogo:
- O Benfica apresentou-se no seu habitual 4-4-2, tentando administrar o jogo com a posse de bola (tendência!). Uma posse lentíssima e estéril, sem espaços para progredir, isto porque do outro lado estava um…
- Belenenses em 3-4-3 no momento ofensivo, mas que se mutava para 5-4-1 no momento defensivo. De realçar que os azuis de Belém passaram 90% do jogo numa organização defensiva altamente compacta, na qual os extremos demonstraram preocupação em fechar o espaço interior (contra-tendência!) aos encarnados. Mesmo com os laterais abertos, os extremos do Belenenses preferiam fechar o meio, deixando para os alas da linha de cinco a tarefa de fechar os corredores.
- Desengane-se quem pensa que a forma de defender do Belenenses pudesse ser facilmente contrariada. A organização defensiva da equipa de Petit quase roça a perfeição. Basta pensar no facto de Rafa, único desequilibrador do Benfica nos últimos jogos, raramente ter encontrado condições para acelerar. Porém, também houve demérito na forma como o Benfica atacou, não só pelos erros técnicos que cometeu, muitas vezes nem sequer forçados – a quantidade de passes errados na primeira parte envergonhavam uma equipa de infantis! – mas, sobretudo, porque a nível tático raramente foram capazes de reconhecer a vantagem.
- Na segunda parte, o Benfica finalmente conseguiu criar mais perigo. Jogar rápido não é só receber e passar rápido (aliás, isso poderia inclusive levar a um número maior de passes falhados), mas também jogar de forma mais direta. As grandes equipas de hoje em dia são aquelas que melhor conseguem discernir entre uma posse lenta e segura e uma objetividade arriscada, mas fatal!
- Não é preciso ser-se um sábio para perceber o que mudou no Benfica no segundo tempo: mais agressividade com bola (sim, esta também existe!), que se traduziu em mais movimentos de ataque ao espaço e mais cruzamentos. O ponto de partida pode ser explorar o espaço interior, mas a equipa, seja o Benfica ou outra qualquer, tem de ter um plano B, C, D… Z, se quiser sobreviver no futebol atual – a identidade é a flexibilidade, lembram-se? Se virem o resumo, facilmente concluem que as melhores chances de perigo para os encarnados, incluindo os golos, nasceram sempre da identificação da vantagem: o espaço – aliás, ouviram a flash de Seferovic? Sim, mesmo na primeira parte, foi com movimentos de rutura que o Benfica conseguiu deixar o Belenenses em sentido. E, se por dentro é dificílimo penetrar, então tens de tentar por fora. Porque tirar cruzamentos também é jogar o jogo todo! Haja critério para perceber aquilo que o jogo pede.
A posse pode ser segura e confortável, mas o risco, por vezes, traz resultados imediatos.

Destaques individuais
Waldschmidt – não porque fez um grande jogo, mas sim porque pode render mil vezes mais. São dos seus pés que nascem as poucas oportunidades de perigo criadas pelo Benfica na primeira parte. A forma como recebe a um toque e rapidamente encara a última linha adversária é excecional. Houvesse mais quantidade e mais qualidade no ataque ao espaço pelo Benfica e este menino já podia levar um bom número de assistências por esta altura.
Seferovic – dois golos. Tem de ser destacado, apesar dos passes falhados de forma ridícula na primeira parte. No entanto, Seferovic sempre teve a particularidade de realizar bons movimentos de ataque ao espaço – quantas e quantas vezes conseguiu ganhar assim espaço para Félix brilhar entre linhas. Apesar do baixo nível técnico, hoje acabou por ser útil na segunda parte, a fazer o que melhor sabe.
Grimaldo – duas assistências dum pé esquerdo que poucos cruzamentos tem tirado. Também não está a jogar o que pode, mas nesta segunda parte foi decisivo, ao fazer algo diferente de tentar tabelas e combinações curtas por dentro.
Varela – há que louvar a capacidade de adaptação do seu jogo ao longo dos anos. Passou de ser um jogador que só acelerava, para um criativo que joga de cadeira. E hoje, com 36 anos, ainda apresenta um rendimento muito interessante para o contexto do futebol português."

O que não se faz em 45 minutos resolve-se em dez


"Entrada forte (e veloz) na segunda parte resolveu o jogo para o Benfica que viu Seferovic a bisar nos golos e Grimaldo nas assistências, com o reforço de inverno Lucas Veríssimo também a estrear-se a marcar na vitória por 3-0 no terreno do Belenenses SAD

O Benfica pode ainda não estar a jogar o triplo face à temporada passada, como preconizava Jorge Jesus na sua apresentação, mas o número três marca um período em que o Benfica parece, pelo menos, mais estável e mais seguro de si mesmo. Ou não tivesse a vitória por 3-0 no terreno do Belenenses SAD marcasse a terceira vitória consecutiva e o terceiro jogo sem sofrer golos dos encarnados, algo inédito esta época.
Um triunfo construído em dez minutos na segunda parte após uma primeira parte em que quaisquer ideias relacionadas com triplo e velocidade estiveram afastadas de qualquer uma das equipas, naquele que foi um espetáculo, à falta de melhor palavra, desinteressante.
Se a lentidão do jogo do Benfica já não é propriamente estranha, foi por demais evidente durante a primeira parte, e mais ficou com a entrada em jogo após a descida aos balneários. Aí viu-se uma equipa muito mais rápida, acutilante, e capaz de ler o comportamento do adversário.
Um Benfica que vinha de duas vitórias consecutivas e que procurava cimentar uma imagem de maior estabilidade com uma vitória fora de portas, algo que não conseguia há cinco partidas para o campeonato. Com oito alterações face ao onze que tinha garantido o acesso ao final da Taça de Portugal, os encarnados ainda pareceram querer resolver cedo, mas também cedo se enredaram na teia montada pelo Belenenses SAD.
A equipa de Petit não perdia há cinco jogos e mostrou-se sempre confortável no relvado difícil (mas hoje menos, reconheça-se) do Jamor durante a primeira parte, e com capacidade de incomodar a defensiva do Benfica com saídas a explorar o envolvimento pelas alas e a inteligência de movimentos, enquanto duraram as pilhas, de Silvestre Varela.
As oportunidades foram poucas e repartidas pelos interessados com as perdidas de Pizzi e Seferovic pelo chão e pelo ar, respetivamente, a meio da primeira parte, a merecerem resposta de Varela aos 36 minutos. O extremo ganhou bem o espaço a Otamendi (naquela que terá sido a única veleidade permitida pelo argentino) mas rematou à figura de Helton Leite e permitiu a defesa do guardião.
Nulo natural perante o que se passou em campo e que ilustrava a falta de dinamismo coletivo do Benfica perante a organização do Belenenses SAD. Se os encarnados pretendiam algo deste jogo, tinham forçosamente que mudar de chip para a segunda parte. Dito e feito.

Bis a bis
O arranque do jogo após o intervalo mostrou logo um Benfica muito mais afoito e capaz de explorar as costas da defensiva do adversário, seja com passes em profunidade, seja com cruzamentos a explorar as movimentações mais incisivas que começaram a aparecer. Foi, aliás, assim que apareceram os três golos que em dez minutos resolveram a questão.
O primeiro golo surgiu aos 55 minutos com Grimaldo a ver uma boa antecipação de Seferovic e a colocar a bola com conta, peso e medida nos pés do avançado que atirou de primeira e a contar para colocar o Benfica em vantagem. Qualquer esperança de reação do Belenenses SAD gorou-se pela rapidez com que os visitantes ampliaram a vantagem. Mérito para Diogo Gonçalves que viu mais um movimento em profundidade de Seferovic e arriscou um passe de desmarcação que só parou nos pés do suíço e depois na baliza de Kritciuk. 58 minutos e 2-0 para o Benfica.
Sem tirar o pé do acelerador, os encarnados completaram um período incessante de dez minutos com novo tento. Bis de Grimaldo nas assistências que arrancou um cruzamento para o peito de Lucas Veríssimo, que se estreou a marcar com acamisola do Benfica após a sua chegada em janeiro.
O 3-0 colocou um ponto final no jogo e no ritmo acelerado, com as águias a gerirem o resto do jogo e o Belenenses a só se preocupar tenuamente com um golo de honra. Que Helton Leite acabou por negar com uma defesa por reflexo em cima dos 90 minutos, ao passo que Seferovic ainda procurou o hat-trick, sem sucesso.
A vitória acaba por assentar bem a um Benfica de duas caras que mostrou na segunda parte que já esteve mais longe do triplo que Jorge Jesus prometeu."

Belenenses SAD 0-3 SL Benfica: Encarnados metem a terceira


"A Crónica: Tudo Resolvido Em Dez Minutos
O SL Benfica derrotou esta noite o Belenenses SAD, no Estádio Nacional, por três golos sem resposta e somou a terceira vitória consecutiva. Num jogo onde tudo ficou resolvido na segunda parte, Seferovic (2) e Lucas Veríssimo fizeram os golos da vitória encarnada.
Com a pressão de vencer do seu lado, o SL Benfica assumiu as despesas do jogo nos minutos iniciais. Com uma alteração no modelo tático da equipa, os encarnados foram dominando a posse de bola, mas o Belenenses SAD ia criando as principais ocasiões de perigo.
À passagem do minuto 23, Pizzi teve a primeira oportunidade de golo para os visitantes, mas Kritsyuk foi rápido ao sair da baliza e defendeu. Foi o início dos melhores dez minutos das “águias” no primeiro tempo, com Seferovic também a falhar duas ocasiões flagrantes de golo.
O avançado suíço ia mostrando muita frustração pela sua fraca prestação. Tanto na finalização, como no passe, Seferovic parecia apagado do jogo e o SL Benfica ressentia-se. Quem aproveitou foi o Belenenses SAD, que continuou perigoso nos contra-ataques, colocando em sentido a defensiva encarnada e o guardião Helton Leite. Ainda assim, quando o árbitro apitou para o intervalo, o marcador assinalava uma igualdade a zero.
Na 2ª parte, os encarnados entraram a todo o gás e resolveram a partida em apenas nove minutos. Seferovic por duas vezes (55’ e 58’) e Lucas Veríssimo (65’) fizeram a rede balançar e confirmaram a superioridade dos comandados de Jorge Jesus.
Com esta vitória, o SL Benfica soma 45 pontos e mantém-se no quarto lugar da Primeira Liga. Já o Belenenses SAD soma 22 pontos e está no 12º lugar da tabela classificativa.

A Figura
Haris SeferovicCom dois golos marcados em apenas três minutos, o avançado suíço resolveu um jogo que se começava a tornar muito difícil para o SL Benfica.

O Fora de Jogo
Apagão ofensivo do Belenenses SAD na 2ª parte Nos segundos 45 minutos, a equipa de Petit foi bastante inoperante em termos ofensivos e não conseguiu esboçar uma reação à desvantagem. 

 Análise Tática – Belenenses SAD
O Belenenses SAD apresentou-se no seu tradicional 3-4-3 no momento do ataque. Miguel Cardoso, Varela e Cassierra formavam o tridente ofensivo, com Silvestre Varela a assumir o papel de “joker”, o elemento menos posicional e que tanto aparecia num dos flancos, como no corredor central.
A dupla Yaya-Cafú foi determinante para o sucesso inicial do Belenenses SAD, ao serem capazes de conter o meio-campo encarnado durante grande parte do primeiro tempo. Contudo, o momento decisivo aconteceu no regresso do intervalo, quando essa mesma dupla “de choque” deixou de ter capacidade para aguentar as investidas dos visitantes.

11 Inicial e Pontuações
Kritsyuk (7)
Diogo Calila (7)
Gonçalo Silva (7)
Tomás Ribeiro (6)
Rúben Lima (6)
Tiago Esgaio (6)
Sithole (7)
Phete (7)
Miguel Cardoso (6)
Varela (7)
Cassierra (7)
Subs Utilizados
Afonso Sousa (7)
Afonso Taira (6)
Francisco Teixeira (6)

Análise Tática – SL Benfica
O SL Benfica apresentou-se em 4-2-3-1, com Pizzi e Weigl a compor a linha intermédia e Everton, Waldschmidt e Rafa no apoio a Seferovic. No momento defensivo, os encarnados passavam a ter duas linhas de quatro, com Waldschmidt e Seferovic a constituir a primeira linha de pressão.
O SL Benfica jogou maioritariamente em ataque organizado e pressionou alto, tentando condicionar o Belenenses SAD na sua primeira fase de construção. Na primeira parte, a equipa de Jorge Jesus procurou sobretudo o jogo entrelinhas, ainda que sem grande sucesso. Na segunda parte, a equipa jogou mais na profundidade e explorou com frequência o jogo pelos corredores laterais e foi daí que surgiram dois dos três golos.
A menos de dez minutos do fim, Jorge Jesus fez entrar Jardel e Gilberto, passando o SL Benfica a jogar no sistema de três centrais, que os encarnados têm utilizado algumas vezes durante a época.

11 Inicial e Pontuações
Helton Leite (7)
Diogo Gonçalves (8)
Lucas Veríssimo (8) 
Otamendi (7)
Grimaldo (8)
Rafa (7)
Pizzi (6)
Weigl (8)
Everton (6)
Waldschmidt (5)
Seferovic (8)
Subs Utilizados
Chiquinho (4)
Gilberto (-)
Jardel (-)
Taarabt (5)
Pedrinho (5)

BnR na Conferência de Imprensa
Belenenses SAD
BnR: Petit, a dupla Yaya e Cafú esteve em grande plano no primeiro tempo ao conseguirem aguentar o meio-campo do SL Benfica, no entanto no segundo tempo acabou por cair um pouco. A entrada do Taira e do Afonso Sousa foram para tentar ter mais pendor ofensivo nessa zona do campo, ou para refrescar e tentar conter o ascendente do SL Benfica?
Petit: Foi para refrescar, e uma coisa que nós notamos e que vimos da primeira para a segunda parte, foram os duelos. Perdemos muitos duelos na segunda parte, não fomos uma equipa que chegava perto do portador da bola, não conseguimos ganhar esses duelos e por isso é que não tivemos tanta bola, não tivemos tantas transições. Tentámos mudar com o Sousa, dar mais frescura, ele é um jogador que gosta de ter bola, de ir para o espaço entrelinhas, e o Taira é um jogador experiente e que consegue ter bola, mas depois de estar 2-0, o Benfica conseguiu gerir melhor o jogo, teve mais um golo de bola parada onde nós também somos fortes, e esta segunda parte fica marcada por esses dois lances que dão os dois golos ao Benfica.

SL Benfica
BnR: O SL Benfica apresentou-se em 4-2-3-1. A ideia era explorar o espaço entrelinhas, antecipando que o Belenenses SAD iria apresentar-se com o bloco baixo e a defender com muitos homens?
Jorge Jesus: A ideia era essa, mas não conseguimos. Não conseguimos jogar entrelinhas, principalmente os nossos alas e o nosso segundo avançado nunca conseguiram ganhar vantagem quando a bola entrou entrelinhas. Esse foi um dos grandes problemas da 1ª parte, nós andámos só à procura do jogo entrelinhas e não demos profundidade ao jogo. Foi um dos temas que falámos ao intervalo e melhorámos, e se vocês se lembram os primeiros dois golos da equipa foram criados em dois movimentos de profundidade. Claro que um é um cruzamento mas o outro não é, é um passe na vertical do Diogo e foi isso que fez a diferença, na minha opinião, da segunda parte para a primeira."

Comunicado: Benfica não vai aos Nacionais de Pista Coberta


"O Sport Lisboa e Benfica vem por este meio comunicar que as equipas seniores masculina e feminina de atletismo não marcarão presença no Campeonato Nacional em Pista Coberta. Isto porque a saúde tem de estar primeiro e ser a prioridade máxima para todos os intervenientes e envolvidos numa organização desta dimensão.
Congratulamo-nos pela histórica jornada do passado fim de semana, com três medalhas de ouro alcançadas para Portugal nos Europeus de Atletismo em Pista Coberta, uma das quais por Pedro Pablo Pichardo, atleta no qual o Clube acredita, que apoia e potencia há quase quatro anos. Está de parabéns o campeão da Europa no triplo salto, como estão de parabéns, com todo o mérito, as outras duas medalhas de ouro portuguesas, Patrícia Mamona e Auriol Dongmo.
Mas viver o atletismo, promover a modalidade e manter inatacável a ambição de vencer não se pode resumir a entrar numa pista e dar o melhor. Num momento em que Portugal ainda está debaixo das contingências de um confinamento que todos devem respeitar e, em simultâneo, contribuir com boas práticas que minimizem possíveis contágios e novo descontrolo da pandemia, várias tentativas de contacto, e por diversas vias, foram feitas pelo Clube ao longo das últimas semanas, no sentido de perceber junto da Federação Portuguesa de Atletismo que medidas de segurança vigorariam nesta importante competição.
As respostas às preocupações – de todos, queremos acreditar, porque é a credibilidade da modalidade e a verdade desportiva que também estão em causa – foram escassas e completamente inconclusivas, o que levou a Direção do SL Benfica a esta decisão:
- continuamos sem saber que medidas sanitárias existirão para todos os envolvidos; haverá testagem, por exemplo?
- continua a não estar claro em que moldes se desenrolará a competição; ontem – por pressão da Câmara Municipal de Pombal – terá sido decidido dividir a prova em duas pistas e não colocar toda a pressão na população de Pombal.
Também a data para este Campeonato Nacional é completamente desajustada – logo após um Europeu – e não terá tido a devida reflexão por parte da FPA.
Ninguém está imune a esta pandemia, mas o SL Benfica tem dirigido todos os esforços para fazer a sua parte, testando com regularidade os atletas e equipas nas diversas modalidades. É este o foco, através do Human Performance Department (HPD), em coordenação com as normas da Direção-Geral da Saúde, desde março de 2020.
Com a máxima ambição, o Benfica gostaria de voltar a estar em pista. Mas o risco não pode justificar os objetivos sócio-desportivos. Noutros países, as provas nacionais têm decorrido, mas sempre com testes, tal como, aliás, sucedeu neste Europeu de pista coberta, em Torun (Polónia), que consagrou Pichardo, Mamona e Dongmo.
Nas competições desportivas – e um Campeonato Nacional deve ser máximo exemplo –, a Direção do SL Benfica, em consonância com parecer do HPD do Clube, entende que as melhores práticas devem ser seguidas, porque é a saúde pública que está em causa.
Infelizmente, não nos parece realista acreditar que se criem e apliquem normas sanitárias eficazes e rigorosas em tempo útil para todos os competidores, a poucos dias da data definida."