sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Desleixo perigoso...!!!

Benfica 3 - 2 Guimarães
Ndour, Cruz(2)


Vitória, após uma inacreditável atitude após chegarmos ao 2-0, a jogar contra 10!!! Sim, permitimos ao adversário chegar ao empate... e foi preciso um penalty salvador, nesmo a acabar para conseguir os 3 pontos!!! Não se pode ter este tipo de relaxamentos...

Uma nota, sobre as atitudes dos jogadores e treinadores do Guimarães: os penalty's foram bem marcados e a expulsão justa (o erro mais grave até foi o golo anulado ao Ndour...). A forma como protestaram tudo e todos é inaceitável, ainda por cima em escalões de formação... Vergonhoso!

A um passo da final


"Disputada a primeira parte da eliminatória que dá acesso à final da Taça de Portugal, estamos agora mais perto de carimbar o apuramento, fruto de uma vitória justa no reduto do Estoril, por 1-3.
Faltam ainda 90 minutos, mas, para já, o Benfica vai confirmando o favoritismo que lhe foi atribuído. Respeitadora do adversário, a nossa equipa exibiu-se em bom plano, caracterizando-se, desde o apito inicial, pela elevada intensidade aplicada, resultando na criação de várias oportunidades de golo.
Não obstante a contrariedade de se terem visto em desvantagem contra a corrente do jogo, no primeiro lance criado pelos estorilistas, os comandados de Jorge Jesus souberam manter-se focados e fiéis à sua ideia de jogo e foi com naturalidade que surgiu o empate. No segundo tempo, os dois golos marcados sem resposta espelharam o que se passou em campo.
Jorge Jesus manifestou satisfação pelo resultado e pela exibição, sobretudo nos primeiros 45 minutos. E constatou que a equipa começa a mostrar sinais de recuperação do período que se viu fortemente afetada pela Covid, apresentando já outro "andamento", conforme explicou, observando que, neste momento, é fundamental implementar rotatividade no plantel, pois "é quase uma pré-época dentro da competição".
Instado a comentar o estado da arbitragem no futebol português, Jorge Jesus optou por centrar a análise no que as equipas podem contribuir para a valorização do espetáculo e deu como exemplos as perdas excessivas de tempo e a teatralização de lesões, as quais em nada contribuem para facilitar a tarefa aos árbitros. Jorge Jesus foi mais longe, chegando mesmo a propor que seja realizado um encontro, com a presença de todos os treinadores, de forma a que estes aspetos possam ser melhorados.
Arrumada a primeira metade das meias-finais da Taça de Portugal, é tempo de nos focarmos no próximo desafio, já no domingo, dia 14, em Moreira de Cónegos frente ao Moreirense, a contar para a Liga NOS. O desígnio de vencer mantém-se, sabendo que, do outro lado, estará um adversário fortemente apostado em contrariar as nossas pretensões.
Temos a plena convicção de que a nossa equipa tudo fará para conquistar os três pontos e acreditamos muito que o conseguirá. De Todos Um, o Benfica!

P.S.: Estreia hoje, na BTV, a rubrica semanal Pontos nos "is", que contará com a presença de um elemento da direção do Sport Lisboa e Benfica em regime de rotatividade, dando expressão a um modelo de governação mais descentralizado, e em que será feito um balanço dos temas que marcam a atualidade. A estreia será apadrinhada pelo vice-presidente Jaime Antunes. A não perder hoje, às 19 horas, na BTV!"

Aiiiiiiiiiii....!!!


"Muito bem Jorge Jesus, a exemplificar na perfeição o choro constante que se ouve nos relvados. Isto aplica-se 200% aos jogadores do FC Porto, que basta serem atingidos por um mosquito e parece que alguém está a parir em campo."

Darwin: podes falhar coisas básicas, mas se continuares a marcar é meio caminho andado para manteres as redes abertas. Vemo-nos no Clubhouse


"Helton Leite
não digo que assistiu ao jogo no melhor lugar disponível porque as varandas à volta do estádio incluam comes e bebes.

Diogo Gonçalves
A razão pede-me que tenha em atenção a passividade revelada no lance que deu golo do Estoril. O coração só tem olhos para os cruzamentos venenosos. Sexo é bom, mas jogar com um lateral direito que sabe cruzar não fica muito atrás.

Otamendi
A grande vantagem de ter um Otamendi é a sua reacção ao erro. Um central mais jovem duvidaria do seu valor, aproveitaria o intervalo do jogo para ligar à mãe, e ligaria ao empresário no final. Otamendi faz merda, encolhe os ombros e diz “que se lixe, isto já vai ao sítio”. E tem ido sempre.

Verthongen
Banalizou um estorilista bem intencionado chamado Clóvis, cujo nome me fez recordar o avançado homónimo aterrado em Portugal no ano 1994 com a missão de ser ídolo no Benfica. Felizmente o Estoril não apresentou um Paulão no jogo de hoje. Teria sido difícil conter a comoção com tanta nostalgia de flops benfiquistas.

Grimaldo
Descobri há uns dias no Goalpoint, exatamente meia dúzia de horas após um elogio que lhe fiz, que o nosso Grimaldo é um jogador estatisticamente fundamental. É um belo sentimento. Vocês podem criticar os arautos da análise quantitativa, mas eu cá sinto sempre um gostinho especial quando o Goalpoint me diz que percebo alguma coisa disto.

Gabriel
Companhia agradável, um adversário tenrinho, animação quanto baste. Já teve churrascos muito piores. 

Pizzi
Generoso. Deixou que outros colegas brilhassem para que os adeptos possam encontrar novos ídolos nesta temporada.

Everton
Ainda hesita muito, mas a segunda parte mostrou bons indicadores. Continuarei a acompanhar todo e qualquer lance dele com uma expectativa algo ingénua que se traduz em algo mais ou menos assim: “é isso, bora Everton, é agora, sem medos, mostra tudo que tens, vem aí samba no pé, é agora, é agora, ok, ainda não é desta, tudo bem, temos tempo, já voltamos a tentar, calma”.

Pedrinho
É possível que existam chihuahuas mais possantes do que ele, mas Pedrinho aproveitou a titularidade e alguma liberdade que lhe foi concedida pelo adversário. Foi peça fundamental no já proverbial arranque à Benfica imediatamente sucedido por um calafrio causado pelo adversário. Acabou por concluir que não valia a pena continuar a assistir o Rafa e foi desaparecendo gradualmente do jogo.

Rafa
Nota-se que tem acompanhado a temporada de esqui alpino. Afinou os slaloms e lá foi ele partir a defesa do Estoril. O paralelo com o esqui termina aí. Nesta modalidade o objetivo é introduzir a bola na baliza adversária, algo que Rafa conseguiu evitar fazer de uma forma que chegou a parecer propositada só para nos irritar.

Darwin
É isto, miúdo. Até podes falhar gestos técnicos básicos, mas sabes que se marcares dois golos estarás sempre mais próximo de manter as tuas redes sociais abertas. Continua assim e talvez um dia destes consigamos todos olhar para trás e rir disto numa sala do Clubhouse.

Seferovic
Desfez a última réstia de resistência oferecida pela defesa do Estoril.

Taarabt
Mais um jogo em que aparece a partir a loiça. Amigos, bem sei que às vezes nos irrita mas tão cedo não nos livramos deste loose cannon. Quem sabe até seremos felizes juntos.

Weigl
Entrou com o jogo resolvido e soube estar, assegurando que o jogo terminava com um copo de whisky vagaroso em vez de um Victan.

Gilberto
que és titular, vê lá se perguntas ao Diogo Gonçalves como é que ele faz aqueles cruzamentos.

Cervi
Cheguei ao fim de um jogo do Benfica com a sensação de que não precisamos do Cervi para o ganhar."

(Mais) pressão e criatividade novas oportunidades (Diogo e Pedrinho), a mesma finalização


"O Benfica fez uma exibição bastante completa frente ao Estoril onde, apesar de ter começado a perder, dominou 95% do jogo na Amoreira. Jorge Jesus desfez a dupla Darwin e Seferovic e a equipa mostrou-se mais solta, mais dinâmica, mais capaz de criar jogadas de perigo e de jogar em zonas onde não tem aparecido tanto, principalmente no corredor central.
Rafa e Pedrinho foram os melhores dos encarnados, contando com excelentes pormenores e passes chave, pecando apenas na finalização (o português teve oportunidades para um hat-trick, mas acabou sem golos). Sabendo da qualidade do Estoril com bola e das suas ideias ambiciosas que resultaram no primeiro golo (já falámos aqui da qualidade dos canarinhos), o Benfica voltou a subir as suas linhas, como já tinha feito com o Famalicão, e pressionou bastante alto, condicionando o plano do Estoril e recuperando várias bolas no meio-campo ofensivo que originaram inúmeras oportunidades de golo onde os encarnados deviam, mais uma vez, ter estado muito melhores na finalização. É estranho dizer isto num jogo que acabou 3-1, mas toda gente que assistiu ao jogo percebeu que esse poderia ter sido o resultado ao intervalo, dada a superioridade dos encarnados no jogo. Darwin e Seferovic souberam aproveitar as suas ocasiões para matar o jogo na segunda parte, mas deixamos aqui alguns exemplos da pressão forte e das melhores jogadas que originaram a superioridade dos encarnados neste jogo:


Uma nota final para dois jogadores que pareceram agarrar muito bem a oportunidade que voltaram a ter na Taça de Portugal. Tanto Diogo Gonçalves como Pedrinho exibiram-se a bom nível, com o brasileiro a voltar a mostrar que na ausência de Waldschmidt, é o jogador mais criativo e com capacidade de passe no último terço deste Benfica (já tínhamos referenciado após o jogo com o Estrela) e tem feito por merecer as oportunidades, que até podem aumentar após uma bela exibição na posição de segundo avançado, onde rodou frequentemente com Rafa. Numa altura em que a dupla Seferovic-Darwin parece condicionar a criatividade benfiquista, o brasileiro pode ver mais oportunidades mesmo num contexto mais elevado de Liga Europa e campeonato. Ficam aqui os melhores momentos do brasileiro no jogo de ontem."

Dèjá vu – curtas do Estoril vs. Benfica


"Foi um Benfica persistente contra um Estoril-Praia bem organizado. No entanto, os principais problemas dos encarnados mantêm-se.
Aqui seguem alguns dos aspetos táticos observados neste jogo:
- Início de jogo com o Estoril a baixar o seu pivô para o meio dos centrais, estruturando-se num 5-4-1 em organização defensiva.
- Benfica regressou ao 4-4-2 habitual, com Rafa nas costas de Darwin Núñez. No entanto, o velocíssimo avançado do Benfica realizou várias permutas de posição, principalmente com Pedrinho – ambos alternaram entre o corredor central e a ala direita.
- Um dos maiores problemas deste Benfica é a falta de criação de oportunidades, com desequilíbrios gerados nos flancos. Hoje, tivemos um dèjá vu:
* Várias ocasiões em que a bola vinha a rodar por trás dum flanco para o outro e, tanto lateral (que estava mais dentro a preparar uma eventual perda), como extremo (por “predefinição”, estão sempre por dentro) não abriam. Se a falta de largura pode condicionar uma equipa, então este aspeto agrava-se quando o adversário alinha num 5-4-1, que tão bem a cobre.
* Principalmente no lado esquerdo, registaram-se vários lances em que Grimaldo tem a bola e os colegas, nomeadamente Everton, estão a fixar por dentro… mas para quê?! Eventuais movimentos dos extremos de dentro para fora podem a) arrastar marcações do corredor central, abrindo espaço para o lateral conduzir ou passar ou b) ganham as costas do lateral contrário e podem receber a bola nesse espaço.
* Várias ocasiões em que o Benfica pode cruzar, mas prefere voltar para trás, principalmente do lado esquerdo – e podem ver abaixo, nos destaques individuais, o porquê de não acontecer tanto no lado direito.

Destaques individuais
Diogo Gonçalves – não, não foi porque fez um jogo deslumbrante. Simplesmente pela variabilidade que pode aportar ao jogo do Benfica: pode dar acutilância a uma equipa muitas vezes lenta; pode dar qualidade no cruzamento a uma equipa que revela debilidades no jogo exterior. Combinou bem com Pedrinho, quando este lhe colocava bolas no espaço para atacar de primeira. Nasceram dali alguns lances de perigo, como por exemplo o canto que depois dá o golo.
Pedrinho – mais um dèjá-vu: a qualidade que dá entre linhas, mesmo quando o espaço é super reduzido. Na retina, ficam os passos açucarados para Digi e aquele passe que deixou Darwin na cara de Thiago Silva. Com mais minutos e num ambiente coletivo mais estável, prevê-se que possa dar muito mais. Tal como aconteceu com Diogo Gonçalves, não se entendeu a substituição, principalmente se nestes jogos os treinadores até aproveitam para rodar alguns jogadores.
Rafa – último dèjá-vu da noite: as finalizações de Rafa. Consegue tirar 5 adversários da frente de forma notável, mas acaba a atirar para fora. Teve outras três oportunidades para finalizar (uma delas em fora-de-jogo) e em nenhum conseguiu o golo. À parte disso, é o maior desequilibrador do Benfica, pela capacidade que tem para acelerar.
Crespo – um jogador diferenciado. Foi por ele que passou a maioria dos lances ofensivos dos canarinhos. É difícil tirar-lhe a bola, dá seguimento às jogadas, ora de forma mais criativa, aproximando a equipa da baliza adversária, ora em apoio. Ainda apareceu de trás para a frente, no apoio ao ataque. Jogador para outros voos."

GD Estoril Praia 1-3 SL Benfica: O jogo do “à vontade não é à vontadinha”


"A Crónica: SL Benfica Domina, Mas Ainda Mostra Algumas Fragilidades
Hoje foi noite de Prova Rainha: SL Benfica e GD Estoril-Praia mediam forças nesta que foi a primeira mão da meia-final da competição. Atenção para as tropas encarnadas porque, pela frente, iriam ter um autêntico tomba-gigantes que, para chegar até aqui, teve que eliminar Boavista FC, Rio Ave FC e também CS Marítimo.
O jogo começou agitado e com emoção. E a verdade é que os primeiros minutos só deram Benfica. As águias entraram com garra e não deixaram mesmo o Estoril respirar. Sem argumentos, a equipa da Linha colocou todo o seu bloco muito recuado como forma de evitar o golo do adversário. Já o Estoril-Praia não estava a conseguir encontrar linhas de passe e, estava de tal forma “asfixiado”, que esteve largos minutos “encostado às cordas” sem conseguir sair do seu meio-campo defensivo. Apesar disto, e como a bola por vezes também sabe ser madrasta, quem se adiantou no marcador foi mesmo o conjunto estorilista.
Aos 23 minutos, completamente contra a corrente do jogo, André Vidigal marca o primeiro tento da noite. A ameaça surgiu de contra-ataque rápido pelo corredor esquerdo impulsionado pelo autor do golo. Depois disso, a bola sobra para Joãozinho que cruza para a receção de peito de Murillo. O avançado serviu depois André Vidigal, que só teve de encostar. O Benfica reagiu bem ao golo. Quis desde cedo resolver a questão da desvantagem. Mas se há coisa que estes primeiros minutos nos mostraram, é que nem sempre o resultado espelha o que está a acontecer dentro das quatro linhas. E, dentro delas, os encarnados estavam bastante agressivos à perda da bola e a colocar muita pressão desde logo na primeira fase de construção estorilista. O Estoril não estava a conseguir passar novamente da segunda fase de construção. O Benfica estava com muito caudal ofensivo, mas não estava a ser feliz na finalização.
Aos 43 minutos, Darwin cabeceia na área, mas Thiago Rodrigues sacode para canto depois de uma grande defesa. A ameaça estava feita e foi consumada pelo mesmo protagonista no lance seguinte. Aí, Darwin conseguiu vingar-se e volta a tentar de cabeça. Só que desta vez tentou e conseguiu mesmo. E estava feito o empate mesmo perto do regresso aos balneários.
A segunda parte continuou no mesmo tom. Mais Benfica e um Estoril a jogar como podia. Apesar do controlo, o conjunto de Jorge Jesus não conseguiu ser tão incisivo como no primeiro tempo, pelo menos nos primeiros minutos da segunda parte. Graças a isso, a equipa da casa até conseguiu ter mais bola, mas não estava a conseguir chegar-se à frente. E se o Estoril não conseguiu, Everton tratou de não pedir licença. É pela esquerda, numa diagonal, que o brasileiro consegue criar perigo na área adversária e, depois de alguma hesitação dos jogadores encarnados de caras para a baliza, foi o suíço Seferovic que descomplicou e colocou, assim, a sua equipa em vantagem nesta eliminatória aos 68 minutos. E foi como o abrir da rolha. O Estoril acabou por se expor mais no jogo depois do golo encarnado e voltou a ver-se um pouco do Benfica da primeira parte. Só que desta vez com uma diferença: foi francamente mais feliz. Aos 77′, Darwin Núñez marca para o segundo das águias. Destaque para um excelente trabalho de Adel Taarabt que, depois de uma arrancada pela direita em que começa a descair para perto da área, assiste para o avançado que, bem posicionado, só teve de encostar. Um jogo intenso, mas, felizmente, sem casos.
O Benfica segue assim em vantagem na primeira mão da meia final da Taça de Portugal. Restava saber o desfecho da segunda parte deste medir de forças, esta já no Estádio da Luz.

A Figura
Diogo GonçalvesEste jogo pede por mais oportunidades na equipa de Jorge Jesus. Diogo Gonçalves apareceu muito no jogo, foi exímio nos passes, esteve envolvido em duas ocasiões flagrantes do Benfica e acabou, sempre que pôde, por procurar espaços na frente para que os seus colegas conseguissem criar perigo na frente.

O Fora de Jogo
Miguel Crespo Bem sabemos que esta noite não se adivinhava nada fácil para o médio estorilista. E escolho este como o fora-de-jogo porque, face à qualidade, esperava mais de Miguel Crespo. Mereceu atenção redobrada por parte dos jogadores encarnados e isso acabou por condicionar algumas ações durante o jogo.

Análise Tática – GD Estoril-Praia
Em relação ao último duelo frente à Académica OAF, Bruno Pinheiro apresentou sete novidades: do onze inicial saíram Daniel Figueira, João Diogo, Marcos Valente, João Gamboa, Bruno Lourenço, Jean Amani e Harramiz. Quanto às novidades, Thiago Rodrigues, Hugo Gomes, Carles Soria, Rosier, Zé Valente e André Vidigal e Murilo começaram de início. O Estoril-Praia apresentou um bloco muito recuado num 5-4-1. Conseguiu defender muito bem, mas o que é certo é que não conseguiu fazer muito mais do que isso. Esteve a jogar praticamente no seu meio-campo, mas a pressionar sempre com três homens o portador da bola. Uma equipa que veio com a lição bem estudada, mas indiscutivelmente com muito menos argumentos do que os encarnados. Ainda assim, conseguiu causar estragos em algumas jogadas rápidas (uma delas até deu mesmo em golo), sobretudo na primeira parte.

11 Iniciais e Pontuações
Thiago Rodrigues (5)
Carles Soria (5)
Hugo Basto (6)
Hugo Gomes (5)
Joãozinho (5)
Loreintz Rosier (6)
Zé Valente (6)
Miguel Crespo (4)
André Clóvis (5)
André Vidigal (6)
Murilo (5)
Subs Utilizados
João Gamboa (5)
João Carlos (5)
Bruno Lourenço (-)

Análise Tática – SL Benfica
Do lado do SL Benfica, também houve muitas mexidas: foram seis as alterações com a saída de Vlachodimos, Gilberto, Weigl, Taarabt, Cervi e Seferovic. Esta noite Helton Leite, Diogo Gonçalves, Rafa, Gabriel, Pizzi e Pedrinho são as novidades no onze inicial montando no seu habitual 4-4-2.
Houve muito Benfica no último terço, com Rafa e Pedrinho a conseguirem perfurar com alguma facilidade a linha mais recuada do Estoril. Por outro lado, houve alturas em que Darwin apareceu muito sozinho na frente e desapoiado. Notou-se também uma especial atenção para não permitir que o adversário não conseguisse passar da segunda fase de construção e, para isso, houve especial atenção em Miguel Crespo no meio-campo.
Apesar do domínio, evidenciaram-se os mesmos problemas no jogo das águias: um bocadinho mais de velocidade e os encarnados mostravam dificuldades em responder às investidas aversárias. Prova disso foi o golo do Estoril aos 23 minutos.

11 Iniciais e Pontuações
Helton Leite (5)
Diogo Gonçalves (7)
Otamendi (5)
Vertonghen (6)
Grimaldo (6)
Rafa (5)
Gabriel (6)
Pizzi (5)
Everton (6)
Pedrinho (6)
Darwin (6)
Subs Utilizados
Seferovic (6)
Weigl (5)
Taarabt (6)
Gilberto (5)
Cervi (-)

BnR na Conferência de Imprensa
SL Benfica
Não foi possível colocar questões ao técnico do SL Benfica, Jorge Jesus

GD Estoril-Praia
BnR: Notou-se uma especial atenção dos jogadores do Benfica em condicionar as ações do Miguel Crespo. Jorge Jesus, inclusive admitiu isso mesmo há pouco. E também impedir que o Estoril chegasse à segunda fase de construção. Pergunto-lhe se já estava à espera dessa marcação tão apertada sobre o jogador e em que medida é que isto acabou por condicionar a construção de jogo do Estoril.
Bruno Pinheiro: O nosso jogo não passa pelo Miguel Crespo. Passa por todos os jogadores e na interpretação dos espaços que nos derem. Se tiverem foco no Crespo, outro jogador terá a liberdade para desequilibrar. Não me parece que passe por aí. Agora o Miguel Crespo tem feito uma temporada fantástica, mas está cansado. É um jogador com uma inteligência tática muito grande, com uma disponibilidade física e mental tremenda para crescer, para evoluir e para apender. E, sinceramente, se tomaram conta dele acho que fizeram bem, mas acho que não passa por aí."

Benfica começou a perder mas entrou na Linha


"Vitória por 3-1 no Estoril deixa o Benfica a um pequeno passo do Jamor. Num jogo em que até sofreu primeiro, só perto do intervalo a equipa de Jorge Jesus conseguiu capitalizar as inúmeras oportunidades que teve. Darwin bisou

Darwin desmarca-se após passe de Pedrinho. Thiago é rápido a sair ao lance e rouba a bola ao uruguaio, bem na movimentação. Grande lance individual de Rafa, a passar por vários adversários, bola colada no pé, com um túnel pelo meio. Na hora de rematar, não acerta na baliza. Combinação rápida do ataque do Benfica, Pedrinho com olhos na nuca a passar de calcanhar para Rafa, que pica a bola, com esta caprichosamente a embater na barra.
Isto foi o Benfica nos primeiros 15 minutos do jogo frente ao Estoril, na 1.ª mão das meias-finais da Taça de Portugal.
Vejamos o que aconteceu uns minutos depois: primeira saída com qualidade do Estoril, bem a descobrir os espaços e enganar a defesa do Benfica; Joãozinho cruza largo, mas Everton falha o corte e está lá Murilo para cruzar para a área. André Vidigal, em cima da baliza, faz o primeiro golo do jogo.
Com uma entrada com fulgor, com Pedrinho e Rafa eléctricos, com três oportunidades, o Benfica, via-se, de repente, a perder. Como diria Darwin no final, o Benfica “não estava fino” - e bem sabemos que isto em castelhano tem outro sentido, mas vale para os dois lados.
Faltava então “afinar”, não querer fazer só golos “lindos”, disse também Darwin, e é certo que demorou o Benfica a entrar na linha na Linha do Estoril, direção Jamor, e até entrar ainda falhou mais dois golos cantados, depois de um período de abrandamento, nas ondas de choque da vantagem dos canarinhos. Só no final da 1.ª parte voltaria o Benfica a criar perigo, aos 40’, com Diogo Gonçalves a cruzar e Thiago a abordar mal o lance, ainda assim a tirar a bola da direção de Darwin, que já atacava o espaço. Três minutos depois, novamente Darwin, agora de cabeça, e novamente Thiago, com uma defesa impossível a negar o empate, que surgiria no canto que se seguiu. Depois de vários arabescos falhados, foi de forma pragmática que o empate lá chegou: Pedrinho no canto, desvio de Gabriel e Darwin de cabeça. 
 Simples, rápido e eficaz, tudo o que o Benfica não estava a conseguir ser até então.
Após o intervalo, o Estoril ressentiu-se das substituições e o Benfica voltou à toada de divórcio com o golo. Aos 57’, Rafa rematou muito torto, livre à entrada da área; aos 62’ um erro de Soler deixou Seferovic isolado, com o suíço a atirar ao poste depois de tentar contornar Thiago; aos 65’, Vertonghen e Seferovic atrapalharam-se no cabeceamento na sequência de uma livre estudado e Jorge Jesus já estaria pronto para ir à bruxa quando o helvético desfez o empate, aos 68’, numa jogada de insistência que passou por Everton e Rafa até chegar aos pés do avançado que, num remate seco, cruzado e muito colocado, voltou a bater Thiago.
Praticamente inexistente até então na 2.ª parte, o Estoril ainda veria o Benfica aumentar para 3-1, o bis de Darwin, a finalizar isolado um passe de Taarabt, que meteu bem o corpo para ganhar uma bola a meio-campo antes de a oferecer ao Núñez.
Só então houve um bocadinho de Estoril, com Miguel Crespo quase sempre como homem mais perigoso e quase a surpreender Helton Leite num remate cruzado, bem longe da baliza do Benfica, que o guarda-redes desviou no último momento. Estávamos ao minuto 77' e os 10 minutos finais acabariam por ser de reação da equipa da casa, com o Benfica talvez a deslumbrar-se em demasia com a vantagem, mas uma reação demasiado tardia.
O 3-1 final deixa o Benfica a um pequeno passo de uma final da Taça de Portugal que poderá muito bem ser o ponto de honra da equipa esta temporada. E estivesse tudo um pouco mais “fino” na hora de chutar à baliza, talvez nem fosse necessário pensar muito no jogo da Luz."

Comadres!!!


"O hacker dá o sinal e surgem os documentos e notícias encomendadas nos canais habituais. O que se segue? Emails truncados no Porto Canal? Um artigo do Carlos Rodigues Lima? Uma reportagem de caras tapadas? Uma investigação TVI?

As práticas de sempre.

E uma máfia que continua impune!"

Futebol. Um mundo fedorento e cheio de ódio


"Quem incentiva ao ódio tem de ser condenado severamente e não pode fazer parte do espetáculo da bola. Lamentavelmente, em Portugal os treinadores seguem os exemplos das suas direções e sentem-se na obrigação de usarem uma linguagem bélica, quando deviam era elogiar o que se passa em campo. 

Portugal é um país que não aprende e, talvez, seja pelo falso confinamento total, seja por outra razão qualquer, a verdade é que os homens do futebol não aprendem com nada e nem mesmo a pandemia lhes faz abrandar o incitamento ao ódio. Os clubes grandes não aprendem a bem e só há uma forma de o entenderem: com a repressão. Enquanto a Liga de futebol e a Federação não copiarem o exemplo inglês, não vamos a lado nenhum. Ou, por outro lado, só quando acontecer uma tragédia é que vão perceber isso.
Mas vamos aos factos: o FC Porto diz-se prejudicado nos últimos jogos e vemos a sua estrutura vociferar contra os árbitros, quase apelando à violência, e ninguém se incomoda com isso. Diga-se que o mesmo já se passou com os principais adversários, mas o que está em causa é ninguém ser severamente castigado. Mas quando vemos uma das figuras mais mediáticas do atual Partido Socialista, Tiago Barbosa Ribeiro, a dizer “hoje assistimos a um dos maiores escândalos da arbitragem portuguesa. Não é possível o Porto continuar a aceitar passivamente o que se está a passar. Unidos na revolta, solidários com o clube com a resposta que tem de ser dada”, o que poderemos esperar do comum dos hooligans? Quererá o deputado socialista apelar a uma caça ao árbitro? Os apelos à morte do árbitro do SC Braga-FC Porto e as pichagens nas instalações da Liga não indiciam nada de bom. Enquanto a justiça não chamar à barra de tribunal estes pirómanos do ódio, só podemos esperar que tudo isto descambe em mortes. Quando se vai limpar o futebol de toda esta tralha troglodita? Seja do FC Porto, SL Benfica, SC Portugal e por aí fora?
Mais uma vez digo: vejam o exemplo do campeonato inglês, onde até figuras como José Mourinho são hoje um exemplo de cidadania. Quem incentiva ao ódio tem de ser condenado severamente e não pode fazer parte do espetáculo da bola. Lamentavelmente, em Portugal os treinadores seguem os exemplos das suas direções e sentem-se na obrigação de usarem uma linguagem bélica, quando deviam era elogiar o que se passa em campo. O final dos jogos da Liga inglesa, regra geral, são um motivo de orgulho para todos os que gostam do desporto e não são fanáticos. Talvez seja por isso que cada vez mais só gosto de ver o campeonato inglês. O português continua a cheirar a hiena, logo agora que há uma surpresa para contrariar o que se passou nos últimos 20 anos."

O futebol já tem bolinha vermelha?


"Sei que são poucos os jogos de futebol que dão em canal aberto, mas será que não deviam ter também uma bolinha vermelha no canto? Não é que seja conteúdo apenas para maiores de 18 anos, mas se há tantos constrangimentos para dizer asneiras na televisão, o futebol parece conseguir abrir essa via. 

Escrevo esta crónica enquanto vejo mais um jogo de futebol sem adeptos no estádio. O ensurdecedor barulho dos adeptos é agora substituído por gritos soltos que se ouvem tão bem quanto os pontapés na bola. Não sei se a “redondinha” tem microfone, mas cada pancada seca, cada remate, cada bola no ferro, tem tanta magia como o vernáculo que os jogadores atiram ao ar e uns aos outros.
Falam muitos de “alhos”, mas nunca vi nenhum deles a trocar uma receita ou como fazer um refogado. Sei que são poucos os jogos de futebol que dão em canal aberto, mas será que não deviam ter também uma bolinha vermelha no canto? Não é que seja conteúdo apenas para maiores de 18 anos, mas se há tantos constrangimentos para dizer asneiras na televisão, o futebol parece conseguir abrir essa via. Vá, a m*rda já está banalizada, mas é a única. Esta semana também ouvi, numa novela, uma pessoa chamar a outra aquela palavra que começa por “cabra”, mas que acaba em “ão”. Não me chocou, de todo, mas será que vamos banalizar o vernáculo televisivo a começar pelo futebol?
“Cartão amarelo por protestos” era algo que nos deixava a sonhar e a ponderar sobre qual o membro da família do árbitro ou qual a sua característica física que foi ofendida. Na maior parte dos casos, trata-se de divulgar a plenos pulmões qual é a profissão (supostamente desonesta) da sua mãe. Pelo menos é o que a experiência no estádio me dizia, mas hoje tenho a certeza. Como adepto de futebol, prefiro estar no estádio, mas como amante da língua portuguesa, é muito mais divertido assim.
Aliás, o futebol sempre me ensinou muita coisa. As minhas primeiras aulas de geografia foram os jogos da Liga dos Campeões e da antiga Taça UEFA. Hoje já não aprendo tanto sobre cidades e vilas europeias, mas tenho aprendido muito vernáculo internacional, algo que também me dá muito jeito na vida adulta. Se há uma coisa que une as pessoas em qualquer país do mundo é saber como dizer um bom e libertador f***-se na língua nativa.
Voltando ao futebol, sempre me deixou curioso saber o que gritam os treinadores para o campo ou o que querem transmitir com aqueles gestos todos a imitar um polícia sinaleiro dos anos 70. Diziam os comentadores que “o frenesim e a energia dos adeptos é de tal forma intensa que os jogadores não ouvem nada do que os treinadores dizem”. Pois bem, a covid-19 “ofereceu” o silêncio para ajudar os treinadores a comunicar, o que ninguém esperava era que os jogadores também gritassem muito alto uns com os outros.
E quando víamos um jogador a rebolar de dores numa clara expressão facial de dor e agonia? Não o ouvíamos gritar, mas quase que sentíamos as dores daquela falta. Quer dizer, sentíamos consoante a cor da camisola, dói sempre mais quando atinge os nossos. As faltas continuam a ser duras, mas há uma constante com a qual tenho ficado fascinado: quem grita mais, raramente sente dores. Sendo assim, porque gritam tanto?
Não sei, mas acredito que só querem é atenção. Sim, cada um deles quer ser o centro das atenções e o grito é apenas código para “vá lá, apita para mim”. Não vou negar que há todo um novo encanto nesta modalidade. Tenho muitas saudades de voltar a “casa”, mas sei que também vou ter saudades destes dias em que ouço verdadeiras pérolas linguísticas."

Léon e Léon caíram do céu


"De repente, o destino decidiu que era a altura ideal para terminar com a vida de dois jovens alegres e entusiastas. O destino é mesmo assim, disponível para as mais inequívocas das maldades.

Aprendemos com o bate-bate monótono do coração que muitos podem não ser gémeos na vida mas ser gémeos na morte. O dia 16 de outubro de 1915 está aí para prová-lo com a morte simultânea de Léon e Léon. Até o destino quis fazer parte desse jogo macabro dando-lhes o mesmo nome de batismo. Era como se as galáxias se encaixassem. Léon Hourlier casou-se com a irmã de de León Comès. Ou seja, começaram por ser compinchas e viram-se aparentados pelos laços do sagrado matrimónio. Alice Comès fazia um par muito curioso com Hourlier: pequenina, adocicada, frágil, ao lado de um calmeirão de ombros largos como um armário estilo Luís XV. Hourlier era um atleta de mão-cheia: praticava ciclismo, atletismo e boxe. Chegou o ano horrendo de 1914 e o matulão não deu parte de fraco. Tal como um dos seus ídolos, Georges Carpentier, alistou-se na força aérea francesa e descobriu, pouco depois que era parceiro de batalha do cunhado, o outro Léon. Coincidências a mais? Provavelmente. Mas quem se pode dar ao luxo de combater a regra universal das coincidências?
Carpentier tinha uma estima pessoal pelo dois rapazes destemidos. Já tinha sido campeão da Europa de pesos-médios e dispunha de um estatuto que lhe permitia exibir um certo garbo muito especial, isto para não lhe chamar vaidoso ou presunçoso, algo que, vendo bem, talvez fosse exagerado. Num daqueles intervalos que se faziam volta e meia na guerra, para que todos pudessem recompor-se e ajeitar o nó da gravata, Georges convidou os dois Léon para lhe fazerem uma visita. Algo de irrecusável para os cunhados e compinchas. No tal dia 16 de outubro de 1915, ergueram-se no ar e tomaram o caminho do qual todos fogem: o da morte.
Hourlier tinha uma notável lista de vitórias velocipédicas: medalha de prata nos campeonatos do mundo de velocidade, em Roma 1911; campeão francês de velocidade em França nos anos de 1908, 1911 e 1914; vencedor do Grande Prémio de Paris em 1912 e 1914; vencedor do Grande Prémio de Reims em 1908, 1912, 1913 e 1914. O cunhado tinha, igualmente, bastante por onde se orgulhar no campo da velocipedia: terceiro no campeonato de França de velocidade em 1908, segundo em 1912, vencedor de várias provas em pista e, a par com o outro Léon, vencedor dos Six Jours de Paris em 1914, no Vel’ D’Hiv’.
Hourlier era um pouco mais velho do que o seu camarada:nascera em 16 de setembro de 1885, em Reims, e Comès a 11 de fevereiro de 1889, em Perpignan. Não foi por causa de Alice que se tornaram praticamente inseparáveis, mas a boda ajudou a criar entre eles laços de família mais fortes e resistentes do que os laços de amizade.
Léon Comès tomou os comandos do avião que largou da pista de Saint-Étienne-au-Temple, na zona de Champagne. Iam felizes. Nada como um dia bem passado a falar de boxe com o grande Carpentier. Hourlier sobretudo. Fora, durante a juventude, um incansável combatente de todo o tipo de justas, da luta livre e luta greco-romana ao boxe.
Sempre com belos resultados, ainda que, naturalmente, em competições amadoras. Depois saltou para o selim de uma bicicleta, tão competitivo como sempre, de tal ordem que o o campioníssimo Gabriel Poulain quis ser seu treinador, afirmando com clareza: «Hourlier ne tarde pas à devenir le collectionneur de courses en ligne surtout au Parc des Princes». Um velocista, portanto.
André Perchicot, o ciclista-cantor, encantava-se pelo sangre frio de Hourlier: «Escondia sobre uma máscara de impassibilidade uma coragem absolutamente notável. Era extraordinariamente correto e leal e tinha uma energia esfuziante».
Comès começou por ser colocado do 89.º Regimento de Infantaria, no serviço de equipamentos militares, mas odiava as funções que cumpria. Tanto sarrazinou a paciência dos superiores que lhe autorizaram a transferência para a força aérea, Pilotava um Voisin, construído por uma das primeiras empresas de aeronáutica francesa, fundada por Gabriel e Charles Voisin. Durante a I Grande Guerra, foi o modelo Voisin VII que teve mais sucesso por causa da sua mobilidade. O céu estava limpo, a visibilidade era boa, o voo previa-se tranquilo. De repente, o destino decidiu que era a altura ideal para terminar com a vida de dois jovens alegres e entusiastas. O destino é mesmo assim, disponível para as mais inequívocas das maldades. O Voisin pilotado por Comès ergueu-se no ar, como um pássaro altivo mas, segundos depois, sem explicação possível, mergulhou a pique desfazendo-se no solo como um cartucho de papel pardo. Léon e Léon perderam a vida quase sem dar por ela. Lá está, como gémeos na morte..."

Em Portugal, zero para o Desporto


"A grave crise que vivemos tem tido efeitos fortíssimos no Desporto desde a primeira hora: no 1º confinamento, a atividade esteve praticamente parada, com exceção dos treinos dos atletas de alto rendimento, mas ainda assim com muitas dificuldades pelo facto de a grande maioria das instalações desportivas não reunir as condições sanitárias adequadas.
Depois, iniciou atividade a única liga profissional, após um acordo geral entre Governo, Federação, Liga e Clubes, deixando a esmagadora maioria das modalidades e, especialmente, toda a formação de fora.
Já nessa altura todo o movimento associativo insistia que era preciso salvar os Clubes, mas nada era feito, quando noutros países europeus eram anunciadas medidas para atenuar os efeitos da pandemia. 
 Em Portugal, zero para o Desporto.
Veio o Verão, alguma acalmia na pandemia, a abertura da atividade económica, mas o desporto de formação sempre de fora de qualquer retoma, que se confinou ao escalão sénior.
Quando havia condições para dar aos Clubes o mesmo tratamento que se preparava para as Escolas – abertura, porque os jovens eram de menor risco -, muito pouco se fez para além da permissão de treinos com as distâncias necessárias.
Para a Formação, zero.
Entretanto, por toda a Europa, os atores políticos responsáveis prosseguiram com mais iniciativas e medidas financeiras de apoio direto a uma atividade que envolve um número muito significativo de profissionais e representa uma fatia relevante do PIB da União Europeia e, naturalmente, de Portugal. 
 Assim, surgiram Resoluções, Recomendações e muitos documentos de Parlamentos que instaram os Governos a tomar medidas concretas para salvar o Desporto. A ação fiscalizadora da atividade política do Governo, uma das principais missões dos Parlamentos, funcionou em muitos países da União Europeia no ano de 2020.
Em Portugal, nada.
O Parlamento Europeu foi dos primeiros a instar esse apoio, seguiram-se muitos outros, e a Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, através da Subcomissão de Desporto e Juventude, presidida pelo Deputado Carlos Gonçalves, prepara-se para aprovar uma Resolução no mesmo sentido.
No dia 2 de fevereiro foi publicada a Resolução da Assembleia da República nº 29/2021, que recomenda ao Governo que “crie um fundo especial de apoio ao desporto, para apoiar os clubes e associações desportivas em dificuldades financeiras devido ao impacto da pandemia da doença COVID-19”, uma proposta que o Comité Olímpico de Portugal já tinha, exaustiva e fundamentadamente, feito ao Governo em maio de 2020.
Antecipando esta publicação em Diário da República (uma vez que a Resolução já tinha sido aprovada em dezembro de 2020), o Secretário de Estado da Juventude e Desporto anunciou que estava a preparar formas de obter esse Fundo…
No dia 5 de fevereiro foi publicada a Resolução da Assembleia da República nº 54/2021, que recomenda ao Governo que “promova uma ampla auscultação das entidades do associativismo desportivo para, conjuntamente com a Direção-Geral da Saúde, trabalhar as normas e condições para a prática desportiva” e ainda que “assegure apoio ao movimento associativo (leia-se especialmente Clubes) para a retoma gradual e segura das atividades.”
Acordámos, Portugal?"

Modelos e mentores, pré e pós pandemia: qual o seu papel?


"O trabalho de Albert Bandura (1977) lançou a perceção de auto-eficácia no terreno da literatura científica da Psicologia, demonstrando o seu papel decisivo no que respeita à nossa predisposição para a aprendizagem, à nossa capacidade de mobilizar a nossa vontade (motivação), à nossa capacidade de concretização e até mesmo de autorregulação emocional.
Desde então, um sem número de investigações tem sido globalmente desenvolvido, demonstrando o seu impacto (no que respeita, por exemplo, à nossa capacidade em sermos persistentes face à prossecução de um objetivo) em áreas tão distintas como a da educação, a do desporto, a das empresas, mas também a da saúde e bem-estar. Não sendo este o contexto de um maior aprofundamento acerca das implicações que este tipo de linha de investigação pode operar nas nossas vidas se a conseguirmos traduzir em ações concretas do quotidiano, importa considerar que a nossa perceção de auto- eficácia é fortemente influenciada pelos modelos que temos à nossa volta e que, do ponto de vista do seu comportamento, nos mostram como é possível ultrapassar uma dada barreira ou lidar eficazmente com um certo desafio. 

Modelos e Mentores
Quem poderiam ser estas pessoas? Não se torna necessária uma busca exaustiva, uma vez que frequentemente eles podem ser encontrados num irmão mais velho, numa figura parental, num professor, num colega, num treinador, num líder – pessoas que, encontrando-se nos contextos de maior relevo social (casa, família, trabalho e desporto) nos permitem descobrir coisas acerca de nós próprios, acerca da forma como nos relacionamos com o outro e com o mundo em geral.
Pessoas que, muitas vezes inadvertidamente nos ensinam, nos reforçam e nos fazem sentir que é possível e que também podemos ser capazes – na realidade, pessoas que nos inspiram.
São fáceis de identificar:
dedique um minuto para fazer um “fast-rewind” na sua vida e observe quem se destaca. Para mim, e sem qualquer dúvida (e de entre muitos outros), o meu irmão (por todas as razões e mais algumas), dois professores (Dr. Miguel Faro Viana – pela capacidade em “ligar os pontos fora do quadrado”, pela integridade, ética, respeito pelo outro e pelo trabalho; e o Prof Dr. José Cruz - pela irreverência, pelo desafio, pelo respeito e sentido de privilégio em poder trabalhar com os melhores atletas e treinadores nacionais, mas também pela confiança e reforço positivo), uma colega (Prof. Dra. Maria João Gouveia, enorme exemplo de integridade, profissionalismo e, acima de tudo, generosidade e autenticidade que atua com os alunos com quem assume mentoria) e alguns atletas/clientes que, por razões óbvias, não poderei comentar neste contexto – todos eles figuras de enorme importância na consolidação do meu desenvolvimento pessoal e profissional e cujas ações transporto todos os dias na forma como se mantêm presentes no meu próprio comportamento.
Eles estão, de fato à nossa volta.
Estamos, no entanto, a falar de modelos e mentores, frequentemente, informais – mas agora, mais do que nunca, Modelos e mentores formais precisam-se!

Quando a Expetise Emocional Se Sobrepõe à Expertise Técnica
Levo mais de 15 anos a falar com organizações desportivas e não desportivas (dirigentes, administradores, gestores e empresários) acerca da necessidade de serem trabalhadas as competências emocionais de quem dirige, lidera, influencia e agrega à sua volta um conjunto de pessoas que deve inspirar, fazer desenvolver e potenciar.
Eu e tantos outros colegas que certamente percorrem o mesmo caminho, não por acreditar numa “pedagogia de trazer por casa” focada em comportamentos “desejáveis”, mas porque este tipo de orientação se encontra fortemente alicerçada em décadas de investigação científica que nos Prova que, de facto, se as pessoas se encontrarem fortemente comprometidas com os seus contextos de relevância social (casa, escola e profissão), não só teremos pessoas mais saudáveis e equilibradas (com elevados indicadores de bem estar físico e emocional, logo com menor prevalência de questões relacionadas com a saúde física e mental – imagine-se a redução de custos para a Saúde Pública...), mas também organizações mais eficientes e sociedades mais cooperantes.
Mas como podemos exigir esta capacidade de literacia emocional em quem dirige uma turma, uma equipa ou um departamento se, eles próprios, não foram expostos a um contexto de aprendizagem onde pudessem ver as suas competências emocionais reforçadas?
Ao fazê-lo estamos apenas à procura de “bodes expiatórios” e não de soluções concertadas que nos possam ajudar a dar este salto desenvolvimental imprescindível. Este não é o tempo de “wishful thinking” (tipo “vai tudo correr bem”) ou de apostar naquela “gama” de motivadores e/ou “coaches yes you can” que se agigantam nas fases de maior fragilidade humana e que, sem qualquer rigor científico, contribuem apenas para uma momentânea sensação de que “está tudo bem” que, invariavelmente, resultará apenas num agravamento desnecessário e irresponsável da situação.
Exige-se, por isso, e desde há muito, que as diferentes organizações apostem na capacitação dos seus “modelos e mentores” através da implementação de programas de reforçada solidez científica que possam integrar a visão mais avançada do que a ciência produz e a expertise de quem, no terreno, pode operar a implementação da mesma no quotidiano de cada um de nós.
E se, no período pré-pandemia as entidades poderiam se “desculpar” (de uma forma não consciente ou pouco pensada) de que este tipo de temas seriam uma segunda linha de prioridade a seguir à aposta nas competências técnicas, neste momento, o mesmo comportamento só poderá ser catalogado de negligência e irresponsabilidade."

Vermelhão: Vitória na Amoreira...

Estoril 1 - 3 Benfica


Passo de gigante para o Jamor. Num jogo, onde voltámos a começar muito bem, mas com muito desperdício... aos 23' completamente contra a corrente do jogo o Estoril marcou! A equipa 'sentiu' a desvantagem, durante alguns minutos baixámos de rendimento, mas antes do intervalo voltámos a carregar e chegámos ao empate num Canto... Resultado bastante injusto nesta altura!
O 2.º tempo começou morno, temia-se mais uma segunda metade 'cansada' por parte do Benfica, mas esta noite, com as substituições a equipa melhorou... muito devido à entrada do Taarabt que entrou com a 'pica toda'!!! Em poucos minutos, chegámos ao 1-3!
Os últimos minutos foram de gestão, já a pensar no jogo de Domingo!!!

O Estoril tem um plantel de I Liga, defendeu com muita gente e sempre que o Benfica deu espaço, soube aproveitar o contra-ataque... Fisicamente a equipa aguentou mais minutos do que no jogo anterior, jogámos com vários jogadores que na última semana foram 'poupados' (ou estiveram lesionados...): Gabriel, Pizzi, Everton, Rafa e Pedrinho por exemplo! Neste pós-Covid não vamos ganhar o ritmo de jogo e a capacidade física imediatamente, até porque a sucessão de jogos não ajuda, mas jogo a jogo, acho que vamos melhorar!

Com este resultado, na 2.ª mão na Luz, poderemos efectuar uma gestão do 11 diferente, poupando mais jogadores... Agora, é recuperar rápido, porque Domingo temos jogo complicado em Moreira de Cónegos, numa altura onde a pressão sobre as arbitragens está no máximo e a nossa margem de erro não existe!

Zero!!!


"O SL Benfica com Zero penáltis, a ter de jogar contra um jogador castigado, a ir a jogo com um surto de 28 elementos, entre jogadores e staff, mas temos de assistir a todo este espetáculo de pressão e intimidação, num jogo em que até beneficiaram de um penálti não assinalado e numa competição em que já nem deviam estar."

Fortuito?!!!


"Durante anos, o jogador do SL Benfica Katsouranis foi alvo de todo o tipo de insultos e considerações injuriosas. Deixou de ter nome e passou a ser "o Grego".

Tantos anos depois percebemos que afinal pode haver lances fortuitos.

É a incoerência de sempre de quem apenas vive no terror, lama, pressão e intimidação."