quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Covid-19 no SL Benfica | Será desta uma nova aposta na formação?


"O surto de Covid-19 que tem afligido a equipa masculina de futebol sénior do Sport Lisboa e Benfica tem provocado uma razia imensa nas escolhas de Jorge Jesus. O timoneiro dos encarnados já afirmou perentoriamente que “vai à luta” com os jogadores que tem – entende-se que se refere aos elementos remanescentes do plantel principal.
Jesus tem dado, então, a entender, que só tem uma quantidade reduzida de homens ao seu dispor. Não é verdade. Ou, pelo menos, não deveria ser essa a forma de ver as coisas. Se para aí estivesse virado – como deveria estar -, Jorge Jesus perceberia que tem muita qualidade futebolística e humana de que se socorrer na equipa B do clube.
João Ferreira tem tido minutos e Gonçalo Ramos e Tiago Araújo têm visto o seu nome várias vezes nos convocados. No entanto, a aposta – há muito por cumprir – na formação não deveria ficar por aqui e o atual surto de Covid-19 poderia e deveria ser o gatilho para uma efetiva aposta nos vários jovens que já demonstram capacidade e maturidade suficientes para serem escolhas de Jorge Jesus.
Filipe Cruz, Rafa Rodrigues, Kalaica, Morato, Ronaldo Camará, Henrique Pereira e, à cabeça, Paulo Bernardo poderiam perfeitamente ser aposta neste momento em que o clube procura suprir as lacunas no plantel causadas pela pandemia. Em condições normais, talvez ainda não se justificasse uma aposta imediata em alguns destes jovens; todavia, as circunstâncias atuais não são, de todo, normais.
Como tal, começa a ser irrisória a falta de coragem para assumir na prática a tão teoricamente badalada “aposta na formação”. As raras subidas de jovens à equipa A têm redundado em pouco mais que nada. Tem-se travado o desenvolvimento de vários jovens, promovendo-as ao plantel principal e dando-lhes cinco minutos “aqui e ali”.
É urgente uma verdadeiramente materializada aposta na formação. Se não for agora, quando?"

Até sempre, Mortimore


"Esta manhã fomos surpreendidos pela triste notícia do falecimento de John Mortimore, aos 86 anos, nosso treinador ao longo de cinco temporadas, distribuídas por duas passagens no Clube, com vários títulos conquistados e um legado de amizade e respeito mútuos.
Depois de se ter notabilizado como jogador ao serviço do Chelsea entre 1956 e 1965, onde chegou a capitanear a equipa, retirou-se aos 31 anos após uma época em que representou o Queen's Park Rangers. Abraçou a carreira de treinador e chegou ao Benfica em 1976 pela mão de Borges Coutinho. 
O começo titubeante no Campeonato gerou alguma desconfiança (à 5.ª jornada, seis pontos de atraso para o líder – a vitória valia dois pontos), afinal o Benfica era o bicampeão nacional em título e ganhara 13 dos 17 Campeonatos anteriores.
Aparentemente imperturbável, Mortimore promoveu várias alterações no onze-base da equipa, com destaque para os "miúdos" Chalana (ainda júnior), José Luís, Eurico e Pietra, além dos também muito utilizados Alberto e Romeu, partindo então o Benfica para mais um tricampeonato, fruto de 25 partidas consecutivas sem conhecer a derrota (22 vitórias e três empates), com o título a ser garantido na antepenúltima jornada.
Na época seguinte, envolta em polémica, Mortimore não conseguiu revalidar o título, apesar de o Benfica ter terminado o Campeonato invicto pela segunda vez na sua história e de ter obtido a mesma pontuação do campeão. Apesar da vantagem no confronto direto, vigorava a diferença de golos como primeiro critério de desempate. O insucesso em 1978/79 ditou a sua saída do Clube.
Regressou em 1985, contratado por Fernando Martins, com a equipa ainda órfã das saídas, um ano antes, de Eriksson e Chalana. No Campeonato, o título fugiu perto do final da prova, mas a época ficou marcada pela conquista da Taça de Portugal e pela goleada infligida ao Sporting, por 5-0, nos quartos de final da competição.
No ano seguinte, tudo pareceu desmoronar quando, em Alvalade, perto do ocaso da primeira volta, sofremos uma derrota pesada, por 7-1. Mais uma vez, Mortimore pareceu imune ao contexto adverso e liderou a equipa para mais um triunfo no Campeonato Nacional, ao qual juntou a sempre apetecida Taça de Portugal, redimindo-se da goleada sofrida em Alvalade sagrando-se campeão nacional e vencedor da Taça de Portugal em partidas frente ao Sporting.
Nas cinco temporadas em que serviu o Benfica, venceu dois Campeonatos, duas Taças de Portugal, uma Supertaça e três Taças de Honra. Nos anos subsequentes, fez sempre questão de vincar a admiração e respeito sentidos pelo Clube que lhe proporcionou os anos de maior sucesso na sua carreira de treinador.
Em 2012, durante o intervalo do embate dos quartos de final da Liga dos Campeões entre Benfica e Chelsea em Stamford Bridge, Mortimore deu uma volta ao relvado e foi saudado efusivamente pelos adeptos dos dois clubes. Merecido!
Obrigado, Mortimore, até sempre!

P.S.: Hoje celebramos o 12.º aniversário da Fundação Benfica, cuja ação social muito enobrece o Sport Lisboa e Benfica. Parabéns!"

O Bailarino que tinha o nº 136954


"Salamo Arouch sobreviveu a Auschwitz à custa de punhos. Pelas suas contas venceu mais de 200 combates.

No Independent havia um jornalista chamado David McKittrick com um jeito supimpa para escrever obituários. Dava vontade de dizer: estou ansioso para ler o meu. No dia 26 de abril de 2009 coube-lhe falar sobre Salamo Arouch, a quem chamavam O Bailarino. Tinha cumprido um belo naco de vida quando a morte o ceifou com 86 anos, em Tel Aviv, Israel. Aliás, há que dizer que dificilmente alguém com a vida que Arouch levou teria chegado a essa idade. «Salamo Arouch was a particularly tough Jewish boxer who needed every ounce of his toughness to stay alive during two years in Auschwitz concentration camp, where hundreds of thousands were put to death», lançava David no início da sua prosa. Sim, na verdade Arouch sobrevivera à custa dos punhos. Ele que até era um meia-leca, não indo além de um metro e sessenta e oito de altura, assim mesmo por extenso, porque era um homem por extenso e foi sempre um resistente por extenso.
Nascido em Salónica, na Grécia, no dia 1 de janeiro de 1923, filho de um estivador que tinha por conta, além dele, mais dois rapazes e quatro raparigas, aos 14 anos já andava pelo porto do mar Egeu carregando e descarregando caixotes dos navios que iam e vinham e o faziam sonhar com uma vida longe da comunidade judaica da qual fazia parte. O tempo passa, e como passa… Quando a II Grande Guerra rebentou, já O Bailarino tirava proveito da sua força bruta nos ringues de boxe, abatendo adversários como quem derruba manequins da montra do Grandella, tendo sido campeão grego de pesos-médios em 1938 e vencedor da mesma categoria no torneio dos países balcânicos. Podia ufanar-se de, em 24 combates, ter vencido todos, com o impressionante pormenor de somar 24 KO. Por essa altura, sentiu que o dever pátrio o chamava e alistou-se no exército grego. As coisas não lhe correram de feição nos campos de batalha. Não tardou a ser feito prisioneiro e os nazis caçaram-lhe a família por inteiro e despacharam-na por via férrea para essa estrumeira da Humanidade que levou o nome de Auschwitz-Birkenau.
No dia 15 de maio de 1943, os Arouch foram recebidos como untermenchen e Salamo ganhou uma tatuagem no braço direito com o n.º 136954. Num abrir e fechar de olhos, arrasaram-lhe a família. Pais e irmãos caíram do céu pardo de Oswiecim em forma de cinzas. Salamo aguentou-se. Os oficiais nazis gostavam de ter boxeurs por conta. Programavam lutas duas ou três vezes por semana e ganhavam boas maquias nas apostas a favor dos seus preferidos em caso de vitória. Esses combates duravam, frequentemente, até à morte de um dos contendores, mas não havia nenhum dos prisioneiros de Auschwitz que não preferisse morrer no ringue do que numa câmara de gás. O Bailarino não fugiu aos escrutínios das bestas do apocalipse alemão. Envolvido na teia sinistra da barbárie, decidiu conquistar o direito à vida através dos punhos. Muitos anos mais tarde, numa entrevista, foi simples na maneira como explanou a sua filosofia: «Ou ganhava ou morria». Ganhou.
Salónica é uma cidade simpática, capital da Macedónia de Alexandre, orgulhosa do seu passado como dominadora do mundo que se estendia da Grécia até à Índia. Durante décadas a fio atraiu muitas famílias judias a ponto de, em 1939, os judeus se contabilizarem em cerca de 47 mil. Em menos de um ano as alimárias de Hitler reduziram esse número à insignificância de 2 mil.
O pijama às riscas e o número tatuado no braço não envergonhavam Salamo. Pelo contrário: encontrou neles uma motivação para a resistência. Os ataques frequentes de disenteria em vez de o abaterem tornavam-no mais duro, mais impiedoso. O seu estilo intrépido fez dele um dos favoritos de vários oficiais da Schutzstaffel que exibiam canalhamente nas fardas o emblema da caveira e ossos. Passou a ser chamado mais vezes ao ringue. Raras eram as semanas em que não o sujeitavam a três combates. O Bailarino de Auschwitz ganhou a tenacidade do aço.
Foi o próprio Salamo que fez as contas: durante os dois anos que passou em Auschwitz realizou mais de duzentos combates. Muitos daqueles homens que venceu e, com isso, atirou para os crematórios, eram seus companheiros de caserna, mas não lhes era dado o privilégio da escolha. Quando um dos boxeurs resistia durante mais tempos aos seus punhos demolidores, um qualquer Obersturmbannführer menos paciente mandava interromper a luta e decidia arbitrariamente o vencedor. Arouch valia demasiado em apostas para ficar do lado dos derrotados, que era o mesmo que dizer do lado dos mortos. «Não houve um único combate em que tivesse participado que terminasse sem que aqueles monstros bêbados e excitados tivessem visto sangue. Era como uma sede incontrolável», recordou Salamo antes de tomar o mesmo caminho dos que vencera. No dia 17 de janeiro de 1945, Salamo foi transferido para Bergen-Belsen. A guerra estava à beira do fim mas os nazis continuaram a explorar a sua força colossal em trabalho escravo. Os seus punhos partiram pedras até ao dia da libertação."

Pandemia comportamental: contributos (esquecidos) dos cientistas portugueses


"Na passada sexta feira, foi endereçada uma carta aberta ao governo português assinada por um conjunto de 68 especialistas e cientistas na área comportamental (ao dia de hoje, mais de 100), evidenciando que “estamos a disponibilizar o nosso conhecimento científico e o nosso tempo ao serviço do governo e da população portuguesa”.
Em boa verdade, e como refere a dita carta (ver texto completo no final do artigo), “sendo a mudança comportamental individual e colectiva essencial na prevenção da transmissão da COVID-19, bem como no sucesso do plano de vacinação, parece-nos fundamental que os especialistas nesta área sejam consultados, para que as decisões possam ser informadas pelo conhecimento científico sobre os fatores que influenciam o comportamento e formas eficazes de os alterar.”
Como tão bem refere Tiago Duarte Pereira, da Direção da Ordem dos Psicólogos Portugueses, na sua intervenção no passado dia 19 na RTP2 (aqui), a atual fase da pandemia comporta enormes desafios (diferentes dos encarados em março de 2020) resultantes da “vulnerabilidade emocional e psicológica da população, já significativa pré-pandemia e hoje acrescida com impacto na auto-regulação de comportamentos; da fadiga da pandemia e necessário maior apoio, estímulo e nudge ao comportamento adequado; da percepção de risco, avaliada a cada momento, fundamental à estimativa da adopção de comportamentos; da comunicação hoje negativa, culpabilizante e ilegitimadora do cansaço, que diminui a adesão ao comportamento esperado; e a crise de confiança nos decisores e media.”
Comportamentos, comportamentos, comportamentos... comportamentos de quem já tenta cumprir há tanto tempo as diretrizes dadas pelo governo e que, face ao cansaço de um prolongamento exasperante da situação, começa a conviver com uma aparente “normalidade” onde os comportamentos de risco inconsciente e involuntário se começam a multiplicar diariamente... comportamentos de quem, possuindo desde logo baixos recursos de literacia emocional (ver aqui), dificilmente conseguirá atuar com os comportamentos de auto-regulação necessários para manter o foco, disciplina e motivação para a manutenção do rígido (e necessário) protocolo de distanciamento físico... comportamentos que, na realidade, são atuados diariamente por todos nós.

Porque Não Recorre, Então, o Governo, à Ciência Comportamental?
Não me parece desconhecimento (há décadas que esta classe de especialistas faz volumosos contributos para a área científica da motivação para os comportamentos de saúde) ou “esquecimento” – seria algo bizarro, dado o imperativo de mudança comportamental associado à resolução desta pandemia.
É curioso, porque a única razão que me ocorre, ouvi há uns anos no discurso de uma colega: “era tão resiliente, tão resiliente, tão resiliente... que chegou ao consultório com 5 anos de atraso – enquanto lutava não conseguiu parar e reconhecer que precisava de ajuda”.
Assim ficamos quando adoecemos – indivíduos, mas também organizações, instituições e até governos... quando “adoecemos” não sabemos parar e pedir ajuda. E a doença alastra.
Não temos 5 anos para continuar a tentar resolver esta questão – todos os dias morrem portugueses num número outrora inimaginável (a mãe, o pai, o avô, a avó ou o filho de alguém) e urge corrigir a estratégia de intervenção, integrando o mais rapidamente possível este grupo de especialistas reflexão sobre as diretrizes a atuar. 
Pedir ajuda não é sinal de vulnerabilidade é, antes de mais, sinal de auto-consciência e auto-regulação. Sinal também de inteligência adaptativa – saber reconhecer onde está o conhecimento que necessitamos para nos superarmos.
E, duvida houvesse onde este conhecimento se encontra, acabou de ser evidenciado por este conjunto de reconhecidíssimos cientistas portugueses (nacional e internacionalmente) que, desde já se prontificaram a constituir um grupo de trabalho especializado por forma a que se possa “assegurar uma resposta de saúde pública à COVID-19 baseada na melhor evidência sobre o comportamento humano, visando a proteção e promoção da saúde física, psicológica e social de todos os cidadãos”.
O que falta então?

Carta Aberta Sobre a Necessidade de Incluir a Ciência Comportamental na Gestão da Pandemia em Portugal
Suas Excelências,
Exmo. Senhor Presidente da República Portuguesa Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa
Exmo. Senhor Primeiro Ministro Doutor António Costa
Exma. Senhora Ministra da Saúde Professora Doutora Marta Temido
Endereçamos esta carta ao XXII Governo Constitucional e à Presidência da República Portuguesa para expressar a nossa preocupação face à ausência de especialistas na área da mudança comportamental em saúde, na gestão do recente agravamento da situação pandémica no país. Dada a situação extraordinária que vivemos, consideramos fundamental que a ciência comportamental seja considerada nos processos de tomada de decisão relativos à formulação de medidas de combate à COVID-19, bem como no delineamento dos planos estratégicos de implementação e comunicação das mesmas.
As mais recentes estatísticas da pandemia em Portugal reforçam a necessidade e urgência da concretização do nosso apelo. De acordo com os dados revelados pela Direção Geral de Saúde registaram-se nas últimas 24 horas 13.544 novas infecções por COVID-19 e 221 óbitos. A adesão às medidas de confinamento parece, no entanto, não acompanhar a aceleração da progressão da transmissão da COVID-19 no país, com a empresa PSE que desenvolve estudos de mobilidade a adiantar que no seu primeiro dia de implementação aproximadamente 33% dos portugueses aderiram ao confinamento, tendo havido um ligeiro aumento nos dias que se seguiram. Números relativamente baixos face àqueles registados em Março e Abril de 2020 que rondavam uma média de 60%.
Sendo a mudança comportamental individual e colectiva essencial na prevenção da transmissão da COVID-19, bem como no sucesso do plano de vacinação, parece-nos fundamental que os especialistas nesta área sejam consultados, para que as decisões possam ser informadas pelo conhecimento científico sobre os fatores que influenciam o comportamento e formas eficazes de os alterar. Desta forma, poderemos assegurar uma resposta de saúde pública à COVID-19 baseada na melhor evidência sobre o comportamento humano, visando a proteção e promoção da saúde física, psicológica e social de todos os cidadãos.
Alguns pontos fundamentais em que os especialistas em ciência comportamental podem contribuir para o controlo da propagação da COVID-19:
1. Providenciar recomendações para uma comunicação eficaz das medidas de combate à COVID-19, baseadas em evidência (p.ex. é ampla a evidência científica que a comunicação puramente baseada no medo e culpabilização pode ter resultados contraproducentes);
2. Providenciar recomendações baseadas na evidência e nos modelos comportamentais do potencial de impacto, adopção e eficácia das medidas de combate à COVID-19;
3. Desenvolver investigação sobre os fatores associados à adesão e não adesão aos comportamentos preventivos da transmissão da COVID-19;
4. Sintetizar e divulgar a evidência já existente sobre os fatores associados à adesão e não adesão aos comportamentos preventivos da transmissão da COVID-19.
Para maximizar o impacto do conhecimento da ciência comportamental na gestão da pandemia num curto espaço de tempo, propomos a criação de um grupo de trabalho (“task force”) em ciência comportamental e COVID-19, à semelhança do que tem sido feito internacionalmente, em países como a Holanda, Irlanda, Canadá, Finlândia, entre outros (Exemplos em: https://www.gov.ie/en/collection/3008f6-the-national-public-health emergency-team-nphet-covid-19-subgroup-be/; https://www.rivm.nl/en/novel-coronavirus covid-19/research/behaviour). Temos vários especialistas portugueses com trabalho reconhecido nesta área a nível nacional e internacional, que estão disponíveis para integrar e colaborar na organização deste grupo de trabalho.
Quanto mais eficazes formos a combater este vírus, menores serão as consequências pessoais, sociais e económicas para os cidadãos e para o país. É no interesse de todos usar o mais avançado conhecimento científico disponível para poder apoiar e motivar da melhor forma a população a aderir às medidas de prevenção da transmissão da COVID-19.
Com esta carta aberta estamos a disponibilizar o nosso conhecimento científico e o nosso tempo ao serviço do governo e da população portuguesa.
21 de Janeiro de 2021

Os signatários,
Professora Doutora Marta Moreira Marques,
Investigadora e Professora em Psicologia e Mudança Comportamental em Saúde, Trinity College Dublin (Irlanda), Centre for Behaviour Change-University College London (Reino Unido), Comprehensive Health Research Centre, NOVA Medical School (Portugal)
Professora Doutora Cristina Isabel Albuquerque Godinho,
Investigadora e Professora Auxiliar na área da Psicologia da Saúde, Universidade Católica Portuguesa (Portugal)
Professora Doutora Marlene Nunes Silva,
Investigadora e Professora Associada na área da Mudança Comportamental em Exercício e Saúde, Faculdade de Educação Física- ULHT (Portugal)
Professora Doutora Vera Araujo Soares,
Professora Catedrática em Psicologia da Saúde, University of Twente (Países Baixos)
Professora Doutora Ângela Rodrigues Powell,
Professora Assistente em Psicologia da Saúde, Northumbria University (Reino Unido)
Professor Doutor Pedro Teixeira,
Professor Catedrático de Nutrição e Atividade Física, Universidade de Lisboa - Faculdade de Motricidade Humana (Portugal)
Professora Doutora Tânia Gaspar Sintra dos Santos,
Professora Associada com agregação em Psicologia, Universidade Lusíada / ISAMB/Universidade de Lisboa / Aventura Social Associação (Portugal)
Professor Doutor António Silva,
Investigador e Consultor de Ciência Comportamental, Behavioural Insights Team (Reino Unido), Instituto Superior de Economia e Gestão (Portugal)
Professora Doutora Maria Luisa Pedroso de Lima,
Professora Psicologia Social da Saúde, ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa (Portugal)
Professora Doutora Maria João Alvarez,
Professora Educação para a Saúde, Faculdade de Psicologia, Universidade de Lisboa (Portugal)
Professora Doutora Sibila Fernandes Magalhães Marques,
Professora Auxiliar Psicologia Social da Saúde, ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa (Portugal)
Professora Doutora Maria João Pinheiro Morais Gouveia,
Professora de Psicologia da Saúde, ISPA (Portugal)
Professora Doutora Sofia Marlene Marques Ramalho,
Investigadora em Psicologia da Saúde, Universidade do Minho (Portugal)
Professora Doutora Catarina de Oliveira Tomé Lopes Pires,
Professora de Psicologia, Universidade Autónoma de Lisboa (Portugal)
Professor Doutor Samuel Ginja,
Investigador Associado em Análise do Comportamento, Ulster University (Reino Unido)
Professora Doutora Isabel Alexandra de Figueiredo Falcão Correia,
Professora Psicologia Social e das Organizações, ISCTE- Instituto Universitário de Lisboa (Portugal)
Professora Doutora Marta Osório de Matos,
Investigadora Psicologia da Saúde, ISCTE Instituto Universitário de Lisboa/ CIS-Instituto Universitário de Lisboa (Portugal) 
Professora Doutora Christin-Melanie Vauclair,
Professora Psicologia Social e Cultural, ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa (Portugal)
Professor Doutor David Filipe Lourenço Rodrigues,
Investigador em Psicologia Social e da Saúde, ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa (Portugal)
Professora Doutora Sónia Marisa Pedroso Gonçalves Bogas,
Professora Psicologia do Trabalho, das Organizações e da Saúde Ocupacional, ISCSP-Universidade de Lisboa (Portugal)
Professora Doutora Ana Meireles,
Professora de Psicologia e investigadora na área da Psicologia da Saúde, Universidade Lusíada (Portugal)
Professor Doutor Rui Gaspar de Carvalho,
Professor Auxiliar de Psicologia (especialização em Psicologia Social) e de Comunicação em Saúde Pública, Universidade Católica Portuguesa (Portugal) 
Professor Doutor Ricardo José Martins Pinto,
Psicologia da Saúde - Diretor de Mestrado, Universidade Lusófona do Porto (Portugal)
Professor Doutor Pedro Miguel Silva Costa Afonso Teixeira,
Saúde das Populações, Professor Auxiliar, Escola de Medicina da Universidade do Minho (Portugal)
Professora Doutora Filipa Valente Teixeira,
Psicologia da Saúde, Investigadora Júnior, Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (Portugal)
Professora Doutora Rute Sofia Monteiro Sampaio,
Investigadora em Psicologia da Saúde, Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e CINTESIS (Portugal)
Professora Doutora Teresa Cristina da Cruz Fatela dos Santos,
Professora Psicologia Clínica e da Saúde, Universidade Europeia/ ISAMB, Universidade Lisboa (Portugal)
Professora Doutora Ana Bárbara Vicente Nazaré,
Psicologia da Saúde; Professora Universitária, Universidade Católica Portuguesa (Portugal)
Professor Doutor António Manuel Simões Pereira Duarte,
Professor Psicologia Educacional, Universidade de Lisboa (Portugal)
Professora Doutora Rita Mafalda Costa Francisco,
Professora de Psicologia do Bem estar e Promoção da Saúde; Diretora do Católica Research Centre for Psychological, Family and Social Wellbeing (CRC-W), Universidade Católica Portuguesa
Professor Doutor Cícero Roberto Pereira,
Investigador Associado, Universidade de Lisboa (Portugal)
Professora Doutora Ana Rita Oliveira Goes,
Professora de Promoção da Saúde, Escola Nacional de Saúde Pública (Portugal)
Professora Doutora Rute Sofia Monteiro Sampaio,
Investigadora (Psicologia da Saúde), Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e CINTESIS (Portugal)
Professora Doutora Ana Pinto Bastos,
Psicóloga Clínica e Investigadora Júnior, Escola de Psicologia, Universidade do Minho (Portugal)
Professora Doutora Ana Filipa Madeira,
Psicologia Social, Instituto Ciências Sociais (Portugal) 
Professora Doutora Ana Cristina Mateus Figueiredo,
Professora de Psicologia Social, Universidad Academia de Humanismo Cristiano (Chile)
Professor Doutor Manuel Carlos do Rosário Domingos,
Neuropsicologia e Psicoterapia, CHPL e Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa (Portugal)
Professor Doutor Paulo dos Santos Duarte Vitória,
Professor Auxiliar, Universidade da Beira Interior (Portugal)
Professor Doutor Luís André Pereira Veludo Filipe,
Psicologia Clínica, Instituto Politécnico de Leiria (Portugal)
Mestre Márcia Filipa Nazário Carvalho,
Investigadora doutoranda em Psicologia da Saúde, National University of Ireland Galway (Irlanda)
Mestre Carolina C. Silva,
Investigadora doutoranda em Psicologia da Saúde e Mudança Comportamental, Trinity College Dublin (Irlanda)
Mestre Jorge Eduardo Conde Encantado Paulo,
Investigador Assistente e Doutorando Psicologia da Saúde e Comportamento, ISPA- Instituto Universitário/ Faculdade de Motricidade Humana, Universidade de Lisboa (Portugal)
Mestre Ana Margarida de Barros Trovisqueira Baptista da Silva,
Investigadora em Psicologia da Saúde, Universidade do Minho (Portugal)
Mestre Sara Oliveira Quintela Martinho,
Investigadora doutoranda em Psicologia Social e da Saúde, ISCTE/CIS- Instituto Universitário de Lisboa (Portugal)
Mestre Eduardo Silva Reis,
Apelos aos Riscos para a Saúde, Estudante de Doutoramento, ISCTE-IUL/CIS-IUL (Portugal)
Mestre Ana Mafalda Gayou Lima Reis Esteves,
Investigação Psicologia Social e Comunitária, CIS-ISCTE-IUL; CES-UC (Portugal)
Mestre Tiago Filipe Ribeiro Ruas Maçarico,
Doutorando, Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa (Portugal)
Mestre Sofia Isabel da Silva Ribeiro,
Doutoranda em Psicologia da Saúde, Centro de Investigação e Intervenção Social do ISCTE- Instituto Universitário de Lisboa (Portugal)
Mestre Cláudia Sofia Perneta Camacho,
Doutoranda, Psicologia da Educação, Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa (Portugal)
Mestre Maria Margarida Pires da Costa Sequeira Antão,
Estudante de Doutoramento em Psicologia, Faculdade de Psicologia da UL (Portugal)
Mestre Ana Filipa Madeira Pegado,
Psicologia da Educação - Aluna de doutoramento, Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa (Portugal)
Mestre Pedro Miguel de Freitas Taborda,
Doutorando Psicologia Educação, Faculdade Psicologia Universidade de Lisboa (Portugal)
Mestre Patricia Celeste Reis Correia Santos,
Investigadora na área do trauma psicológico, Universidade do Minho (Portugal)
Mestre Ana Isabel Teixeira Vieira,
Investigadora em Psicologia Clínica, Universidade do Minho (Portugal)
Mestre Samuel Filipe Pereira Domingos,
Doutorando/Investigador; Psicologia Social, ISPA - Instituto Universitário (Portugal)
Mestre Gonçalo Filipe dos Santos Freitas,
Estudante de Doutoramento em Psicologia Social, Universidade de Lisboa - Instituto de Ciências Sociais & Faculdade de Psicologia (Portugal)
Mestre Bárbara Sofia Freitas Sousa de Castro,
Psicologia Clínica e da Saúde, Universidade Lusófona do Porto, Universidade do Minho (Portugal)
Mestre Rute Filipa Dinis de Sousa,
Psicologia, Directora Executiva unidade de I&D; gestora de Ciência, NOVA Medical School - Universidade Nova de Lisboa (Portugal)
Mestre Raquel Alexandra Ferreira Rosas,
Investigadora doutoranda em Psicologia da Saúde, William James Center for Research, ISPA - Instituto Universitário (Portugal)
Mestre Sónia Alexandra Ribeiro Esteves,
Técnica Superior Psicologia Educacional, Câmara Municipal de Lisboa
Mestre Luís Miguel Vaz de Carvalho,
Psicologia Clínica e da Saúde (coordenador do Gabinete de Psicologia da Polícia Marítima), Polícia Marítima, Autoridade Marítima Nacional
Mestre Jorge Manuel da Silva Ascenção,
Psicólogo clínico e da saúde, Associação portuguesa de doença Inflamatória Intestinal; clínica médica de Matosinhos ;clínica médica da Trofa; clínica da Lourinhã
Mestre Marta Isabel Franco Marchante,
Psicóloga educacional, Académico torres Vedras, CIPD - Lusíada Porto, Udij (Portugal)
Mestre Joana Cordeiro Bernardo Gonçalves,
Psicologia da Educação e da Orientação, Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa (Portugal)
Mestre Teresa Filomena Duarte Tavares Montano,
Psicologia Clínica e da Saúde, Psicologia Comunitária e Psicologia da Justiça. Coordenadora EPVA e de NACJR, ISS, IP, ACES, APPASSI 
Mestre Sónia Fernanda Barreiras Parreira Duque,
Psicóloga clínica e da saúde, Centro Catarina Lucas 
Dr. Raul António Soares de Melo,
Técnico Superior de Saúde - Ramo Psicologia Clínica, SICAD
Dra. Maria Alexandre Quarenta,
pós graduação na área do comportamento. Técnica superior de psicologia cm Lisboa, Câmara Municipal De Lisboa"