sábado, 9 de janeiro de 2021

Vitória...

Benfica 93 - 73 Maia
17-16, 19-16, 30-25, 27-16

Resultado enganador, num jogo que acabou por só ficar decidido no último período, com a aposta nos Triplos a dar resultado!

Mesmo assim, não posso de destacar um facto muito 'estranho': beneficiámos de 6 lances livres em todo o jogo! Repito 6 !!! Eu sei que o Betinho, hoje, jogou pouco tempo, e é ele que mais penetrações tenta; eu sei que ao lançarmos de fora existem menos faltas, mas por favor...só foram assinaladas 12 faltas ao Maia, só um jogador adversário chegou às 3 faltas, alguém acredita que os jogadores do Maia se andaram a 'desviar' dos nossos jogadores para evitar fazerem faltas!!!

Qualificação para as Meias-finais...

Albergaria 0 - 2 Benfica


Poucos dias depois de conquistarmos a Taça da Liga referente a época anterior, voltámos a jogar para a mesma competição, mas agora na época 'correcta'!!!
Várias alterações, mas o mesmo resultado...

Ontem foram apresentadas duas contratações, vindas do Brasil e muito provavelmente nos próximos dias teremos mais reforços para a recta final da época...

Entrada demolidora...

Modicus 0 - 4 Benfica

Aos 6 minutos, já estava 0-3... e depois a habitual consistência defensiva fez o resto!!!

Novo empate...

Benfica 0 - 0 Académica


Resultado injusto, fomos superiores, mas desperdiçamos as oportunidades que fomos cirando... incluindo dois golos anulados!
Nota para o regresso do Sandro Cruz, depois de uma lesão que o impediu de competir mais de um ano! Acabou por sair com 23m, espero que não seja nada de grave... Estamos a precisar de defesas-esquerdos, o Sandro em condições normais, neste momento, seria titular da equipa B...

Derrota...

Corruptos 4 - 2 Benfica

Faltou agressividade, algo que acaba por ser 'natural' porque qualquer 'sopro' no adversário dá falta...!!!
Este ano com os play-off's isto vai ser muito complicado, a única vantagem é que os jogos dos play-off's vão ter mais visibilidade, mas os apitadeiros já provaram várias vezes que não têm vergonha nenhuma!

Desapontante (até ver)


"Contra as expectativas, a época prossegue aquém do esperado. O regresso de Jorge Jesus entusiasmou por uma razão concreta - o seu percurso no Clube justificou - o seu percurso no Clube justificou-o. E o plantel, composto por uma esmagadora maioria de campeões nacionais em 2019, foi reforçado por vários jogadores de craveira internacional, o que, mesmo para os que não prestam o reconhecimento devido a Jorge Jesus, ou simplesmente não o apreciam por qualquer motivo, foi garantia bastante para a crença de que teremos uma época bem-sucedida no futebol.
Convém, neste momento, salientar o óbvio: muito há por disputar. Foi cumprido pouco mais de um terço da Liga NOS, estamos a 4 pontos da liderança e continuamos em prova nas taças, incluindo a Liga europa (o insucesso no apuramento da pré-eliminatória da Liga dos Campeões já lá vai e houve circunstâncias especiais - um jogo apenas, o primeiro da época, e em casa do adversário; sobre a Supertaça escrevi há uma semana).
Como tal, são extemporâneas as análises que dão como facto consumado que 2020/21 será para esquecer, mesmo que o tenha de ser.
Há várias causas que contribuem para este momento. Futebolísticas, sendo que há opiniões variadíssimas e divergentes sobre o treinador e plantel, mas também derivadas do calendário, pela pré-época mais curta e por não haver tempo para treinar dada a presença em todas as competições (Jorge Jesus é sempre muito elogiado pela qualidade do treino); e físicas, com vários lesionados e ainda mais os afectados pela covid-19, obrigando a paragens e subsequentes quebras de forma, já para não referir o lado mental.
Resta-nos esperar que a nossa equipa consiga superar as adversárias e ganhe rapidamente a consistência que lhe tem faltado."

João Tomaz, in O Benfica

A minha camisola


"A primeira vez que vesti a camisola do Sport Lisboa e Benfica foi no meu quarto, em casa dos meus pais, sozinho. Tinha recebido o equipamento oficial da equipa de atletismo nesse mesmo dia e ainda não acreditava que aquilo estava mesmo a acontecer. Eram meados da década de 1990, eu tinha uns 20 anos e estava finalmente a presentar o meu clube.
Era uma camisola de alças, com o emblema bem destacado e aquele cheiro a novo que reconforta. Vestia-a durante duas épocas e posso garantir-vos que, em todas as vezes que entrei em pista para competir, encontrei sempre uma força suplementar naquela águia gloriosa. Quando as pernas me faltaram, pensei sempre que não podia envergonhar o emblema, o clube, a equipa, o treinador, os adeptos.
Uma vez no Norte, no estádio da Maia, calhou-me correr os 200 metros na pista 8, a mais próximo das bancadas. Fui cuspido por um energúmeno (adepto de vocês sabem quem) quando já estava na reta final, e isso só me deu ainda mais vontade de lhe esfregar uma vitória na cara.
Muita gente pode vestir a camisola do Benfica - seja pelos 37,50 euros mensais que eu recebia de subsídio de transporte, seja por 2, 6 ou 10 milhões de euros ao ano de ordenado -, mas senti-la não é para todos. Nos relvados, nos gabinetes, nos pavilhões, nos estúdios, nas pistas, onde quer que seja, vistam-na com respeito pela história e por quem a vestiu antes de vocês. Se não sentem nada quando vestem o manto sagrado, é porque não estão no sítio certo."

Ricardo Santos, in O Benfica

Então, Benfica?


"Não era exactamente este começo que esperava de ti, 2021. Que resultado foi aquele nos Açores? Tínhamos combinado deixar 2020 para trás, e à primeira oportunidade lá vieste tu com aqueles maus hábitos do ano passado assombrar o nosso entusiasmo? Que não se volte a repetir.
Não consigo perceber o que falta a esta equipa para jogarmos à Benfica. A dupla de centrais é a mais experiente a actuar em Portugal. O meio-campo é de qualidade inegável. Os extremos têm talento de sobra. Os avançados têm um potencial tremendo. Vários internacionais. O treinador conhece o clube e o campeonato. Então? Como se podem justificar as pobres exibições? É bom que o efeito da nova vacina seja eficaz e comece a actuar rapidamente de norte a sul. Só vejo uma maneira de os jogadores embalarem: com o colinho dos adeptos que tanta falta tem feito.
Janeiro começou da pior maneira, e há muito em jogo neste primeiro mês do ano. Talvez seja interessante os jogadores visitarem o Museu Cosme Damião, receberem uma palestra do Toni ou conhecerem o Barbas. Tem sido tudo tão bem desinfetado com álcool-gel, que parece que até o ADN Benfica foi limpo do balneário. Qualquer benfiquista pode acreditar ou não na capacidade dos protagonistas actuais para que os objectivos sejam atingidos. Mas não há quem esteja satisfeito com aquilo a que temos assistido. Do mesmo modo que ninguém pode achar que isto esteja perdido. Longe disso. Por estarmos vivos em todas as competições, temos a obrigação de manter os níveis de exigência no máximo, assim como o nosso apoio incondicional. Por enquanto... ainda ao longe. Até que 2021 nos volte a reunir."

Pedro Soares, in O Benfica

Reagir


"Não há como escamotear: o empate nos Açores foi dececionante, e vem na senda de um conjunto de exibições pouco conseguidas.
Fingir que tudo está bem não é o caminho. Mas disparar acusações contra A, B ou C serve apenas para desestabilizar, e nada contribui para que a equipa venha a render mais dentro do campo. Há problemas por resolver, e certamente que a estrutura que foi 5 vezes campeã em 7 temporadas e o treinador que há cerca de um ano tinha o mundo a seus pés estão à altura do desafio.
Existem várias atenuantes. Uma calendarização extremamente condensada retirou tempo de trabalho e entrosamento, sobretudo a quem dele mais precisava (único candidato ao título a mudar de treinador, e o que mais se reforçou). Num plantel com jogadores de várias nacionalidades, muitos deles estreantes na nossa liga, alguns dos quais pela primeira vez na Europa, em tempos de confinamento que nada favorecem a integração na cultura do país e do clube, torna-se bem mais difícil construir um grupo forte e unido. Depois, há que dizer que a própria covid-19 tem sido particularmente cruel para o Benfica, atingindo mais de uma dezena de atletas, com todas as implicações físicas e psicológicas daí decorrentes. Por fim, a ausência de público penaliza obviamente o clube mais popular, e em alguns jogos tem-se notado a falta do grito das bancadas que tantas vezes faz a diferença. Tudo isto têm sido barreiras à construção de uma equipa ganhadora.
Nada está perdido. Temos nesta altura mais pontos do que em 2014, 2016 e 2019, anos que terminaram em glória. Falta muito campeonato. Estamos a tempo de recuperar."

Luís Fialho, in O Benfica

Maldita covid


"Apesar da vacina, continuamos a ser atormentados pela maldita pandemia. Quando vi o último boletim clínico, fiquei preocupado. Oito baixas para a difícil deslocação aos Açores. E, se já sabíamos da maleita de André Almeida, ficámos a saber da nova lesão de Pedrinho. Mas o principal problema é a lisa de casos de covid. Depois de Pizzi, Seferovic e João Ferreira, de Jardel e Gonçalo Ramos, chegou a vez de Gabriel e Cervi. Ou seja, seis baixas a juntar a Otamendi, castigado por um erro de arbitragem. Creio que todos eles constariam da lista de convocados e alguns deles seriam titulares ou lançados no jogo. Falei de seis casos, mas na verdade quase metade do nosso plantel já foi afectado pelo vírus. Todos nos lembramos das baixas de Darwin, Weigl, Taarabt, Pedrinho e Svilar. Ou seja, já tivemos 12 casos.
Há quem entenda que o Benfica tem argumentos para solicitar o adiamento dos jogos. Mas a grande verdade é que estamos a pagar o preço de competirmos em várias frentes, o que implica um calendário cheio. Só neste mês, se vencermos os jogos da Taça de Portugal e da Taça da Liga, realizaremos oito partidas. Em Fevereiro, serão nove, pois voltamos a jogar na Liga Europa. Em Março, se continuarmos na competição europeia e na Taça de Portugal, serão seis. Em Abril, sobe para oito se continuarmos na Liga Europa e, finalmente, em Maio, poderemos disputar mais oito. Como a covid não acaba por decreto, temos de ter em conta este problema nas análises às perfomances da equipa. Apesar de todas as medidas rigorosas adoptadas pelo Benfica, este adversário tem sido, por enquanto, imbatível."

Pedro Guerra, in O Benfica

É preciso fazer tudo, e tudo ao mesmo tempo!


"Se algum lema tivesse o ano que finda, para a Fundação Benfica, bem poderia ser este. É uma frase antiga que me vem à memória dos tempos em que, nos anos a seguir à Revolução dos Cravos, ainda jovem de meter inveja, empreendia com outros a construção de uma cidadania plena em cima de nada, numa zona socialmente deprimida, sem meios, mas com a vontade e ambição desmedidas. Foi por essa altura que ouvi pela primeira vez, dum popular anónimo numa reunião que já me esquece, de tantas que eram, esta frase em reposta ao conformismo e à vontade de atender ao urgente deixando cair o importante. Aprendi então, e a vida a seguir comprovou-mo, que desistir ou adiar, embora às vezes pareça a única solução, não o é na verdade. Saltar obstáculos, sim, é a solução a adotar perante os mesmos. Tomei então como lição que a adversidade não pode tolher-nos a capacidade de agir, mas, sim, desafiar-nos à superação.
É por isso que, além de benfiquista, me identifico tanto com o trabalho da Fundação Benfica. Porque esse inconformismo constante, a que os pensadores chamaram 'Inquietude', os atletas 'Sede de Vencer', ou os gestores 'Extra Mile', é um traço profundo e perene do SLB desde a mais tenra idade.
Por isso, ao olhar para trás, ainda de máscara posta, salta-me à vista a obra social feita pelo Benfica num ano em que poderia ter-se tolhido, em que ninguém lhe poderia exigir acção, mas, ao invés, abraçou esta mística insaciável de tudo fazer e, se necessário, tudo ao mesmo tempo. E foi assim na reacção pronta e musculada à covid-19, quando o mundo, assustado, pintava arcos-íris ou batia palmas à janela. Foi também assim ao manter todos os projectos sociais da Fundação adaptando-se contra todas as adversidades, mas nunca desistindo. Foi ainda assim ao olhar, como sempre, o futuro e iniciar novos projectos ao ritmo de sempre.
Carrega, Benfica!"

Jorge Miranda, in O Benfica

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"4
Separam-nos 4 pontos da liderança da Liga NOS, num desempenho obviamente aquém das expectativas. Não é, no entanto, uma diferença pontual que nos faça atirar a toalha ao chão, nem por sombras. Há que ter a capacidade de prolongar os bons momentos nas partidas.

4:53
Tempo de jogo desperdiçado no Santa Clara-Benfica com a decisão de se iniciar a partida na data e no horário agendados. Era por demais evidente que o relvado, alagado, não se encontrava em condições antes do apito inicial, pelo que teria sido mais avisado adiar a partida para o dia seguinte, até para protecção dos atletas, mais sujeitos a lesões dado o estado impraticável do terreno de jogo.

7
Passaram 7 anos do falecimento de Eusébio. Não consigo imaginar como foi realmente ver década e meia do nosso Benfica com o contributo de um dos melhores jogadores da história do futebol, e agora ocorreu-me que, se esta coluna existisse no tempo dele, a sua presença semanal estaria garantida.

14
Darwin fez o seu 8º golo pelo Benfica em competições oficiais e, somando as assistências (6), tem agora intervenção directa em 14 golos. Lidera a equipa neste item. Na Liga NOS leva 3 golos e 5 assistências, somando 8 acções na finalização dos golos marcados pela equipa, as mesmas que Seferovic (6 golos e 2 assistências).

73
Henrique Araújo chegou da Madeira rotulado de goleador e não tardou em confirmá-lo. Na época de estreia no Benfica, nos juvenis, marcou 37 golos. Na temporada passada, somou 24 (22 nos juniores; 2 nos sub-23). Em 2020/21, leva 11 (8 nos sub-23 e 3 na B). Fez um póquer nos sub-23, no domingo bisou pela B.

302
Pizzi regressou e passou a ser o 29.º com mais jogos de águia ao peito em competições oficiais."

João Tomaz, in O Benfica

Receita...


"Um penalti e pelo menos um gajo comprado por jogo é o novo prato do dia da maior escumalha da história do Desporto Mundial.

Haverá jogos em que terão que escolher à lá carte porque o prato do dia não será suficiente.
Depois de Ferraresi a semana passada, ontem foi a vez de Vana e Diogo Queiros.

Andam estes gangsters há quarenta anos a destilar ódio, violência e batota e ninguém lhes põe a pata em cima.
São execráveis."

Veiga, Juliano, Julinho, Waldschmidtsson, Luquinha, Bynia (?), não interessa. 'Acarditem', que é para ganhar no Dragão


"Vlachodimos
aos 86 minutos foi verdadeiramente incomodado, ele e nós, por um remate de Murillo que poderia ter deixado tudo empatado depois de uma exibição positiva. Felizmente Vlachodimos soube ser o pacemaker de que um país inteiro precisava.

Gilberto
Talvez seja isto que se pede de um atleta do Benfica nos dias que correm. Gilberto movimenta-se em campo como como se estivesse em liberdade condicional, como se a cada lance tivesse de nos convencer que merece continuar no relvado. E tem. E merece. Carrega Gil.

Otamendi
Começo a gostar demasiado dele. Tenho a certeza que isto vai acabar mal. Só não sei dizer quando. Convinha que não fosse na próxima jornada.

Verthongen
Líder. Depois de uma fase de adaptação em que parecia um veterano internacional do Uzbequistão vindo da liga cipriota com um histórico de lesões, Verthongen começa agora a perceber o que a casa gasta. As suas movimentações são quase sempre serenas e revelam que o belga já conhece grande parte dos truques da sub-espécie avançado-da-liga-Nos. Fica mais fácil para todos.

Grimaldo
Zero deslizes a defender, uma porrada de iniciativas ofensivas bem conseguidas. Só faltou um livre à trave para ser perfeito.

Weigl
Quem diria que este rapaz se ia tornar um dos esteios do onze. Já foi Veiga para o treinador, depois Juliano, e se este mês acabar como todos desejamos ainda passa a Julinho. Acardita!

Pizzi
Tanta conversa sobre quem é o melhor 8 deixou o Pizzi entediado.

Rafa
Esteve melhor na 2ª parte. Extraordinário Progresso!

Everton
Numa escala de lombos de pescada cozidos a cabrito do Saraiva, o futebol de Everton continua a revelar o interesse e a excitação de uma jardineira. A ideia é pobre, o sabor é ténue, as texturas desinteressantes e a sua razão de ser permanece por identificar, a não ser que estejamos numa cama de hospital sem condições físicas de procurar alternativa na cafetaria. E se porventura o leitor for um acérrimo defensor da jardineira e não perceber o que quero dizer, procure ajuda especializada.

Darwin
Enquanto não se descobre o paradeiro do jogador mortífero avistado nas primeiras semanas da época, Darwin vai fazendo pela vida e compete agora com o colega Pizzi pelo título de rei das assistências. Uma pessoa fica menos angustiada quando ganhamos com duas assistências dele, mas suspeito que os golos que este rapaz deveria marcar vão acabar por fazer falta. É talvez o melhor exemplo da ansiedade desta equipa. A cabeça dos nossos atletas parece saber como dar alegrias aos adeptos, mas o coração por vezes parece ter os pés do Bynia.

Seferovic
Haja saúde e saibamos apreciar aquilo que temos. Disseram-me isso uma vida inteira mas às vezes é preciso ver um suíço com a bola nos pés para percebermos o que isso significa.

Taarabt
Pouco tempo em campo e ainda menos protagonismo, para gáudio dos maxilares dos jogadores do Tondela. 

Waldschmidt
Permitiu-me finalmente ir à casa de banho sem o pressentimento de que estaríamos empatados quando voltasse. A minha bexiga agradece, Luca. Ainda não percebi se o mister gosta dele, mas por via das dúvidas mudava o nome para Waldschmidtsson ou Luquinha.

Samaris
Ganhar no Dragão.

Chiquinho
Ganhar no Dragão.

Pedrinho
Ganhar no Dragão."

SL Benfica 2-0 CD Tondela: “Café Escaldado” na segunda parte desperta encarnados para a vitória


"A Crónica: Empate Nos Açores Esquecido Com Vitória na Luz
Uma das imagens que ficou na memória do empate na jornada anterior foi a de Pizzi a beber um café no reatamento da partida nos Açores, bebida essa que ajuda milhares de pessoas a despertar logo pela manhã.
De facto, era necessário às águias tomarem um café para conseguir mostrar uma reação em força depois mais um percalço na luta pelo título, mas foi preciso muita paciência para conseguir esse tal café que desse o ânimo necessário para conquistar os três pontos: triunfo por 2-0 do SL Benfica sobre o CD Tondela na Luz, com os golos a serem apontados apenas na segunda parte por Seferovic e Waldschmidt.
A entrada na “cafetaria da Luz” feita pelo anfitrião deu logo a entender que o pedido feito por Jorge Jesus era para optar desde logo por um Chocolate Quente, para não arrefecer com o enorme frio que se fazia sentir: conjunto encarnado a ter mais bola nos primeiros minutos de jogo, a exercer uma forte pressão sobre a defesa adversária, mas seria necessária muita paciência para ser satisfeito o desejo da Águia – o golo inaugural.
O convidado teve dificuldade para conseguir entrar no espaço, já que o Benfica não ia dando grande margem de manobra à formação beirã de chegar ao balcão e tentar também pedir uma bebida: neste caso, um Chá Gelado que resfriasse a ambição caseira de reagir ao empate frente ao Santa Clara.
O tempo de espera estava já longo, e os homens do setor mais recuado do Benfica tentaram despachar o empregado na resolução do pedido efetuado logo ao início, com Gilberto a subir no terreno, aos 22’, e a atirar de primeira para fora depois de um cruzamento de Otamendi.
O colega Darwin percebeu que era preciso mostrar algum descontentamento pela demora no serviço, e também disparou no minuto seguinte ao que Niasse respondeu com uma boa defesa. Ainda houve o remate de Pizzi no minuto 27, no entanto o destino da bola não foi o fundo das redes.
A impaciência para que o tal Chocolate Quente fosse finalmente servido começava a crescer, mas o Tondela estava a fazer bem a sua tarefa de fechar os caminhos até à sua baliza, algo que ia deixando Darwin Núñez e companhia um pouco ansiosos e isso era refletido no momento de rematar.
A estratégia inicialmente pensada para fazer e receber logo o pretendido tinha forçosamente de ser revista ao intervalo, uma vez que o nulo no marcador não era o desejado para o Benfica dar cinco estrelas no final da experiência vivenciada na “Cafetaria da Luz”.
O início de segundo tempo trouxe uma mudança de pedido do lado visitado. O Café Escaldado passou a ser a bebida ambicionada para desatar o nulo, e o Benfica veio com maior vontade de ser mais dinâmico na frente de ataque para abrir espaços na defesa contrária.
Essa maior intensidade quase finalmente deu resultado aos 53 minutos, com o golo do suíço Seferovic – Pizzi picou a bola sobre a defesa tondelense para Darwin assistir de primeira o número 14. O tento ainda foi a escrutínio do VAR, mas o pedido dos pupilos de Jorge Jesus era finalmente entregue.
Ao ver que o anfitrião conseguiu chegar ao golo, o Tondela tinha de mudar o seu plano para ser igualmente atendido e obter o Chá Gelado e Jhon Murillo foi lançado para explorar o contra-golpe rápido, apressando assim o funcionário do espaço onde decorria o encontro entre as duas equipas. 
Tomada a bebida quente, as águias queriam agora adicionar à sua conta um bolo para fechar o marcador, e essa procura evidenciou-se sobretudo pelo lado esquerdo do ataque que estava a causar muitas dificuldades aos defesas visitantes.
A indecisão entre o Queque e o Bolo de Arroz levou a uma diminuição no ritmo intenso do Benfica, o que ajudou os homens de Pako Ayestarán a partir em busca de alcançar o seu chá. Um lance rápido e bem trabalhado pelo Tondela terminou num remate de Salvador Agra em zona perigosa aos 74’. 
Percebendo que o Café Escaldado estava a começar a perder o seu efeito, Jorge Jesus lançou Waldschmidt para ajudar os seus colegas a escolher rapidamente um bolo.
A hora de encerramento do estabelecimento ia-se aproximando a passos largos e o Tondela continuava sem ver o seu pedido efetuado, mas isso podia ter sido alterado por Murillo aos 86’. O extremo venezuelano apareceu solto de marcação na área e rematou para Vlachodimos impedir o empate.
Os encarnados sentiram esse lance, foram novamente para cima do adversário e, por momentos, houve a sensação de que tinha sido escolhido o Queque: no instante seguinte, Darwin chegou a introduzir a bola na balizar para dar o K.O. à equipa visitante, só que o VAR voltou a intervir e anulou a entrega do bolo.
Lembram-se da principal missão de Walschmidt quando entrou em campo? Pois bem, o alemão foi quem fez o pedido final e o Queque chegou à mesa do Benfica aos 90+4’, com novamente Darwin a assistir para o tento que fechou o marcador.
A partida terminou com a experiência do Benfica a receber três estrelas: não foi uma exibição de “nota artística”, mas foi o suficiente para garantir a vitória. O descanso permitiu aos jogadores redefinir a tática para levar de vencida o Tondela por 2-0, o que permite manter distâncias para o topo. O café acabou mesmo por ser importante para as águias reagirem e alcançarem mais três pontos.

A Figura
Segunda parte do BenficaSe as exibições no segundo tempo nos jogos anteriores têm sido criticadas pela falta de intensidade, hoje isso não foi o problema. O nulo no marcador obrigou o Benfica a jogar de forma mais agressiva na segunda parte e isso acabou por fazer a diferença, já que os golos surgiram após o descanso. Foi uma Águia totalmente diferente daquela que se tem visto nas últimas segundas partes.

O Fora de Jogo
Mario GonzálezA referência ofensiva do Tondela tem estado em bom plano na caminhada da equipa beirã na Primeira Liga, contudo hoje o avançado espanhol não mostrou toda a sua qualidade durante o período que esteve em campo. Bastante vigiado pela dupla central do Benfica, o número 17 tondelense não criou qualquer espaço na frente de ataque e acabou ser substituído aos 59 minutos.

Análise Tática – SL Benfica
Para recuperar da perda de pontos na jornada anterior, o Benfica procurava uma vitória para não aumentar a diferença para o topo da Primeira Liga. Jorge Jesus apresentou o seu habitual 4-4-2, com Pizzi e Seferovic a serem as grandes novidades no onze inicial.
As águias entraram motivadas para o jogo à procura de marcar, pressionando fortemente a defesa contrária, só que a boa organização do Tondela impediu essa mesma pretensão encarnada. A paciência foi importante para o Benfica conseguir criar três ocasiões de perigo antes do intervalo, mas o nulo não foi desfeito durante o primeiro tempo.
O intervalo fez bem ao Benfica, já que veio com ainda mais vontade em marcar e isso aconteceu aos 53’ por intermédio de Seferovic. O 1-0 ajudou a estabilizar o jogo ofensivo dos comandados de Jorge Jesus, que foram controlando a seu belo prazer as tentativas adversárias em criar perigo. O encontro foi-se desenrolando e o segundo golo que sentenciou as dúvidas só apareceu perto do final, com o tento de Waldschmidt.

11 Inicial e Pontuações
Odysseas Vlachodimos (6)
Gilberto (5)
Nicolás Otamendi (7)
Jan Vertonghen (6)
Grimaldo (6)
Julian Weigl (6)
Pizzi (6)
Rafa (6)
Everton (5)
Haris Seferovic (6)
Darwin Núñez (7)
Subs Utilizados
Adel Taarabt (4)
Luca Waldschmidt (5)
Pedrinho (-)
Samaris (-)
Chiquinho (-)

Análise Tática – CD Tondela
À procura de voltar a pontuar fora de casa – algo que não acontecia desde o dia 17 de outubro -, o Tondela apresentou-se na Luz com o objetivo de explorar o período menos positivo das águias. O treinador Pako Ayestarán usou o seu já bem rotinado 4-4-3, com as notas de destaque a irem para os regressos de Ricardo Alves, Khacef e Jaquité, num clara intenção de fortalecer o setor defensivo. 
Dando o controlo total ao seu adversário, os beirões limitaram-se a proteger a sua baliza durante a maioria da primeira parte, tarefa feita com relativo sucesso pois o Benfica não conseguiu chegar ao golo. Apesar de não ter muita bola, o Tondela aproveitou alguns momentos de desatenção do meio-campo encarnado para lançar algumas contra ofensivas, embora tenham sido muito tímidas.
O golo sofrido nos minutos iniciais do segundo tempo obrigaram o Tondela a arriscar mais para conseguir chegar ao tento do empate. Ainda houve alguma vontade em reagir, só que o controlo do Benfica impediu essa mesma reação e o castigo final veio aos 90+4’. A equipa auriverde continua assim sem conseguir pontuar fora, o que aconteceu pela última vez no dia 17 de outubro.

11 Inicial e Pontuações
Babacar Niasse (6)
Tiago Almeida (5)
Ricardo Alves (5)
Yohan Tavares (5)
Mohamed Khacef (5)
Pedro Augusto (4)
Jaquité (5)
Jaume Grau (5)
João Pedro (4)
Salvador Agra (5)
Mario González (3)
Subs Utilizados
Tomislav Strkalj (4)
Jhon Murillo (5)
Telmo Arcanjo (5)
Bebeto (-)
Souleymane Anne (-)"

Vermelhão: Vitória escassa...

Benfica 2 - 0 Tondela


Partida praticamente toda dominada pelo Benfica, somente com dois momentos 'perigosos': final da 1.ª parte, sem grandes oportunidades para o Tondela; e no final dos 90', naquele momento sempre complicado nos jogos onde se está a ganhar pela vantagem mínima... e que o Odysseas 'resolveu' (jogada bem construída pelo Tondela... com o Grimaldo e meter 'água')!!!

Dito isto, não foi um jogo brilhante, mas fizemos por merecer um resultado mais dilatado, mas os erros na concretização e a ansiedade/falta de classe, na definição das jogadas de perigo, acabou por tornar aqueles últimos minutos perigosos!!!

Hoje entrámos praticamente com o 'plano' mais ofensivo, com o Seferovic no lugar do Luca, e o Pizzi a '8'! E talvez por isso, a 'intenção' ofensiva foi mais óbvia desde do primeiro minuto!
Mesmo assim, os meus principais destaques vão para a 'maior' utilização do Everton na direita, onde de facto parece-me render mais: na esquerda, acaba por ser demasiado previsível, com as diagonais interiores, à procura do remate cruzado! A outra 'novidade' foi o regresso do Otamendi, que fez um jogo muito bom... Uma semana de descanso parece que lhe fez bem... Sendo provavelmente o jogador que mais bolas recuperou, muitas delas em antecipação!

Uma nota sobre o Tondela: recentemente fizeram dois jogos com os Corruptos e deram bastante luta, marcaram golos, e não ganharam ou empataram porque os apitadeiros não deixaram! O Benfica hoje, não permitiu as saídas rápidas do Tondela, algo que com os Corruptos fizeram várias vezes... Portanto, apesar da diferença de potencial dos plantéis, nem tudo vai mal no Benfica!

Nem vou discutir o potencial penalty... realço somente três factos:
- as nomeações de Manuel Oliveira e Vasco Santos, nas vésperas de um Corruptos-Benfica! A 'receita' é antiga, foram tantos os jogos onde jogadores do Benfica foram 'expulsos' antes do clássico (quem não se lembra do Miccoli com o Xistra?!), é verdade que hoje estavam 'limitados' porque vamos ter um jogo da Taça de Portugal pelo meio... mas mesmo assim, estavam 'preparados' caso o Benfica se deixasse 'adormecer'!!!
- nos primeiros 5 minutos, foram assinaladas 3 faltas ofensivas ao Benfica! Somos quase de certeza a equipa que tem mais faltas assinaladas 'contra', por acção dos nossos avançados! Seja a lutar por 'posição', ou na pressão ofensiva, logo a seguir à perde de bola... Isto acontece em todos os jogos, o objectivo é fazer com que os nossos jogadores, 'baixem' a agressividade...
- os 7 minutos de desconto, com 1-0 no marcador! Recordo que em São Miguel, onde tivemos duas paragens no jogo de 7 minutos na 2.ª parte, com 1-1, tivemos 8 minutos de desconto, hoje onde as paragens 'importantes' foram somente as intervenções do VAR, tivemos praticamente o mesmo tempo!!! Coincidência seguramente...

Antes do clássico teremos um jogo com o 'novo' Estrela da Amadora, para a Taça, suspeito com muitas alterações, devido ao jogo no Dragay poucos dias depois! Mas é preciso ter cuidado, pois este Estrela já eliminou equipas da I Liga nesta edição da Taça...