segunda-feira, 8 de novembro de 2021

O miúdo joga e eles aceleram


"A entrada no jogo fez prever o que se poderia seguir, mas não sem antes o Braga assustar e prometer fazer muito diferente na partida.
Grimaldo na área respondeu de cabeça a um cruzamento de Darwin. Estranho? Não, de todo. No seu 3x4x3 em momento ofensivo, os laterais invadem as zonas de finalização, sempre para responder a cruzamentos que chegam do lado oposto. Já marcou antes Gilberto, na noite do Estádio da Luz, coube a Grimaldo facturar.

Lentidão de Vertonghen
Uma intercepção de Otamendi que procurou depois de recuperar a posse, ligar o jogo ofensivamente redundou numa perda. Vertonghen demorou a perceber a mudança da posse, manteve-se de frente para a bola – ao invés de se colocar em posição lateral e iniciar rapidamente a marcha para trás, para reduzir o espaço para Odysseas, possibilitou a Ricardo Horta receber a bola nas costas da linha encarnada, no golo do empate.

A noite de Cebolinha
Darwin marcou e assistiu por duas vezes, mas foi Everton o homem da noite. Começou por criar o golo que desbloqueou novamente o resultado – Driblou e enganou toda a linha média do Braga, foi para cima da linha defensiva, juntando-a e libertou em Grimaldo que seguia com espaço pelo corredor esquerdo, pela ação de Everton. O remate defendido por Matheus apenas adiou o golo que Darwin marcaria na recarga.
Numa Transição ultra veloz, Everton assistiu no tempo oportuno e para o espaço certo Rafa Silva, que sentou Diogo Leite antes de atirar a contar. E não tardaria muito para que a fórmula Everton – Rafa se repetisse. Aceleração de Everton, mais um passe de elevado quilate e a velocidade de Rafa sentenciaria o jogo ainda na primeira parte.
Depois das duas assistências, um golaço no abrir da segunda parte, desta feita com Paulo Oliveira a ir ao chão, enganado pela simulação de Cebolinha. O Segundo golo, nova finalização de categoria, desviando do guarda redes teve o papel de Darwin a acelerar para oferecer o golo.

O jogo que o Benfica gosta
A equipa de Jorge Jesus não se tornou repentinamente a melhor do mundo. O jogo é que foi ao encontro do que de melhor as suas individualidades podem dar. Com espaços abertos, a velocidade e capacidade de recepção de Rafa Silva, que sempre antecede os seus ímpetos individuais, e o poderio físico de Darwin emerge. Everton, que define sempre com categoria, tem naturalmente muito mais impacto em espaços mais abertos.
Tornou-se fácil, porque pôde o Benfica jogar em ataque rápido, saindo com velocidade após cada ganho da bola, enquanto do outro lado, os defesas arsenalistas nunca foram capazes de suster no primeiro impacto as bolas que entravam entre linhas na Transição encarnada.
O maestro Paulo Bernardo
Entrou aos 23 minutos e provou o que já havia sido dito pelo Pedro Bouças no Futebol Total do Canal 11. Não há razões para que Paulo Bernardo não seja firme aposta como alternativa a João Mário. Talento a rodos, em forma de inteligência decisional e qualidade técnica que lhe permite rodar o jogo com grande categoria de corredor a corredor, e de zonas de construção até zonas de criação. Pensa, Decide, Executa. Tudo com elegância de quem é já hoje um homem para estes jogos."

Sem comentários:

Enviar um comentário

A opinião de um glorioso indefectível é sempre muito bem vinda.
Junte a sua voz à nossa. Pelo Benfica! Sempre!