sexta-feira, 21 de maio de 2021

SL Benfica | Retrospetiva da época em 6 partes


"A época do SL Benfica correu mal praticamente desde o primeiro jogo. Se na pré-época a contratação de Jorge Jesus e as suas famosas declarações geraram êxtase e euforia junto dos adeptos encarnados, os 100 milhões de euros gastos em jogadores de renome internacional eram a “cereja no topo do bolo”. Mas tudo isso era apenas um sonho, depois veio o pesadelo.
Pré-eliminatória da Liga dos Campeões, Supertaça, Liga Europa, Taça da Liga e Primeira Liga Portuguesa foram as competições que, consecutivamente, iam caindo como peças de dominó, uma a uma. Jorge Jesus prometeu “arrasar”, mas quem saiu arrasado foi o clube. Pelo meio, uma crise de Covid-19 afetou mais de 25 jogadores e membros da equipa técnica e staff e colocou Jorge Jesus “sob brasas” principalmente entre janeiro e março.
Desde a catastrófica derrota em Salónica frente ao PAOK até às pobres prestações nas competições internas, o Bola na Rede decidiu fazer uma retrospetiva da época encarnada em seis partes.

1. Taça de Portugal – A prova na qual o SL Benfica chegou mais longe. À data do artigo, a final da Taça de Portugal entre águias e Sporting Clube de Braga ainda não se disputou, mas certamente é um jogo que ambos querem ganhar.
Ainda que o sorteio ao longo de toda a competição tenha sido relativamente amigo dos encarnados, a equipa de Jorge Jesus realizou, até ao momento, seis jogos e ganhou-os todos. Mas quem foram os adversários até à final?
Na terceira eliminatória, o SL Benfica viajou até Paredes para vencer o clube local pela margem mínima (1-0), sendo que na fase seguinte jogou na Luz perante um pobre UD Vilafranquense, que saiu com goleado por 5-0.
Nos oitavos de final, as águias tiveram uma deslocação curta até à cidade Natal de Jorge Jesus – a Amadora – para derrota o Clube Football Estrela por 0-4, num encontro bastante tranquilo e nos “quartos” a vítima foi a Belenenses SAD que viu o marcador fixar-se em 3-0 a favor dos encarnados.
A prova decorria tranquilamente e o adversário das “meias”, o GD Estoril Praia, não complicou muito.. Os comandados de Bruno Pinheiro perderam por 1-3 no seu estádio e somaram nova derrota na Luz por 2-0.
O jogo restante, a disputar-se no Estádio Cidade de Coimbra, opõe SL Benfica e SC Braga naquele que promete ser um grande jogo para fechar a época desportiva em Portugal. Se do lado encarnado este pode ser a única conquista do ano depois de um investimento recorde, os minhotos veem nesta final uma oportunidade de dar aos adeptos uma conquista que foge desde 2016 quando a equipa então orientada por Paulo Fonseca derrotou o FC Porto por 4-2 nas grandes penalidades.

2. Primeira Liga Portuguesa – O principal objetivo dos clubes ditos “grandes” em Portugal é sempre lutar pelo título de campeão nacional de futebol, mas a edição deste ano trouxe vários dissabores aos encarnados.
A primeira volta até começou bastante bem para a equipa de Jorge Jesus, com cinco vitórias em outros tantos jogos e 15 golos marcados. No entanto, a derrota avassaladora por 0-3 no Bessa frente ao Boavista FC fez sobressair as debilidades do plantel encarnado. Depois desse jogo, uma receção ao SC Braga trouxe nova derrota por 3-2 e as contestações começavam a nascer.
Ainda assim, nas 13 jornadas seguintes apenas se registou uma derrota – na visita ao Sporting CP -, mas o problema estava nos empates: o SL Benfica somou seis empates durante este período.
É certo que estas partidas ocorreram no período mais crítico da pandemia dentro do plantel encarnado, mas os adeptos pediam e queriam mais do seu clube. 
As últimas 13 jornadas trouxeram apenas um empate frente ao FC Porto, na Luz, e uma derrota inesperada diante do Gil Vicente FC, em casa, mas o “estrago” estava feito e apesar de ser uma das equipas com mais pontos conquistados na segunda volta da competição, os diversos empates da primeira volta ajudaram a consolidar um pobre terceiro lugar – atrás de Sporting CP e FC Porto – e o acesso a uma terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões 2021/2022.
O fator positivo a retirar da competição foi o rendimento de Haris Seferovic, que ficou em segundo lugar na lista de melhores marcadores do campeonato com 22 golos, menos um do que Pedro Gonçalves, do Sporting CP, que culminou a sua prestação na competição com um hat-trick frente ao CS Marítimo.

3. Liga Europa – A queda humilhante perante o PAOK de Salónica fez do SL Benfica “cabeça de série” na fase de grupos da Liga Europa, mas nem isso garantiu uma prova correspondente às expectativas dos adeptos.
Num grupo com o Rangers FC, Lech Poznan e Standard Liège FC, as águias garantiram a passagem no segundo lugar atrás da equipa escocesa comandada por Steven Gerrard. Apesar dos adversários bastante acessíveis e com valores de plantéis bem inferiores, viu o primeiro lugar escapar depois de três vitórias e três empates, dois deles frente aos escoceses. Isto colocou o SL Benfica num lote de equipas que jogariam contra os primeiros classificados dos outros grupos de onde saiu o Arsenal FC, adversário nos dezasseis avos-de-final.
Ainda a recuperar do forte surto de Covid-19 no plantel, os encarnados jogaram os dois jogos em campo neutro: a primeira mão no Estádio Olímpico de Roma e a segunda no Georgios Karaiskakis, na Grécia. Se o primeiro jogo até trouxe um resultado algo animador – empate a uma bola –, a decisiva partida foi tudo menos feliz. Depois de estar por duas vezes em vantagem na eliminatória, a equipa de Jorge Jesus viu Aubameyang acabar com o “sonho europeu” aos 87 minutos e fechou o marcador em 3-2 a favor dos ingleses.

4. Taça da Liga – Uma das taças internas que o SL Benfica queria conquistar. Num formato diferente da típica “final four”, a edição deste ano da Taça da Liga decorreu em quartos-de-final, meias-finais e final, sendo que a primeira eliminatória decorreu no Estádio da Luz e as restantes duas no Estádio Dr. Magalhães Pessoa, em Leiria.
Nesta competição, os encarnados defrontaram o Vitória Sport Clube na Luz, mas apenas conseguiram selar a passagem nas grandes penalidades por 4-1 depois de um empate a uma bola no tempo regulamentar. A fase seguinte colocou frente-a-frente as águias e o SC Braga, que acabou por derrotar a equipa de Jorge Jesus por 2-1. A equipa minhota defrontou o Sporting CP na grande final, mas foram os leões a levantar o troféu depois de uma vitória pela margem mínima (1-0).
A equipa mais ganhadora da competição – com sete vitórias – voltou a ficar muito aquém das expectativas e apenas conseguiu marcar dois golos em outros tantos jogos, sendo que ambos foram apontados por Pizzi… de grande penalidade.

5. Supertaça – A segunda desilusão da época chegou na altura do Natal quando SL Benfica e FC Porto se defrontaram em Aveiro para a Supertaça Cândido de Oliveira. Um clássico é sempre um jogo histórico, mas as águias voltaram a comprometer e perderam por 2-0 numa partida onde Sérgio Oliveira e Luis Díaz fizeram os únicos golos da partida.
Num jogo bastante faltoso (37 faltas), os encarnados acabaram com apenas dois remates à baliza – um deles ao ferro – contra cinco dos dragões, que se superiorizaram e controlaram o jogo desde o primeiro minuto.
O homem do jogo acabou por ser Mehdi Taremi que com um penálti sofrido, quatro duelos aéreos ofensivos ganhos e dois passes para finalização mostrou-se em grande nível num dos primeiros clássicos com a camisola azul e branca.

6. Liga dos Campeões – O SL Benfica viu a sua participação na Liga dos Campeões 2020/2021 acabar na 3ª pré-eliminatória frente a um modesto, mas bem trabalhado PAOK FC – então orientado por Abel Ferreira.
As águias tinham realizado um investimento de mais de 100 milhões de euros em jogadores e equipa técnica – um recorde no clube e em Portugal -, mas nem por isso conseguiu superiorizar-se a um emblema grego pouco habituado a estas andanças.
O clube de Salónica apresentava em campo a sua maior aquisição, Andrija Zivkovic, recentemente contratado ao SL Benfica. Curiosamente, a promessa sérvia marcou o 2-0 e selou a eliminação encarnada da prova milionária.
Este precoce afastamento ditou uma grande quebra nas finanças da Luz e Luís Filipe Vieira viu-se “obrigado” a vender Rúben Dias por 68 milhões de euros para o Manchester City FC, de modo a compensar a falta dos milhões da prova milionária."

3 comentários:

  1. Quem é este fdgp de "Renato Gouveia"? Tresanda a antibenfiquista que até enjoa.
    Uma mão cheia de nada. Oculta factos relevantes e não enumera as verdadeiras causas raiz.
    Um desperdício de tempo. E desnecessário neste blog.

    CARREGA BENFICA TRINTA E OITO!

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  2. O Renato Gouveia até foi benevolente e positivo. A realidade foi bem pior que esta. Os factos relevantes é que durante grande parte da época não jogavamos uma "beata". O Gil em casa foi o espelho

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    1. "durante grande parte da época"

      durante a época. Corrigido. Não me lembro de um golo onde se tenha conseguido criar espaço em ataque posicional em vez de transições. Muito curto para uma equipa que se quer campeã nacional em 2021, especialmente depois do investimento. Não me lembro de um treinador das duas maiores ligas portuguesas que tivesse feito pior tivesse no mesmo lugar.

      O Covid não é desculpa para nada, desde a insistência no buraco negro do meio campo Taarabt, no pino do Gilberto ou na insistência num jogador que passou uma época a adaptar-se ao futebol português. Fosse um miúdo da B com o mesmo número de minutos do Cebola renderia muito mais. Onde é que o Gilberto é melhor do que o Tavares que foi emprestado?

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