"Uma injustiça porque pessoas, famílias, comunidades, etnias inteiras até, são sujeitas à discriminação e ao sofrimento sem que disponham de qualquer hipótese de corrigir a situação que os origina. Como se a condição se exclusão ou de inferioridade forçada que as sufoca e subjuga fosse uma fatalidade contraída á nascença, sem hipótese de desagravo, sem quartel e sem perdão.
Um desperdício porque as comunidades que excluem, dividem, perseguem com base na cor ou noutro atributo da diferença, mais não fazem que enfraquecer-se a si próprias perante as outras. Perdem coesão, abrem fissuras e erguem muros contra as suas próprias premissas de que 'união faz a força'. Condenam talentos à exclusão e a uma espécie de subvida que não lhes permite revelar-se ou desenvolver-se para bem de todos, e com isso perdem também porque se desqualificam e diminuem.
A história está cheia de exemplos contraditórios que mostram supostos 'raças superiores', dominantes, a serem confrontadas com sucessos e superações de homens e mulheres que consideravam inferiores, por vezes devendo-lhes a cura de doenças arrasadoras, por outras vezes de avanços da tecnologia, por vezes, ainda, as vitórias desportivas que os prestigiam.
Por isso, quando o racismo recua, recuam também as injustiças e avançam as sociedades para benefício de todos!"
Jorge Miranda, in O Benfica
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