segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Tiro e Queda – Sem Luca nem Pedr(inh)o


"O Intervalo chegou com o resultado empatado. Todavia, o Benfica voltou a dar sinais de crescimento rápido sobretudo se compararmos com o passado mais recente de erros técnicos e incapacidade de criação.
O pressing e o número de roubos da posse em zonas altas foram o catalizador que empurrou o Benfica para uma primeira parte de constante chegada perigosa. A capacidade de finalização de Rafa Silva voltou a impedir o Benfica de chegar a números confortáveis. Seferovic assumiu o papel de Darwin – Explorar espaço entre central – central direito em profundidade, e o uruguaio esteve participativo e mostrou-se mais desinibido no momento de procurar finalizar.
Os constantes movimentos dos dois avançados – ambos com enorme poderio físico, bem como as acelerações de Rafa e os momentos em que Everton recebeu entre sectores para conduzir – num dos lances viria a isolar Rafa – foram um quebra cabeças para um Moreirense organizado com linha de cinco. Tal como Vasco Seabra já antes havia batido o Benfica na presente edição da Liga.

Pressão recuperou bolas, mas nem sempre com Coberturas e preparada para proteger linha Defensiva – Linha média em Linha

Um lance fantástico de Taarabt a desenvencilhar-se do adversário directo encontrou o movimento e a finalização eficaz de Seferovic, e faria prever que os encarnados pelo volume ofensivo e porque finalmente se viam em vantagem, teriam um jogo tranquilo.
Nada mais falso. Mais um lance defensivo errático de Grimaldo e na única vez que o Moreirense chegou à grande área do Benfica, o espanhol que continua a denotar dificuldades em todas as abordagens defensivas gigantescas, transforma um jogo controlado e dominado numa partida de dificuldade e de risco máximo, ao cometer um penalty que permitiu aos de Moreira de Cónegos restabelecer o empate.

Linha Defensiva Encarnada a baixar para responder a progressão entre linhas

A segunda parte valeu maioritariamente pelo pós entrada de Luca. É difícil entender como o melhor jogador do Benfica em espaços de criação, e aquele mais capaz de definir solicitando as zonas de finalização tem vivido um “ocaso” numa equipa que tanto precisa de chegar em boas condições a tais zonas. Luca entrou, e o Benfica ganhou vida entre linhas, para daí chegar à baliza de Pasinato. Fantástico foi o cruzamento que deixou Darwin em condições óptimas para desbloquear o empate – Não se pode desperdiçar tal bola! Seja que preço tenha custado quem finaliza.
Mas, nem todas as substituições melhoraram o Benfica. A entrada de Pizzi que veio formar uma dupla de médios com Adel Taarabt veio partir por completo o jogo encarnado, e daí até ao fim, o Moreirense passou a estar dentro do jogo do ponto de vista ofensivo. Encontrou espaços para transitar, colocou o Benfica em dificuldades e teve até oportunidades para vencer o jogo. Mesmo que o Benfica tivesse sempre estado mais próximo de tal.

Destaques:
Darwin – Seferovic trazem movimentos e agressividade, mas retiram definição, critério e inteligência na criação. E para marcar, tens de criar;
Otamendi – Vertonghen vivem o seu melhor momento em coordenação e entendimento. Vencem duelos, resolvem problemas e assumem construção;
Sem médios capazes de ser regulares ao longo da partida nas tarefas defensivas e ofensivas, sem um criador que não Everton – Que tem de assumir funções de “pausa” porque todos os outros da frente só sabem acelerar, e com Rafa ineficaz, o Benfica expôs-se mesmo num jogo bem conseguido;
Diogo Gonçalves trouxe velocidade e chegada ao último terço, mas continua a precisar de tempo de jogo. Terá valido a pena toda esta “viagem” sem Diogo, para chegar a Fevereiro sem ter um lateral pronto para dar rendimento?
Grimaldo justifica o seu lugar, maioritariamente nos jogos em que… joga Nuno Tavares!
Impensável a tão pouca utilização de Luca, numa equipa que… corre mas nem sempre cria."

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