sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

Apagar 2020


"Ano para esquecer, ano maldito, ano terrível, todas as palavras seriam poucas para definir aquele que seguramente foi, para a humanidade, o pior ano do século.
Uma pandemia irritante e inesperada destroçou vidas, famílias, empresas e empregos. Obrigou hábitos até há pouco impensáveis. Confinou e violentou populações. E o pior é que, mesmo rasgando as folhas do calendário, este passado e presente de ansiedade ainda não se pode extinguir na totalidade.
Também no desporto, e em particular no futebol, tudo foi diferente, para pior. Campeonatos interrompidos, bancadas vazias, competições burocráticas, sem chama, sem luz, nem cor.
Desde Março que não vou à Luz. Um infeliz recorde mesmo forçado a viver o Benfica à distância, nem assim houve motivos para comemorar: perdeu-se um campeonato que à entrada de 2020 parecia cantado, perdeu-se uma final da Taça a jogar contra dez, e nem a Supertaça se salvou.
Também nas modalidades pouca coisa há para reter. O vírus retirou-nos campeonatos de voleibol, hóquei, talvez futsal, talvez até basquetebol, várias competições femininas. Quando o mundo parou, também os nossos juniores caminhavam para o título. E além do título de atletismo, da nova Taça 1947 de hóquei, da Supertaça de voleibol, e agora da Taça de futsal feminino, não me recordo de mais nada de relevante para mencionar nestes doze meses.
Que 2021 seja bem melhor é o desejo de todos. E para o Benfica, em particular, queremos vitórias e troféus, sobretudo naquele que é o principal barómetro para os grandes clubes portugueses: o campeonato de futebol. Jorge Jesus e os seus jogadores têm a palavra."

Luís Fialho, in O Benfica

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