segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

Lixívia 9


Tabela Anti-Lixívia
Sporting.............. 23 (0) = 23
Benfica................ 21 (0) = 21
Corruptos........... 19 (+6) = 13

Jornada trágico-cómica do Tugão:
- A Lagartada, sentiu-se 'traída', e como não foi beneficiada, como estão habituados, acham que foram 'roubados'!!! Já estão a atingir o nível alucinação dos Corruptos!!!
Nos Vagandaboys vai uma grande confusão, entre a frustração por empatarem um jogo que tiveram tudo para ganhar, e a anulação de um golo, verdadeiramente ilegal, aos Lagartos, na recta final da partida!


O penalty a favor dos Corruptos é bem assinalado; a expulsão do Pote por protestos foi uma decisão; e o golo anulado ao Coates foi uma boa decisão!
Estou à espera do 1.º Lagarto que me venha falar do golo Luisão ao Ricardo... sendo que o Luisão, como as imagens provaram, não tocou com os braços, nos braços do Ricardo!!!
A única situação onde poderiam ter alguma razão (relativa) é no penalty(falhado): em relação à entrada na área de vários jogadores, das duas equipas, antes da bola ter sido batida... sendo que o primeiro até foi um jogador do Sporting!!!
Estou na expectativa pata ver o mapa de castigos e/ou os inquéritos que irão ser abertos, após todos os protestos, todas as palavras escritas nas redes sociais e de mais uma confusão no túnel....

A passar entre os pingos da chuva, mais uma vez, os Corruptos lá venceram à pior equipa da Liga, com vários golos na consequência de erros de arbitragem!!!
Já o disse e volto a dizer, cerca de 50% dos ataques dos Corruptos são consequência de lances ilegais: recuperações em falta, lançamentos mal marcados, faltas mal assinaladas aos adversários... é uma autêntica caldeirada de erros atrás de erros, em todos os jogos do Tugão, sempre favoráveis aos Corruptos! Portanto, usando o protocolo do VAR, analisando todas as jogadas do golo é altamente provável encontrar erros de arbitragem que beneficiam os Corruptos:


- No 1.º golo, a recuperação de bola dos Corruptos, com um pé em riste, com os pitons bem à frente, tocar ou não no adversário é irrelevante...

- No 2.º golo ficou a dúvida se bola tinha tocado no braços do Luiz Diaz, mas após ver as repetições, parece que tocou mesmo no peito... Mas tenho a certeza que o Macron no VAR, nem sequer foi verificar isso, tal a velocidade em que o jogo recomeçou!!!


- No 3.º golo, a jogada inicia-se no lançamento lateral 'trocado', e depois antes do golo, ainda tivemos uma agressão à cotovelada de um jogador do Tondela, que passou totalmente em claro, e que acabou no golo dos Corruptos!!!
Tudo isto se passou, mas mesmo com o treinador do Tondela a queixar-se da arbitragem no final (algo raro...), tudo passou 'despercebido'... e alguns experts ainda inventaram dois lances na área do Tondela para 'exigirem' penalty's para os Corruptos!!!



Na Luz, mais do mesmo: golo ilegal do Paços, que com o VAR é indesculpável! Este nem sequer é um daqueles lances de dúvida, se quiserem até podem usar este lance como exemplo nos cursos de arbitragem para demonstrar o que é um fora-de-jogo deste tipo:


Mas o senhor Bruno Esteves, continua com medo de ser despachado do tacho, e como carrega a marca de ser Benfiquista, é impossível alguma vez, tomar uma decisão 'favorável' ao Benfica!!!
No resto do jogo foi um festival do apito, com os jogadores do Paços a mergulharem para a piscina dezenas de vezes, sempre a concordância do apitadeiro... Então após o 1-1, foi uma 'maravilha'!!!
O Amarelo ao Otamendi foi o cumulo da ladroagem... e com 9 jornadas, o Otamendi já está 'tapado' com Amarelos! Nos Corruptos fazia a época toda, sem seque atingir o mesmo número!!!

Uma nota final, extra-arbitragem:
Nos últimos tempos estamos a assistir a um novo fenómeno no Tugão! Vamos por partes:
- Eu sempre critiquei as analises resultadistas na (des)comunicação social desportiva, a diferença entre jogar bem ou mal, estava sempre ligada no número de golos marcados... Foi sempre assim, para o bem ou para o mal...
- Mas recentemente, a coisa está a mudar, e mais uma vez o Benfica é inovador!!!
Independentemente da qualidade de jogo do actual Benfica, o facto é que o Benfica nos últimos tempos tem vencido os seus jogos, ou empatando os seus jogos com 'remontadas' interessantes (empates com sabor a vitória com o Rangers...), mas em vez de elogiar as capacidades do Benfica, aquilo que temos assistido nos jornais e nas televisões são criticas ferozes aos jogadores e treinadores do Benfica, mesmo quando ganham!!!
E como consequência, os adversários do Benfica, são sempre 'fáceis', acessíveis, toscos... entre outros adjetivos! O Paços de Ferreira, por exemplo, passou de sensação da Liga, para equipa de bombos, em menos de 24 horas!!!
Repito, o Benfica até pode estar a jogar feio, mas isso não interessa para este ponto, porque outras equipas (incluindo o Benfica) noutros tempos também jogaram mal, mas quando venciam eram levados ao colo pelos jornaleiros... Agora, aparentemente, os jornaleiros ganharam 'espinha' e exigem que o Benfica vença os seus jogos, e tenha nota artística elevada!!!
Só é pena, que esse critério só seja utilizado para o Benfica, para as outras equipas a exigência baixa... podem jogar mal, podem vencer jogos atrás de jogos com ajudas das arbitragens, podem jogar com 'autocarros', que quando os resultados são favoráveis, os jogadores são heróis, e os treinadores génios da táctica...

Nós como adeptos, devemos e temos que exigir sempre mais à nossa equipa, mas este zelo jornalístico está longe de ser ética jornalística, cheira a outra coisa...!!!

Anexos (I):
Benfica
1.ª-Famalicão(f), V(1-5), Godinho (Malheiro), Nada a assinalar
2.ª-Moreirense(c), V(2-0), Almeida (R. Oliveira), Nada a assinalar
3.ª-Farense(c), V(3-2), Martins (V. Santos), Prejudicados, (3-0), Sem influência
4.ª-Rio Ave(f), V(0-3), Pinheiro (Hugo), Prejudicados, (0-4), Sem influência
5.ª-B Sad(c), V(2-0), Rui Costa (Narciso), Nada a assinalar
6.ª-Boavista(f), D(3-0), Hugo (V. Santos), Nada a assinalar
7.ª-Braga(c), D(2-3), Soares Dias (Esteves), Nada a assinalar
8.ª-Marítimo(f), V(1-2), Mota (V. Santos), Prejudicados, (1-3), Sem influência
9.ª-Paços de Ferreira(c), V(2-1), Rui Costa (Esteves), Prejudicados, Sem influência

Sporting
1.ª-Gil Vicente(c), V(3-1), Narciso (R. Oliveira), Nada a assinalar
2.ª-Paços de Ferreira(f), V(0-2), Veríssimo (Esteves), Beneficiados, (0-1), Impossível contabilizar
3.ª-Portimonense(f), V(0-2), M. Oliveira (Narciso), Nada a assinalar
4.ª-Corruptos(c), E(2-2), Godinho (Martins), Prejudicados, (2-0), (-2 pontos)
5.ª-Santa Clara(f), V(1-2), Mota (V. Santos), Nada a assinalar
6.ª-Tondela(c), V(4-0), Nobre (Esteves), Nada a assinalar
7.ª-Guimarães(f), V(0-4), Hugo (V. Santos), Nada a assinalar
8.ª-Moreirense(c), V(2-1), V. Ferreira (R. Oliveira), Beneficiados, (1-1), (+2 pontos)
9.ª-Famalicão(f), E(2-2), Godinho (Soares Dias), Nada a assinalar

Corruptos
1.ª-Braga(c), V(3-1), Pinheiro (Martins), Beneficiados, (2-1), Impossível contabilizar
2.ª-Boavista(f), V(0-5), Godinho (Hugo), Nada a assinalar
3.ª-Marítimo(c), D(2-3), Rui Costa (L. Ferreira), Beneficiados, (1-4), Sem influência
4.ª-Sporting(f), E(2-2), Godinho (Martins), Beneficiados, (2-0), (+1 ponto)
5.ª-Gil Vicente(c), V(1-0), Malheiro (Esteves), Nada a assinalar
6.ª-Paços de Ferreira(f), D(3-2), Almeida (Narciso), Beneficiados, (5-1), Sem influência
7.ª-Portimonense(c), V(3-1), Nobre (R. Oliveira), Beneficiados, (3-2), Impossível contabilizar
8.ª-Santa Clara(f), V(0-1), Pinheiro (Esteves), Beneficiados, (0-0), (+2 pontos)
9.ª-Tondela(c), V(4-3), Martins (Hugo), Beneficiados, (2-3), (+3 pontos)

Anexos (II):
Árbitros:
Benfica
Rui Costa - 2
Godinho - 1
Almeida - 1
Martins - 1
Pinheiro - 1
Hugo - 1
Soares Dias - 1
Mota - 1

Sporting
Godinho -2
Veríssimo - 1
M. Oliveira - 1
Narciso - 1
Mota - 1
Nobre - 1
Hugo - 1
V. Ferreira - 1

Corruptos
Godinho - 2
Pinheiro - 2
Rui Costa - 1
Malheiro - 1
Almeida - 1
Nobre - 1
Martins - 1

VAR's:
Benfica
V. Santos - 3
Esteves - 2
Malheiro - 1
R. Oliveira - 1
Hugo - 1
Narciso - 1

Sporting
Esteves - 2
V. Santos - 2
R. Oliveira - 2
Narciso - 1
Martins - 1
Soares Dias - 1

Corruptos
Martins - 2
Esteves - 2
Hugo - 2
L. Ferreira - 1
Narciso - 1
R. Oliveira - 1

Jogos Fora de Casa (árbitros + VAR's)
Benfica
Hugo - 1 + 1 = 2
V. Santos - 0 + 2 = 2
Godinho - 1 + 0 = 1
Pinheiro - 1 + 0 = 1
Mota - 1 + 0 = 1
Malheiro - 0 + 1 = 1

Sporting
V. Santos - 0 + 2 = 2
Veríssimo - 1 + 0 = 1
M. Oliveira - 1 + 0 = 1
Mota - 1 + 0 = 1
Hugo - 1 + 0 = 1
Godinho - 1 + 0 = 1
Esteves - 0 + 1 = 1
Narciso - 0 + 1 = 1
Soares Dias - 0 + 1 = 1

Corruptos
Godinho - 2 + 0 = 2
Almeida - 1 + 0 = 1
Pinheiro - 1 + 0 = 1
Hugo - 0 + 1 = 1
Martins - 0 + 1 = 1
Narciso - 0 + 1 = 1
Esteves - 0 + 1 = 1

Totais (árbitros + VAR's):
Benfica
V. Santos - 0 + 3 = 3
Rui Costa - 2 + 0 = 2
Hugo - 1 + 1 = 2
Esteves - 0 + 2 = 2
Godinho - 1 + 0 = 1
Almeida - 1 + 0 = 1
Martins - 1 + 0 = 1
Pinheiro - 1 + 0 = 1
Soares Dias - 1 + 0 = 1
Mota - 1 + 0 = 1
Malheiro - 0 + 1 = 1
R. Oliveira - 0 + 1 = 1
Narciso - 0 + 1 = 1

Sporting
Narciso - 1 + 1 = 2
Esteves - 0 + 2 = 2
V. Santos - 0 + 2 = 2
R. Oliveira - 0 + 2 = 2
Veríssimo - 1 + 0 = 1
M. Oliveira - 1 + 0 = 1
Godinho - 1 + 0 = 1
Mota - 1 + 0 = 1
Nobre - 1 + 0 = 1
Hugo - 1 + 0 = 1
V. Ferreira - 1 + 0 = 1
Godinho - 1 + 0 = 1
Martins - 0 + 1 = 1
Soares Dias - 0 + 1 = 1

Corruptos
Martins - 1 + 2 = 3
Godinho - 2 + 0 = 2
Pinheiro - 2 + 0 = 2
Esteves - 0 + 2 = 2
Hugo - 0 + 2 = 2
Rui Costa - 1 + 0 = 1
Malheiro - 1 + 0 = 1
Almeida - 1 + 0 = 1
Nobre - 1 + 0 = 1
L. Ferreira - 0 + 1 = 1
Narciso - 0 + 1 = 1
R. Oliveira - 0 + 1 = 1

Jornadas anteriores:

Épocas anteriores:

Vitória tirada a ferros


"A nossa equipa obteve, ontem, um triunfo difícil, mas justo tendo em conta as incidências da partida e o volume ofensivo mais acentuado por parte dos comandados de Jorge Jesus, frente a um Paços de Ferreira que demonstrou não ser fruto do acaso que, à entrada da nona jornada, ocupasse a quinta posição na tabela classificativa (tendo vencido, inclusivamente, o FC Porto na Mata Real e o Vitória em Guimarães).
O mérito do nosso adversário, que teve uma abordagem muito positiva sem recurso ao antijogo, o que mereceu o enaltecimento de Jorge Jesus, aliado à saturação do calendário competitivo do Benfica, prejudicial, de acordo com o nosso treinador, aos índices físicos e mentais dos atletas, com consequências negativas nas tomadas de decisão, foram, segundo ainda Jorge Jesus, os principais fatores do equilíbrio no resultado até muito perto do apito final.
Gabriel e Waldschmidt, ambos lançados na segunda parte, foram os protagonistas do lance que resultou no segundo golo benfiquista, aos 90'+4' do jogo, selando assim o nosso sétimo triunfo nas nove jornadas realizadas da Liga NOS. O alemão marcou o seu sexto golo de águia ao peito, o primeiro de cabeça, finalizando um excelente cruzamento do médio brasileiro.
O primeiro golo benfiquista havia sido da autoria de Rafa, assistido por Gilberto, já no decorrer do segundo tempo, anulando a desvantagem verificada ao intervalo (com razões de queixa, pois o golo pacense deveria ter sido invalidado por fora de jogo). O internacional português, no seu centésimo jogo ao serviço do Benfica no Campeonato Nacional, já soma 31 golos pelo Clube na principal competição nacional, sendo agora o 45.º melhor de sempre. Quanto ao lateral brasileiro, Jorge Jesus nomeou-o como o melhor da equipa no desafio.
Tratou-se do segundo jogo, na presente temporada, em que a nossa equipa teve a capacidade de consumar a reviravolta no marcador e fê-lo consecutivamente, depois de, na semana passada, ter vencido o Marítimo, também por 2-1, após o adversário se ter adiantado no marcador.
Tal é demonstrativo da crença e inconformismo que caracterizam a nossa equipa, uma ideia que ganha força se incluirmos na análise os dois jogos com o Rangers, ambos saldados por empate, não obstante a situação de desvantagem de dois golos verificada em cada um deles. Perante as adversidades, a nossa equipa nunca vira a cara a luta.
Com este triunfo (e empate do Sporting e derrota do Braga), o Benfica está agora isolado no segundo lugar da classificação e reduziu a distância para apenas dois pontos da liderança. Disputado um quarto do Campeonato, confirma-se a elevada competitividade preconizada da nossa Liga nesta temporada, com quatro candidatos ao título.

PS: A News Benfica faz uma pausa no feriado de amanhã, dia 8 de dezembro, retomando a sua regular publicação na quarta-feira."

Apatia...


"Amigos, começa a ser cansativo. É jogo atrás de jogo, é semana atrás de semana. Muita coisa tem de mudar no futebol em Portugal. Muita coisa tem de mudar no Benfica.
Jamais podemos admitir a postura da equipa dos jogadores do Benfica perante um golo irregular acabado de sofrer. Zero protestos? Mas que merda é esta? Os jogadores do Benfica ainda não aprenderam a jogar neste novo normal em que o que está a dar é atirar-se para o chão e berrar como se se tivesse acabado de ser atropelado por um camião?
Jamais podemos admitir as palavras de Jorge Jesus no final do jogo em que diz que foi dizer ao árbitro que tinha estado bem disciplinarmente e tecnicamente. Isto num jogo em que o árbitro Rui Costa apitou todos os lances de contacto e não contacto que envolviam os jogadores do Paços a atirar-se para o chão. O pináculo da actuação de Rui Costa foi o amarelo dado a Otamendi, num lance em que o avançado se atira para o chão de forma desavergonhada. E ficaram neste lance dissipadas todas as dúvidas em relação ao que o árbitro Rui Costa queria vir fazer a este jogo. E não deixou o jogo acabar sem um lance lateral de falta sobre Nuno Tavares em que ia a apitar mas como viu que ia sair um contra ataque perigoso a favor do Paços se arrependeu e deixou o jogo seguir, na esperança de mais um golinho para o Paços e assim beneficiar o seu clube de coração. Rui Costa e Paulo Costa, irmãos, 30 anos a roubarem indecentemente o Benfica e a beneficiar escandalosamente o Calor da Noite. Um é ainda árbitro, outro é dirigente do Conselho de Arbitragem e uma das personagens mais influentes do mesmo. Acham isto normal? Acham normal Luis Filipe Vieira, como responsável máximo do Benfica ainda não ter conseguido banir estes dois senhores do futebol Português? Porque é que o Calor da Noite consegue manter estas personagens vivas eternamente nos meandros do futebol?
Voltando ao tema do jogo de ontem, o golo do Paços é claro e inequivocamente irregular. Apostamos que nem se vai falar nisso e se vai deixar passar entre os pingos da chuva, porque no Benfica ninguém defende o Benfica.
Também não entendemos porque foi anulado um golo ao Rafa. A julgar pela jornada passada e pela reacção dos media, pensávamos que golos obtidos com ressaltos na mão eram legais. Segundo o Varandas ninguém anula golos aos rivais. Mas no fundo o único golo com a mão que contou foi mesmo em Alvalade.
Mas pronto, vemos o treinador do Benfica que nem sabe em que lugar da classificação está e nem lhe interessa. Vemos um treinador do Benfica que vai dizer ao árbitro Rui Costa que fez uma boa arbitragem tecnicamente e disciplinarmente. Nós é que devemos estar a ver mal.
O Benfica merece todo o mal que lhe tem sido organizado nos bastidores, pela Aliança do Altis entre Calor da Noite e Cashball! Nós adeptos é que não! CHEGA DISTO!"

A dormir?! Ou não ...!!!!


"Mais uma vez tudo a dormir na Cidade do Futebol. Devem existir problemas nas comunicações, certamente."

A lição de (...) para Ody: faz qualquer coisa, homem. Jogas em Portugal há anos e ainda não percebeste como é que isto funciona?


"Vlachodimos
Se o golo é tão ilegal assim, não sabes esbracejar? Grita. Age como se tivesses sido atingido. Faz qualquer coisa, homem. Jogas em Portugal há anos e ainda não percebeste como é que isto funciona? 

Gilberto
O melhor em campo segundo Jorge Jesus, que durante a segunda parte recebeu pelo menos 3 passes do próprio Gilberto. Reparem não equivale a dizer que foi só mais um jogo mau do Gilberto. Foi provavelmente o melhor jogo que ele fez por cá, o que diz muito sobre a fasquia. Há uns dias JJ dizia a uma jornalista que esta não sabia o que era qualidade no futebol. Dias depois explica com a sua habitual humildade que o Gilberto foi o melhor em campo. Acho que até a Rita Latas se riu.

Otamendi
Dois jogos consecutivos em que não se sentiu obrigado a pedir desculpa aos adeptos, apesar de um ou outro erro. CARREGA! Se chegar a três seguidos acho que deve ser promovido a capitão. Ah, espera. 

Vertonghen
Exibição responsável. Esteve bem a participar na fase de construção e atento q.b. para anular as acções de Nuno Tavares.

Nuno Tavares
É verdade que foi autor de alguns cruzamentos perigosos, mas fica sempre a sensação de que estar lá um colega para receber a bola é algo secundário para Nuno Tavares.

Weigl 
Quem é que este pensa que é a tentar conquistar o seu espaço no onze? Alto lá, meu amigo. Faz-nos um favor e guarda essa clarividência para o Schalke 04.

Pizzi
Teve nos pés a possibilidade de garantir uma noite tranquila a milhões de benfiquistas e desperdiçou-a. Não sei que lição perversa é que nos tentou ensinar a todos, mas não resultou. Jorge Jesus também não gostou da graçola e, sabendo que Pizzi iria acabar por decidir o jogo na segunda parte, retirou-o do campo. Fez bem.

Gabriel
Guardou uma assistência para a sua última intervenção no jogo. Até aí fora um festival de “passes de risco”, o novo eufemismo utilizado para qualificar de forma positiva a quantidade de coisas estúpidas que o Gabriel faz em campo. São passes de risco, são. Para a minha saúde mental.

Rafa
O ideal seria que as jogadas da equipa nesta fase da época consistissem em combinações de Rafa com Rafa até à baliza adversária.

Darwin
Um bocadinho desastrado pelo menos até serem criadas as condições para mostrar aquilo que o traz ao mundo. Um tiraço à baliza adversária que fez o GR do Paços de Ferreira soltar uma pinguinha. 

Chiquinho
Ocupou algumas das zonas que até ali tinham pertencido a Gabriel e fez menos “passes de risco” conseguindo assim avançar mais metros no terreno e ainda assim manter a posse da bola. Veremos se Jorge Jesus dá mais oportunidades a esta ideia de jogo inovadora.

Seferovic
É uma mais conhecidas dinâmicas ofensivas deste Benfica: à habitual frieza do Seferovic a rematar com o pé direito, nós respondemos com um insulto à mãe dele. Já faz parte.

Waldschmidt
Aprendeu um novo provérbio que levará consigo para onde for: weiches wasser in hartem stein kann sogar durchbohren. Continua - ele e eu - à espera de uma oportunidade decente para voltar a emparelhar com o seu amigo uruguaio.

Pedrinho
Pareceu confortável no papel de “gajo que entrou para o lugar do Rafa com a responsabilidade de decidir um jogo completamente enguiçado”, quase tão confortável como eu numa noite de forró em Alfornelos.

Everton
Ontem aconteceu uma coisa estranha. Foi só por breves instantes, mas não sei o que achar disto. Estávamos a perder e a jogar pedras quando de repente olhei para a tv e, em vez do Everton com a bola nos pés, vi o Paulo Nunes. Foi só um instante. Esfreguei os olhos e logo depois voltei a reconhecer o Everton, mas fiquei assustado e achei que devia dizer-vos.

Taarabt
Adel sabe bem o que é viver à espera que algo exterior a ele resolva os problemas na sua vida. Antes era o álcool e ele soube resistir. Não seria agora que ia esperar que fossem os colegas a resolverem sozinhos os problemas em campo. É verdade que nem sempre tomou as melhores decisões, mas não me lembro de ver tanta estupidez sair dos pés dele quanto de outros colegas. É isto o Benfica em Dezembro de 2020. Elogiar os que foram menos fraquitos."

SL Benfica 2-1 FC Paços de Ferreira: Luca dá “paço” importante na luta pelo título


"A Crónica: Waldschmidt Fora de Horas Salva Águia do Empate
Depois do tropeção leonino em Famalicão, o SL Benfica tinha uma oportunidade de ouro para diminuir a distância para o primeiro lugar e não a desperdiçou: na receção ao FC Paços de Ferreira, as águias tiveram de suar para vencer por 2-1, com o golo da vitória a surgir no último lance do encontro por Luca Waldschmidt.
Antes do apito inicial, Jorge Jesus teve uma dor de cabeça: Grimaldo lesionou-se no aquecimento para o jogo e teve de ser rendido por Nuno Tavares. Essa contrariedade não abalou o conjunto encarnado que entrou decidido a marcar cedo, e podia tê-lo logo ao minuto cinco pelo suspeito do costume, Darwin Núñez, que no frente a frente com Jordi acabou por permitir a defesa do guarda-redes.
O início de jogo foi bastante movimentado com o Benfica a ter mais bola, contudo Pepa tinha prometido jogar “olhos nos olhos” e essa promessa quase tornou-se em realidade: jogada bem desenvolvida pelos castores do lado direito, Luther Singh cruzou para Douglas Tanque para uma excelente parada de Vlachodimos à passagem do minuto 14.
As águias voltaram à carga por intermédio de Pizzi aos 19’ num remate em que o médio tentou desviar tanto a redondinha que acertou no poste e não no fundo da baliza de Jordi, após Núñez assistir o capitão do Benfica.
O encontro estava num ritmo de “bola cá, bola lá” e Paços responde à ocasião do Benfica, mas com mais eficácia aos 24 minutos: pontapé de canto para os visitantes, a defesa encarnada afastou mal a bola e Oleg de primeira atira para o fundo das redes, inaugurando o marcador com um golaço. No instante, os pacenses poderiam ter feito o segundo por Douglas Tanque que atirou bastante por cima, quando estava em fantástica posição para marcar.
O Benfica foi logo em busca de restabelecer a igualdade no marcador, até já estava bem instalado no meio-campo defensivo do Paços, embora a maior dificuldade sentida era conseguir furar a muralha amarela e verde que ia cumprindo a sua tarefa de manter Núñez e companhia longe da sua baliza da melhor forma, aproveitando ainda alguns passes falhados para tentar lanças contra-ataques venenosos. 
Aos 41’, Rafa atirou para uma defesa apertada de Jordi para canto. Na sequência do canto, o mesmo Rafa ainda chegou a introduzir a bola na baliza, mas o golo foi invalidado pelo controlo com o braço do extremo.
Antes do descanso, houve tempo para Taarabt rematar para fora com muito perigo. Intervalo na Luz e o Paços ia em frente no marcador.
Insatisfeito com a exibição da sua equipa, Jorge Jesus lançou para o segundo tempo Gabriel e Seferovic para os lugares de Weigl e Pizzi respetivamente. Apesar das mudanças, o primeiro lance de perigo pertenceu à formação visitante por Luther Singh que podia ter assistido um companheiro, mas optou pelo remate que foi contra o defesa encarnado.
O Benfica continuava a demonstrar as mesmas dificuldades em furar a defesa pacense, mas Rafa tratou de emendar isso: numa recuperação a meio-campo em que faz um túnel delicioso sobre Eustáquio, o extremo passa para Gilberto que assiste o número 27 das águias para marcar o tento do empate. 
Gilberto estava muito envolvido na dinâmica ofensiva que quase voltou a assistir um colega do ataque, desta vez Seferovic que atirou não muito longe da baliza de Jordi aos 70’. Logo a seguir, foi Darwin a rematar em potência e acertar em cheio na barra, naquele que foi o seu primeiro remate à baliza.
O tempo começava a faltar para os homens de Jorge Jesus que ia perder uma ocasião soberana para reduzir a desvantagem para o líder Sporting. A equipa estava toda balanceada para o ataque, e ia deixando espaços na defesa para o Paços que teve ainda algumas ocasiões para tentar alcançar o 1-2, com destaque para o remate de João Amaral aos 89’.
Tanta insistência acabou por dar resultado: no último suspiro da partida, Gabriel cruzou para Luca Waldschmidt vestir a pele de salvador e fazer o 2-1, fazendo lembrar o ponta de lança angolano Pedro Mantorras que, em tempos passados, salvava (quase) sempre o Benfica no final dos jogos.
Mesmo sem um grande brilhantismo, o certo é que o Benfica alcança o triunfo a acabar a partida e reduz a diferença para o Sporting. Pede-se muito mais a Jorge Jesus e aos seus comandados, uma vez que voltaram a evidenciar as suas dificuldades contra adversários que mostrem uma grande organização.

A Figura
Luca Waldschmidt Lançado no início do segundo tempo, o alemão foi peça fundamental na reviravolta encarnada. Procurou criar espaços na frente de ataque, batalhou para marcar e conseguiu já perto do fim, dando assim três pontos importantes ao SL Benfica na luta pelo título. Nota positiva para Rafa que foi o mais inconformado do lado encarnado enquanto esteve em campo, tanto que é por ele que começou a reviravolta na Luz.

O Fora de Jogo
Julian WeiglUma das surpresas no onze inicial, a expetativa era grande para ver o que Weigl poderia trazer ao jogo encarnado, ainda para mais após a boa entrada em campo frente ao Lech Poznan. Contudo, a expetativa rapidamente deu lugar à frustração, já que o médio alemão não trouxe novas ideias a um meio-campo que ainda procura alcançar uma melhor dinâmica. Foi sem surpresas que saiu ao intervalo.

Análise Tática – SL Benfica
O SL Benfica apresentou-se esta noite no seu habitual 4-4-2, onde o grande destaque foi para dupla do meio-campo formada por Weigl e Taarabt. Após o empate do Sporting, o Benfica tinha uma oportunidade de ouro para reduzir distâncias para o topo do campeonato.
As águias entraram motivadas para o jogo, mas foram surpreendidas pela ousadia pacense que marcou primeiro aos 23 minutos. A partir daí, os comandados de Jorge Jesus foram em busca do empate, contudo a muralha visitante não estava a dar espaços e faltava alguma criatividade para surgirem oportunidades soberanas para o golo.
O segundo tempo trouxe um Benfica ainda mais determinado em marcar e chegou ao empate por intermédio de Rafa Silva. O que se assistiu logo a seguir ao 1-1 foi um autêntico “assalto” à baliza de Jordi em busca do golo que garantissem os três pontos importantes na luta pelo título, mas foram dados muitos espaços nas costas que poderiam ter causado calafrios na intenção encarnada de vencer.
O golo da vitória acabou por surgir perto do fim por autoria de Luca Waldschmidt que permite ao Benfica ficar a apenas dois pontos do líder Sporting.

11 Inicial e Pontuações
Odysseas Vlachodimos (6)
Gilberto (6)
Jan Vertonghen (6)
Nicolás Otamendi (6)
Nuno Tavares (5)
Julian Weigl (4)
Adel Taarabt (6)
Rafa (7)
Everton (4)
Pizzi (5)
Darwin Núñez (6)
Subs Utilizados
Gabriel (5)
Haris Seferovic (4)
Luca Waldschmidt (8)
Pedrinho (5)
Chiquinho (5)

Análise Tática – FC Paços de Ferreira
O conjunto pacense apresentou-se na Luz no seu típico 4-4-3 com duas alterações face à última partida: o central Maracás e o trinco Mohamed Diaby foram lançados no onze inicial, relegando Marco Baixinho e Luiz Carlos para o banco de suplentes respetivamente. Num série de seis jogos sem perder e três consecutivos sem sofrer golos, o Paços de Ferreira queria causar uma surpresa na visita à Luz.
O Paços entrou sem medo do SL Benfica, e até inaugurou primeiro o marcador com um remate soberbo de Oleg aos 23’. Em vantagem, os visitantes entregaram o controlo do jogo ao Benfica, embora fossem aproveitando algumas desatenções para lançar contra-ataques venenosos com o intuito de ferir ainda mais uma águia a necessitar de vencer. No segundo tempo, a frescura começou a faltar à defesa pacense e isso fez mossa, já que o Benfica conseguiu chegar à reviravolta perto do fim do jogo. Um castigo duro para a equipa de Pepa que merecia levar um ponto para casa.

11 Inicial e Pontuações
Jordi Martins (5)
Fernando Fonseca (5)
Maracás (5)
Marcelo (5)
Oleg (6)
Mohamed Diaby (4)
Bruno Costa (6)
Stephen Eustáquio (6)
Luther Singh (5)
Hélder Ferreira (4)
Douglas Tanque (5)
Subs Utilizados
Uilton Silva (4)
Luiz Carlos (5)
Marco Baixinho (5)
João Amaral (5)
João Pedro (-)

BnR na Conferência de Imprensa
SL Benfica
Não foi possível colocar questão ao treinador do SL Benfica, Jorge Jesus.

FC Paços de Ferreira
BnR: Face ao último encontro (vitória fora contra o Moreirense), o Pepa retirou Marco Baixinho e Luiz Carlos do onze inicial, colocando Maracás e Diaby nos seus lugares respetivamente. Que justificação está na base dessas mudanças?
Pepa: «Posso falar nessas mudanças abertamente, sem querer esconder nada, pois as pessoas gostam de perceber as opções dos treinadores. Optei pelo Maracás porque controla melhor a profundidade, é o nosso central mais rápido e esteve muito bem, tendo saído exausto. Em condições normais, naquela bola que dá o primeiro golo do Benfica, ele saí bem, mas não conseguiu recuperar a posição devido ao seu cansaço. Em relação ao Diaby, o próprio Luiz Carlos, o nosso “velhote”, na sequência de três jogos seguidos, quebra normalmente, mas escolhi o Diaby pela dimensão que dá no meio-campo e capacidade que ele tem. Teve várias oportunidades entre o Vertonghen e o Nuno Tavares, pois sabíamos que o lateral esquerdo saí muito na pressão ao nosso ala, e a nossa intenção era atrair o nosso ala mais baixo à largura. O Diaby não é tão forte na construção e o Benfica é muito forte nessa primeira referência quando vai de frente, mas para trás tem mais dificuldades. Nós tínhamos planeada uma dessas saídas pelo Diaby na profundidade e saímos várias vezes. É uma questão de opções, estratégia e condição física dos jogadores.»"

O meu nome é Luca. Marco no segundo andar


"O Benfica entrou a perder e teve sempre muitas dificuldade frente a um Paços de Ferreira seguro na defesa e organizado e rápido no ataque. O golo da vitória apareceu nos derradeiros segundos dos descontos, um salto de Waldschmidt que valeu uma vitória por 2-1, mas não um atestado de qualidade da equipa de Jorge Jesus

Luca Waldschmidt não é propriamente uma estaca. O seu 1,81m colocam-no numa espécie de média para jogador de futebol. Talvez por isso o jogo de cabeça não seja exatamente o seu maior cartão de visita, o alemão parece ter outras qualidades, que a espaços tem vindo a mostrar no Benfica. Mas, em desespero, é preciso jogar com todas as armas, boas, menos boas, e foi já nos últimos segundos de jogo que Luca foi ao segundo andar, saltou mais alto que toda a gente, talvez até mais alto do que alguma vez saltou, pela forma algo desengonçada como aterrou, para fazer o golo que deu a vitória ao Benfica frente ao Paços de Ferreira, um 2-1 tirado a ferros pelo voo do alemão-não-tão-gigante-assim, que até tinha andado bem apagado desde que havia saltado do banco.
Mas é assim mesmo: num segundo, a defesa do Paços, tão certa durante quase todo o jogo, não conseguiu travar Waldschmidt, momentos depois de Uilton ter falhado desastrosamente um remate em zona perigosa, que poderia ter deixado o Paços na frente de um jogo que nos últimos minutos andou sempre no fio da navalha para as duas equipas. Cairia para o Benfica, mas podia ter caído para o Paços, que fez mais um bom jogo frente a um dos grandes, depois de vencer o FC Porto em outubro.
A equipa de Pepa repartiu o jogo na 1.ª parte. A uma primeira oportunidade aos 5’ para Darwin, respondeu com cabeceamento de Douglas Tanque após uma boa jogada coletiva, que Vlachodimos salvou. E ao falhanço em frente à baliza de Pizzi aos 19’, depois de um erro na saída de bola do Paços, respondeu com uma bomba de pé esquerdo de Oleg Reabciuk, aos 24’, com o moldado a lançar um míssil de primeira após um corte a um canto que o Benfica não resolveu. E com 1-0, o Paços na jogada seguinte quase voltava a marcar, mais uma jogada de grande envolvimento coletivo entre Hélder Ferreira e Eustáquio, com direito a chapéu e calcanhar, a deixarem Douglas Tanque em frente a Vlachodimos - o remate saiu por cima.
O Benfica tinha mais bola, é certo, mas o Paços quando atacava, atacava pela certa, rápido, organizado, com muitos homens. As equipas acabaram a 1.ª parte com sete remates cada.
No segundo tempo a qualidade baixou a pique. Como já tem sido habitual, Jorge Jesus mexeu ao intervalo, tirando Pizzi e Weigl (que estiveram longe de ser dos piores em campo) por Seferovic e Gabriel. Mas numa noite desastrada de Darwin Nuñez, seria Rafa a dar o empurrão para o Benfica chegar ao empate: aos 58’, fez um túnel a Eustáquio, deu para Gilberto e foi buscar o cruzamento rasteiro do brasileiro para rematar para golo.
O Benfica não aproveitaria o élan do golo e nos minutos seguintes até seria o Paços a mostrar mais agressividade na ida para o ataque. Seriam precisos 10 minutos para o Benfica voltar a assentar, logo com duas oportunidades, primeiro por Seferovic, depois por Darwin, com um remate poderoso que deixou a barra da baliza de Jordi a tremer.
Daí até final, o jogo tornou-se quezilento, ainda mais mal jogado, com muitas faltas e pouca cabeça. Ainda assim, o Paços teve o mérito de nunca se agarrar com demasiada força ao empate. Tentou controlar com bola, seguir para o ataque e à entrada dos descontos podia mesmo ter marcado por Uilton, perante a desorganização do Benfica.
Talvez o Paços não merecesse sair da Luz sem qualquer coisa. Mas não marcou e Luca foi ao segundo andar, após um cruzamento de Gabriel, provavelmente numa das únicas ações produtivas do brasileiro durante a 2.ª parte, em mais um jogo com nota apenas suficiente do Benfica que, ainda assim, está agora mais perto do líder Sporting."

Jesus e os seus vícios


"De Jorge Jesus nunca se esperou a maleabilidade comunicacional ou a postura serena que se imagina num treinador de topo. Com traços da identidade portuguesa, o técnico garantia sim a competência do treino, o estudo dos adversários e conhecimento aprofundado sobre o jogo, que lhe permitiram sempre abordar todas as competições como objectivos a pronto.
São essas valências que lhe permitem a ambição e confiança desmedidas que se transportam para a flash interview e que resultam muitas vezes em precipitações e equívocos, com evidente falta de nível – a resposta a Rita Latas nos Barreiros é disso o último grande exemplo.
Na noite de domingo, houve ainda desvalorização a Waldschmidt, apesar do golo salvador – “pode fazer muito melhor”, depois de encostar o alemão à esquerda e de este lhe dar a vitória -, como já tinha acontecido no episódio com Gonçalo Ramos no jogo para a Taça.
São inúmeros os episódios que obrigam o treinador a retratar-se, vícios que nem a aventura asiática ou brasileira – e o intercâmbio cultural – conseguiu disfarçar. Que são toleráveis quando consegue engrenar o seu 4-4-2 de sempre e despachar o que lhe aparece à frente, pelo menos até às fases decisivas: nesse contexto os vícios passam a “personalidade vincada” e o peculiar feitio de Jorge não faz mossa.
Em 2020-21, enquanto demora a “arrasar” como prometeu à chegada, as suas declarações vão distanciando a massa adepta, já de si dividida com o seu regresso sebastiânico-trágico.
Quando chegou à Luz em 2009, impactou não só pela evidente melhoria da competitividade da equipa como também na forma agressiva de se expressar. A falta de sofisticação apontada por alguns era vista como “ganas” pelos mais apaixonados.
Os confrontos com outros treinadores, por vezes até de forma exagerada – Manuel Machado – ou episódios como a dispensa de Quim, em directo e em horário nobre na televisão do estado, exigiam abastado rendimento dentro de campo para ser visto apenas como resultado da sua “frontalidade”.
Em 2010-11, depois de época desastrosa onde falhou a toda a linha, viu-se o reverso da moeda e a insatisfação constante de grande parte da massa adepta, que foi surgindo sempre que as épocas não correspondiam – houve redenção definitiva no triplete de 2013-14, quando já era hábito aceitar os devaneios do técnico e a sua forma irreverente de comunicar.
A ida para o Sporting CP e o clima de guerrilha instaurado por Bruno de Carvalho tornaram-no em cavaleiro negro contra o benfiquismo. A aposta de Vieira noutro tipo de perfil como Rui Vitória, mais comedido e responsável, encaixou com a outra grande lacuna apontada a Jesus: a aposta na formação. A forma paternal como orientava a equipa foi corte unilateral com a presença dos seis anos anteriores, existindo uma linha de continuidade quando se apostou em Bruno Lage.
Mas o fantasma de Jorge Jesus pairava na Luz, habituada à intempestividade de um treinador que conjugava como ninguém o frenesim de apoio das bancadas com a sua própria gestão da equipa, utilizando muitas vezes o público como aliado da sua expressividade para dentro de campo. Acontece que esse estilo de comunicação, de grande intensidade, causa também grande desgaste. Amor e ódio. 
Depois de uma segunda volta estranha a todos os níveis e a proximidade das eleições, Vieira não teve outra hipótese senão recuperar o seu grande trunfo. Mas as grandes lacunas apontadas até agora, defeitos de sempre do seu sistema – a permeabilidade do meio-campo que expõe em demasia o eixo defensivo, por exemplo –, e a falta de resultados convincentes não têm permitido disfarçar as gaffes e a inconstância comunicacional.
A promessa do “jogar a triplicar” subiu desnecessariamente as expectativas, colocando-o a ele e à equipa sobre brasas. A eliminação aos pés do PAOK foi pressão adicional que não se esperava e a atitude muito mais despreocupada que vai mostrando, apático por vezes, não tranquiliza os benfiquistas – pelo menos aqueles que viram no seu regresso a solução para todos os males.
Tal como aconteceu com Sherwood, já este ano houve oportunidade de pisar os calos a colegas de profissão: Steven Gerrard ficou incomodado no final do jogo da Escócia e Lito Vidigal só se safou de um confronto pela pronta atitude de Rui Costa, que segurou Jesus no momento do golo de Everton.
Esta procura da adrenalina e os constantes despiques nunca deixaram de ser aspectos vitais da sua energia, onde nem sempre tem comportamentos aceitáveis até para com membros do próprio staff técnico – como Raul José ou Shéu Han, que por ele foi empurrado em White Hart Lane.
Jesus será desculpado consoante a sua taxa de sucesso. Num clube gigantesco como o SL Benfica exige-se mais que vitórias ou goleadas, mas apenas elas poderão ajudar à desvalorização dos aspectos menos bons do estilo de gestão de Jorge Jesus. O calendário apertado não tem permitido grandes semanas de treino nem a frescura necessária para implementar o seu futebol, electrizante e desmedido como só ele sabe ser."

As artes marciais e a Comissão Directetiva das Artes Marciais


"As disciplinas de combate codificadas no Ocidente ou no Extremo-Oriente oferecem uma “palete” muito diversificada de modalidades de práticas e atraem um efetivo considerável de praticantes, socialmente muito diferenciados. Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, as chamadas artes marciais ocupam um lugar cada vez mais importante no espaço dos desportos ocidentais, nomeadamente em Portugal. Em território nacional, antes de se tornarem práticas desportivas acessíveis a todos(as), elas foram consideradas armas perigosas que precisavam ser controladas (Rosa, 2007).
Em 1968, pelo Decreto-Lei n.º 48462, de 2 de julho, a prática das artes marciais foi pela primeira vez objeto de regulamentação especial, face à conveniência de um controlo estatal disciplinador destas atividades. Procurou-se então adotar medidas que justificavam, aos olhos do Estado, a necessidade de reprimir o ensino incorreto, a exploração do seu mercado e a proteção dos praticantes que se dedicavam de forma honesta à sua prática. Procurava-se, assim, salvaguardar os interesses da segurança do país.
O Decreto-Lei n.º 105/72 de 30 de março reforçou estas ideias e criou um organismo próprio para superintender estas atividades, a Comissão Diretiva das Artes Marciais (CDAM), tendo ficado na dependência do Secretariado Geral da Defesa Nacional. Em 1974, foi transferida para o Estado-Maior General das Forças Armadas (EMGFA). Nos termos do artigo n.º 1 deste decreto-lei, a prática das artes marciais dependia da prévia autorização da CDAM. Ao fazerem a sua inscrição nos centros legalmente autorizados, os candidatos tinham de apresentar vários documentos (requerimento em papel selado, boletim de inscrição, certificado de habilitação psicofisiológico). Vários jornais da época dão conta da tensão existente entre os clubes/associações e a CDAM, acusando-a de organização fascista ao serviço da Direção-Geral de Segurança (DGS).
Relativamente a um artigo dedicado às artes marciais, publicado no jornal República n.º 15.584, de 7 de novembro de 1974, a CDAM dá o seguinte despacho interno: “considero que poderá ser feito um artigo que desfaça todas as insinuações que ultimamente têm vindo a lume, mas não se deve dar o ar de que se está a responder, a fim de se evitar polémica desnecessária” (Proc. 10.02, de 12/11/74). Numa outra informação interna da CDAM (n.º 2, Proc. 10 de 7/02/75), é referido que “a chave do controlo dos praticantes das artes marciais, encontra-se exactamente no controle estreito dos seus agentes de ensino”. Desta forma, “a repressão aqui é não só ineficaz, como agravante, o remédio é usar o próprio mal, mas de forma racional e controlada”.
Os praticantes, por seu turno, também manifestam o seu descontentamento com a ação da CDAM. Transcrevemos aqui o excerto de uma carta enviada para esta Comissão, datada de 21/12/1976: “Mais uma vez me dirijo a V. Exas lamentando sinceramente a inoperância que infelizmente eu constato na existência dessa comissão e pergunto Porquê, e para quê existe a comissão? Será que o ministério da defesa criou um organismo morto para justificar o ganho de mais uns cobres para elementos componentes dessa comissão? Se a comissão é inoperante, porque existe? É uma vergonha que uma comissão que existe há cerca de três anos ainda não tenha apresentado um trabalho válido, bom, também de militares de carreira não se pode esperar muito, primeiro as promoções! Como estamos em época de boa vontade, V. Exas não poderiam se faz favor pôr cobro às palhaçadas que continuam a fazer-se no nosso país à sombra dessa comissão?”.
Com o passar dos anos, a CDAM foi sendo afeta a vários ministérios. Pelo Decreto-Lei n.º 507/80 de 21 de outubro, foi reintegrada no Ministério da Educação e Ciência (MEC). Por força do Decreto-Lei n.º 507/80 de 21 de outubro, foi transferida para o Ministério da Qualidade de Vida (MQV). Com o Decreto-Lei n.º 279-A/85 de 19 de julho passou a ficar dependente da Presidência do Conselho de Ministros. Com o mal-estar externo, passou a existir também um mal-estar interno. Num despacho (n.º 9-1-MEC/86), assinado pelo então ministro da Educação e Cultura, foi proibida a realização de uma reunião do Conselho Consultivo da CDAM, que teria lugar no dia 07 de junho de 1986. Da convocatória fazia parte a troca de impressões sobre a “interferência insólita da DGD [Direção Geral dos Desportos], com repercussões no funcionamento da Comissão”. No entender do ministro “as determinações que a D.G.D. tem transmitido à CDAM o são em execução de decisões do Ministro, sendo inaceitável que se convoquem as associações de artes marciais para discutir as orientações ministeriais em relação à CDAM”. A CDAM viria a ser extinta em 1987 (DR I Série n.º 33, de 9 de fevereiro de 1987, com o n.º 69/87). A parte introdutória vem esclarecer que:
- “A repressão do ensino incorrecto não é preocupação exclusiva das artes marciais, mas sim comum a todas as modalidades desportivas e formativas;
- A disciplina da prática desportiva vulgarmente designada ‘artes marciais’ deverá ser, preferencialmente, prosseguida através de mecanismos de auto-regulamentação, à semelhança do que sucede com as restantes modalidades desportivas, através das respectivas federações;
- Neste sentido, justifica-se, quer para as artes marciais, como para os restantes desportos de combate, uma adequada preparação dos agentes de ensino, o que já se encontra previsto no Decreto-Lei n.º 98/85, de 4 de abril, e no Decreto-Lei n.º 163/85, de 15 maio;
- Assim, carece de sentido a manutenção do apertado regime de condicionalismo actualmente vigente, bem como do regime de sancionamento penal que lhe é inerente, pelo que se impõe a sua revogação”. 
Ficaram assim expressas as razões que levaram o Governo de então a extinguir a CDAM, e a transferir para a Direção Geral dos Desportos (DGD) todos os direitos e obrigações de que era titular, bem como todos os bens móveis que lhe estavam afetos."

Da apetência pelo recurso à fraude!


"A ambição faz parte do ser humano. A ânsia do poder, o desejo da vitória e do sucesso, o almejo da glória e a aspiração ao estrelato levam o mesmo a tentar alcandorar-se ao nível dos deuses – senão tornar-se em próprio deus como nos diz Yuval Harari (1). O mesmo Harari que também nos diz que a ganância é inerente ao ser humano. Razões suficientes para que quaisquer meios sirvam para alcançar os fins. Os fins justificam então esses meios. Mas sabendo-se que o topo está lá, que é uma realidade atingível, os meios justificam os fins a serem alcançados.
Com o cancelamento de vários eventos competitivos devido à pandemia, as diferentes modalidades criaram competições virtuais – ciclismo, salto com vara, karate e futebol entre outras – apresentando mesmo atletas reais a competir. Daniel Abt, piloto oficial da Audi na Fórmula E, na ‘Race at home Challenge’, corrida virtual de automóveis, conseguiu através de vários artifícios fazer-se substituir por um jogador profissional de e-Sports, Lorenz Hoerzing, acabando por se classificar em 3º lugar nesta prova. Daniel Abt foi desclassificado, sancionado com uma coima de 10.000€ (a qual reverteria para fins sociais) e, laboralmente foi suspenso pela própria Audi Sport. Aconteceu em Maio de 2020!
O desporto é palco profícuo para a existência de fraudes. Apesar de presentes em todas as modalidades, são mais frequentes no atletismo, no ciclismo, e no futebol.
No atletismo e no ciclismo o mais frequente é os desportistas tentarem encurtar os percursos por outro meio, repartir a distância por vários estafetas ou usar dorsais e chips alheios ou utilizarem outros artifícios para diminuírem os seus tempos. Frequente também a fraude através da utilização de prémios (ou mesmo compra monetária) a fim de alcançar resultados mais glorificantes (etapas no ciclismo há que foram negociadas).
Se em 1904, nos J. O. de St. Louis, depois do vencedor da maratona ser felicitado pela filha do presidente Roosevelt, os juízes descobriram que ele tinha cumprido parte do percurso de automóvel, em 1980 na maratona de Boston a vencedora ao alcançar o terceiro melhor tempo da história apenas correu cerca de 1,6 quilómetros. A sua imagem não aparece nos vídeos ou nas cerca de dez mil fotos tiradas nos primeiros 40 quilómetros da corrida. Aconteceu!
Se em 1904, no ‘Tour de France’, um ciclista viajou de comboio durante uma etapa, em 2015 um outro foi desclassificado depois de ter sido apanhado a agarrar-se a um carro na ‘Vuelta’. Também aconteceu!
Na esgrima, conhecemos o caso do atirador que tinha um botão instalado no punho da sua espada para, ao ser accionado, fazer acender a luz do marcador. Aconteceu nos J. O. de Montreal em 1976.
Menos conhecido é aquele caso do membro do júri de atletismo que aproveitou uma cerimónia protocolar realizada antes do último salto de um atleta, para medir e registar em memória, no instrumento de medida, a marca de 8,38 metros, que corresponderia ao terceiro lugar. Quando o atleta saltou, esse juiz apenas enviou para o quadro electrónico o resultado que estava em memória. Aconteceu em Roma nos Campeonatos do Mundo de atletismo, em 1987!
Nos Estados Unidos imensos são os casos em que jogadores de basebol utilizaram tacos viciados. Foram revelados em 1994, em 1996, em 1997, em 2003 e em 2014 pelo menos. Aconteceram!
Nos J.O. de Sydney 2000, a medalha de ouro foi retirada à equipa paralímpica de basquetebol de Espanha após ter sido descoberto que 10 dos 12 basquetebolistas se tinham feito passar por deficientes. 
No mundial de judo de 2003, os adversários de um japonês queixaram-se por não conseguirem efectuar as pegas nos combates que efectuaram com o mesmo dado que o seu fato se encontrava impregnado com algo que tornava essa pega escorregadia. Aconteceu!
Em França, nesse mesmo ano, o pai de dois tenistas franceses introduzia antidepressivos diluídos em garrafas de água dos adversários dos seus filhos que trocava momentos antes dos jogos ou dos treinos. A morte num acidente de viação de um jovem professor de ténis, depois de ter jogado com o filho mais velho, em cujo corpo foi encontrada uma substância que este nunca tinha consumido, veio revelar estas situações. Em 2006 acabou por ser condenado a oito anos de prisão. Também aconteceu!
Em 2004 o Iraklis Clube de Salónica acusou o Akratitos de Atenas de ter juntado uma substância às suas garrafas de água durante um jogo. Facto posteriormente comprovado por análises laboratoriais! 
Em 2007, Walter Schachener reconheceu, 25 anos depois, que existiu fraude no mundial de futebol de 1982. O resultado do jogo entre a Alemanha e a Áustria, foi combinado (1-0) de modo a seguirem em frente ambas as equipas em detrimento da Argélia. Schachener chamou-lhe fraude, Hans-Peter Briegel preferiu chamar-lhe “pacto tácito de não-agressão”. Aconteceu!
Em 2009 na Fórmula Um e no râguebi foram conhecidos casos de fraudes, tal como em 2012 no badmínton ou em 2015 na NFL (2).
E sobre o mundial de 1986 – numa altura em que Diego Maradona nos deixa – muitos abordaram o golo da «mão de Deus», nos quartos-de-final no México, entre a Argentina e a Inglaterra – talvez não a maior fraude de sempre, mas a mais conhecida – porque foram obrigados a abordar a genialidade do segundo golo desse encontro. Mas essa obra-prima não elimina a fraude anterior: a mão de Maradona chega mais alto que as mãos de Shilton e Ali Bin Nasser valida o golo. Esta a fraude maior cometida pelo astro. Em 2005, num dos programas «La noche del 10» – apresentado pelo próprio Maradona –, transmitido pelo canal 13 da TV Argentina, com Pelé presente como seu convidado, Maradona afirmou que os jogadores brasileiros tinham bebido água com calmantes, oferecida pelos argentinos no intervalo do jogo do mundial entre o Brasil e a Argentina, em Itália em 1990, e ganho por estes últimos. Só ele o poderia confirmar… Dois factos que aconteceram!
Em Portugal também já tivemos «a mão de Vata» em 1990, na meia-final da Taça dos Clubes Campeões Europeus entre o Benfica e o Marselha… E aqui aconteceu mais uma fraude! E validada também!
Mas os métodos refinam-se. E refinam-se a par da evolução da civilização e da evolução tecnológica. Se Sorel (3) nos dizia que a ferocidade antiga tendia a ser substituída pela astúcia, por outro lado Foucault (4) afirmava que havia uma passagem de uma criminalidade de sangue para uma criminalidade de fraude. Assim se chega ao «doping mecânico» em que a fraude se consubstancia na introdução de pequenos motores com as respectivas baterias dissimulados nas bicicletas dos ciclistas. Aconteceu com Femke van den Driessche em 2016 e com Cyril Fontaine em 2017.
A competição exacerbada potencia o recurso à fraude. A fraude não é mais do que aquilo que Jack Lewis (5) define como sendo o impulso básico do ser humano: “maximizar os lucros sem olhar ao impacto negativo que isso pode ter nos parceiros”. O desporto desenvolve nos competidores, nos treinadores e nos dirigentes – não em todos felizmente – a apetência pelo recurso à fraude. É uma das facetas do alcançar a vitória a qualquer preço. E a fraude prolifera no desporto mesmo que não detectada, o que não faz com que não deixe de ser fraude. E abstemo-nos de falar em suborno monetário ou em potencialização bioquímica do rendimento…"

Vermelhão: 3 pontos nos descontos!!!

Benfica 2 - 1 Paços de Ferreira


Vitória no último suspiro, em partida muito difícil, como era esperado. Vejam-se as exibições e resultados das equipas 'europeias' nesta jornada: os Corruptos que tiveram mais um dia para recuperar, venceram à rasquinha o Tondela, provavelmente a pior equipa da Liga, e precisaram dos habituais empurrãozinhos do árbitro (pelo menos dois golos não deviam ter sido validados...); o Braga que jogou na Quinta, tal como o Benfica, perdeu com o B Sad, outra das equipas mais acessíveis da Liga, que praticamente não marca golos e hoje marcou dois... Sendo que o Braga, até tem feito uma rotação muito mais profunda do que o Benfica!!!

O Benfica, só jogou com a melhor equipa da Liga extra os 4 principais 'candidatos'!!! O Paços, venceu os Corruptos, num jogo onde foram violentamente roubados, e mesmo assim, venceram... Hoje, marcaram um golo ilegal, criaram perigo quase sempre em contra-ataque, mas acabaram por ser dominados, por um Benfica abaixo do nosso potencial, com jogadores a rematarem pouco, outros a rematarem mal, mas apesar de tudo, a merecer o prémio da vitória no último ataque da partida... Ainda por cima com o manhoso do costume no apito, que nos últimos 20 minutos, fez tudo para 'matar' o ritmo de jogo, com faltas e faltinhas a favor do Paços, impedindo qualquer tipo de pressão alta do Benfica... Se o Benfica já demonstrava cansaço, com este festival do apito, ainda ajudou a reduzir a agressividade... Mas o golo apareceu!!!

Por acaso, até entrámos bem na partida, os primeiros minutos foram bons, o Darwin podia ter inaugurado o marcador... o golo do Paços, chegou contra a corrente, mas acabou por afectar a equipa, continuámos a dominar mas sem oportunidades... No 2.º tempo, até começamos mais lentos, mas com o golo do empate, melhorámos... Com as substituições, a equipa ficou 'partida', as saídas do Taarabt e do Rafa, na minha opinião não foram oportunas, admito que estivessem cansados, mas no momento em que jogo estava mais tempo parado com as faltas sucessivas, os jogadores que entraram não tiveram tempo de 'aquecer'!!! E nesta parte final, até foi o Paços a criar mais perigo no contra-ataque... Mas quem marcou fomos nós...

Eu compreendo, e defendo a rotação de jogadores, mas neste momento o jogador mais importante no onze do Benfica é o Gabriel! Tem um estilo molengão e pesado, falha passes fáceis, irrita os adeptos e o treinador muitas vezes, é irregular, mas sem o Gabriel jogamos sempre pior... Não só pela forma como inicia quase todos os ataques do Benfica, mas essencialmente pelos tempos de entrada na pressão alta! Com o Gabriel em campo, recuperamos muitas mais bolas no meio-campo do adversário, evitando assim as correrias para trás, que a equipa 'detesta'!!!

Uma nota individual para o Gilberto, que voltou a fazer uma boa partida, tal como tinha acontecido com o Lech na Quinta...

Em relação ao apitadeiro Rui Costa e do Vareiro do Bruno Esteves, algumas notas: no golo do Paços, o Diaby está claramente a tapar a visibilidade ao Ody, o silêncio do VAR é ridículo, mas quando o Ody socou a bola no Canto, já tinha havido contacto do Diaby com o Ody... se fosse na área contrária, seria imediatamente falta! Assistimos mais uma vez, a um festival na gestão dos Amarelos: só a partir dos 60' é que nos nossos adversários levam Amarelo, antes desse minuto vale tudo...!!! O Amarelo ao Otamendi é um exemplo de como a cegueira é selectiva!!! E depois na parte final como já afirmei anteriormente, qualquer jogador do Paços que fosse à relva, era falta... qualquer recuperação alta, qualquer pressão, era proibida!!!

Agora, temos Liga Europa, Taça de Portugal e Taça da Liga, antes do regresso do Campeonato! Momento ideal para rodar, dar minutos aos menos utilizados, e treinar algumas situações com os titulares! Não esquecendo que na próxima Quinta na Bélgica, vai-se decidir o 1.º lugar no Grupo, e ir para o sorteio em 1.º ou em 2.º não é a mesma coisa!!!