terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Superioridade...

Sporting 0 - 3 Benfica


Resultado escasso, tal foi a superioridade do Benfica... Não deixa de ser engraçado, ler quase todos os dias elogios grandiosos a muitos destes jogadores do Sporting, e depois ver o desequilíbrio nestes 90 minutos!

Regresso às vitórias...

Benfica 4 - 1 Leões de Porto Salvo

Depois do empate de Sexta, regresso às vitórias, num jogo que esteve sempre controlado, mesmo após a expulsão do Jacaré (afinal existem Vermelhos directos em jogos de Futsal... depois do jogo de Sexta pensei que as regras tivessem mudado!!!).

A fraca lição dos mestres...


"Em Fevereiro de 1948, o Rangers veio a Lisboa para defrontar o Benfica no Estádio Nacional. Os cronistas foram unânimes em reconhecer a superioridade do jogo dos encarnados, mas, felizmente, a velha pecha de não chutar à baliza condenou-os a uma derrota por 0-3.

Fevereiro de 1948. Lisboa deixava-se encantar pelo futebol. E pela presença dos mestres ingleses. Vinha aí o famosíssimo Arsenal, o clube que Herbert Chapman alterara para sempre com a introdução do WM, e vinham também uns escoceses de nome Rangers, da cidade de Glasgow.
Vêem como a história se repete? Sobretudo neste jogo mágico no qual tudo pode acontecer.
Rangers outra vez. Já falei aqui de uma ida do Benfica a Glasgow para defrontar o Rangers em Ibrox Park, tal como aconteceu nesta semana para a Liga Europa. Nesse tempo era um particular. Ou amigável, como se costumava escrever. Agora falo da visita do Rangers a Lisboa. Dias antes do Arsenal. Semana em cheio!
E tudo começou com uma desilusão.
'Os Rangers de Glasgow tinham a oportunidade de afirmar a sua elevada carreira futebolística. Mas, afinal, comentaram-se com pouco e não satisfizeram a afición e o público que, desejando ver a sua equipa maravilhosa, teve pela frente, no seu conceito, apenas um bom grupo de futebol'. Quem escrevia assim era Tavares da Silva, um daqueles homens que, como gostam de afirmar os britânicos, sabiam uma ou duas coisas sobre futebol.
O problema, diga-se já aqui, é que, mesmo sem jogar grande coisa, os escoceses bateram o Benfica por 0-3. Doloroso, no mínimo.
E injustíssimo, segundo o nosso cronista, um dos maiores de sempre da imprensa portuguesa: 'Na primeira parte, colhendo o favor do vento, que soprava forte, instalou-se no meio-campo dos de Glasgow, e a toada era de ataque deliberado dos portugueses e de defesa cerrada dos homens da Escócia'. Ah! Mas o golo que não apareceu... Durante tantos e tantos anos nos queixámos, por aqui, neste país que, como disse um dia Ruy Belo, é o que o mar quer, da falta de objectividade dos nossos jogadores. Sempre mais uma finta, mais um requinte, mais um cerzido ou uma renda de bilros...
'Os escoceses aguentaram o vendaval benfiquense. E batiam-se na defesa com valentia. Mas isso parecia tão insuficiente para caracterizar uma das melhores equipas do mundo...'
Futebol à toa, jogadas de ataque desconcertadas, contemplação atenta dos movimentos contrários: nada mais. A desilusão estava aí estampada em letras de imprensa e também na cara dos adeptos que tinham ido em romaria ao Estádio Nacional.

O castigo!
Voltemos a Tavares da Silva. É sempre um prazer relê-lo. 'Na segunda parte, os jogadores do Benfica deram uma verdadeira lição de futebol de conjunto. Não se limitaram, nos lances de apuro, a resolver os problemas de qualquer forma e ao acaso, mas solucionando esses problemas numa consciência perfeita do jogo a desenvolver, e a bola era depositada na relva, o passe medido para a unidade desmarcada, os segmentos ligando-se uns aos outros num ritmo vivo e rápido'. Desculpem-me a interrupção, sigo já, dentro de momentos - que bom ler prosa escorreita sobre futebol sem tiques de intelectualidade bacoca e expressões que ninguém entende à mistura com os malditos números de telefone que passaram, de há um tempo a esta parte, a brotar gratuitamente das bocas de comentadores ininteligíveis, como os 4.4.2, 3.5.2, 4.3.3, com losangos e triângulos ao barulho. Foi apenas um desabafo. Volto ao Benfica-Rangers.
O Benfica jogava melhor e de forma mais conseguida, pelo que se depreende das palavras do cronista. Mas não chegou. E ele explica porquê: 'À medida que os jogadores do Benfica se aproximavam da baliza de Brown, a clareza como que desaparecia, tornando-se o futebol mais confuso nas dobragens repetidas e desnecessárias de passes e na insistência em dribles que escondiam a falta de remate'. Lá está! O futebol-crochet tanto ao gosto dos portugueses. Que tinha custos. E que custos.
Três golos para o Rangers. Thorton(35'), Duncasan(84' e 85').
Naquela frente atacante categorizada dos encarnados, com Melão, Arsénio, Julinho, Corona e Baptista, não houve um repente que resultasse numa alegria. 'Se o futebol do Benfica tivesse acabamento, os Rangers teriam levado para contar para a sua terra. Mas, por um pado, a falta de remate é característica do futebol português e, por outro, a defesa escocesa mostrou-se como o ponto mais forte da equipa'.
Perdeu, portanto, o Benfica, naquele que foi o seu primeiro encontro de sempre com o Rangers. Por culpa própria, já que passou a maior parte do tempo com a bola no meio-campo do adversário. E Tavares da Silva fechava assim o seu magnífico trabalho de observação e crítica: 'O Rangers com a garantia de um árbitro inglês (Kenney), e uma arbitragem serena e conscienciosa, venceu por 0-3, mas todos gostaríamos que, além de ter ganho, nos desse uma lição de futebol e que essa lição não corresse a cargo do Benfica. No team lisboeta, de notável homogeneidade, todos os elementos jogaram com senhoria, não estando no nosso critério de justiça, desta vez, a citação de nomes. O Benfica prestou um bom serviço ao jogo'. Apesar disso, Pinto Machado, o guarda-redes, saiu de campo de cabeça baixa..."

Afonso de Melo, in O Benfica

Um adepto impaciente


"A taça da conquista europeia de 1961 foi o ex-líbris da Feira Popular

'A vida não é medida pelo número de vezes que respiramos, mas pelos momentos em que perdemos o fôlego'. O dia 31 de Maio de 1961 foi um desses momentos, um marco transversal a todos os adeptos do Benfica, independentemente da idade. Se para os mais novos, que vivem o futebol com a mesma intensidade de um primeiro amor, o dia ficaria para sempre gravado nas suas memórias, para os mais velhos era o regozijo do valor do feito que se tinha alcançado. A verdade é que, para ambos, o êxtase da conquista da Taça dos Clubes Campeões Europeus perduraria!
Quase dois meses depois, estava-se em pleno verão, estação do ano preferida da maioria das pessoas e em que todos os temas que despertam o interesse e debates acérrimos ao longo do ano parecem ficar em suspenso, dando lugar às tardes de sol e praia. No entanto, o verão de 1961 foi diferente dos anteriores. O troféu da maior competição europeia de clubes, que nas edições antecedentes tinha conhecido apenas um destino, Madrid, continuou a vir para a Península Ibérica, mas dessa vez para ficar em Lisboa. Exposto no pavilhão do Benfica na Feira Popular, o troféu tornou-se o grande chamariz do evento.
Junto à porta do local, estava um adepto do Clube, de apenas seis anos, na companhia dos seus pais. Tudo parecia normal, não fossem faltar duas horas para a abertura de portas! Não havia quem conseguisse demover o rapaz do seu objectivo: 'vim cá para ver a «Taça dos Campeões Europeus» e quero ver'. O pai, agastado com a situação, ainda o conseguiu levar dali, mas dez minutos depois o miúdo estava de volta, numa 'incomparável demonstração de teimosia'.
Entretanto, o garoto reparou que a porta estava semiaberta e, ao espreitar, deu conta de lá estar um empregado. Nessa altura, o pai passou de dissuasor a colaborador, e perguntou se era possível o jovem ver o troféu, ao que o empregado acedeu. De rompante, o jovem benfiquista 'mergulhou desvairado para dentro do pavilhão' e viu a tão aguardada taça. 'Cá está ela! - gritou cheio de natural alegria. E saiu correndo e dizendo «já vi, já vi»'. Meses depois, o troféu continuava a dar alegrias aos benfiquistas, levando à Feira Popular 'milhares de pessoas em cada noite, velhos, crianças, homens e mulheres. E todos acabavam por aglomerar-se em frente da «tal Taça»'."

António Pinto, in O Benfica 

Avençados...


"Hoje perdemos um pouco do nosso tempo para falar da Sport TV e de Rui Amaro.
No jogo de ontem nos Barreiros, a Sport TV não teve qualquer pejo em mostrar dezenas de vezes o lance de uma suposta falta ao contrário que por acaso na marcação da mesma acabou por dar o segundo golo do Benfica. Uma falta como dezenas de faltas que acontecem num jogo. Por comparação, ainda que esta falta na Madeira não seja o lance do golo, não vimos curiosamente e por coincidência, nem um décimo das repetições do primeiro golo do Cashball no dia anterior que teria de ser anulado face às leis vigentes.
Portanto, para Rui Pedro Rocha e Rui Amaro, o lance do jogo é uma falta, alegadamente mal marcada, a meio campo, como tantas outras, tal como lançamentos laterais ou cantos trocados. Ou seja, o árbitro sabia que ao marcar aquela falta o Benfica ia marcar, logo, beneficiou o Benfica. Só quem nunca jogou futebol pode dizer que há falta do Gabriel. A natureza humana ainda é ter os 2 pés assentes no chão, pelo que seguindo as regras da física um pé no ar tem que cair no chão, dizemos nós.
A azia destilada ontem naquele canal de merda da Sport TV por parte de Rui Amaro durante 101 minutos foi das coisas mais vergonhosas a que assistimos em TV. Foi mau demais o que se passou ontem e tem que merecer um comentário oficial da parte do Benfica.
A Sport TV, que ignorou olimpicamente o lance do penalti na 1ª parte sobre o Everton, esteve uns 10 minutos a falar sobre uma falta a meio campo porque depois da marcação da mesma surgiu um golo.
A desonestidade intelectual desta gente da Sport TV é total e sem qualquer tipo de pudor.
Foram tantas mas tantas as desonestidades arrotadas por Rui Amaro que não conseguimos enfiá-las todas num texto. Deixamos uma de amostra apenas por ter sido no fim e ter ficado mais na memória. Gonçalo Ramos que entrou para dar corpo ao manifesto, que comeu cotoveladas na cabeça umas atrás das outras, entradas fora da lei e o diabo a quatro com a complacência do árbitro, foi brindado com Rui Amaro a elogiar o seu marcador directo pela boa estampa física e marcação cerrada que fez ao Gonçalo. 
Gostaríamos também de perceber porque é que o Calor da Noite tem direito a 2 andrades fanáticos a comentar os seus jogos (Rui Orlando + Carlos Brito ou Hugo Almeida), o Cashball tem direito a 2 lagartos fanáticos a comentar os seus jogos (Miguel Prates + Vidigal ou Aroso ou Presume) e nós temos que mamar com lagartos como o Rui Pedro Rocha e ressabiados incorrigíveis como Rui Amaro. Mas o que é esta merda? Brincamos?!

P.S.- Aqui fomos dizendo que para ser marcado um penalti a favor do Benfica o jogador teria que ser morto em campo, não chegaria ser abalroado. Aí está a prova. Chapada na cara, varrimento com o pé direito, mas siga que o gajo é do Benfica, tem que ser morto!"

A semente...


"No sábado #PortoaoColo e Sporting ganharam com dois golos irregulares. Do golo do Sporting quase não se falou, o do #PortoaoColo foi completamente ignorado e, como sempre, a ordem cronológica dos acontecimentos repete-se.
A Sport TV continua, ano após ano, a manipular opiniões e depois de no sábado não ter passado uma única repetição da falta de Zaidu no golo do #PortoaoColo, hoje presenteou-nos com uma dezena de repetições de uma falta a meio-campo (!). Sim, uma falta a meio-campo. É este o ponto a que chegámos. 
Agora já sabemos o que aí vem. O penálti indiscutível que ficou por marcar vai ser abafado e vai-se falar mais da falta a meio-campo do que do penálti e do que dos golos irregulares de #PortoaoColo e Sporting. 
Próximos capítulos passam-se na capa dos jornais de amanhã e nos programas de TV dos próximos dias. Aguardamos ansiosamente pelo “Tribunal O Jogo”."

Tudo normal!!!


"Ontem em Alvalade decorreu um jogo cheio de situações curiosas. Menos para a CMTV, a quem todas estas "situações estranhas" passaram despercebidas. CMTV essa que, é recorrente em dissecar ao pormenor temas referentes ao Benfica e passar rodapés escandalosos.
Bem, comecemos pelo princípio. 1º Golo do Cashball obtido em falta clara e evidente por ressalto da bola na mão de Pote que assim obtém o golo. As regras são claras. Não precisa de haver intenção de jogar a bola com a mão em situações de golo. Rui Oliveira, o VAR, fechou os olhos. Absolutamente inexplicável não ter chamado o árbitro para anular o golo. O Sportinguista de criança que foi promovido na arbitragem a mando do Calor da Noite. Fica tudo em família. Até quando veremos Rui Oliveira fazer estes serviços à Aliança do Altis?

Passemos agora ao mais "curioso" do jogo. Vamos ver se a CMTV não pega nisto para o usar o habitual "Os adeptos do Benfica estão indignados com....". Um nome: Pasinato. Quem não se lembra de Peçanha, Cássio ou Bracalli? Guarda redes constantemente envolvidos em "azares" nos jogos contra o Calor da Noite.
Pasinato foi responsável pelos dois golos do Cashball no jogo de ontem. No segundo deu demasiado nas vistas porque tirar os braços a defender uma bola é precisamente aquilo que nenhum guarda redes que esteja comprometido com a sua equipa faz. Pasinato jogou pelo Cashball, resta saber a troco de quê. Sim, não nos venham com teorias de um mero jogo azarado. O que aconteceu ontem foi evidente e só faltou a este guarda redes meter a bola dentro da própria baliza.
E, se dúvidas houvessem, Pasinato fez questão de o mostrar no final da partida. Um gajo que oferece os dois golos ao adversário, um dos quais escandaloso, é o último da equipa a sair de campo para andar em cavaqueira com os jogadores do Chasball de sorriso na cara?

Vai para a linha de baliza no final do jogo agradecer aos Deuses o quê? Um Natal antecipado? 
A mensagem do final do processo Cashball foi clara. Não tentem implicar Cashball ou Calor da Noite em qualquer possível compra de adversários porque quem o denunciar vai dentro sozinho. Para denunciar têm que o fazer contra o Benfica. Aí sim, processos como o Mala Ciao ou Vouchers é que são relevantes e mediáticos!"

Estavam na pausa para o café!!!


"Mais uma para a conta do #PortoaoColo com o patrocínio do aldraVAR.
Golo do Porto: Falta clara. Zero repetições. Branqueamento total dos mesmos de sempre.
No fundo, o mesmo de sempre."

O trabalho de Vlachodimos? Passa hoje essencialmente por controlar os movimentos de Otamendi e tentar evitar o pior


"Vlachodimos
Com defesas assim, quem é que precisa de avançados? O trabalho de Vlachodimos passa hoje essencialmente por controlar as movimentações de Otamendi e tentar evitar o pior.

Gilberto
Se um guarda-redes for expulso e for um jogador de campo a ocupar o seu lugar, este saberá que a tarefa é difícil mas sabe também que poderá contar com a empatia e a admiração da maioria dos adeptos, que reconhecem a dificuldade extrema da missão e por isso vão encarar os eventuais erros de ânimo mais leve. O ideal é que esta passagem de Gilberto pelo Benfica seja encarada de igual forma, como alguém que foi chamado subitamente a ocupar um lugar que não lhe pertence, para o qual claramente não está preparado, mas a tentar fazer o melhor que pode e sabe. Visto assim pode até dizer-se que fez uma bela exibição.

Otamendi
Sabemos que a coisa está complicada quando um defesa central trintão, com pinta de durão, titular pela seleção argentina, mais experimentado do que quase todos os colegas, sente necessidade de ir às redes sociais pedir desculpa depois do jogo. Não sei o que será melhor: se uma passagem pelo banco de suplentes ou a continuidade a titular. Seja qual for a opção será uma penitência necessária se quiser encontrar o caminho para o coração dos benfiquistas. Neste momento o seu futebol coloca-o na zona do fígado, prestes a dar-nos uma coisinha má.

Vertonghen
este parece estar a apurar como se quer. Boa exibição.

Grimaldo
Vou ser simpático para com o domínio da auto-ajuda e dizer que Grimaldo divide com Evandro Mota, consultor motivacional do plantel, a responsabilidade pela recuperação psicológica de Everton. Foi a sua capacidade de ir mais além no meio-campo adversário que nos convenceu - a nós e ao Everton - de que chegaríamos inevitavelmente ao golo e à vantagem merecida. Até o meu filho de 3 anos topou que aquele cruzamento acabaria nos pés de um Pizzi. Valha-nos esta apaziguadora previsibilidade. 

Gabriel
Um visionário é alguém que vê o que os outros não conseguem alcançar, até todos irem atrás dele. Esta última parte é fundamental. É aquilo que distingue a identificação do visionário de um diagnóstico de miopia. Não que tenha feito um mau jogo, mas Gabriel parece viver numa sucessão de jogos em que a cada exibição mais conseguida se sucede uma prestação desesperante. Vamos esperar que as próximas exibições não tenham de responder a nada.

Pizzi
Numa altura em que ainda não sabemos quem será o patrocinador da Liga em 2021/22, urge questionar as entidades competentes se o melhor mesmo não será chamar-lhe aquilo que esta competição efetivamente é: a Liga Pizzi. Uma competição de qualidade mediana, emocionante a espaços, feita ainda assim à medida deste executante.

Everton
Jorge Jesus é maioritariamente um tipo bom de se seguir. Sim, ontem foi desagradável com a jornalista mas isso não faz dele o diabo, e seguramente também não faz dele um tipo elegante. No entanto, sabe muito disto e ontem explicou que o Everton ainda iria proporcionar muitas alegrias aos benfiquistas e a si próprio. Acho que é muito isto. Ontem vimos um Everton um pouco mais feliz. Atenção. Não é fácil alguém parecer feliz com uma bola nos pés perante um relvado como o dos Barreiros e caceteiros como os do Marítimo. O mais provável é um indivíduo recear pela sua vida, mas não Everton. As suas intervenções no jogo não foram apenas decisivas no resultado final. Ajudaram a estabilizar a tensão arterial de muito benfiquista.

Rafa
Tem levado mais pancada neste campeonato do que Rui Rio desde que se aliou ao Chega. Lanço um repto aos árbitros: protejam os artistas. Deixem o Rafa mostrar o perfume do seu futebol e verão que as únicas associações à extrema-direita serão com Diogo Gonçalves e terão como finalidade maior o bem deste país.

Waldschmidt
Continua a fazer tudo para sobreviver à ausência da sua cara metade uruguaia. Vamos todos assumir que aqueles tropeções na bola durante a primeira parte foram de ternura.

Seferovic
Boa assistência para o Everton, mas o golo da jornada já ele tinha marcado nas redes sociais ontem de manhã quando publicou um post a anunciar que iria ajudar 10 pedidos natalícios, para além já ter oferecido presentes a crianças de vários orfanatos na região de Lisboa. Um gesto bonito de um verdadeiro campeão. Ainda assim, se eu fosse mauzinho dizia aos meus filhos para que este Natal lhe pedissem um maior número golos marcados por ocasiões criadas, mas não os quero sujeitar a essa desilusão.

Gonçalo Ramos
Jorge Jesus foi inteligente em lançá-lo neste jogo. O miúdo está habituado a futebol de segunda liga e este Marítimo parece saído do Campeonato de Portugal. Infelizmente os colegas já tinham entrado em modo serviços mínimos, esperando cá atrás pelo final do jogo enquanto o pobre Gonçalo Ramos tropeçava em pernas e pedaços de relva sozinho na frente. Merece mais minutos, sim, mas daqueles que permitem celebrar golos à pistoleiro.

Samaris
Entrou para dar alguma contenção ao meio-campo e ajudar a segurar o resultado, custasse o que custasse. No fundo, dar ao Marítimo um gostinho do seu veneno. Calha a todos.

Diogo Gonçalves
Eu não sou de intrigas, mas continua por explicar que este miúdo não seja titular no lugar do Gilberto. 

Jardel
No final explicou a Otamendi que não basta usar uma touca de natação para se ser celebrado pelos benfiquistas. É preciso mais."

Houve Cebolinha no Batatal


"Um início de história que se repete. Benfica entra pressionante, retira a posse ao adversário, vai aproximando-se da baliza adversária e quase marca – no caso, com um lance notável de Everton. Num lance inofensivo, erro grave de um dos seus defesas – Otamendi, que vem sendo habitual neste tipo de ofertas – e tudo se desmorona.
Num batatal na ilha plantado, o jogo tornou-se mais difícil tecnicamente. Se Gabriel e Pizzi já mostram dificuldades imensas para decidir e executar rápido para que o jogo possa acelerar, num relvado impróprio para um jogo de futebol pior se tornou o processo de criação dos encarnados.

Valeu as combinações em corredor esquerdo – Tudo o que construiu nasceu nas combinações de Grimaldo e Everton – Os melhores do Benfica em campo, porque erraram muito menos do que todos os outros.
E se Pizzi continua errático na forma como entrega a bola no processo de construção ou criação – Saiu demasiadas vezes para fora ou para os adversários, e outras que encontraram os colegas saíram esticadas de mais e retiraram tempo e espaço – na área foi o homem eficaz de sempre, e ainda esteve no momento defensivo com qualidade – Esforçado e a recuperar a posição e bolas.

Benfica em ataque posicional – Os 4 da frente por dentro da organização contrária

Completamente desconcentrado apresentou-se Luca. Não foi capaz da perícia necessária no gesto técnico, e com isso não ajudou no processo de criação – Se o espaço escasseava, as condições também não ajudaram.
Everton – Grimaldo – Pizzi, foi uma triangulação de sucesso a premear o bom jogo do corredor esquerdo e a capacidade finalizadora de Pizzi; Seferovic – Everton, com o brasileiro com uma recepção de classe a tirar da fotografia adversário direto para resolver o jogo, deixaram marca num jogo mais esforçado que bem jogado.

Chegada ao último terço pelo corredor esquerdo; Gilberto a procurar controlar momento de perda 

Gabriel mais capaz nas disputas, mas sempre com decisões que não permitem que a sua equipa esteja tranquila – Fica na retina quando com vários colegas sem opositores perto, força o 1×1, e acaba num 1×3 que só não deu perda perigosa porque acabou por ser assinalada uma falta, num lance que poderia ter custado uma transição potencialmente perigosa.
Numa partida em que o Marítimo foi totalmente inexistente – impressionou como em desvantagem não procurou sequer algo diferente da partida, a vitória do Benfica foi justa, mesmo num jogo de dificuldade de criação. Valeu Everton Cebolinha, assertivo nas decisões, no gesto técnico, e ainda apareceu em ambos os golos da virada."

Assim venceu o Benfica nos Barreiros


"Na difícil vitória do Benfica nos Barreiros houve pormenores que se repetiram. Em ambos os golos atrair em progressão, fixando um dos elementos da última linha do Marítimo – que defende com muitos, mas não bem em termos do que são comportamentos coletivos coordenados – foi o “Factor X” para desorganizar estrutura e chegar ao golo. A qualidade de definição de Everton ficou bem patente em ambos os golos encarnados."

Era uma vez uma 'cyber monday' à Benfica


"O Benfica até entrou bem na Madeira, mas (mais) uma oferta gigantesca de Otamendi permitiu ao Marítimo adiantar-se no resultado. A equipa de Jorge Jesus conseguiu dar a volta e vencer (1-2), mas a exibição não fica para a história

Segunda-feira, 30 de novembro (na verdade, a segunda-feira após o Thanksgiving norte-americano), é dia de cyber monday no comércio eletrónico, um dia destinado a escoar tudo o que ainda não foi vendido nas promoções da semana anterior, com a black friday. Em tempos de confinamento mundial, é natural que as ofertas online aumentem e que as respetivas compras também, mas não se esperava que isso acontecesse nos Barreiros, no Marítimo-Benfica, jogo que fechou a 8ª jornada da Liga NOS e que começou muito tremido para os benfiquistas - principalmente por cortesia das ofertas de Otamendi.
Com o Benfica, 4º classificado com 15 pontos, obrigado a ganhar, depois das vitórias dos rivais Sporting (1º, com 22 pontos), Braga (2º, com 18 pontos) e FC Porto (3º com 16 pontos), o que se viu na Madeira foi um Benfica pouco produtivo, apesar das mudanças de Jorge Jesus: em relação ao jogo de quinta-feira contra o Rangers, para a Liga Europa, saíram do onze Helton, Jardel e Chiquinho e entraram Odysseas, Otamendi e Pizzi.
Naturalmente, foi o Benfica a entrar melhor, atacando invariavelmente pelo corredor lateral esquerdo, onde Grimaldo foi claramente o melhor jogador da equipa de Jorge Jesus, ao oferecer muita profundidade ao ataque, entendendo-se bem com um renovado Everton - logo no início da partida, o brasileiro acertou um remate na trave.
Contudo, o primeiro golo a surgir foi para a equipa de Lito Vidigal, sempre arrumada como o treinador gosta: bem fechada lá atrás e a sair rapidamente para o contra ataque. Num lance aparentemente inócuo, após uma bola longa lançada para a frente, Otamendi - mais uma vez... - voltou a dar uma oferta aos adversários, no caso, Rodrigo Pinho, o mui móvel avançado do Marítimo, que aproveitou para recolher a bola e fazer o 1-0, perante Odysseas.
O infortúnio de Otamendi deixava o Benfica, mais uma vez, em desvantagem e intranquilo, algo que se tem repetido nos últimos jogos - e o central argentino quase voltava a perder outra bola perigosa poucos minutos depois.
Com o golo, o Marítimo foi equilibrando o jogo e voltou a criar perigo por intermédio de Rodrigo Pinho, mas o avançado não acertou bem na bola de cabeça - possivelmente porque entretanto já tinha um olho negro devido a um choque de cabeça com Otamendi.
O Benfica voltou a tentar pegar no jogo e sempre pelo corredor esquerdo, com os dois suspeitos do costume: Everton e Grimaldo. Foi o espanhol a ganhar a linha depois de uma combinação com o brasileiro e a cruzar para os pés de Pizzi, na área, com o internacional português, a jogar a '8', a fazer o 1-1.
Depois do empate, voltou a haver mais Benfica e tanto Rafa (a passe de Everton) como Luca Waldschmidt (muito apagado) falharam oportunidades de golo na área de Charles.
À entrada para a 2ª parte, mais do mesmo: o Benfica a carregar no ataque para chegar ao segundo golo, com o Marítimo a procurar tapar os caminhos para a baliza, enquanto saía em contra ataque.
Logo aos 51', Seferovic descobriu Everton na esquerda e o extremo brasileiro, bem, desenvencilhou-se do adversário e rematou para o 2-1.
Já com o relvado dos Barreiros em péssimas condições - a chuva não deu tréguas ao longo do dia no Funchal -, o jogo foi baixando cada vez mais em termos de qualidade e pouco mais se viu, tanto de uma equipa como de outra.
Com o Benfica a tentar controlar a partida, só se viu o Marítimo a partir dos 75', com - finalmente - um remate de Milson, que saiu para as mãos de Odysseas.
Depois, Jesus tentou estabilizar a equipa, fazendo entrar Samaris e Diogo Gonçalves para os lugares de Seferovic e Gilberto, e pouco mais houve para ver por parte dos benfiquistas.
Nos últimos minutos, o Marítimo tentou encostar-se à área adversária, mas também sem sucesso. 
Triunfo difícil do Benfica na Madeira, que deixa a equipa em 3º lugar, com 18 pontos. Melhor o resultado do que a exibição."

CS Marítimo 1-2 SL Benfica: Águias ainda se queimaram, mas saem do caldeirão com os três pontos


"A Crónica: Num Jogo Pautado Por Apatia e Falta de Qualidade, o Samba de Everton Garantiu os Três Pontos Para o Benfica
Em jogo a contar para a oitava jornada da Primeira Liga, os encarnados entravam em campo sabendo que FC Porto, SC Braga e Sporting CP tinham vencido os seus jogos, pelo que mais um deslize significaria o abandono do pódio. Do outro lado, o CS Marítimo procurava a sua primeira vitória nos últimos quatro jogos, de modo a fugir à zona de despromoção.
O encontro começou com o SL Benfica a querer assumir as despesas do jogo, a pressionar a turma maritimista que mostrava muita dificuldade para sair do seu meio campo. No entanto, a primeira oportunidade clara de golo surgiu para a equipa da casa. Aos sete minutos de jogo, após um passe transviado de Pizzi, Rodrigo Pinho recuperou a bola e rematou, em arco, para o lado direito de Vlachodimos. A bola passou ao lado da baliza, mas o aviso estava dado.
O Benfica respondeu logo de seguida por Everton, que disferiu um belíssimo remate em jeito ao ângulo esquerdo da baliza de Charles. O esférico ainda bateu no travessão antes de sair. Os encarnados estavam bem no jogo, a controlar os homens de Vidigal e a criar algumas situações de perigo, até que o inevitável acontece: Otamendi volta a assistir um jogador adversário.
Após um alívio do CS Marítimo, Otamendi, ao tentar atrasar a bola para Vlachodimos, fez um passe fraco, que foi facilmente intercetado por Rodrigo Pinho que, na cara do grego, colocou os homens da casa na frente do marcador aos 13 minutos de jogo.
Após o golo, o Marítimo baixou ainda mais as linhas, dando ao Benfica a posse da bola. Os encarnados carregaram, e aos 32 minutos é restabelecida a igualdade no marcador. Everton combina com Grimaldo, que depois encontra Pizzi no coração da área.
Até ao final da primeira parte, destaque para o minuto 43, numa jogada em que Everton isolou Rafa com um passe excecional. O português ficou na cara de Charles, mas o remate é intercetado por Rene. A igualdade permanecia ao intervalo, num jogo de sentido único.
A segunda parte começou a todo gás, com as águias a conseguirem a reviravolta no marcador após cinco minutos de jogo. Seferovic descobriu Everton na esquina esquerda da grande área, que cortou para dentro e rematou rasteiro para o canto esquerdo de Charles.
Após o golo, o CS Marítimo desmontou o autocarro e partiu para cima dos encarnados. Os homens da capital sentiram algumas dificuldades, especialmente a sair na primeira fase de construção, fruto da pressão maritimista, mas o resultado não iria sofrer mais alterações até ao fim.

A Figura
EvertonUm dos mais inconformados – e dos mais comprometidos, a nível defensivo – ao longo da partida, Everton hoje voltou a mostrar o porquê do Benfica ter investido 20 milhões pelo seu passe. Foi, a par de Pizzi e Rafa, o grande dinamizador do jogo ofensivo encarnado, sendo o golo a cereja no topo do bolo.

O Fora de Jogo
Otamendi Mais um jogo, mais um erro gravíssimo. Em suma, mais um jogo de Otamendi. Já não há palavras para descrever as performances do argentino, que teima em expor a equipa com os seus erros infantis.

Análise Tática – CS Marítimo
Lito Vidigal montou um 5-2-3, na expetativa de jogar no erro dos encarnados. A estratégia quase que resultou, fruto de alguns erros individuais na defensiva das “águias”, mas acabou por sucumbir face fluxo de jogo ofensivo do Benfica.
Na segunda parte, após o golo sofrido, a equipa subiu linhas e passou para um 4-4-2, de modo a forçar o erro encarnado. Nota também para o anti-jogo promovido pelo treinador angolano. É ridículo uma equipa de primeira divisão utilizar este tipo de estratégias desde o apito inicial. É um comportamento que em nada dignifica o desporto rei e, consequentemente, o futebol português.

11 Inicial e Pontuações
Charles (5)
C. Winck (5)
Lucas (4)
Rene (6)
L. Andrade (5)
Marcelo Hermes (5)
P. Pelágio (5)
Jean (6)
Rúben Macedo (5)
Rodrigo Pinho (6)
Joel (5)
Subs Utilizados
Correa (5)
Milson (5)
Alipour (-)
Cleber (-)
Guitane (-)

Análise Tática – SL Benfica
Os encarnados apresentaram-se no seu tradicional 4-4-2. Os homens de Jorge Jesus continuam a apresentar muitas dificuldades em criar jogo pelo lado direito, muito por culpa da falta de qualidade gritante que Gilberto tem vindo a demonstrar. Como tal, as “águias” movimentam muito do seu jogo para o lado esquerdo, onde Grimaldo e Everton estiveram em destaque. Pede-se mais ao técnico português, que tem de começar a ponderar melhor as suas escolhas de modo a melhorar o nível de futebol da equipa.

11 Inicial e Pontuações
Vlachodimos (5)
Gilberto (4)
Otamendi (3)
Vertonghen (5)
Grimaldo (6)
Rafa (6)
Pizzi (7)
Gabriel (6)
Everton (7)
Waldschmidt (4)
Seferovic (5)
Subs Utilizados
Gonçalo Ramos (5)
Samaris (5)
Diogo Gonçalves (5)
Jardel (-)"