segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Lodaçal...

"Alguém que meta mão nesta merda, por amor de Deus! Amanhã o Calor da Noite não pode perder pontos de maneira nenhuma e para isso foi nomeado este canalha de nome Rui Oliveira para arbitrar o jogo, um dos peões directos do Calor da Noite na arbitragem nacional: 
https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=454927371768618&id=354623765132313
Não contentes, e para não haver a mínima probabilidade de nada falhar, para VAR foi nomeado o Vasco "por ser um gordo do caralho chumbei os testes físicos e deixei de ser árbitro" Santos, também conhecido como Vasco "não vi um penalty do Porto no videoárbitro porque estava pressionado" Santos.
Quantas vezes mais é que este senhor vai continuar a ser VAR dos jogos do Calor da Noite?
Que lodaçal!"

Mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo

"Aqui está mais um belo exemplo da mentira e da propaganda portista para desvirtuar a realidade contra o SL Benfica.
Vamos então repôr a verdade e rever os factos recentes:
Após a divulgação dos emails e de informação confidencial, no Porto Canal, o SL Benfica tentou acabar com a divulgação dos mesmos por parte do FC Porto e do seu director de comunicação. No entanto, a providência cautelar acabou por ser indeferida pelo juiz Fernando Barroso Cabanelas.
Este juiz confessou ser adepto do FC Porto desde sempre. Contudo, contraditoriamente ao juiz Eduardo Pires (assumido adepto do SL Benfica), Barroso Cabanelas não pediu qualquer escusa do processo e obviamente decidiu em favor do FC Porto.
Aqui não está em causa uma questão de clubite. Está em causa, sim, uma questão de integridade e honestidade. Ou falta dela.
Enquanto que Eduardo Pires entende que o mais importante é manter a sua isenção e objectividade, Barroso Cabanelas entende o contrário, ou pelo menos considera que qualquer adepto pode ajuizar um processo relacionado com o clube do seu coração.
É importante relembrar que após o juiz portista Fernando Barroso Cabanelas ter indeferido a providência cautelar, o SL Benfica interpôs um recurso e por unanimidade os juízes desembargadores da secção cível do Tribunal Cível do Porto revogaram a sentença proferida pelo juiz Fernando Barroso Cabanelas e impediram que o director de comunicação do FC Porto continuasse a deturpar, manipular e difundir emails truncados através dos variados meios de comunicação.
É portanto absolutamente falso que o juiz Fernando Barroso Cabanelas tenha decretado a providência cautelar a favor do SL Benfica. Uma vez mais, tem de ser a nossa equipa a trazer a verdade ao de cima e a impedir que os ratos de esgoto mandatados pela aliança do Altis propaguem as habituais mentiras."

Cadomblé do Vata (Tribunais aziáticos!!!)

"A transparência no futebol deve ser um objectivo vitalício e como tal deve-se salutar quando a mesma se exibe em todo o seu esplendor, mesmo que seja em indivíduos pelos quais não nutrimos especial afecto. Nestes casos, o orgulho deve ser colocado no bolso, junto com o taco que temos sempre preparado para bastonar as costas de tais energúmenos, e o aplauso deve sair sonoro e trovejante.
O Tribunal D'Ojogo de hoje é indigno de um órgão de comunicação que aponte directamente à imparcialidade. Está portanto dentro dos parâmetros pelos quais se rege o diário desportivo portuense. Não é que a análise à arbitragem do FC Paços de Ferreira - SL Benfica deva ser visto como um "sair do armário" jornalístico, porque por ali esse móvel já está tão vazio que as suas tábuas só servem para aquecer as frias noites da Invicta. Mas sentir que naquela redacção não há qualquer problema em pintar a cara à William Wallace antes de lançar papel para a rua, é refrescante numa indústria desportiva em que só os adeptos não têm medo de exibir orgulhosamente as suas paixões clubísticas.
Segundo os 3 ex. (chamemos-lhes) árbitros, há falta clara de Weigl sobre um pacense na Gloriosa área, espaço onde no primeiro tempo Rúben Dias havia procurado "conquistar o que não tinha direito". Nos perspicazes olhos Coroados, o alemão "agarrou na zona do estômago", Leirós viu Weigl "puxar o tronco" e Azevedo descortinou um "agarrar de forma persistente". Sem discutir a justeza da avaliação deste lance, vi que para o aziático Jorge, o lance que envolveu Rúben foi um "jogo de pés em busca da bola" (sim, Joca, mas e a mão que agarra?), aos olhos de Leirós foi uma "jogada de muita disputa e desequilíbrio" (ok, mas e a mão...), e na visão de Azevedo o central Benfiquista "coloca a perna entre as do adversário" (o quê, desculpe? Mas... E A MÃO PORRA?).
A parcialidade que leio hoje nestas palavras, ouvi-a ontem, com um certo esgar de "vá lá homem, deixa-te disso" da boca de António Rola, mas ao contrário. Tanto no caso do Ojogo como da BTV, falamos de meios de comunicação de conotações clubísticas assumidas sem trejeitos nem vergonhas e a mim cabe-me parabenizar ambos por tamanha coragem. Mas se no caso do canal de televisão do Benfica falamos de um departamento de comunicação uno e indivisível, no do jornal portuense estamos perante uma segunda cabeça de duas secções de informação portista. E depois dizem que o Sérgio Conceição não tem razão quando se queixa de falta de união no clube."

A final de Ricardo Horta


"Habituou Portugal aos seus golos, e com mais um resolveu a Taça da Liga para o Sporting de Braga. 
Foi mais que o golo e a notoriedade, Ricardo Horta. Percentagem de acerto muito elevada quer no passe, quer na forma eficiente como recebe cada bola, conseguindo de forma muito rápida rodar e ficar de frente para a baliza adversária. É essa eficiência que lhe permite posteriormente poder acelerar o jogo.
Simplicidade a tirar a bola da pressão, conforto mesmo na hora em que o espaço escasseia e finalização. Sem nunca esquecer as tarefas e a disponibilidade para os momentos defensivos – Dificultou o jogo azul em todas as suas fases."

Mais coerência, mais coerência, mais coerência

"Entendeu JM Constantino na qualidade de presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP) expressar os seus mais pungentes lamentos relativamente à trágica morte do motociclista Paulo Gonçalves. Ao fazê-lo expressou, certamente, os sentimentos de muitos portugueses nos quais me incluo. Muito embora a morte seja um risco sempre presente na prática desportiva, todavia, todos nós que amamos o desporto, recusamo-nos a aceitá-la.
Mas o que mais comungo da referida prosa do presidente do COP é o facto de ele manifestar a sua, digamos, perplexidade relativamente a uma das maiores injustiças que tem sido cometida a muitos atletas que, depois de terem conseguido os mais extraordinários feitos, acabam por cair no esquecimento quando não na miséria. Disse JM Constantino: “… parece existir nas sociedades actuais uma espécie de pudor em exaltar em vida o que se celebra na morte”. (Cf. Público, 2020-01-21)
Com a devida vénia faço minhas as palavras do presidente do COP. De facto, há muita gente a ser agraciada em vida com Honoris Causa e Ordens do Infante sem que alguma vez tenha feito outra coisa na vida senão, sem correr o mínimo risco, trepar por um lugar ao sol. E coitados daqueles que se atrevam a dizer que “o rei vai nu”.
Por isso estou com JM Constantino. E até fui pesquisar à net a fim de apurar o currículo desportivo de Paulo Gonçalves. Na realidade, o que encontrei foi um currículo extraordinário de entrega a uma modalidade que serviu com todo o empenho, alegria e dignidade. Por isso, não se compreende que Paulo Gonçalves, apesar dos seus extraordinários feitos desportivos, tenha sido deixado no rol dos esquecidos e ostracizados quando, ao longo da sua carreira desportiva, não faltaram oportunidades para que as nomenclaturas desportivas, públicas e privadas, por iniciativa e competências próprias ou por proposta a quem de direito atribuíssem ou sugerissem uma justa condecoração ao motociclista. Então, não estaríamos, como o presidente do COP tão oportunamente o faz, a lamentarmo-nos porque um grande atleta teve infelicidade de morrer sem nunca ter sido devidamente agraciado pelas autoridades públicas ou privadas que superintendem o desporto no País.
Na realidade, têm sido muitos os atletas de alto gabarito que passaram pelo desporto sem nunca terem sidos reconhecidos. Felizmente, o Presidente da República, perante o desinteresse tanto das autoridades públicas como das privadas com competências executivas, resolveu tomar sob a sua responsabilidade o reconhecimento dos portugueses para com os atletas que em provas internacionais honraram o nome de Portugal. Mais vale tarde do que nunca e, tal qual Prometeu, Marcelo Rebelo de Sousa resolveu roubar o fogo que era propriedade dos deuses do Olimpo a fim de o oferecer aos Homens. Ao fazê-lo, inaugurou um novo tempo que, ao contrário do passado em que o foco das honrarias estava nos dirigentes, fez incidi-lo sobre os atletas. E, assim, o País assistiu à condecoração de atletas como Fernando Pimenta, Patrícia Mamona, Sara Moreira, Jéssica Augusto, Ana Dulce Félix, Marisa Barros, Vanessa Fernandes, Tsanko Arnaudov e Jorge Fonseca. Para além disso, abriu um espaço de comunicação na Presidência da República onde antigos e actuais atletas tiveram a oportunidade de partilhar os seus conhecimentos e experiências com jovens dos ensinos básicos e secundário e, através dos media que aderiram com interesse, com o País. E, assim, o Presidente Marcelo com as suas condecorações, antecipou-se à constatação que JM Constantino no artigo que publicou no jornal Público: “… parece existir nas sociedades actuais uma espécie de pudor em exaltar em vida o que se celebra na morte”.
Na realidade, a problemática do pudor em exaltar em vida o que se celebra na morte que caracteriza a cultura das sociedades actuais já havia sido equacionada pelo presidente do COP quando, num artigo no digital Observador (Cf. 2018-09-06), entendeu comentar as condecorações atribuídas por Marcelo aos já referidos atletas que haviam conseguido resultados de alto significado em eventos de nível internacional. Disse JM Constantino: “… como em tudo na vida, o excesso ou uma opção não baseada em critérios de valor desportivo corre o risco de banalizar o que deveria ser considerado um registo de excelência”. E, numa entrevista (Cf. Record, 2019-07-21) afirmou: “O Presidente sabe o que penso das condecorações”. E esclareceu: “o Comité Olímpico enviou pelos meios institucionais o seu entendimento sobre essa matéria. Que era necessário perceber-se o critério porque é que em certas circunstâncias o senhor Presidente da República convida e condecora, noutras só convida, noutras não convida nem condecora”. E, ainda, informou sobre “o desconforto que os meios desportivos têm relativamente a esta matéria”, sem ter, concretamente, identificado as várias entidades desconfortadas.
Todavia, relativamente ao seu critério há muito que o Presidente da República havia dito que está "definido o critério, que é um critério igualitário, e que deve ir a todas as modalidades desportivas e a todos os setores da vida nacional". (Cf. Correio da Manhã, 2016-07-14). Na realidade, Marcelo Rebelo de Sousa, de acordo com a sua competência constitucional, para além das burocracias político-administrativas, entendeu dever atribuir condecorações a portugueses que conquistaram resultados de pódio em competições internacionais nos mais diversos desportos. Ao fazê-lo, reconhece-os e honra-os. Aproxima o desporto da sociedade e atribuiu-lhe a importância que merece. E, na consciência do seu livre-arbítrio, toma as decisões à margem das preocupações, opiniões ou interesses, dos institucionais orgânicos que chefiam o sistema burocrático, público e privado, do desporto nacional. E, ainda bem. Nas actuais circunstâncias de concentração excessiva de poder burocrático, o livre arbítrio do Presidente da República, no caso em análise, veio atribuir algum equilíbrio a um sistema em profundo desequilíbrio.
A atribuição de condecorações desportivas, muitas ou poucas, deve ser processada de acordo com o modelo de desenvolvimento do desporto que se pretende para o País. E o modelo de desenvolvimento do desporto que se pretende para o país depende da sociedade em que se deseja viver, quer dizer, ou numa democracia popular de economia de Estado ou numa democracia liberal de economia de mercado. Porque, uma coisa é viver-se num país como a Coreia do Norte onde o desporto, para além dos festivais de performances coreográficas de massas em honra dos queridos líderes, acaba nas sete medalhas conquistadas nos Jogos Olímpicos do Rio (2016) pelo que os atletas são instituídos em heróis desportivos ao serviço do regime e outra coisa, completamente diferente, é vivermos num país como a Finlândia que ganhou uma única medalha nos Jogos Olímpicos do Rio (2016) mas onde o desporto, na mais plena liberdade, é das actividades mais importantes das crianças e, de uma maneira geral, 90% da população pratica desporto pelo menos duas vezes por semana e 50% mais de quatro vezes e os atletas devidamente reconhecidos pela sociedade em geral, para além dos instintos de oportunismo burocrático-institucionais, são, tão só, importantes promotores da prática desportiva entre a juventude.
Nos regimes autoritários de esquerda e de direita, a nomenclatura politico-desportiva, de acordo com a orientação do partido único, estabelece “cientificamente” o critério que determina o atleta que deve ser condecorado. E este, passa a ser, perante o povo que o ignora, o “herói” representante da oligarquia que o povo despreza. Nestas circunstâncias, não existe nada mais útil do que um critério que será sempre elaborado de acordo com os interesses de quem o concebeu. Tal como acontecida na antiga URSS com a Ordem Lenine, em Cuba com a Ordem José Martí ou na generalidade das democracias populares onde o desporto era um dos instrumentos mais eficazes ao serviço do aparelho repressivo do Estado.
Nos regimes liberais democráticos, as condecorações, de acordo com a respectiva finalidade, são atribuídas ou por propostas de terceiras entidades que podem ou não ser aceite ou, por iniciativa própria de entidades com competência democrática para tal. A decisão final depende, exclusivamente, do livre arbítrio de consciência do decisor político que deve partir de um “véu de ignorância” que, na perspectiva de Rawls, pode ser traduzida numa espécie de “firewall” contra o uso de interesses particulares sempre desejosos de capturarem o desporto.
De acordo com as suas convicções ideológicas e estilo de magistratura, o Presidente da República só podia escolher o segundo modelo. Em conformidade, dispensou os solícitos institucionais orgânicos intermediários, passou a relacionar-se directamente com os desportistas e, para além da oligarquia, abriu o desporto à sociedade. Porque, quando se vive numa sociedade cujos valores fundamentais de liberdade assentam no controlo consciente das pessoas sobre as suas acções, a última coisa que se necessita é da existência de institucionais orgânicos a controlarem as condições em que os órgãos de soberania devem exercer as suas responsabilidades constitucionais.
Nesta perspectiva, o Presidente da República ultrapassou a visão burocrático-ornamental de configuração totalitária de características oligárquicas que tomou conta do desporto. Ao fazê-lo: (1º) passou a atribuir a devida importância aos atletas que, sem mais-valias políticas, acabam esquecidos; (2º) considera, na justa medida, o trabalho dos técnicos tantas vezes ignorados; (3º) respeita o esforço dos dirigentes dos Clubes e Federações que, bastas vezes, são mal agraciados; (4º) valoriza a dedicação e o esforço das famílias e; (5º) enaltece o desporto perante o País que, pacientemente, aguarda que os dirigentes políticos e desportivos do vértice estratégico, finalmente, para além das alienantes parangonas da comunicação social politicamente comprometida, o coloquem ao serviço dos portugueses e do País.
Só assim um nome como o de Paulo Gonçalves nunca teria sio esquecido na medida em que a responsabilidade de que o seu nome fosse devidamente reconhecido seria da competência dos dirigentes do próprio Sistema Desportivo que, em tempo útil, deviam ter feito chegar as devidas propostas aos órgãos que tutelam o desporto nacional bem como à própria Presidência da República. 
Pelo discurso do presidente do COP presumo que a instituição, em devido tempo, fez chegar o nome de Paulo Gonçalves à tutela político-administrativa bem como à Presidência da República porque, só assim, se pode compreender a opinião de JM Constantino quando escreve: “… parece existir nas sociedades actuais uma espécie de pudor em exaltar em vida o que se celebra na morte”.
E assim é porque não se trata de saber se Marcelo Rebelo de Sousa condecora muito ou pouco, trata-se é de saber se condecora todos aqueles que merecem ser condecorados. Não se trata de saber qual é o critério do Presidente da República trata-se é de saber se os diversos órgãos públicos e privados que tutelam o desporto fizeram chegar os nomes com as respectivas propostas à Presidência da República."

Bufo Leaks

"Quem está habituado a anunciar, em 2019, a existência de jornalistas e políticos pagos por um saco azul da órbita do BES, sem que em 2020 se saiba quem eram os avençados, pode tudo; mas os exigentes, não.

A realidade é complexa. Quem se confronta com a realidade tem de ter a ambição de abordar a complexidade com exigência. A exigência transporta consigo cuidados de legalidade, de visão periférica e de avaliação dos meios para a prossecução dos fins, da existência de causa-efeito e de outras premissas da vida em comunidade, no quadro de um Estado de direito democrático.
A efervescência digital e mediática é facilmente tomada por euforias parciais, espasmos de indignação e outras expressões maiores de esforços mais ou menos articulados para tentar distrair a atenção da realidade.
Os Estados não funcionam na suas funções de fiscalizar o cumprimento da legislação. Promova-se o regresso da bufaria, agora sob a forma digital, para a bem da comunidade divulgar alegados documentos particulares, parciais e amiúde truncados para sustentar as narrativas pretendidas.
Portugal foi fustigado por Salazar e por bufos durante demasiado tempo para poder ter a pretensão de dar cobertura à regeneração da espécie, agora sob a égide digital, a coberto de pretensos interesses justiceiros, sempre seletivos e prontos para servir uma história mediaticamente vendável.
Os mesmos que, no Estado de direito, foram ilibados várias vezes da condenação por a prova produzida não ter sido obtida nos termos da legislação, lançam-se em vários suportes de comunicação como os mais afoitos apologistas da rapina digital, da truncagem digital e de uma nova ordem social em que os fins justificam todos os meios.
É vê-los com uma inusitada desfaçatez, lata mesmo, a idolatrarem piratas informáticos, a idolatrarem quem idolatra os piratas informáticos, como se não tivessem razões maiores para se preocuparem com os piratas que têm lá por casa, pelos erros próprios e por uma vertigem padronizada de coação a que nem escapam os próprios treinadores e jogadores.
Que quem está habituado a fustigar o Estado de direito com reiteradas violações do segredo de justiça e da presunção de inocência o faça, isso corresponde a um padrão que só é invertido quando toca aos próprios e às redomas corporativas do exercício jornalístico; mas os exigentes, não.
Quem está habituado a anunciar, em 2019, a existência de jornalistas e políticos pagos por um saco azul da órbita do BES, sem que em 2020 se saiba quem eram os avençados, pode tudo; mas os exigentes, não.
Os exigentes questionam por que razão um Putin, um Maduro, um Kim Jong-un ou um Orbán não são objecto de um leaks qualquer, por que razão sai um leaks de Isabel dos Santos e se deixa tantos outros de fora ou por que carga de água não há leaks sobre tantos negócios lesivos da salvaguarda dos interesses estratégicos nacionais que povoam as nossas realidades.
Os leaks são os bufos da era digital, orientados, parciais e sintonizados com a volatilidade dos nossos dias. Servem para preencher ambições próprias ou alheias, tempo de emissão mediática, e gerar as percepções gerais pretendidas. São o triunfo da ausência de valores, de escrúpulos e de respeito pelas esferas de personalidade dos outros, o supremo elixir de “os fins justificam todos os meios”. A deriva é tal que aparentemente, em desespero, já haverá leaks que surgem para alentar alguma esperança de credibilidade a outros alegados leaks em que os piratas estão em julgamento judicial.
O comovente esforço de associação de leaks, dos posicionamentos dos média e do comportamento das autoridades perante as divulgações para entronizar o perpetrador dos alegados crimes é um exercício confrangedor de desespero. Não há comparação entre a condição de vida miserável de parte do povo angolano por delapidação de recursos nacionais e a miserável condição desportiva de quem falha reiterados penáltis num jogo que perde, não observa o fair play financeiro e persiste em ataques aos outros sem fazer o trabalho de casa que lhe compete.
Vivemos tempos complexos, em que as respostas simples não existem, a consistência da informação impõe a adequada triagem e são precisos pilares que sustentem padrões de valores, modelos de organização, poder de escrutínio e capacidade de fiscalização consequente que construam as abordagens adequadas. Se a realidade é complexa, as respostas têm de ser complexas. Sem entorses, visões parciais ou narrativas enviesadas para tentar justificar o injustificável.
Daqui a apenas quatro anos perfazemos 50 de democracia. Era bom que se fizesse um debate sobre o caminho percorrido, as conquistas e as derrotas, sem clubites e com um sentido prático que apontasse caminhos para fazer o que ainda não foi feito e o que precisa de ser feito perante desafios comunitários nacionais, europeus e globais. Pode ser pedir demais para quem está preocupado com a manutenção da quintinha, a subsistência da narrativa própria ou o quotidiano, mas um país tem de ser mais em todas as instâncias.
Estas dimensões digitais, plenas de oportunidades mas também de riscos, podem não ser prioritárias, mas são demasiado importantes para as nações para que demasiados estejam alheados dos novos riscos existentes, com relevância para vastas áreas estratégicas e de segurança nacional.
Em apenas quatro anos teremos 50 de vivência democrática. Era só o que faltava que, mesmo no plano digital, estivessem de regresso os bufos.

Notas Finais
Despertares.
De vez em quando, despertamos. Foi assim com os incêndios florestais, é assim com o Luanda Leaks, como se nunca tivéssemos sabido o que estava em causa. É quase tão inacreditável como a gelatinosa voragem de demarcação de Isabel dos Santos por quem se encantou pelo despudorado exercício de parasitar junto ao poder do dinheiro. Agora que sai das participações que tinha em Portugal, é só esperar pelos próximos donos disto quase tudo.
Adormeceres.
Fingir que se está a dormir: Portugal tem uma legislação sobre combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo desde 2017 que obriga o sector financeiro e não financeiro a averiguar se as pessoas envolvidas em transacções em numerário são pessoas politicamente expostas (PEP). As contraordenações são pesadas, pode haver inibições de actividade, mas a fiscalização é ténue e lenta. Há soluções informáticas para facilitar o cumprimento da lei, mas o registo é de adormecimento. Até ao dia de um daqueles despertares colectivos, como se não fosse do conhecimento geral não se estar a fazer tudo o que se devia.
Delírios.
É inacreditável o que está a acontecer entre a actual liderança do PS e os sindicalistas do PS na UGT. É não ter memória do papel dos sindicatos na história e na acção do PS, não ter um mínimo de sentido institucional e achar que o actual poder sustentado em parceiros de ocasião parlamentar se pode sobrepor a pilares da vida interna e da sociedade. Quem age dessa forma não tem condições para o exercício institucional de cargos de representação de todos os militantes."

A ferro e fogo

"A primeira jornada da segunda volta do nosso principal campeonato de futebol e já andam por aí mosquitos por cordas, embora se trate de uma situação não directamente relacionada com essa prova maior.

O que está a causar um evidente mal-estar na família portista é, antes, o desfecho da Taça da Liga, troféu que os dragões nunca conquistaram e que, mais uma vez, deixaram nas mãos do adversário que desta vez lhes coube defrontar na final de sábado, o Sporting Clube de Braga.
Antes de mais, será justo colocar em destaque o mérito dos bracarenses, que se constituíram como a melhor equipa presente na Pedreira e que tiveram sucesso pela segunda vez na competição organizada pela Liga de Clubes. Por outro lado, estão na ordem do dia os estragos causados por este desfecho que voltou a trazer a primeiro plano o mau momento que os dragões atravessam, tanto a nível de resultados como de exibições.
E, no centro do furacão, colocou-se com o treinador portista por força de declarações tempestuosas proferidas no termo do jogo na cidade de Braga.
Declarações que estão a provocar um enorme rombo do casco, e que vão por certo continuar a provocar ondas de choque susceptíveis de acarretar prejuízos maiores e incalculáveis. Fraccionada, a estrutura portista tardou em reagir às declarações incendiárias do seu treinador, ficando por saber que efeitos poderão produzir nos acontecimentos desportivos que se vão seguir.
O jogo com o Benfica, daqui por 15 dias, apresenta-se como decisivo para a definição dos próximos tempos. Porém, antes disso, a equipa vai ter ainda pela frente dois adversários complicados, Gil Vicente e Vitória de Setúbal, que poderá acumular lava incandescente no seio da família portista.
Há, por isso, grande curiosidade em relação ao desafio de amanhã, a disputar no Dragão frente aos gilistas, numa altura em que a equipa anfitriã vive em sobressalto sobre brasas.
Poderá ser o início do desfazer de muitas dúvidas."

Pinto da Costa perto do adeus ao FC Porto

"Tenho repetidamente escrito que a distância entre a vitória e a derrota no futebol é por vezes tão fina como uma folha de papel.

Depois da grave turbulência que tomou conta do Sporting, também o FC Porto dá mostras de alguma agitação interna. A derrota na final da Taça da Liga, no sábado, contra o Braga - que se seguira a uma derrota contra o mesmo Braga no Dragão, para o campeonato, deixando o Porto a sete pontos do Benfica -, colocou o treinador Sérgio Conceição no banco dos réus.
Tenho repetidamente escrito que a distância entre a vitória e a derrota no futebol é por vezes tão fina como uma folha de papel. Repare-se: nesse fim de semana horribilis em que o Porto se afastou imenso do Benfica, a equipa de azul e branco falhou dois penáltis que lhe teriam dado, provavelmente, a vitória; e o Benfica venceu com alguma felicidade o Sporting em Alvalade, num jogo em que os leões até foram globalmente melhores.
Ora, se o Porto tivesse ganho ao Braga, como mereceria, e o Benfica tivesse perdido com o Sporting, como talvez fosse justo, a equipa de Conceição estaria hoje a um ponto da liderança do campeonato. Repito: um ponto. E estaria com o moral em alta, pronto para cavalgar o Benfica. Assim, a situação é exactamente a inversa. O Benfica está moralizado e lançado para a revalidação do título.
Já a final da Taça da Liga foi um jogo diferente. Aí, sim, sentiu-se a quebra do FC Porto. O Braga foi melhor. E cometeu um feito inédito: venceu pela segunda vez consecutiva o Porto, em jogos separados por uma semana. Ou seja, o Braga mostrou-se, de facto, superior ao Porto, coisa que nunca se tinha visto.
Tudo isto levou sem surpresa Conceição a pôr o lugar à disposição - e Pinto da Costa a reafirmar-lhe, também sem surpresa, a confiança. Não podia fazer outra coisa, depois de há menos de um mês o ter comparado a Pedroto.
Até porque Pinto da Costa sabe que não é só o treinador que neste momento está em causa - é ele próprio.
Não esqueçamos que, durante as quatro épocas seguidas em que o Porto não foi campeão (nos tempos do Benfica treinado por Jesus e por Vitória), Pinto da Costa deu a entender que não saía porque desejava ser ele a recuperar para o clube a hegemonia do futebol português.
E parecia no bom caminho, no primeiro ano com Sérgio Conceição, em que ganhou o título. E na primeira metade do segundo ano, em que já levava sete pontos de avanço. Só que, a partir daí, veio sempre a cair. Este ano já leva sete pontos de atraso. E se o Benfica for campeão, e se constatar que Pinto da Costa falhou a desejada reconquista da hegemonia do futebol em Portugal, não cairá só o treinador: cairá também o presidente.
Pinto da Costa pode estar na sua última época à frente dos destinos do clube azul-e-branco."

Cadomblé do Vata (Ecos de ontem...)

"1. "Vir jogar a Paços era uma experiência nova para o Weigl" - Bruno Lage... ontem tivemos duas vitórias: ganhamos o jogo e o Weigl não pediu para ir embora deste futebol de campos de areia.
2. Quem não se lembra do "o Sporting também levou 5" dito pelo então treinador do Paços de Ferreira na primeira jornada?... só mesmo o Pepa, que se esqueceu de dizer que "o Sporting também levou 2".
3. A Liga informou que devido a falhas num gerador, a tecnologia da linha de fora de jogo esteve desligada desde os 23 minutos até ao intervalo... só os distraídos foram apanhados de surpresa, porque aos 16 minutos já aquilo estava tudo em curto circuito.
4. No final do SC Braga - FC Porto da Taça da Liga, Sérgio Conceição queixou-se de falta de união no clube e colocou o lugar à disposição... aconselho todos os adeptos de futebol a comprar máscaras protectoras, para não se deixarem intoxicar pelas granadas de fumo que Francisco J. Marques vai lançar esta semana.
5. Depois do derby ter iniciado às 21h15, hoje o Sporting defronta o Marítimo, com o pontapé de saída marcado para as 21h00... começo a desconfiar que os lagartos andam a marcar os jogos para horários tardios, na esperança de que o pessoal da Juve Leo se deite cedinho."

Máquina aceleradora de Lage


"A partida da Mata Real ficou marcada pela facilidade com que o Benfica venceu o jogo, por tanto criar. Em Organização Ofensiva, ou no momento de Transição, quando a equipa de Lage identifica condições óptimas para acelerar em direcção à baliza adversária, e agora que Rafa Silva regressou, os encarnados tornam-se uma equipa perigosíssima por tanta e tão fácil criação.
A particularidade nada importante para o desfecho do jogo de ter tido ao longo da partida menos posse que o seu adversário. Como é possível ter-se menos bola e ser-se tão superior? Tudo relacionado com as condições que foi encontrando para acelerar – E porque inteligente, acelerou e explorou fragilidades espaciais e numéricas do adversário.
Lições de movimentos e chegada rápida num Benfica que lidera a Liga NOS."

Sai da frente, Rui Gomes da Silva. Este candidato a presidente corre mais, finta melhor e conclui com mais frieza. Um abraço, Rafael

"Odysseas
Mais dois golos que não aparecem nos rankings mentirosos. Uma das defesas não evitou apenas um golo do Paços, mas foi vista e revista como se de um golo se tratasse. Não havendo prémio Puskas, por favor inventem um prémio Manuel Bento e ofereçam o primeiro a Odysseas. 

André Almeida
Exibição discreta. Entrou no relvado, escolheu uns móveis já montados e enfiou-os na bagagem do autocarro.

Rúben Dias
Enquanto alguns adeptos questionavam nova ausência de Taarabt no onze titular, Rúben prosseguia com o pragmatismo que lhe é cada vez mais habitual e fez a sua melhor imitação de um marroquino com tomates e visão de jogo, colocando a bola em Rafa para este fazer o primeiro golo não anulado neste jogo.

Ferro
Não vos chegavao Rúben? Então tomem lá mais um central capaz de lançar a equipa para o golo. Qual Bruno Guimarães qual quê. Temos tudo o que precisamos.

Grimaldo
Ontem puseram a circular uma foto da estreia de Grimaldo há quatro anos, quando ainda tinha cabelo e estava convencido de que não precisava de nada nem ninguém, nem sequer um central ou um médio defensivo nas suas costas. Como o tempo passa.

Gabriel
Joga com a leveza de quem acabou de gastar 20 milhões num seguro contra todos os riscos - Weigl - e portanto está em condições de se aventurar, espatifar e divertir-nos a todos com o seu entendimento do jogo.

Weigl
Sempre em busca de equilíbrios que permitam ao colectivo atacar. Ponderado mas nunca se esquiva ao combate de ideias. Visão globalista aliada a um profundo sentido de tudo que o rodeia. Elegância de classe superior mas sempre disponível para ajudar a sua comunidade. Ganhou-se um futebolista, perdeu-se um bom líder do CDS.

Pizzi
Não foi pela dúvida quanto ao fora de jogo. O VAR demorou cinco minutos a analisar o lance porque queria perceber como é possível um centrocampista fazer tão bem e tantas vezes o trabalho que compete a um avançado. Não satisfeito, Pizzi repetiu a proeza pouco depois num movimento que libertou Rafa para o segundo golo. Desta vez em jogo, para que os homens na Cidade do Futebol pudessem rever e apreciar sem pressas.

Rafa
Sai da frente, Rui Gomes da Silva. Este candidato a presidente corre mais, finta melhor e conclui com mais frieza. Tudo certo desde que o seu projecto europeu não passe por mudar de clube. Que bom ter-te de volta. Um abraço, Rafael.

Cervi
Ultra pressionante, quase asfixiante, um mini rolo compressor que disputa cada lance como se as nossas vidas dependessem disso (e dependem). Se Rafa chegar a presidente, voto em Cervi para ser o seu braço direito.

Vinícius
Fez tudo bem durante a semana e chegou a Paços de Ferreira pleno de força para a entrada a mil que Bruno Lage prometera. Só lhe faltou cortar as unhas dos pés para evitar aquele fora de jogo. 

Taarabt
Soube a pouco.

Seferovic
Boa piada, Haris. Por favor não repitas.

Jota
Ontem de manhã via mais um ponto genial do Federer no Open da Austrália e, após a perplexidade habitual, dei por mim triste a pensar que estava um ponto mais perto de o ver abandonar os relvados. Há umas semanas tinha sentido o mesmo quando o Messi marcou aquele golo em casa do Atlético. Gostava que génios como eles durassem para sempre, que nos continuassem a inspirar dentro do court ou do relvado com a sua obsessão competitiva enquanto nós acumulamos uma dívida impossível de pagar. É verdade que ele fez o suficiente para ser eterno, mas ninguém estava preparado para o ver partir tão cedo. É muito, muito triste. Obrigado por tudo, Kobe."

Paços de Ferreira - Benfica: Rafa e o espaço, 4 centímetros e mais 3 pontos

"Eis que chega a segunda volta para o campeão de Inverno, sim o Benfica é o verdadeiro campeão de Inverno. Esta modernice da taça da liga coroar o campeão de Inverno não soa nada bem. Foi à 18ª jornada do campeonato que o Benfica alcançou a 18ª vitória seguida em jogos fora nesta competição. Começa a ser difícil adjectivar a performance do Benfica com Bruno Lage ao leme na liga portuguesa.
Este jogo suscitou-me curiosidade para aferir a atitude competitiva com que Benfica ia encarar esta partida. Foi o primeiro jogo com a almofada dos 7 pontos, contudo o comprometimento estava lá. Presidente e treinador à saída de Alvalade, relembraram a fantástica recuperação que obtivemos durante o ano passado. Pediram então para que não se entrasse numa onda de confiança excessiva e as palavras de ordem foram no sentido de menosprezar qualquer zona de conforto que pudesse existir. Os jogadores do Benfica, esses, cumpriram esta máxima à risca.
A outra curiosidade que trazia para este jogo chamava-se Rafa. Era quase certo que entraria no 11 depois de ter carimbado e assinado a curta lista de lendas do derby da capital. A qualidade deste Rafa não pode estar amarrada a um banco de suplentes. Cervi vinha fazendo grandes exibições no lugar habitual de Rafa, mas sabemos que este consegue, e bem, fazer o papel de segundo avançado. Como as exibições de Chiquinho vinham em sentido contrário às de Cervi, era previsível que víssemos Rafa a apoiar Vinícius na frente de ataque. Esta tese acabou por dar excelentes resultados e a estratégia assentava mesmo nas características do craque português. A maior parte das ocasiões criadas surgiram dos seus movimentos tanto entrelinhas como nas costas da defensiva pacense. Rafa oferece uma panóplia de soluções ao jogo do Benfica que Chiquinho não consegue dar. Não querendo ser injusto com Chiquinho, que acredito que ainda dará muito jeito ao Benfica para o que resta da época. Mas Rafa tem explosão, golo, ataca o espaço, progride com bola, parte para cima dos defesas, excelente entendimento com Pizzi e atitude! Todos nos lembramos daquele puxão ao João Félix no Dragão. Estará encontrada a solução para o problema do segundo avançado? Eu acredito que sim, mas só o tempo o dirá com certezas.
Não gosto muito de falar neste tema, mas não há volta a dar. A arbitragem em Portugal continua fraquinha. Hoje foram as faltinhas sem sentido, amarelos escusados (cara do Weigl diz tudo…) e os 4 centímetros. Todos já lemos sobre o assunto e vão surgindo estudos de Inglaterra a comprovar que a questão do fora de jogo com recurso ao VAR tem de ser revista. Meus amigos, 4 centímetros é menos que a diferença de um frame, menos que a largura das famosas linhas. 4 centímetros é a boa ou má vontade de um senhor que está sentado em frente a uma série de ecrãs no Jamor. Não custa nada dar ao futebol o que de melhor tem, o golo. Fui educado a gostar de futebol respeitando o ataque em caso de dúvida. Hoje, o golo perdeu para os 4 centímetros. Hoje, perdeu o futebol.

Destaques individuais:
Vlachodimos – 6
Outra noite tranquila do guardião grego. Pouco trabalho, mas ainda fez uma ou outra boa defesa em lances de bola parada. Contudo, acho que não há necessidade de ir socar bolas ao chão Ody…

André Almeida – 7
Jogo com personalidade do capitão. Seguro a defender e a aparecer por vezes em zona de finalização. Sempre bem colocado a dar largura.

Rúben Dias – 8
Imperial mais uma vez a defender. Deu confiança ao seu parceiro do lado e uma bela assistência para o primeiro golo benfiquista. É o nosso líder na linha defensiva.

Ferro – 7
Depois de algumas más exibições, talvez por ter andado a jogar tocado e com pouco tempo de descanso… O que é certo é que voltou ao nível a que nos habituou. Precisamos de um Ferro a construir, prova disso é o segundo golo.

Grimaldo – 7
Talvez devido à estratégia, hoje não teve tão participativo no ataque uma vez que a ordem era explorar as transições rápidas. Defendeu bem, tal como toda a equipa. Destaque para uma assistência para o falhanço incrível de Seferovic e para um livre muito bem batido na parte inicial do jogo.

Weigl – 7
Jogo a jogo, temos visto o internacional alemão a melhorar e estar cada vez mais entrosado. Raramente perde a bola. Joga sempre pela certa e sabe os terrenos que tem de pisar. Se joga assim com semanas de Benfica, os próximos meses deixam-nos com água da boca.

Gabriel – 8
Se Rúben Dias liderou a defesa, Gabriel liderou o meio campo. Jogou e fez jogar. Lançou o Benfica nas tais transições ou meteu gelo no jogo quando se impunha. Também a defender se fez notar.

Pizzi – 7
Um jogo em que decidiu quase sempre bem como é seu apanágio. Por vezes teve dificuldade em acompanhar a linha ofensiva tal era a velocidade.

Cervi – 7
O pequeno argentino não virou a cara à luta mais uma vez. Importante nos equilíbrios defensivos e na recuperação. Num campo difícil como o do Paços, é bom poder contar com a sua bravura.

Rafa – 9
MVP! Já dediquei grande parte deste texto ao Rafa e confesso que me faltam adjectivos. Exibição portentosa coroada com um golo e uma assistência. Foi a maior dor de cabeça do Paços e o treinador do B SAD já deve andar a matutar numa forma de o parar. Veremos se a sua forma ainda irá subir. É isso que se esperar dada a longa paragem a que foi sujeito. Verdadeiro reforço de Janeiro!

Vinicius – 8
Atacou muito bem a profundidade. Sacou cartões. Marcou e, não fossem os malditos 4 centímetro, também teria assistido. Os seus piques deram corpo à estratégia montada para o jogo. Já o vimos a fazer excelentes assistências em apoios frontais, ou seja, jogando mais fixo na área. Hoje foi um verdadeiro velocista a atacar a profundidade. É mais um jogador a oferecer várias soluções ao nosso ataque. Mais uma grande exibição do ponta de lança!

Adel – 6
Entrou demasiado tarde a meu ver. Podia e devia ter entrado mais cedo. Esteve bem na missão de controlar o meio campo.

Seferovic – 3
Não se pode falhar uma bola daquelas. A atitude quer jogue 10, 45 ou 90 minutos tem de ser a mesma! Mesmo descontando o falhanço, não trouxe nada ao jogo. Precisamos de um Sefe focado e com ganas.

Jota – N/A
A substituição dos 90 ia alternando entre ele e o CL7. Agora que já não tem essa concorrência pode ser que se lembrem de lhe dar mais minutos. Está ali jogador…

Bruno Lage – 7
Montou a estratégia com base nas transições rápidas. Para isso contou com a velocidade da linha ofensiva benfiquista e o atrevimento do Paços de Ferreira. O tempo que teve para preparar este jogo também terá ajudado com certeza. Notou-se que esta vitória teve dedo de treinador. Vimos algumas jogadas tiradas a papel químico o que atesta essa ideia. Deu muitas vezes a iniciativa de jogo ao adversário e explorou as suas costas. O único aspecto negativo a meu ver foi, mais uma vez, a demora nas substituições. Deu o controlo das operações ao Paços entre os 60 e os 70 minutos, tal como admitiu a seguir ao jogo. É verdade que os 3 pontos nunca tiveram em risco, mas a entrada de Taarabt acabou por equilibrar a equipa.
Venha o B SAD e mais 3 pontos! Carrega Benfica!"

Paços de Ferreira 0 – 2 Benfica: Eagles breeze past Beavers

"As the sun set on Sunday, Benfica travelled North to play Paços, a traditionally difficult away match. The only one change from the eleven that beat Sporting on the 17th was Rafa replacing Chiquinho as the supporting striker. Rafa’s inclusion rewarded his game-winning substitute appearance in that very position against Alvalade, in which he scored a brace in a tough 2-0 away win. Benfica looked to build on that result and reach a provisory 10-point lead over Porto, who only play midweek.

Player notes:
Vlachodimos: 7. Had two great pure reflex saves after corners, one in each half. Even though he’s developed certain aspects of his game, such as his presence outside the box, his reflexes have always been his best feature.
Grimaldo: 6. While not as dangerous as he can be on the offensive end, he’s as strong as ever in build-up: he always picks the right option, whether that is providing a wide option when the opposition pressed inside, moving inward when Paços blocked the wing or beating his marker one-on-one and dribbling past him. Had a great freekick attempt early on.
Ferro: 7. Played a lovely long pass to Rafa, creating the chance that led to the second goal. This match represented somewhat of a return to form, after a disastrous run of games. Tanque, who led the line for Paços, is weak in 1v1 situations and had a night off. Won 4 out of 6 aerial duels, which was important as Paços despaired and pursued route-one football.
Dias: 7. Played the assist for the first goal. His ability on the ball is underrated: you’ll often see him playing long balls like that one, as well as dribbling to and past the halfway line when the opposition doesn’t press high.
André Almeida: 4. Was nowhere to be seen offensively and unremarkable deffensively. A Benfica fullback needs to be an outlet in offensive organization and Almeida doesn't provide enough of that. 
Cervi: 5. An anonymous game from the industrious Argentinian. After a bit of a hot streak (2 goals in the past 4 matches), he was scoreless tonight. He was overall toothless in attack, creating nothing and focusing solely on defense. GoalPoint shared some stats that showcased his poor offensive output. 
Weigl: 6. Overall, a discrete game from the German. He kept the midfield ticking with simple passes – something that Florentino had always been capable of doing -, finishing with 91% pass accuracy (according to SofaScore). Displayed sensible defensive positioning, which, again, was Florentino’s strong suit. Had a bit of a blunder around the 60th minute, where he played a complicated pass near his own box that got intercepted; in the aftermath, he grabbed a Paços attacker, a move that could have been called as a penalty – a soft one, but a penalty nonetheless.
Gabriel: 5. A match that mirrored Weigl’s: not great, not flashy, but was reasonably solid defensively and kept things flowing on the ball.
Pizzi: 6. It was a good game offensively for him: he didn’t contribute as much centrally as he usually does, but he had a goal called off for offside and was in a great scoring position (that he ended up wasting) in the lead up to the second goal. Subbed off in the 75th minute for Taarabt.
Rafa: 8. He was one of the star performers of the team at the time of his injury. Tonight, instead of playing in his spot on the left wing, he played up front, behind Vinicius. Occupying a central area provides him with more space to display his exquisite decision making – in the past two seasons, he’s grown immensely in that respect. He also brings more firepower than Chiquinho, who insofar played the supporting striker role. His goal and assist showcased all the qualities he’s shown over the past two seasons: a killer instinct, devastating pace, intelligent movement and quick feet. In addition to that, in a lovely display of special awareness, he starts his run from a huge pocket of space between Paços’ defense and midfield.
Vinicius: 8. Smart as ever in the run for his goal. Benfica’s offensive transition has seldom been better than tonight, and Vinicius plays a key part in that part of the game. He anchors Benfica’s play through his terrific hold up play.
The subs (Taarabt, Seferovic and Jota): / Of the three, Taarabt got the most gametime, and even he was only was only on the pitch for fifteen minutes. Benfica were defending deep in their own half by the time they came on so they failed to make an impact. Seferovic came close, but skied a clear cut chance.

Overall notes
The team looked to press high up the field during the first half hour, and did it well, often forcing Paços into losing possession. In the second half, the team started defending deeper. Part of the reason was reaching a two-goal lead very early on, but it felt very deliberate from Lage. While it is true that Paços failed to create a single goal scoring opportunity from open play, this is always a risky approach: you have less control of the game if you don’t control the ball. Time will tell if Lage’s decision to play defensively in the second half was due to Benfica’s upcoming packed schedule.
Out on the left, Cervi faltered. As Cervi’s purple patch fades away, I’d prefer to see Rafa back on the wing and Chiquinho back in the side, as I believe Chiquinho to be a better player overall than Cervi. However, given Rafa’s performance, and bearing in mind Lage’s defense-first approach to picking his starting eleven, I would wager that this will be the starting eleven against Belenenses on the 31st."

Paços de Ferreira - SL Benfica 0:2

"Ganze neun Tage nachdem Benfica die so erfolgreiche Hinrunde mit dem Auswärtserfolg bei Sporting Lissabon gekrönt hat, folgte heute zum Auftakt der Rückserie die Partie bei Paços de Ferreira. Eine ungewohnt lange Wettkampfpause für die Spieler des Rekordmeisters, die im Februar aufgrund der beiden Halbfinalspiele im nationalen Pokal und dem 1/16-Finale der Europa League auch unter der Woche wieder regelmäßig gefordert sein werden.
Dem FC Paços de Ferreira war im vergangenen Sommer nach einem Jahr in der zweitklassigen Liga Pro der direkte Wiederaufstieg gelungen. Erwartungsgemäß kämpft der runderneuerte Kader in der Liga NOS um den Klassenerhalt, mit 16 Zählern hatte der Tabellenfünfzehnte vor der Partie gegen Benfica nur zwei Punkte Vorsprung auf die Abstiegsplätze. Coach Pepa ist in der laufenden Spielzeit bereits der zweite Mann auf dem Trainerstuhl des Aufsteigers. Sein Vorgänger Filó wurde nach nur einem Punkt aus den ersten vier Spielen bereits Anfang September 2019 entlassen.
Grund zur Hoffnung gab dem Aufsteiger vor allem die starke Defensive, denn die Nordportugiesen aus der nur 7.500 Einwohner zählenden Ortschaft Paços de Ferreira musste seit 372 Minuten kein Gegentor mehr hinnehmen. Nur Vitória Setúbal (442 Minuten), Benfica (419) und Santa Clara (390) blieben in der laufenden Spielzeit bislang noch länger ohne Gegentor. Den letzten Treffer kassierte Paços de Ferreira bei der 2:3-Heimniederlage gegen Setúbal am 8. Dezember. Es folgten ein 1:0-Auswärtssieg in Braga, ein 1:0 gegen Moreirense sowie torlose Unentschieden bei Portimonense und zuhause gegen Gil Vicente. Benfica hingegen gewann seine letzten 17 Auswärtsspiele, hatte also durchaus Grund, die Reise gen Norden mit einigem Optimismus anzutreten.
Beim Rekordmeister stand erstmals wieder Rafa in der Startelf, der nach seiner dreimonatigen Verletzungspause am vergangenen Wochenende im Derby bei Sporting in der zweiten Halbzeit ein beeindruckendes Comeback gefeiert hatte.
Nach einer ausgeglichenen Anfangsphase brauchte Benfica nur wenig Zeit, um das Kommando zu übernehmen. In der zehnten Minute konnte Paços-Keeper Ribeiro einen direkten Freistoß von Grimaldo mit einer Glanzparade gerade noch über das Tor lenken. Nach dem anschließenden Eckball köpfte Vinícius den Ball an die Latte. Nur acht Minuten später spielte Rafa zu Vinícius, der von der rechten Seite nach innen auf Pizzi flankte. Dessen Treffer wurde nach Konsultation des Videoschiedsrichters aberkannt, weil Pizzis Schulter vier Zentimeter im Abseits gewesen sein soll. In der 24. Minute dann eine gute Chance der Hausherren, doch Odysseas konnte den gefährlichen Aufsetzer abwehren. Paços de Ferreira hatte in dieser Phase mehr Ballbesitz, Benfica jedoch weiterhin die klar besseren Chancen.
Es dauerte bis zur 38. Minute, ehe die starke Offensivleistung der Adler endlich belohnt wurde. Innenverteidiger Rúben Dias passte auf den im Strafraum lauernden Rafa, der erst einen Gegenspieler aussteigen ließ und dann den längst überfälligen Führungstreffer erzielte. Kurz vor dem Pausenpfiff eine weitere Glanztat von Torhüter Ribeiro, der einen fulminanten Schuss von Pizzi entschärfen konnte.
Fast unmittelbar nach Wiederanpfiff dann bereits die Entscheidung: Ferro überspielte mit einem langen Ball auf rechts zu Rafa fast die komplette gegnerische Defensive. Rafa flankte in die Mitte auf Vinícius, der mühelos zum 2:0 traf. Benfica beschränkte sich danach überwiegend darauf, das Spiel zu kontrollieren, kam aber noch zu einigen Chancen. In der 54. wurde ein weiterer Treffer von Vinícius nach einer Flanke von Weigl wegen einer diesmal unstrittigen Abseitsstellung aberkannt. Kurz vor dem Spielende schaffte es der eingewechselte Seferovic, freistehend aus kurzer Distanz über den Kasten zu schießen. So blieb es beim hochverdienten 2:0 für Benfica, das damit in der Liga den 18. Auswärtssieg in Folge feierte.
Damit bauen die Adler ihren Vorsprung auf den FC Porto zumindest vorübergehend auf zehn Punkte aus. Der Tabellenzweite verlor am Samstag das Endspiel um den Ligapokal gegen den SC Braga und empfängt deshalb erst am kommenden Dienstag den Aufsteiger Gil Vicente.
Für Benfica geht es am Freitagabend mit dem Heimspiel gegen Belenenses SAD weiter. Die Partie beginnt um 20 Uhr deutscher Zeit und wird von sportdigital übertragen. Ich bin dann vor Ort im Estádio da Luz und vor der Partie wieder einmal zu Gast in der Sendung „Uma semana do melhor“, die ab 16 Uhr live von Benficas Fernsehsender BTV ausgestrahlt wird.
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Paços de Ferreira - SL Benfica 0:2
Liga NOS, 18. Spieltag
Sonntag, 26. Januar 2020, 17.30 Uhr
Estádio Capital do Móvel, 9.146 Zuschauer
Mannschaftsaufstellung: Odysseas, André Almeida, Rúben Dias, Ferro, Grimaldo, Pizzi (75. Taarabt), Weigl, Gabriel, Cervi, Rafa (89. Jota), Vinícius (80. Seferovic)
Torschützen: 0:1 Rafa (39.), 0:2 Vinícius (47.)"

Cadomblé do Vata

"1. Jogo muito bem conseguido do SLB num relvado inadmissível... na segunda parte eu já nem sabia se estava a ver um jogo do Glorioso ou um episódio do "Quem quer namorar com o Agricultor".
2. Sinceros parabéns para o professor de português do Weigl... o alemão ainda na diz uma palavra na língua de Camões, mas quando viu o amarelo mostrou aquela bem portuguesa cara de "hein?".
3. Carlos Vinicius esteve 45 minutos a meter bolinhas açucaradas em frente à baliza pacense sem ninguém aproveitar e na segunda parte só precisou de 1 minuto para mostrar o que queria que os colegas fizessem... já dizia o meu pai "quem quer faz, quem não quer manda".
4. Quem terá ficado mais desiludido com o fora de jogo de 4cm do Vinicius... os Benfiquistas que viram um golo anulado ou os anti benfiquistas que adoravam estar a essa distância do Glorioso?
5. Chiquinho sofreu uma desinserção do tendão médio adutor, regressou depois de 2 meses e revolucionou o futebol do Benfica; Rafa sofreu uma desinserção do tendão médio adutor, regressou depois de 2 meses e revolucionou o futebol do Benfica... a temporada termina em Maio, é agora ou nunca Jota."

FC Paços de Ferreira 0-2 SL Benfica: Vitória encarnada incontestável

"A Crónica: na Cidade do Móvel o Carpinteiro Vestiu de Encarnado
Nesta tarde de domingo, o Sport Lisboa e Benfica deslocou-se à Mata Real na procura de mais uma vitória que consolidasse o avanço pontual conquista no derby de Alvalade. Já o Futebol Clube Paços de Ferreira encarava este jogo na procura de pontos que ajudassem o clube a fugir à linha de água.
A vitória foi encarnada e sem grande contestação. O SL Benfica construiu o resultado na primeira hora de jogo com uma superioridade em campo que poderia ter originado ainda mais festejos da bancada. Depois foi meia hora a desfrutar da vitória já construída.
O FC Paços de Ferreira procurou construir jogo a partir de trás e ter mais bola e a equipa de Bruno Lage não se incomodou com isso. Os castores foram tendo bola sem conseguirem ligar os sectores e muito devido à pressão alta que os avançados encarnados foram fazendo ao longo dos primeiros 60 minutos de jogo.
Com Rafa, a frente ofensiva do SL Benfica foi capaz de uma pressão alta mais eficaz e principalmente de lançar constantes ataques rápidos pelo chão, deixando a defesa pacense completamente aos papéis.
O último terço de jogo trouxe-nos um Benfica cinzento e já visto noutros jogos. A equipa abdicou totalmente da bola e de atacar e recuou as linhas de pressão, só preocupada em não sofrer e ver o tempo passar. Foi o melhor período do Paços de Ferreira, que viu a sua construção facilitada, o que libertou os médios para maiores apoios ao trio da frente.
Esta postura final da equipa do Sport Lisboa e Benfica, com a presença de Cervi constantemente em zonas defensivas – a despachar bolas sem nexo para a frente – e Vinícius em constantes cruzamentos para a área sem se preocupar primeiro em olhar, deixou muito a desejar.

A Figura
Rafa Silva Craque, mágico, talentoso. Rafa é um puro diamante que electriza a alma benfiquista e que nos enche jogo após jogo de fantasia e ilusão. Já não é só aquele jogador ágil e veloz capaz de guiar a bola durante 40 metros até ser finalmente derrubado. Está mais apurado e muito mais decisivo. Sabe temporizar o jogo, tem toques extraordinários no apoio aos seus colegas de ataque e ganhou a frieza necessária para colocar toda a sua técnica no momento da finalização. Neste jogo marcou, deu a marcar e foi a principal figura do ataque encarnado. Capaz de pressionar os defesas e constantemente a deixar os centrais pacenses à nora. Bola no pé do Rafa é já sinónimo de desespero nas defesas adversárias.

O Fora de Jogo
Marco Baixinho Várias foram as exibições menos conseguidas na equipa pacense, mas tenho de destacar como mais débil o sector defensivo. Tendo de escolher um jogador, optei por aquele que mais personifica o processo defensivo da equipa de Pepa. Marco Baixinho não defendeu pior nem construiu pior que os restantes colegas da defesa, foi tão mau como eles e tem obrigação de ser o jogador que lidera e organiza aquele sector. Com bola foram trapalhões, sem bola não se conseguiram posicionar de forma a evitar as facilidades que os jogadores encarnados foram encontrando. A esta defesa tão permeável foi valendo o guardião Ricardo Ribeiro.

Análise Táctica – FC Paços de Ferreira
Pepa lançou o seu 4-3-3, mas desta vez com maiores precauções defensivas. Assim, deixou no banco o médio João Amaral e lançou o trinco Mohamed Diaby. Foi um 4-3-3 demasiado fixo no terreno, o que criou um isolamento posicional tanto dos extremos como do ponta de lança. A equipa sofreu grandes problemas no processo de construção – criados pelo adversário, mas também pelos próprios jogadores. Tentando criar jogo a partir da defesa, o FC Paços de Ferreira sofreu com a pouca qualidade dos seus centrais com bola e ainda da falta de apoio de um meio-campo mais criativo – a bola parecia queimar.
Com o recuo da pressão adversária e com o lançamento de João Amaral, a defesa pacense sentiu-se mais confortável com bola, os médios puderam aproximar-se dos jogadores de ataque e a equipa ganhou maior qualidade com bola e maior presença central no meio-campo ofensivo.
A defesa do FC Paços de Ferreira pareceu-me demasiado permeável a lances defensivos pelo chão, os extremos pareceram-me demasiado fora de jogo, o avançado Douglas Tanque lutador, mas precipitado, e o guarda redes em grande forma a evitar um resultado bem mais complicado para a equipa de Pepa.

11 Inicial e Pontuações
Ricardo Ribeiro (7)
Jorge Silva (5)
Marco Baixinho (3)
André Micael (3)
Oleg Reabciuk (4)
Pedrinho (4)
Mohamed Diaby (6)
Stephen Eustáquio (4)
Hélder Ferreira (4)
Adriano Castanheira (4)
Douglas Tanque (3)
Subs Utilizados
Murilo (4)
João Amaral (5)
Uilton (4)

Análise Táctica – SL Benfica
Bruno Lage avançou para este jogo com o seu já habitual 4-2-3-1, mas desta vez com Rafa em vez de Chiquinho e confirmando a titularidade de André Almeida – em prol de Tomás Tavares. Neste jogo, por estratégia do treinado encarnado, a equipa pressionou mais alto, utilizando o quarteto ofensivo para ganhar a bola no meio campo ofensivo e lançar rápidos lances de ataque.
O 4-2-3-1 de Lage foi durante uma hora do jogo mais um 4-2-4, abdicando de grandes construções e dando uma enorme dinâmica aos jogadores de ataque. Foi uma constante ver (principalmente) Pizzi, Rafa e Vinícius a surgirem tanto à esquerda, como à direita e como no centro do ataque.
Com a vantagem consolidada, o 4-2-3-1 ganhou dinâmicas mais de um 4-5-1 de maior contenção. A equipa recuou as linhas, permitiu ao adversário liberdade para construir as suas jogadas e foi-se maioritariamente preocupando em defender o espaço defensivo.
Tal como valeu a Pepa o guardião Ricardo Ribeiro para não sofrer uma derrota mais pesada, também valeu a Bruno Lage o guardião Odysseas Vlachodimos para não ter uns minutos finais de maior sofrimento.
Nota ainda para a dupla de meio-campo do SL Benfica: posicionalmente muito forte e com grande tranquilidade com a bola no pé – principalmente o alemão Weigl. 

11 Inicial e Pontuações
Odysseas Vlachodimos (7)
André Almeida (5)
Rúben Dias (7)
Ferro (6)
Grimaldo (5)
Julian Weigl (6)
Gabriel (6)
Pizzi (6)
Rafa (8)
Franco Cervi (5)
Vinícius (5)
Subs Utilizados
Taarabt (4)
Seferovic (2)
Jota (-)"

Curtas – 18 jogos na liga, 17 vitórias, assim segue o líder do campeonato

"Na 18º jornada do campeonato, Benfica foi a Paços, e cimentou a liderança, ganhando de forma consistente sem grandes sobressaltos e ainda criando inúmeras situações de golo. O resultado podia é deveria ter sido mais dilatado, tal foi a diferença de forças.
Primeira parte de grande nível por parte do Benfica. Chegou por diversas situações à finalização, com enorme mobilidade entrelinhas, com Rafa a dinamitar essa zona, e a percorre-la livremente, com tempo e espaço para executar com um nível altíssimo. Para além de Rafa, as pequenas sociedades Almeida/Pizzi, e Grimaldo/Cervi, criaram muitos problemas nos corredores laterais do Paços. E se ainda não bastasse, a transição defensiva da equipa de Lage sempre fortíssima. tanto Gabriel como os centrais, não permitem ao adversário rodar para enquadrar, e foram asfixiando sempre o Paços até ao final do primeiro período.
No segundo tempo, a circulação do Benfica baixou de intensidade, permitindo ao Paços esboçar alguma reacção mas sem grande capacidade para atacar zonas de finalização, e quando as teve, Odysseas estava presente mantendo o nível da equipa. Foi uma segunda parte jogada de forma mais pausada.
Destaques: Rafa, não só pelo golo e assistência, mas porque o seu critério acompanhou a sua exibição, rapidez nas acções, cria para ele, e para a equipa, e sempre muito combativo sem bola. Rúben Dias, por vezes esquecemo-nos que tem apenas 22 anos, a dimensão do seu jogo com e sem bola, mas sobretudo sem… é uma aula para todos os defesas centrais. A forma como usa o corpo para ganhar duelos, o posicionamento dentro da linha defensiva, e a liderança que transmite a cada lance merece ser realçada. No lado do Paços, o destaque vai para Pedrinho, tentou sempre ligar o jogo da equipa, sempre disponível para receber, muito reactivo à perda da bola. O Paços de Ferreira recebeu alguns reforços bastante interessantes para esta segunda metade do campeonato que certamente vão acrescentar qualidade ao Plantel de Pepa (João Amaral, Stefan Eustáquio, e Adriano Castanheira)"

4cm !!!

"As coisas são muito simples para o VAR em Portugal, e as ordens são claras:
Em caso de dúvida nos jogos do FC Porto, o lance vai a VAR e beneficia-se o Futebol Clube do Porto. Em caso de dúvida nos jogos do SL Benfica, o lance vai a VAR e prejudica-se o Sport Lisboa e Benfica.
Já são demasiados jogos disto, já são demasiados casos disto, e o que tende a cheirar mal acaba a cheirar ainda pior.
Será que teremos Fontelas Gomes nos bastidores caladinho que nem um rato, como quando o Brahimi cavou um penálti ao Boavista no ano passado ou noutras situações semelhantes em que o FC Porto foi claramente beneficiado? Já quando são casos relativos ao SL Benfica, bem sabemos que Fontelas Gomes não se coíbe de mostrar a sua insatisfação em caso de benefício do clube encarnado. As ordens são claras e o manifesto comportamento também.
Aconselhamos Fontelas Gomes a ter cuidado com aquilo que diz. As paredes têm muitos ouvidos e nós já deixámos bem explícito que não permitiríamos o regresso dos dourados anos 90. Estamos de olhos e ouvidos bem abertos."

Vermelhão: Marcar posição...

Paços de Ferreira 0 - 2 Benfica


O mais importante é ganhar os três pontos, independentemente dos resultados dos nossos adversários, mas muitas vezes as épocas decidem-se quando uma equipa aproveita os maus momentos dos outros, não facilitando, cavando uma diferença pontual, que acaba por transformar-se numa montanha psicológica, muito difícil de ultrapassar! E neste momento, com tudo o que está a acontecer com os Corruptos, a única coisa que lhes poderá dar alguma esperança, é o Benfica dar um qualquer sinal de fraqueza! Hoje além dos três pontos em disputa, estava em disputa a manutenção do clima de guerra civil nos Corruptos... E assim se mantenham, por muito tempo!!!
A grande dúvida para o jogo de Paços era o regresso do Rafa, e em que posição. O Lage 'acertou', o Rafa voltou no lugar do Chiquinho, e voltou a ser fundamental! O acerto do Lage deveu-se a estratégia escolhida: o Benfica começou o jogo, a 'dar' a bola ao Paços, tentando aproveitar as transições rápidas... As equipas do Pepa, normalmente quando jogam com o Benfica, são muito perigosas nas transições rápidas, com o Benfica a jogar mais recuado do que é habitual, retirámos a arma mais perigosa ao adversário... Não é a primeira vez que o Benfica optou por esta estratégia esta época, por exemplo em Guimarães tentámos fazer o mesmo, a diferença, é que hoje tínhamos o Rafa!!! Por exemplo, na próxima Sexta, com a B-SAD na Luz, o Rafa deverá ser usado na esquerda, pois a dinâmica do jogo será diferente...
O 0-1 ao intervalo era enganador... podíamos e devíamos estar a golear ao intervalo, só o apitador e alguma falta de eficácia lá na frente, conseguiu manter o jogo 'apertado' até ao intervalo!!!
O 0-2 no início da 2.ª parte 'matou' o jogo... e parecia que íamos acelerar para a goleada merecida, mas depois do golo do Vinícius, a dinâmica mudou: tentámos gerir o jogo, baixámos a velocidade das transições, e acabámos por permitir algumas semi-oportunidades ao Paços desnecessariamente... e também deixámos de criar perigo!

O Rafa foi o MVP, e só não fez mais estragos, porque o Paços foi fazendo faltas atrás de faltas, com total impunidade disciplinar... Mas hoje fizemos uma daquelas exibições colectivas, com todos a fazer o seu trabalho e sem ninguém destoar... O Ody voltar a estar muito bem, principalmente em duas ocasiões... Rúben bem, tivemos o melhor Ferro dos últimos tempos, a semana de 'descanso' fez-lhe bem... O Weigl 'estreou-se' nos 'quintais' do Tugão e não estranhou.... o Gabriel lutou... Pizzi muito activo enquanto teve forças... o Cervi do costume! Almeida e Grimaldo bem...
Não vou argumentar com os 4cm do fora-de-jogo do Vinícius (parece que estiveram à procura dos 4cm no ombro do Vini,durante quase 10 minutos, até ter aparecido a 'linha' na TV), agora o Penalty sobre o Rúben é inacreditável! O Rúben é pontapeado na perna, e nada se passa!!! No 2.º golo do Benfica, a jogada começa com uma queda do Pizzi na área do Paços, nada foi marcado, o Paços tentou sair rápido, o Benfica recuperou e apanhou o Paços em contra-pé... mas ainda estou à espera da repetição da jogada do Pizzi! Ao contrário na área do Benfica, os putativos penalty's contra o Benfica, tiveram dezenas de repetições!!!
Mas além destas jogadas, voltámos a ter uma impunidade disciplinar constante ao nosso adversário! Até não houve muitas entradas maldosas, mas as faltas cínicas para parar contra-ataques foram muitas... e quase todas passaram em Amarelos! Os apitadeiros Ingleses, até 'deixam' passar muitas entradas duras, mas nas faltas 'espertas' normalmente não perdoam, no Tugão, contra o Benfica, 'passa' tudo!!! As constantes nomeações de apitadeiros da AF Porto para os jogos do Benfica, não enganam ninguém... e hoje, para completar o ramalhete tivemos o Bruno Esteves no VAR, totalmente domesticado, e assim sem problemas para manter o 'tacho'!!!
Os 10 pontos à condição, dão umas capas bonitas, mas não servem para nada, e é perigoso entrarmos nesse jogo, os Corruptos só jogam na Quarta, em casa, e terão seguramente muita ajuda externa para se manterem a 'flutuar', portanto, antes do jogo no Dragay, todo o cuidado é pouco...!!!

PS: O Benfica publicou uma nota de pesar pelo desaparecimento trágico de uma das lendas do desporto mundial: Kobe. Um dos poucos atletas não-Benfiquistas que eu considero um ídolo!