sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Fim-de-semana cheio

"À semelhança do fim de semana passado, neste o nosso calendário desportivo terá início hoje, sexta-feira, com o pontapé de saída no jogo da nossa equipa de futebol. Desta feita o adversário será o Sporting, em Alvalade, e está marcado para as 21h15.
A possibilidade de vencer pela 17.ª vez consecutiva em deslocações no Campeonato Nacional, que seria o melhor registo de sempre, e de obter a 14.ª vitória seguida nesta edição da prova, o que concretizaria a segunda melhor série da história do Benfica, não passam de meros apontamentos que só encontrariam relevância nas análises futuras e nos almanaques dedicados ao futebol nacional. Verdadeiramente importante é a conquista de mais três pontos e, nesse caso, manter, no mínimo, a distância pontual para o segundo classificado após o último jogo da primeira volta.
O nosso treinador Bruno Lage já deu a receita para vencermos a partida: “Muita competência, sabermos pressionar quando não temos a bola para não deixar o Sporting jogar e, com bola, fazer o nosso jogo com qualidade, intensidade e criação de muitas oportunidades de golo.” Em suma, o que a nossa equipa tem feito com assinalável regularidade.
Lage abordou também outros assuntos, convidando todos a uma reflexão colectiva em prol do desenvolvimento do futebol português, sendo que as principais mensagens passam pelo respeito que os adeptos merecem, afinal a razão primordial da existência das competições desportivas, e pela necessidade permanente de avaliação das práticas correntes na organização do futebol, ao invés de se as aceitar acriticamente sob pena de, eventualmente, se continuar a cometer os mesmos erros.
Esta reflexão não só é necessária, como é mesmo essencial para o futuro do futebol nacional.
Mas, no imediato, numa perspectiva de adeptos, desejamos somente que a nossa equipa seja igual a si própria e que hoje à noite possamos celebrar a conquista de mais três pontos.
O fim de semana desportivo, no entanto, e como habitual, não se limitará ao jogo da nossa equipa A de futebol. 
No futebol de formação haverá dois dérbis e um clássico no sábado. A equipa B deslocar-se-á a Vila Nova de Gaia para defrontar o FC Porto (17h00), enquanto os Sub-23 jogarão com o Sporting em Alcochete (11h45) e os Juniores receberão, no Seixal, também o Sporting (15h00).
No mesmo dia, o destaque recai no basquetebol e no hóquei em patins. Os primeiros lutarão com o FC Porto pelo apuramento para a final da Taça Hugo dos Santos. A partida será em Sines e está marcada para as 17h30. Caso consiga o triunfo, disputará a final no mesmo local, domingo às 16h00, com o vencedor do Sporting-Oliveirense. No hóquei, a nossa equipa visitará o Barcelona, numa partida da fase de grupos da Liga Europeia (16h00). Uma referência ainda para o dérbi de futsal feminino que será realizado domingo, na Luz, às 16h00.
Nestes e nos muitos outros jogos que as nossas equipas terão nos próximos dias, há uma ambição partilhada por todos: queremos ganhar!
#PeloBenfica"

Os 5 heróis benfiquistas no dérbi da capital

"Há quem lhe chame o “Clássico dos clássicos”, o “Dérbi Eterno” ou até mesmo o “Dérbi dos dérbies”. Sporting CP e SL Benfica são os protagonistas do principal duelo da 17ª jornada da Liga Portuguesa e espera-se um jogo de grandes emoções em Alvalade.
Desde Abril de 2012 que os leões não vencem as águias no seu próprio reduto em jogos a contar para o campeonato, o que torna este confronto ainda mais interessante. Como se já não bastasse, o Benfica leva 16 vitórias consecutivas fora do Estádio da Luz e pode, em caso de triunfo sobre os seus rivais da Segunda Circular, tornar-se no novo recordista desta marca.
O “dérbi da capital”, como também é conhecido, é um dos jogos mais aguardados pelos adeptos todas as temporadas. Muitos são os que vibram nas bancadas, mas apenas alguns fazem história dentro das quatro linhas.
Em 115 anos de história, muitos foram os jogadores que defenderam a honra encarnada frente a um dos seus maiores rivais e hoje iremos destacar cinco jogadores que o fizeram com distinção.
1. Eusébio Cada vez que se escreve sobre Eusébio da Silva Ferreira, fica-se num meio termo. Há tanto para dizer, mas faltam palavras para explicar. O “Pantera Negra” é o maior símbolo do SL Benfica: aquele que, quando se fala da história clube, é incontornável.
Com um passado de glória, de conquistas e (muitos) golos, Eusébio é, também, a maior figura encarnada em jogos frente ao Sporting CP.
Contra os leões, o “Pantera Negra” disputou 29 jogos, tendo apontado uns impressionantes 27 golos. Responsável por muito do sucesso das águias, Eusébio fica para a história como o segundo melhor marcador em dérbis, só ultrapassado por Peyroteo (31 golos em 29 jogos).
A “novela” à volta da contratação do único vencedor da Bola de Ouro enquanto atuava na liga portuguesa apimentou, ainda mais, os dérbis na altura.
Ao serviço do Benfica, Eusébio realizou 440 jogos e marcou 471 golos, tornando-se o melhor marcador da história do glorioso.
Um verdadeiro craque, dos melhores que o futebol já viu.
2. LuisãoAnderson Luís da Silva, ou Luisão, como é mais conhecido, é uma das figuras mais acarinhadas pelos benfiquistas. No Benfica desde 2003, a “Girafa” faz parte, sem dúvida, da história dos encarnados.
Frente aos eternos rivais de Alvalade, Luisão disputou 25 jogos, tendo marcado quatro golos e feito uma assistência, mas há um golo com sabor especial, um golo que o faz entrar directamente para este top.
Decorria a temporada 2004/05 quando, na penúltima jornada do campeonato, se jogava o SL Benfica-Sporting CP. Na tabela classificativa, o Sporting liderava com mais dois pontos que o segundo classificado Benfica, mas ao passar do minuto 83, Luisão desbloqueou um jogo difícil e, de cabeça, abriu o marcador. Até ao fim, o resultado não se havia de alterar e o Benfica era o novo líder do campeonato quando faltava apenas uma jornada por disputar.
A cabeça de Luisão colocou o Benfica no primeiro posto, um golo que valeu um campeonato num jogo que, para além de ser contra um dos maiores rivais, era contra o, até então, primeiro classificado. E foi assim que Luisão começou o seu legado!
3. Óscar Cardozo Ora, falar de Óscar “Tacuara” Cardozo é, em primeira instância, falar de golos. O paraguaio é o melhor marcador estrangeiro da história do Benfica e tem, como sua presa favorita, o Sporting CP.
Só em jogos a contar para o campeonato, Cardozo apontou 13 golos em apenas 18 aparições: o melhor marcador estrangeiro também em dérbis. Uma verdadeira dor de cabeça para qualquer linha defensiva, mas um verdadeiro terror para o clube leonino.
Um verdadeiro matador dentro da área! Possante fisicamente, mas algo lento – lentidão que parecia que nem queria estar ali- mas estava, e ainda assim marcava. As equipas tinham cuidado: ele era perigoso, ele era o Óscar “Tacuara” Cardozo!
4. NenéTamagnini de nome, Nené para o mundo do futebol, é uma lenda viva do Sport Lisboa e Benfica. O nortenho, natural da Leça da Palmeira, dedicou toda a sua vida às águias e é uma das figuras mais emblemáticas do Benfica, muito por causa das suas 578 aparições e pelos seus 362 golos marcados.
Ingressou no clube com apenas 16 anos, para a formação, e o seu amor pelo manto sagrado fê-lo ficar para toda a vida. Um ídolo para a massa adepta benfiquista.
A 23 de maio de 1976, Nené apontou dois golos na vitória do Benfica no reduto do Sporting CP e deu o bicampeonato nacional ao glorioso, que fez a festa no estádio do rival. Frente ao Sporting, realizou 38 jogos e marcou 17 golos, tornando-o num dos melhores jogadores a disputar o “clássico dos clássicos”.
5. José Águas O grande capitão do Benfica, uma lenda do universo encarnado que dedicou a sua vida ao clube, um dos que mais se destacou nos clássicos frente ao Sporting Clube de Portugal.
Por cinco ocasiões foi o melhor marcador do campeonato e é um dos melhores marcadores de sempre em jogos frente aos verde e brancos. Em 30 dérbis disputados, Águas fez balançar as redes sportinguistas por 16 ocasiões.
O seu faro para o golo era uma das suas principais características, bem como uma técnica de cabeceamento exímia, um ponta de lança a roçar a perfeição. José Águas é, apenas atrás de Eusébio, o melhor marcador da história do SL Benfica. Foram 378 golos em 379 jogos, um registo verdadeiramente impressionante."

A pequena Helena e aquela tarde no Jamor: histórias de amor-ódio

"Existe nas circunstâncias da origem de cada indivíduo ou associação a tentação de manter um conjunto específico de características e tradições familiares e uma obrigação perpétua na defesa da honra de um ideal comum. Os nascimentos de Sport Lisboa e Sporting Clube de Portugal não foram só diferentes nos contextos de criação como nos ideais perseguidos e maneirismos que perduram na contemporaneidade portuguesa, numa linda metáfora da nossa sociedade e que ultrapassa trocas geracionais.
O povo que pula nos estádios de futebol é o mesmo que insiste rastejar em Fátima – e talvez daí seja perceptível uma empatia especial dos lusitanos para com misticismos vários que influenciem a sua vida e que sejam ‘porto de abrigo’ das suas emoções.
Quando os Irmãos Catatau trocavam passes rasteiros com Cosme Damião e rematavam em arco contra as paredes do pátio da Farmácia Franco, nunca eles imaginariam a dimensão da sua fé e da sua iniciativa num desporto ainda apenas e só de elite; quando José Alvalade se revolta numa assembleia caótica do Campo Grande Football Club e profere a declaração que corresponde à criação do Sporting – «Vou ter com o meu avô (Augusto das Neves Holtreman, o famoso Visconde de Alvalade) e ele me dará dinheiro para fazer outro clube”» – nunca ele imaginaria o peso da sua atitude e como ela definiria toda uma dicotomia que coloriu a cultura portuguesa por todo o século XX, assente em histórias mirabolantes e duelos marcantes que a fizeram chegar ao novo milénio como a mais apaixonante rivalidade desportiva. O verde e o vermelho num harmonioso frente-a-frente eterno, como na bandeira nacional.
Estamos em 1907. O Sporting, recém-nascido, não tem qualquer equipa de futebol, apesar de ser essa a sua principal intenção. Os melhores jogadores estavam já nas fileiras dos principais clubes da região e dos 17 dissidentes da rambóia com o Campo Grande Football Club: eram poucos os praticantes competentes. José Alvalade lança, junto com as moedas do avô em envelope lacrado, canto de cisne de forma a seduzir os melhores executantes do Sport Lisboa. O primeiro de todos os Verões Quentes.
Oito titulares aceitariam. Júlio Araújo, presidente do Sporting uns anos mais tarde, contextualizava: «O Sporting caprichava em apresentar sempre uma bola nova em cada desafio. Um dia, num jogo em que choveu torrencialmente, o Sporting, depois de ter estreado uma bola na primeira parte, apresentou outra, novinha, na segunda. Quanta exclamação por tal facto! Terminado o encontro (com o Carcavelos, no Lumiar) foi oferecido um finíssimo chá a todas as senhoras presentes, realizando-se em seguida, numa grande sala da casa do Exmº Sr. Visconde de Alvalade, um banquete a todos os jogadores, imprensa e delegados da Liga de Football». Ou seja, ao Sporting, quando piscou o olho aos desgostosos rapazes de Belém, faltava apenas uma grande equipa de futebol. Não foi difícil consegui-la.
Foi esse então o rastilho de confrontos centenários e ódios viscerais que marcaram a generalidade de uma relação intensa, de nervos à flor da pele. Mas é natural que ao fim de tantas zaragatas se crie empatia e confiança recíproca nas capacidades humanas de ambas as associações. Se episódios como a contratação de Eusébio ou o Verão Quente reacendem, de quando em vez, as hostilidades relembram que é imperial não perder a concentração em autêntica guerra fria: há episódios de muita humanidade e que mostram o outro lado do jogo. 
Houve também alturas de armistício no Benfica-Sporting, situações sobre as quais vale a pena a reflexão e o salientar dos bons momentos e dos episódios que marcam positivamente a querela: são os mais raros e os mais curiosos.
Um desses passa-se nos arrabaldes dos loucos anos 20, já Francisco Stromp fazia contas quanto ao final da sua carreira como jogador. Conta Romeu Correia na biografia da lenda sportinguista que quando este recolhia à cabine para equipar, «confiava sempre a irmã (Helena Stromp, que se destacou como tenista) a amigos sportinguistas. Aconteceu uma vez que houve um jogo escaldante Sporting-Benfica, tendo deflagrado grande zaragata entre jogadores e público, motivada por uma decisão do árbitro bastante discutível… Como a desordem se alastrou no arraial sportinguista, onde se encontrava a pequena Helena, os adeptos leoninos começaram a passar a menina de mão em mão para a pôr a salvo de qualquer desacato. E desta forma, inexplicavelmente, a criança foi parar ao camarote dos inimigos benfiquistas. Logo o presidente da colectividade ‘encarnada’, ao saber que ela era uma Stromp, a protegeu e beijou, acarinhando-a e oferecendo-lhe um grande e saboroso chocolate.» Enternecedor.
Outra grande amostra de que sobre o ódio existem também pontos de contacto amigável entre as duas facções é a final da Taça de 1979-80, quando os adeptos lisboetas se juntaram para apoiar o Benfica na vitória tangencial contra o, à altura, inimigo comum: o FC Porto.
Além da suposta luta contra a centralização do futebol português encabeçada por Pinto de Costa e José Maria Pedroto, o Campeonato Nacional desse ano viu forte concorrência entre verdes e azuis, numa luta taco-a-taco até ao final e que apenas ficou consumada na penúltima jornada, quando o Sporting foi a Guimarães derrotar o Vitória.
À conquista no Minho, por números tangenciais (0-1) e com auto-golo de Manaca, ex-leão, sucederam-se fortes acusações de Pinto da Costa, ainda só director do Departamento de Futebol. Lançou, com o seu jeito habitual, suspeitas sobre a integridade do jogador e dos clubes e o rumor de que teriam existido subornos, tendo sido esse clima de guerrilha e acusações contínuas o combustível para a decisão dos adeptos sportinguistas fazerem a peregrinação rumo ao Jamor ao lado dos adeptos encarnados. Nas bancadas ficaram famosos os vários cartazes com provocações às figuras do clube portista, num mar vermelho-esverdeado que ficou conhecido como a ‘Santa Aliança’. Tempos de grandes mudanças no futebol e no próprio país, onde os portugueses viviam ainda a genial loucura da liberdade…
E daí, ficam outros tantos escondidos nas malhas do tempo; que, desde o primeiro encontro entre os dois, já conta com 113 anos. São a honra e as memórias de 307 partidas que não merecem a actualidade trivial, onde tudo importa menos os protagonistas e o que se passa no relvado. Haverá tardes com mais magia impregnada que o bailado de João Vieira Pinto em Alvalade? Que os sobrenaturais 7-1 numa tarde diluviana? Que o 5-4 no Jamor? Momentos assim serão sempre inolvidáveis para quem os viveu.
Num confronto onde foram protagonistas deuses da bola como Peyroteo, Coluna, Eusébio, Hilário, Yazalde, Manuel Fernandes, Simão ou Cardozo, existirão sempre motivos suficientes para captar a atenção para o lado positivo – o futebol jogado –, o que justificará sempre uma voluntária ignorância de pedra quanto às incidências de bastidores e fóruns televisivos – o ‘desfutebol’ falado."

Semanada!

"1. Benditas duas semanas de férias. Esta semana tivemos Benfica em dose dupla - o que é sempre bom - mas em horários a roçar a bolinha vermelha. O jogo da Taça de Portugal se tem ido a prolongamento iria passar da meia-noite. O jogo de hoje dificilmente algum adepto da caixa de segurança sairá de lá ainda durante o dia 17. Isto tudo porque para a semana há Taça da Liga, onde jogará o Sporting e a Liga privilegiou o descanso a quem vai à Final Four, o que até seria relativamente compreensível se não tivéssemos tido duas semanas de férias há uns dias atrás. A Liga encavalitou uma série de jogos para dar essas férias. A calendarização dos jogos tem sido horrível. Um dos exemplos mais clamorosos é o do Tondela que em Novembro e Dezembro (61 dias) fez 5 jogos (um jogo a cada 12 dias). Num mês que os clubes têm que pagar dois salários a cada pessoa, o Tondela teve receita de jogo em apenas uma ocasião. A Liga de Clubes é eleita pelos Clubes. Quando é que os clubes vão perceber que andam a eleger alguém que lhes anda a ir ao bolso?
2. VAR. Nos últimos dois jogos tivemos erros grosseiros a favorecer a equipa adversária sem que o VAR tenha actuado. Aliás a única vez que actuou foi - e bem - para nos anular um penalty. O Benfica continua a apostar numa comunicação da década passada, escrevendo um comunicado onde se queixa da arbitragem. Na semana seguinte levamos com mais um árbitro mau. Eu não sei se eles fazem de propósito, se são pagos para fazer aquilo ou se simplesmente são maus. O que eu sei é que os comunicados não nos levam a lado nenhum. Temos que ser mais pro-activos nesta discussão. Temos que defender a criação de instrumentos que retirem responsabilidade aos árbitros em campo. Para mim há três pontos fundamentais:
(1) áudios em directo - assim saberemos pelo menos porque é que o VAR não achou que uma cotovelada no Seferovic não é penalty;
(2) challenges - algo que existe no Ténis e agora na NBA, um treinador pode desafiar uma decisão do árbitro e mandá-la analisar em maior detalhe (todas as jogadas são vistas pelo VAR, mas algumas são analisadas de forma errada devido à pressa inerente ao jogo;
(3) margem de erro nos foras de jogo - sei que muitos acham que isto só iria levar a discussão para se está ou não dentro da margem de erro, mas a verdade é que temos uma máquina a calcular foras de jogo através de imagens 2D ao centímetro, sem ninguém saiba qual é a sua margem de erro e onde o operador que pára a imagem tem um poder, consoante o frame em que pára de poder decidir em certos foras de jogo se o atacante está ou não em posição regular.
3. A Entrada de Julian Weigl no 11. Adorei a contratação de Weigl. Mas Weigl não é Taarabt nem Gabriel. Não estou a dizer que é pior - não é. Simplesmente não tem as mesmas características. Por isso não temos jogado o mesmo futebol que estávamos a praticar no final de Dezembro, quando tínhamos Taarabt e Gabriel no meio. Estamos outra vez a jogar com um trinco e um médio centro, em vez do que fazíamos nessa altura que eram dois médios centros. Por isso estamos a ter algumas dificuldades em ligar o jogo ou seja em fazer a bola chegar dos defesas aos avançados. Uma das soluções que vejo é construir a três, com o Weigl no meio dos centrais e o segundo avançado (normalmente Chiquinho) baixar para junto do médio centro (Taarabt ou Gabriel), deixando Pizzi e Rafa/Cervi a jogar por dentro e os dois laterais altos como se dois extremos se tratassem. Algo deste género. Eventualmente uma conversão total para o 4-3-3 em que Chiquinho baixa para médio centro ou sai para dar lugar a Taarabt ou Gabriel. Até lá, muito possivelmente vamos continuar a ter estas dificuldades em chegar à baliza adversária. Boa sorte a todos os adeptos que vão hoje a Alvalade e que tudo corra bem."

Antevisão Sporting CP x SL Benfica

"⚽ 17ª Jornada da Liga NOS
📅 Sexta-feira, 17 de Janeiro de 2020
⏰ 21h:15m 🏟 Estádio José Alvalade
📺 SportTV1
Pára Tudo! É Dia De Derby!!! *inserir gif louco*
Já paraste o que estavas a fazer? Ainda bem. Sabes porquê? Porque É Dia De Derby!
Ok, já controlei com o entusiasmo (not really).
O derby de hoje é histórico, dá-nos a oportunidade de ultrapassar o Sporting em número de vitórias em jogos em Alvalade. Neste momento, em 85 confrontos em Alvalade para o campeonato, Benfica e Sporting contam com 32 vitórias cada (contabilizando ainda 21 empates) e o Benfica tem apenas um golo a menos marcado (123 contra 124). Portanto, e a juntar a tudo o que vem com o derby, este jogo (que é muito mais que um simples jogo) tem muito que se lhe diga. São três pontos em disputa, são o 1º lugar, são a honra, são a história. Hoje é dia de ficar na História!

O que esperar:
🔴⚪ Benfica
▶ Muitas dúvidas para quem será o 11 titular:
Lateral direito - Tomás Tavares subiu de rendimento com o volume de jogos, aproveitou a oportunidade, é um lateral que ofensivamente se diferencia nas decisões que toma e defensivamente está articulado com as ideias de equipa ou André Almeida, estatuto reconhecido, capitão, defensivamente dos melhores laterais da linha, grande identificação dos comportamentos da equipa e ofensivamente revela uma qualidade de cruzamento acima da média, para além da atitude competitiva fundamental em todos os jogos.
Médios interiores - Wiegl, Gabriel, Taraabt. Três médios diferentes, onde só dois poderão jogar de início. Será certo que teremos garantida qualidade de passe, tanto curto, a ligar com os colegas de frente para o jogo entre linhas, como longo com jogadores a atacar. Será mais um momento para perceber como estrategicamente o Benfica irá abordar o jogo, tendo em conta o grau de dificuldade do mesmo.
▶ De destacar o regresso de Rafa Silva, o melhor jogador na interpretação do momento de transição defesa ataque, devido à sua condução de bola agressiva intencional e no ataque ao espaço. Irá trazer soluções diferentes ao jogo.

🟢⚪ Sporting CP
▶ Algumas dúvidas no 11 inicial, mas sendo certo que Bruno Fernandes irá a jogo, este será o elemento individual mais capaz de poder desequilibrar quando tem espaço para executar remates de zona exterior ou como ligar o jogo. Assim, havendo um Benfica que junte a linha média com a linha defensiva poderá não haver tanto rendimento por parte de Bruno Fernandes no derby, que poderá ser de despedida.
▶ A linha defensiva será diferente, muito pela ausência de Coates, e poderá trazer dificuldades na interacção dos executantes, trazendo benefício à forma como o Benfica explora as possibilidades de acção.
▶ De destacar a ausência de Vietto, um jogador diferenciado a jogar no último terço e que poderia ser determinante.

Onze provável do Benfica:
Homero
Grimaldo, Ferro, Rúben Dias, Tomás Tavares
Weigl, Taraabt, Cervi, Pizzi
Rafa e Vinícius
Histórico de Confrontos:
03/02/2019: Sporting CP 2x4 SL Benfica
05/05/2018: Sporting CP 0x0 SL Benfica
22/04/2017: Sporting CP 1x1 SL Benfica
05/03/2016: Sporting CP 0x1 SL Benfica
08/02/2015: Sporting CP 1x1 SL Benfica
🔮 Palpite da Magda Sporting CP 1x4 SL Benfica
Sejam Bravos! Carregaaaaaaa!"

Canelas até ao pescoço

"Hoje, o Canelas 2010 defrontou o Ac. Viseu nos quartos-de-final da Taça de Portugal. Se o clube de Gaia tivesse vencido, mediria forças com o FC Porto nas meias-finais.
Em qualquer país minimamente civilizado, se uma equipa admitisse que "caso o sorteio ditasse que defrontaria determinada equipa, iria jogar para perder", daria direito a condenação desportiva e a expulsão ou suspensão da competição. Em Portugal tais declarações deram direito a destaque de mérito, inclusive com reportagens televisivas.
É importante relembrarmos que os Super Dragões, ou se preferirem, parte do Canelas 2010, tem um trajeto desportivo repleto de coação, ameaças e agressões físicas a adeptos, dirigentes e equipas de arbitragem. No Polvo publicámos inclusive um vídeo em que se vê os policias com medo do Macaco, como se pode constatar nestas duas publicações:
1. https://www.facebook.com/polvosdasantas/videos/2266284840302568/
2. https://www.facebook.com/polvosdasantas/videos/432263364228195/
Dentre os vários episódios tristes e lamentáveis do Canelas 2010, constam 11 triunfos por falta de comparência das equipas adversárias, sendo que a única derrota (2-0) foi contra o CD Candal, o único clube que não se recusou em defrontá-los.
Analisemos, então, as declarações de Fernando Madureira. Disse Fernando Madureira que «gostava mesmo de encontrar o Benfica em Canelas, para eles provarem o que é o Canelas, o ADN Canelas. É o nosso sonho e ambição (…). Sou Super-Dragão, sou portista e anti-benfiquista e queria que eles fossem a nossa casa para provarem do nosso ADN, o ADN Canelas (…). Se conseguirmos superar esse grande obstáculo que é o Académico de Viseu, irei jogar nos dois jogos a primeira parte e nos segundos quarenta e cinco minutos, irei estar na bancada a liderar os Super Dragões. Será inédito». Questionado sobre a possibilidade de marcar um golo ao FC Porto, respondeu «Marcar? Não, claro que não. Não conseguia marcar ao FC Porto».
Sejamos claros. Estas declarações são gravíssimas e provam que poderia existir manipulação de resultados se assim fosse necessário. O jogador recusar-se-ia a marcar golo mesmo que a ocasião fosse propensa a tal, colocando em causa a veracidade do jogo e da respectiva competição. Como se isto não fosse ridículo e grave o suficiente, o jogador disse ainda que se fosse necessário sairia de campo no final da primeira parte e na segunda iria incentivar a equipa adversária juntamente com a sua claque oficial, da qual é líder. Em mais nenhum país minimamente desenvolvido do mundo isto seria considerado algo normal, aceitável ou tolerável. Em mais nenhum, excepto… Portugal.
Esta é mais uma prova de que o desporto português está completamente putrefacto, corroído e corrompido desde os seus alicerces, sendo que esses alicerces têm nomes: Fernando Gomes, Meirim, Fontelas Gomes e Pedro Proença. É absolutamente crucial proceder a uma reforma profunda no desporto português, com o objetivo claro de eliminar todas e quaisquer personagens remanescentes deste Sistema pestilento que teima em dominar Portugal desde 1982.
Façamos um exercício: se fossem, por exemplo, os No Name Boys a jogar num clube que defrontasse o SL Benfica, o que se diria neste momento em Portugal?
Perguntamos a todas as pessoas se em mais algum lado existe um clube que:
A) Foi boicotado por praticamente todos os clubes contra quem jogou, mesmo que estes tivessem de pagar milhares de euros em multas e ao mesmo tempo perdessem pontos;
B) Foi visado por árbitros que denunciaram o que se passava - durante e após os jogos do Canelas 2010 - sob anonimato com medo de represálias, pois parte dos jogadores do clube e a sua claque sabiam de antemão “onde os árbitros moram, as escolas dos filhos, os estabelecimentos comerciais dos familiares”;
C) Tem jogadores que agridem árbitros à joelhada e que inclusive já tinham sido detidos por terem agredido um agente do corpo de Intervenção da PSP em Lisboa 3 anos antes;
D) É suspeito de ter incendiado autocarros de clubes adversários.
O Canelas 2010 tem sido vergonhosamente protegido por Lourenço Pinto, presidente jurássico da AF Porto e bispo do valetudinário Papa do Porto e de Vigo, transmitindo todo o apoio necessário ao bando do macaco. Estes energúmenos têm contribuído para a propagação da ideia de que o futebol português é uma anedota de humor negro, onde qualquer um pode fazer ou dizer aquilo que quiser e bem entender, sem sofrer quaisquer consequências sobre as suas acções. Tal pode ser constatado nas notícias – pelos piores motivos - de que o Canelas 2010 foi alvo, sendo destaque em jornais como “A Marca”, “The Sun”, “Figaro”, “El Pais”, “Globo”, entre muitos outros jornais internacionais. 
Deixamos um apanhado geral de notícias sobre o clube:
1. https://tribunaexpresso.pt/futebol-nacional/2016-11-10-O-Pedroucos-e-o-Grijo-suspeitam-que-os-incendios-tenham-mao-do-Canelas.-Madureira-desmente-So-quero-cuidar-da-familia-e-dos-meus-negocios?fbclid=IwAR2B-BHUntKoUJnwulW7QqvycEbQQCRLNk2QJGezYCo0WEWt4UOWTzLywgc
2. https://www.dn.pt/desporto/canelas-2010-batido-pelo-unico-adversario-que-nao-o-boicotou-5593752.html?fbclid=IwAR3kVe3eFPQawqVONVbYPoNopUrOuqo7_8Cq62aAMD0Z3UkMeT22XqEf1i8
3. https://bancada.pt/futebol/artigo/violencia-em-jogo-do-canelas-em-sao-joao-da-madeira?fbclid=IwAR1JtrdEpsSkXLFmZ2SPD9xcRlVCQF1vYJwcz3YHomH8YtCoSwqu9JICQJA
4. https://sol.sapo.pt/artigo/626296/af-porto-salgueiros-faz-queixa-do-canelas-gaienses-contra-atacam?fbclid=IwAR1wVMQudE9WHgl0CZdE9p3_sB7TwJck9XXYYXyUS3iJnmA_R8HQ_q_Hz74
5. https://www.publico.pt/2017/04/04/desporto/noticia/clube-futebol-canelas-a-coleccionar-polemicas-desde-2012-1767585/amp?fbclid=IwAR2Xd6DVvEOForIF1fZvuZA04_g8uIyXT1mFMIZTEw7Pbq-8_vkp6qoQoTw
6. https://www.publico.pt/2018/10/12/desporto/noticia/futebolista-do-canelas-acusado-por-agredir-arbitro-hoje-em-tribunal-1847240/amp?fbclid=IwAR3WqD64O3LQcA3J-ud_phZ6_owWPFSBx1MAmG3idSf1qFZDa26sVPnVpd8
7. https://www.publico.pt/2017/04/03/desporto/noticia/eles-daote-no-focinho-e-depois-nao-me-pecas-ajuda-1767592?fbclid=IwAR0QzXTIJRUshNO4wraiNx4DveUYDrrMHmvX1QEhepgGz4cOQnyPJIyvJw4
Se o Canelas 2010 tivesse passado a eliminatória e defrontado o FC Porto nas meias-finais, o SL Benfica não teria outra alternativa senão proceder a uma contestação jurídica que visasse a impugnação da competição. Pedimos que partilhem este artigo o máximo que puderem, de forma a que chegue a outros países. Iremos traduzir o mesmo ainda hoje para que este chegue aos meios de comunicação internacionais. O Canelas 2010 pode ter sido eliminado (parabéns Ac. Viseu!), mas a história não será esquecida."

Supertaça de Espanha

"O Barcelona perdeu na meia-final, com o Atlético de Madrid, para a Supertaça de Espanha. O Barcelona estava a jogar bem, vencia por 2-1, mas quando o VAR lhe negou dois golos um a seguir ao outro, o Barcelona ficou paralisado. Pelo meio o VAR não deu um penálti claro de Piqué ao dar mão na bola.
O Barcelona tem a "síndrome de estar a vencer facilmente", tinha tudo para vencer as eliminatórias contra a Roma, como contra o Liverpool e agora contra o Atlético, mas de repente, parece que fica desconectado.
O Barcelona é uma equipa com mentalidade frágil que deve conseguir administrar quando está a vencer e reagir à adversidade. Passou de um jogo que estava sentenciado a um jogo que se virou do avesso e foi eliminado.
A sucessão de Valverde aconteceu, mas é o menos culpado do que se passa. Ninguém lhe queria suceder a meio da época, Xavi ou Koeman, a pior coisa que pode acontecer a um treinador de futebol orientar uma equipa sabendo que vai ser despido no final da época. Valverde estar a prazo era a degradação máxima e pior que ser despido. Entretanto, Barcelona e Valverde chegaram a acordo e vai ser substituído por Quique Sétien, até ao final da época.
O futebol cada vez está mais globalizado, tem uma linguagem que toda a gente entende em qualquer parte do mundo. O sistema de símbolos é reconhecido pela maioria das pessoas.
A Supertaça de Espanha foi disputada na Arábia Saudita, no fundo, o futebol espanhol levado a outras paragens. Cada vez os clubes são multinacionais de espectáculo, como um produto de exportação que procura conquistar outros mercados.
Na final a história repetiu-se, o Real Madrid impôs-se ao Atlético de Madrid, mas para isso teve que sofrer e só o conseguiu fazer nos penáltis. O Real Madrid parece ter atravessado a orfandade de Ronaldo e está a construir uma equipa com inúmeras soluções e Hazard é mais uma peça que actualmente nem lugar tem no onze inicial, apesar de estar lesionado.
Zidane é a pessoa indicada para gerir o balneário e a relação com o falso Florentino Pérez, que pretende somente vencer o resto não conta. Mas Zidane para além, de ser uma mais-valia para o Real Madrid em termos de troféus, também o é para o presidente se manter no lugar e ser reeleito. Florentino tem razão, "é uma bênção do céu".

Nota: Ibrahimovic, um jogador que nos faz ver um jogo de futebol, pois, pode fazer sempre algo incomum, marcou um belíssimo golo parecendo uma carambola de bilhar. A série A, para além de Ronaldo está cada vez mais interessante."

Acreditar no sonho olímpico

"Trasmontano de gema, nascido em Malhadas, uma aldeia mesmo do interior, junto a Espanha, com apenas oito anos já cronometrava os meus treinos de corrida que fazia no regresso e na ida de levar o gado ao monte para comer. Estamos a falar de 6/7kms cada viagem, isto tudo porque já tinha um sonho de um dia ir aos Jogos Olímpicos.
O desporto escolar é a ponte que me coloca a competir nos regionais e, com as minhas classificações, leva-me aos nacionais de juvenis e iniciados. De seguida vou aos Mundiais à China e aos Jogos da FISEC, em Inglaterra; aqui fico sem dúvidas: para chegar ao sonho iria ser um longo caminho.
O meu primeiro clube, o Ginásio Clube de Bragança, e meu primeiro treinador, Carlos Diniz Fernandes, têm um papel fundamental naquela altura, pois fui estudar para Bragança onde tive uma outra abertura para o Mundo e consegui ver as coisas de uma outra maneira.
Aos 18 anos, acontece uma mudança radical na minha vida, com a ida para Lisboa, onde fui trabalhar num restaurante. Fiquei mais perto do centro do atletismo. De um dia para o outro estou junto dos craques que via na televisão, ajudado pelos meus patrões (Jacinto, Zé e Faustino). Com a ajuda de Cipriano Lucas e Rafael Marques entro no Maratona Clube Portugal como atleta júnior e recomeço a treinar no Estádio Nacional com um grupo de treino de Campeões (Paulo Guerra, José Ramos, João Junqueira). A vida foi muito dura. Com nove horas de trabalho a servir mesas e dois treinos por dia, de um momento para o outro tinha o restaurante cheio de troféus.
A primeira corrida pela Selecção aconteceu no Mundial de corta-mato Mundial, em Dublin. Aos 26 anos, foi uma emoção muito grande vestir a camisola de Portugal. Até hoje foram 34 vezes e ainda gostava de fazer uma despedida em grande. Sei que não vai ser nada fácil, mas a esperança é a última a morrer.
Depois de duas tentativas falhadas de chegar aos Jogos Olímpicos, em 2008 e 2012, no ano de 2013 foi a única vez que deixei de acreditar em mim mesmo, atirei a toalha ao chão devido a lesões. Depois das pessoas terem deixado de acreditar em mim e no meu valor, tive a sorte de três mulheres não o fazerem também: Dulce Félix - um apoio incondicional a todos os níveis -, Sameiro Araújo - uma treinadora que me devolveu o que eu já tinha perdido - e Ana Oliveira, no Benfica, a dar-me a braçadeira de capitão e a fazer-me sentir útil.
Por incrível que pareça e porque sou de aproveitar as oportunidades que a vida me dá agarrei esta última com tudo, de punhos e dentes cerrados, e meti na cabeça que tinha que ser um atleta à antiga, para chegar onde eu sempre quis: os Jogos Olímpicos. E assim foi. Foquei-me apenas no treino, na família e no descanso, e vieram as minhas melhores épocas de sempre, nas quais alcancei o ponto mais alto da minha carreira, com o 10.º lugar no Europeu de maratona, que me permitiu entrar na Preparação Olímpica. Era o apoio que me faltava na preparação ao mais alto nível, para chegar aos Jogos Olímpicos.
Dia 1 de Janeiro de 2016 entrei no meu local de eleição, o centro de estágio na Praia de Mira. Com a sabedoria do Prof. Amândio Cupido, durante três anos raras foram as vezes que fui a casa e nos quatro meses seguintes o foco estava nas 2h14’00”, marca de qualificação para os Jogos Olímpicos. Para a Maratona de Hamburgo fiz a melhor preparação da minha vida. Cheguei a dormir 14 horas por dia e tive semanas com quilometragens acima dos 250kms. Se foi um exagero não sei, o que sei é que fiz 2h13´21”, o que me permitiu estar nos JO Rio 2016. E tenho a noção de uma coisa: ao longo da minha carreira poucas pessoas terão acreditado que um dia eu iria ser Atleta Olímpico.
Muitos dizem que eu fiz um trabalho brutal em quatro meses para conseguir a marca de qualificação, eu digo antes que foi um trabalho de 24 anos de treino e muita persistência para lá chegar. Olho para trás e faria tudo da mesma forma até lá chegar, porque foi nos erros que eu consegui dar a volta por cima.
Neste momento, tenho o Grau II de Atletismo, estou a fazer uma formação em Fisioterapia e Massagem, e falta-me apenas um semestre para terminar a Licenciatura em Educação Física e Desporto. O meu objectivo é continuar a trabalhar dia a dia e ser feliz como treinador, como fui como atleta.
Posso terminar a minha carreira de atleta e dizer: fui feliz nas escolhas que fiz e por nunca ter desistido de lutar pelo sonho olímpico."