"1. Benditas duas semanas de férias. Esta semana tivemos Benfica em dose dupla - o que é sempre bom - mas em horários a roçar a bolinha vermelha. O jogo da Taça de Portugal se tem ido a prolongamento iria passar da meia-noite. O jogo de hoje dificilmente algum adepto da caixa de segurança sairá de lá ainda durante o dia 17. Isto tudo porque para a semana há Taça da Liga, onde jogará o Sporting e a Liga privilegiou o descanso a quem vai à Final Four, o que até seria relativamente compreensível se não tivéssemos tido duas semanas de férias há uns dias atrás. A Liga encavalitou uma série de jogos para dar essas férias. A calendarização dos jogos tem sido horrível. Um dos exemplos mais clamorosos é o do Tondela que em Novembro e Dezembro (61 dias) fez 5 jogos (um jogo a cada 12 dias). Num mês que os clubes têm que pagar dois salários a cada pessoa, o Tondela teve receita de jogo em apenas uma ocasião. A Liga de Clubes é eleita pelos Clubes. Quando é que os clubes vão perceber que andam a eleger alguém que lhes anda a ir ao bolso?
2. VAR. Nos últimos dois jogos tivemos erros grosseiros a favorecer a equipa adversária sem que o VAR tenha actuado. Aliás a única vez que actuou foi - e bem - para nos anular um penalty. O Benfica continua a apostar numa comunicação da década passada, escrevendo um comunicado onde se queixa da arbitragem. Na semana seguinte levamos com mais um árbitro mau. Eu não sei se eles fazem de propósito, se são pagos para fazer aquilo ou se simplesmente são maus. O que eu sei é que os comunicados não nos levam a lado nenhum. Temos que ser mais pro-activos nesta discussão. Temos que defender a criação de instrumentos que retirem responsabilidade aos árbitros em campo. Para mim há três pontos fundamentais:
(1) áudios em directo - assim saberemos pelo menos porque é que o VAR não achou que uma cotovelada no Seferovic não é penalty;
(2) challenges - algo que existe no Ténis e agora na NBA, um treinador pode desafiar uma decisão do árbitro e mandá-la analisar em maior detalhe (todas as jogadas são vistas pelo VAR, mas algumas são analisadas de forma errada devido à pressa inerente ao jogo;
(3) margem de erro nos foras de jogo - sei que muitos acham que isto só iria levar a discussão para se está ou não dentro da margem de erro, mas a verdade é que temos uma máquina a calcular foras de jogo através de imagens 2D ao centímetro, sem ninguém saiba qual é a sua margem de erro e onde o operador que pára a imagem tem um poder, consoante o frame em que pára de poder decidir em certos foras de jogo se o atacante está ou não em posição regular.
3. A Entrada de Julian Weigl no 11. Adorei a contratação de Weigl. Mas Weigl não é Taarabt nem Gabriel. Não estou a dizer que é pior - não é. Simplesmente não tem as mesmas características. Por isso não temos jogado o mesmo futebol que estávamos a praticar no final de Dezembro, quando tínhamos Taarabt e Gabriel no meio. Estamos outra vez a jogar com um trinco e um médio centro, em vez do que fazíamos nessa altura que eram dois médios centros. Por isso estamos a ter algumas dificuldades em ligar o jogo ou seja em fazer a bola chegar dos defesas aos avançados. Uma das soluções que vejo é construir a três, com o Weigl no meio dos centrais e o segundo avançado (normalmente Chiquinho) baixar para junto do médio centro (Taarabt ou Gabriel), deixando Pizzi e Rafa/Cervi a jogar por dentro e os dois laterais altos como se dois extremos se tratassem. Algo deste género. Eventualmente uma conversão total para o 4-3-3 em que Chiquinho baixa para médio centro ou sai para dar lugar a Taarabt ou Gabriel. Até lá, muito possivelmente vamos continuar a ter estas dificuldades em chegar à baliza adversária.
Boa sorte a todos os adeptos que vão hoje a Alvalade e que tudo corra bem."
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