"Devido à pandemia e suas implicações nas mais diversas áreas, colocou-se-nos a todos o desafio de transformar a adversidade em oportunidade. O desporto, e em particular a componente da formação, tem sido extremamente afetado, pelo que importa divulgar o que tem sido implementado no Benfica Campus.
Todo o funcionamento diário das instalações no Seixal e restantes usadas pelas equipas de formação estão adaptadas ao contexto atual para que seja possível dar continuidade ao processo de desenvolvimento dos jovens jogadores do Clube e para que todas as áreas que compõem o futebol de formação mantenham atividade regular.
As equipas B e Sub-23 são as únicas em competição, mantendo atividade com processo de treino coletivo e normalizado, embora as rotinas dos grupos de trabalho tivessem também de ser adaptadas ao momento que vivemos. De referir que, para que a participação em competição seja viável no presente contexto, o SL Benfica tem estado na linha da frente das medidas de prevenção e proteção pessoal no meio desportivo.
Além das medidas tomadas a nível interno, tanto a Equipa B como os Sub-23 estiveram envolvidos na génese da aplicação dos testes rápidos na Liga Portugal 2 SABSEG e na Liga Revelação, em parceria com a Liga Portugal e a Federação Portuguesa de Futebol, respetivamente.
Apesar da atual crise pandémica, ninguém está parado e todas as restantes equipas de formação de futebol do Clube estão em atividade, embora com processo de treino individualizado e adaptado às orientações da Direção-Geral da Saúde. Falamos de um universo que abrange todos os escalões do Benfica Campus (dos iniciados aos juniores), mas também os escalões de iniciação (até aos infantis), incluindo as equipas em atividade em Lisboa e nos cinco Centros de Formação e Treino do Clube espalhados pelo país (Faro, Aveiro, Viseu, Braga e Vila Real).
A capacidade da residência do Benfica Campus está neste momento limitada e o número de jogadores a viver no centro de estágios é reduzido em relação ao habitual (todos os quartos são atualmente individuais e residem no Benfica Campus apenas jogadores juvenis Sub-17 e juniores Sub-18). Isto significa que todos os restantes jogadores entre infantis Sub-13 e juvenis Sub-16 que, em condições normais, estariam a residir no Benfica Campus, estão neste momento a viver nas respetivas zonas de residência familiar, um pouco por todo o país.
Para esses cerca de 60 jogadores, o Clube desenvolveu um projeto à escala nacional, ímpar no futebol de formação em Portugal: todos os fins-de-semana, desde setembro, são levados a cabo estágios em duas localizações estratégicas (em Vouzela, no distrito de Viseu, e em Lagoa, no Algarve), que permitem a manutenção da proximidade entre jogadores, staff técnico e restantes departamentos do Clube, assim como a continuidade do processo de treino segundo as metodologias SL Benfica.
Trata-se de uma operação de elevada magnitude, que denota uma capacidade singular por parte do SL Benfica em responder a um contexto de adversidade, também ele, singular.
A crise pandémica resulta em limitações óbvias na vida desportiva dos nossos jovens jogadores, quer ao nível do treino, quer da (inexistente) competição. Mas este contexto de grande adversidade é encarado como um desafio que o SL Benfica está preparado para enfrentar e a partir do qual podem até surgir oportunidades.
Aquele que sempre foi o foco principal do projeto de formação do Clube transformou-se agora na regra: o desenvolvimento individual.
Sem a agenda preenchida da competição, a prioridade passa por desenvolver novas ferramentas que permitam potenciar ainda mais a progressão individual dos nossos jovens, recorrendo ao profundo conhecimento e experiência dos nossos treinadores em relação à metodologia de treino e ao modelo de jogo SL Benfica. Trata-se ainda de um exercício diário e constante de criatividade que coloca à prova toda a estrutura e que trará, no futuro, valor acrescentado ao projeto de formação do Clube, permitindo que o SL Benfica se mantenha na linha da frente do desenvolvimento de jovens futebolistas a nível mundial.
Tendo em conta que a formação integral dos nossos jovens é vista como prioridade, também as áreas de formação pessoal, social e escolar têm desenvolvido novos métodos de proximidade e transmissão de informação, não só para com os jovens jogadores, mas também para com as respetivas famílias e entidades escolares. Mais uma vez, as limitações e distâncias a que o contexto obriga trarão ferramentas renovadas e potenciarão um desenvolvimento cada vez mais sustentado e enriquecido dos nossos jovens no futuro."
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