"A convocatória saiu e com ela talvez algumas dúvidas sobre quanto poderia sofrer o Benfica, depois de ainda na época passada na deslocação a Vizela – Da mesma divisão do Paredes – a eliminação ter parecido real.
Contudo, desde cedo afastou o Benfica qualquer mau presságio. Também pela própria postura do adversário, tomou por completo as rédeas do jogo e se não foi fácil romper linhas tão juntas e tão baixas, controlou por completo o momento de Transição Defensiva. Ou seja, encostou o Paredes atrás e sempre que perdeu a bola, recuperou-a de imediato não dando qualquer espaço ou possibilidade para o oponente poder incomodar.
O jogo foi de tal forma de sentido único que nunca o Benfica mostrou sequer estar em 4x4x2 no momento defensivo. O máximo que aconteceu foi estar organizado em comportamentos de pressão porque nunca permitiu que o adversário se instalasse no seu meio campo.
4x4x2 com comportamentos de pressão – Lado da bola fechado
Com bola os encarnados prepararam ataque ao último terço com um trio de avançados no corredor central – Cervi e Ramos ao redor de Ferreyra; enquanto Pizzi alternava posicionamento aberto (com bola na metade direita do campo), com posicionamento mais dentro nas costas do trio da frente, com bola na metade oposta do campo, enquanto o veloz João Ferreira ficou encarregue de fazer todo a profundidade do corredor esquerdo.
Trio da Frente com Facundo, Ramos e Cervi; Samaris mais baixo com Chiquinho mais próximo da linha atacante
Não foi um jogo de criação mas antes de controlo forte à espera do momento para finalizar e também por isso o desbloquear do resultado surgiu numa das inúmeras bolas paradas ensaiadas pelo Benfica na partida. Ferro e Facundo bloquearam o acesso ao espaço onde Samaris finalizaria numa bola pensada, treinada e executada:
A segunda parte trouxe menos qualidade e controlo por parte do Benfica. O Paredes adoptou uma postura mais “corajosa” – Ainda assim bem insuficiente – e o Benfica foi perdendo mais vezes a bola e demonstrando incapacidade ainda maior para poder chegar com perigo à baliza adversária.
Samaris marcou o golo mas não teve muitos momentos para se mostrar na partida – até pela ausência de capacidade adversária para tentar sair com bola; Chiquinho demonstrou ser muito mais veloz a executar, a pensar e a fazer jogar que qualquer outra opção anteriormente experimentada na posição de segundo médio, carregou o jogo ou soltou rápido sempre a preceito, ainda assim com mais erros do que os habituais – quem sabe fruto de demasiado tempo sem jogar – não se podendo ignorar o facto de por ser um jogo de sentido único faria sempre emergir mais quem tem as suas características; Gilberto e Pizzi não foram capazes de provocar desequilíbrios ofensivos pelo corredor direito, Facundo esteve sem bola e Ramos definiu mal tecnicamente. Cervi agitador como sempre, foi um dos mais interessantes do Benfica, enquanto João Ferreira sentiu a ausência de um pé canhoto mais capaz para dar profundidade máxima no corredor, tal como lhe era pedido. Ferro demonstrou toda a sua qualidade com bola e Jardel teve um jogo tranquilo.
Bola na metade Esquerda – Pizzi nas costas do trio da frente; Gil mais dentro preparando perda da posse
Sem brilhantismo mas também sem nunca ter sido colocado em causa, a equipa de Jorge Jesus chega à próxima eliminatória da Taça e deu oportunidades que somente Chiquinho pareceu aproveitar."
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