sábado, 1 de agosto de 2020

Tem de ser nossa

"Falta apenas um jogo para terminar a época futebolística mais estranha de que tenho memória. Em anteriores períodos de guerras e de ditaduras também já se pôde falar de anos extremamente complicados, mas este 2020 tem tido o condão de nos surpreender quase todos os dias. Pela negativa, claro.
Não manter um título de campeão nacional que era nosso, pararem as competições em todas as modalidades sem decisões, o negócio falar mais alto do que a realidade, e tudo aquilo a que assistimos nas últimas semanas - o futebol sem adeptos no estádio - deixa-me triste. Como se isto não fosse suficiente, disputa-se neste fim-de-semana a final de uma Taça de Portugal em Coimbra, para gáudio dos complexados do costume. A seguir a época acaba para regressar semanas depois (com uma fase final de Champions em Lisboa pelo meio) sem quaisquer garantias de os adeptos poderem voltar a estar nas bancadas a apoiar as suas equipas. É este o panorama actual do futebol em Portugal. E é com este peso de o SL Benfica não ter atingido o principal objectivo da sua temporada que a equipa sénior de futebol masculino vai entrar em campo.
Não é salvação de época nenhuma, atenção. Conquistar a Taça de Portugal é nosso dever, é sempre esse o espírito que qualquer equipa ou atleta do Glorioso deve levar para a competição. E deixar lá tudo. Ser mais rápido, mais forte, mais eficaz, mais solidário. Menos do que isso é uma derrota. Esta equipa sabe jogar à bola. Todos já a vimos fazer isso, com estes jogadores. São os mesmos que venceram a Supertaça com goleada, e a maior parte deles sabe o que é festejar títulos no Marquês.

O Benfica, os adeptos, os sócios e os simpatizantes, os dirigentes e as equipas técnicas, todos merecemos esta vitória. Merecemos, sim. E sem discussão."


Ricardo Santos, in O Benfica

1 comentário:

  1. Para ganharmos, Veríssimo e os nossos jogadores têm de ter em mente que vão enfrentar inimigos, que vão entrar raivosos e dar porrada, jogando com o beneplácito do árbitro e do Var amigos, que estão fartíssimos de nos roubar. É de uma batalha que se trata, e uma batalha só pode ser vencida por guerreiros que não viram a cara à luta e que dão tudo o que têm para dar em campo. É de coragem, de raça, de chama imensa e de muito espírito de sacrifício, além de competência e de uma grande concentração nos noventa e tal minutos, que necessitam para vencer a 27ª Taça de Portugal. Deem-nos isso!

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