"Só no jornal O Jogo, a decisão da SIC (e, ao que parece, também da TVI), de descontinuar os programas televisivos com 'adeptos' dos clubes já gerou três (!) editoriais. Aliás, a primeira reacção negativa veio justamente da newsletter do FC Porto (que, diga-se, é quase a mesma coisa).
Também do outro lado da 2.ª Circular se ouviram vozes discordantes. E a reacção de um dos membros de painel, um tal Rodrigo-não-sei-quê (a propósito: quem é? Como foi lá parar?), corre por aí como exemplo de azia mal disfarçada.
Isto é engraçado, mas não surpreende.
Há muito que deixei de ver os ditos programas, e se, entretanto, uma ou outra vez, lá fui espreitar, logo me senti indisposto. Uma das razões foi o facto, óbvio, de há muito terem deixado de falar de futebol - a dada altura tornaram-se meros debates de arbitragem, e depois... nem disso. Outra foi perceber que tais programas representavam uma sofisticada forma de tiro ao Benfica.
Se o nosso clube tem uma representatividade social claramente maioritária no país, nesses painéis ela via-se reduzida a 33%, contra uma dupla normalmente bem oleada de rivais, ao jeito de um que mata e de outro que esfola. Por melhor que fosse o desempenho do nosso 'representante' (e houve de tudo), só por milagre se evitava que os rivais vendessem o seu peixe.
É claro que os problemas do futebol português não ficam todos resolvidos com o fim destes programas. E a comunicação tóxica vai muito para além deles - começa em certos directores de comunicação, e acaba em alguns jornalistas 'independentes'. Mas este não deixa de ser um passo positivo, que me curvo para saudar."
Luís Fialho, in O Benfica
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