sábado, 27 de junho de 2020

É o que temos

"Proponho um desafio: será incompetência, amnésia selectiva, critério editorial, falta de assunto, ou caça ao clique? Leia e decida (as hipóteses não são mutuamente exclusivas).
Vários órgãos de comunicação social, na sequência da publicação do prospecto de lançamento do Empréstimo Obrigacionista 2020-23, apressaram-se a 'revelar' que a Benfica, SAD já tinha adiantado metade das receitas de direitos televisivos. Propositadamente ou não, e aproveitando a emissão do empréstimo obrigacionista, tentaram passar a ideia de que a Benfica, SAD estará a atravessar supostas dificuldades financeiras, o que contrastaria com a realidade apresentada nos últimos anos. A alguns, tal o afã e entusiasmo notório, só lhes faltou escarrapacharem no título 'Afinal não é só o FC Porto e o Sporting'.
É verdade que a Benfica, SAD já adiantara metade dessa receita. Fê-lo em Fevereiro de 2018 e em Abril de 2019. Ambas as operações foram objecto de comunicados à CMVM e amplamente noticiadas, além de, obviamente, constarem em todos os relatórios e contas, anuais e semestrais, publicados pela Benfica, SAD desde então. As contas são públicas e auditadas, nada disto é novidade, já nem sequer é requentado.
E o novo empréstimo obrigacionista? Folgo, antes de mais, que notícias de empréstimos obrigacionistas envolvendo a Benfica, SAD versem unicamente emissões e reembolsos, há quem, pelo contrário, tenha de adiar pagamentos ou veja a emissão recusada. E a necessidade parece-me evidente: gestão de tesouraria cautelosa. Além da perda significativa de receitas devido à pandemia, alguém poderá garantir que, na próxima temporada, haja público nos estádios ou que as competições europeias sejam realizadas normalmente?"

João Tomaz, in O Benfica

1 comentário:

  1. O Benfica usou cerca de metade e muito bem. Com isso alcançou uma significativa poupança em juros, ao substituir divida de medio e longo prazo com taxas de juro bastante mais baixas.
    Os outros, os rivais já gastaram o que puderam (quem lhes dera poder gastar tudo) no desafogo da tesouraria, isto é, em dívida de curto e muito curto prazo, dívida essa que já se caminhava para a judicialização.
    Comparar a situação do Benfica com a situação daqueles que, em pleno corte salarial, tiveram que hipotecar receitas futuras para efetuar pagamento de salários (e conseguido apenas na alemanha, vai-se lá saber porquê!). Ridícula esta nossa imprensa e o mais grave é que todos nós andamos a pagar para esta comunicação social medíocre e, por vezes, mal intencionada.

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