"'Mais do que união, sobrevivência'. Na entrevista dada à SIC esta semana, Frederico Varandas resumiu na perfeição a presença dos presidentes dos três grandes com o Governo. Para o futebol português aquele que era o momento do agora ou nunca. Do tudo ou nada. Era 'só' isso. Alguns, talvez por ingenuidade, quiseram ver naquela imagem um sinal de um novo tempo onde irá reinar uma rivalidade saudável entre águias, dragões e leões. Desenganem-se.
Os machados de guerra não foram enterrados. Ficaram apenas à porta de São Bento durante o decisivo encontro. Mas com a tão desejada normalização, também virá o mau ambiente normal. Tudo o que esteja abaixo da pandemia, e do perigo de pôr fim ao negócio, dificilmente merecerá nova postura alinhada dos três maiores clubes do País. E é aí que está a pior doença.
Esperar-se que a bola possa começar a rolar em breve. Mas com ela também virá toda a incontinência verbal que caracteriza muitas das trocas de galhardetes entre pessoas directa ou indirectamente ligadas a estes três clubes. Com as insinuações do costume. Com o tal espírito incendiário que se tornou banal. E isso pode não falir o futebol português tão rápido como uma pandemia, mas é um vírus que lhe tem provocado uma morte lenta e que faz com que este produto, apesar de apaixonar tanta gente, valha cada vez menos.
Pode ser que o milagreiro Fernando Gomes consiga aproveitar o momento para apaziguar os ânimos e 'educar' os exércitos daqui para a frente. Pode ser, sim. E difícil de acreditar, mas era bom que assim fosse."
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