sábado, 9 de maio de 2020

O novo normal é igualzinho ao antigo

"O distanciamento social de antigamente era aquele espaço profilático de metro e meio, quando muito de dois metros, deixado criteriosamente vago entre José Pratas e a comandita de jogadores do FC Porto que o perseguiu no relvado em mais uma noite de glória

No futebol português o distanciamento social de antigamente era aquele espaço profilático de metro e meio, quando muito de dois metros, deixado criteriosamente vago José Pratas e a comandita de jogadores do FC Porto que o perseguiu no relvado em mais uma noite de glória depois de o árbitro ter tomado uma decisão de que, na verdade, já ninguém se lembra mas que terá desagradado aos profetas da causa em tempos conhecida como 'a saga contra o marcrocefalismo da Capital'. Se o 'macrocefalismo' não era da Capital mas do país para o caso, hoje, tanto faz. O distanciamento social dos dias correntes, e sempre no que toca ao nosso futebol, não encontrará melhor exemplo do que o da visita da claque dos Super Dragões ao treino que marcou o regresso da equipa do FC porto ao trabalho no pós-confinamento. E lá pintaram numa parede 'agora o vírus é outro'. Não é nada outro, é sempre o mesmo.
Numa rotunda, precisamente na Capital, também uma outra comandita celebrou o fim do confinamento pintando a verde sobre uma série de imagens de glórias do rival. Como se depreende, o novo normal é igualzinho ao antigo normal. A única verdadeira anormalidade destes dias chegou pela voz de uma antigo dirigentes do Sporting que reclamou a urgência de inserir a figura de Eusébio da Silva Ferreira no Museu do clube tendo em conta que a mítica figura jogou no Sporting de Lourenço Marques antes de se meter num avião e aterrar no Estádio da Luz no início da década de 60 do século passado. A ideia de Carlos Vieira é original, muito boa e contagiosa. Houve logo quem se lembrasse de inserir a figura mítica da mãe de Cristiano Ronaldo no Museu do Benfica porque há provas de que a Dona Dolores foi um dia à Cova da Piedade ver o Glorioso jogar para a Taça de Portugal.
O actual presidente do Sporting regressou da vida militar à nova normalidade do seu mandato civil em Alvalade depois de prestar os serviços clínicos para os quais está licenciado no aquartelamento de um hospital. Como bom militar não desdenhou a importância do seu contributo na actual guerra e só lamentou, no fim da campanha, ter-se deparado com 'um quadro com o emblema do Benfica na sala dos médicos' o que, francamente, é inqualificável. A boa notícia é que, entretanto, o quadro com o emblema do Benfica desapareceu da sala dos médicos, a esta hora, já estará pendurado num cantinho do Museu do Sporting à espera da chegada do acervo Eusebiano que irá ilustrar aquela faceta perdida da Historia no dito recinto museológico.
O Benfica não se demarcou pela via oficial das declarações do deputado Ventura sobre a necessidade de concentrar os ciganos portugueses num campo vedado. Já o primeiro-ministro demarcou-se num estantinho prestando esse favor oratório ao maior clubes português. Não foi pela via oficial, paciência, foi pela via oficiosa."

2 comentários:

  1. Veja este acórdão do CD da FPF. Existe a guerra aberta na arbitragem onde árbitros, incluindo Artur Soares Dias dizem uma coisa e Fontelas Gomes outra coisa.
    Procura-se quem prestou falsas declarações.
    Para consultar: vai ao site da FPF, conselho de disciplina – secção não profissional – acórdãos - acórdão nº 27 2019/2020 publicado em 24-04-2020
    Mais informações na minha pagina de facebook: comentário com assinatura

    ResponderEliminar
  2. A ideia de Carlos Vieira é original, muito boa e contagiosa.
    Foi à Cova da Piedade. E eu que pensava que tinha ido à Cova da Iria.
    Ahahahahahah!

    ResponderEliminar

A opinião de um glorioso indefectível é sempre muito bem vinda.
Junte a sua voz à nossa. Pelo Benfica! Sempre!