domingo, 26 de abril de 2020

Um 11 de jogadores desaproveitados pelo SL Benfica na última década

"O SL Benfica é um clube reconhecido pela sua grande capacidade de “ressuscitar” e, até, catapultar carreiras, sendo o caso de Adel Taarabt o paradigma dessa mesma afirmação.
Esta semana, mais uma em que nos encontramos privados do desporto-rei, tentámos elaborar um 11 de jogadores que, por diversos factores, não se conseguiram afirmar no Glorioso. Vê connosco, então, um XI inicial, organizado num 4-4-2 clássico, de jogadores mal aproveitados pelo SL Benfica. 

Guarda-redes
Mile Svilar Chegou à Luz em 2017, proveniente do RSC Anderlecht, com o rótulo de craque. Uma das jóias da formação do clube belga, Svilar chegou num contexto de grande instabilidade em torno das redes encarnadas. Júlio César tinha acabado a carreira e Bruno Varela, então titular, não inspirava confiança devido à irregularidade exibicional que apresentava. Então, o jovem foi “lançado às feras”, tornando-se até, na altura, o guarda-redes mais jovem a jogar na UEFA Champions League, com 18 anos e 52 dias, frente ao Manchester United FC.
No entanto, e depois de alguns erros – e de algum azar – em partidas importantes, Svilar tornou-se numa ovelha negra para o universo benfiquista, e é por essa razão que o incluo neste XI porque, se não for dado o devido tempo de maturação, o Benfica pode, porventura, perder um grande guarda-redes.

Lateral direito
João Cancelo Um dos melhores laterais direitos a sair do Benfica Futebol Campus, Cancelo nunca teve uma verdadeira oportunidade na equipa principal das “águias”. Titularíssimo na equipa “B” dos encarnados, esteve sempre ofuscado por André Almeida e Maxi Pereira, perdendo a oportunidade de entusiasmar os benfiquistas com as suas arrancadas portentosas.

Defesa central
Cristian Lema Eleito, a par de Gérman Conti, como um dos melhores defesas centrais da liga argentina da temporada 2017/18, Lema chegou ao Benfica com a esperança de se afirmar no onze titular das “águias”. No entanto, tal não aconteceu, tendo o argentino apenas somado uma partida oficial pelos encarnados – o defesa central foi titular frente ao FC Porto, numa partida em que os encarnados venceram por uma bola a zero. O imponente central deixou boas indicações, mas a aposta do treinador teimou em não passar por ele.

Defesa central
Lisandro LópezProveniente do Arsenal Fútbol Club em 2013, numa verba a rondar os sete milhões de euros, o argentino só começou a jogar pelos encarnados em 2015, após ter sido emprestado ao Getafe CF por duas temporadas. Lisandro chegava com o chavão de “central goleador” e, enquanto esteve ao serviço das “águias”, justificou essa alcunha ao marcar golos decisivos, sendo o golo ao minuto 92’ em pleno Dragão o mais memorável. Apesar das boas exibições, nunca foi uma aposta constante, estando sempre destinado ao papel de terceiro central do plantel.

Lateral esquerdo
Marcelo Hermes Titularíssimo no Grêmio, Hermes chegou ao Benfica com a perspectiva de ser o sucessor da lateral esquerda encarnada caso Grimaldo saísse. Nem uma coisa nem outra aconteceu e, apesar de ter chegado com o rótulo de promissor, a verdade é que não lhe foi dada a devida oportunidade de mostrar o seu real valor. O brasileiro ficou-se apenas pela equipa “B”, seguindo-se um empréstimo ao Cruzeiro EC.

Médio centro
Bryan Cristante Chegou ao Benfica por cerca de 5,2 milhões de euros, e era apontado pela imprensa internacional como um dos médios mais promissores de Itália, pelo que a sua vinda para as “águias” deixou muitos adeptos rossoneri chateados. Esperava-se que pegasse de estaca e assumisse um lugar no onze inicial, mas as oportunidades tardavam em aparecer, sendo que Cristante deixou a Luz com apenas 746 minutos de competição.

Médio centro
André Horta Após uma excelente temporada ao serviço do Vitória FC, André Horta, um fervoroso adepto encarnado, vê cumprido o sonho de representar o clube do coração. Apesar de ter começado a temporada 2016/17 como titular, Horta foi, gradualmente, perdendo espaço no plantel principal, sendo utilizado esporadicamente ou como suplente. Fica a sensação de que André Horta poderia ter dado um pouco mais ao Benfica, daí integrar este XI.

Médio direito
Bernardo Silva Na ala direita ofensiva está, porventura, o maior desperdício da História do Benfica. Bernardo Silva, um dos criativos de maior renome no futebol internacional, saiu dos encarnados com apenas 31 minutos de jogo pela equipa principal, rendendo “apenas” 15 milhões aos cofres benfiquistas. Ficam as saudades daquilo que não vivemos, Bernardo.

Médio esquerdo
André CarrilloContratado ao eterno rival, onde tinha dado provas de ser um extremo de imensa qualidade, a vinda de Carrillo para o Benfica prometia ter tudo para correr bem. Alto, rápido e com golo, o peruano pode ser considerado um extremo completo, mas nunca o conseguiu demonstrar nos encarnados.

Avançado-centro
Raul Jiménez Um ponta de lança à Benfica, Raúl deixava sempre tudo quando entrava em campo. A “eterna arma secreta” dos encarnados, o mexicano tinha o dom de aparecer sempre nos momentos decisivos. No entanto, e apesar da sua dedicação e esforço em prol do colectivo, Jiménez nunca foi verdadeiramente uma opção para titular, por escolha de Rui Vitória. Agora, depois de duas épocas ao serviço do Wolverhampton Wanderers FC, é que percebemos o grande avançado que tivemos, mas não aproveitámos.

Avançado-centro
Raúl de Tomás O ponta de lança espanhol, contratado por 20 milhões de euros ao Real Madrid, era apontado como o próximo goleador das “águias”. Após um início de época bom – mas sem golos -, começou a surgir sobre RDT quase que como uma nuvem negra – imposta pelos media – que parecia afectá-lo no último terço do terreno. No caso de RDT, penso que não lhe foi dado nem o tempo, nem as condições necessária para que o espanhol se adaptasse a um novo campeonato e a uma nova função dentro do rectângulo de jogo. Fica um sabor amargo na boca, porque perdemos um jogador de enorme qualidade, que podia ter contribuído muito para o Benfica."

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