"Cada um de nós tem uma relação diferente com o Benfica. Podemos chamar-lhe Benfas, Glorioso ou Maior de Todos, mas todos sentimos o emblema de uma forma única e incomparável. Há quem apoie o clube à distância e raramente vá ao estádio. Há quem viva perto da Catedral e não perca um jogo em casa. Há ainda quem encha bancadas pelo país nos jogos fora, e há quem só os possa ver pela televisão. E todos festejamos e sofremos. Há quem tenha estado na fila - na altura dizia-se bicha - das rampas de acesso ao velho estádio durante horas, à espera de conseguir um bom lugar no Terceiro Anel. Há quem chegue à Rotunda Cosme Damião dez minutos antes de o jogo começar, estacione no parque subterrâneo e suba de elevador até ao camarote. Há quem tenha 25, 50 ou 75 anos de associado. Há quem faça parte da enorme família de 6, 8 ou 14 milhões de adeptos e simpatizantes. Há quem seja benfiquista por influência do pai, da mãe ou dos avós. Há quem o seja justamente para os contrariar. Há quem tenha assistido aos feitos dos anos 1960. Há quem só conheça o Benfica do século XXI. Há quem tenha passado horas à mesa do café a discutir tácticas com amigos e rivais, e quem não saiba sequer o que é um pé em riste. Há quem só se sinta vivo debitando ódio no teclado de um computador ou de um telemóvel, e há quem goste de desmontar críticas com uma piada e ironia. Somos todos diferentes. E todos podemos ser alvo de crítica. O que não podemos é ser labregos. Nem ordinários. Nem ter baixo nível ou ser insultuosos para quem nos representa dentro e fora de campo. Porque para isso já há uma legião de profissionais do ridículo. O Benfica é maior do que a soma de todos nós. E vai continuar a sê-lo."
Ricardo Santos, in O Benfica
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