"Agora que Odysseas já não é contestado (até ver...), o grego parece ser a única certeza dos milhões de treinadores de sofá e de teclado que desempenham as suas funções em Portugal. São dezenas/centenas de comentadores de futebol e dos milhares/milhões de adeptos que enchem, respectivamente, horas de televisão e caixas de comentários com as suas teorias revolucionárias e visões estratégicas. Movidos pelo diz-que-disse, pelo amigo do amigo que lhe confidenciou uma patranha qualquer ou pelos escritos venenosos e envenenados de potenciais candidatos (que são bastante populares na rua onde moram ou no blogue onde fazem oposição), os contestatários sabem tudo. Sabem que Cwervi é melhor aposta nas alas, quando no início da temporada só o queriam vender bem e para longe. Sabem que Ferro é para sair já do onze, quando há dois meses era visto como titular até da selecção nacional. Têm a certeza de que Florentino é uma nódoa, mas quando o viram jogar a primeira vez até lhe chamaram Makélélé. Acusam Seferovic de ser um flop, mas festejaram cada golo do melhor marcador do último campeonato como se fosse a final da Champions. Insultam André Almeida nas redes sociais, quando há bem pouco tempo lhe gabavam o amor ao clube e a entrega dentro de campo. Enchem a boca com a magia de Taarabt, mas há pouco mais de um ano não aceitavam que vestisse o manto sagrado. E nem Bruno Lage escapa. Elogiaram o tom e o conteúdo das declarações do treinador durante toda a 2.ª volta do ano passado, mas neste ano já andam a espalhar que parece o Rui Vitória e que não percebe nada de futebol. Não é só triste, é incompreensível o que alguns adeptos fazem ao próprio emblema."
Ricardo Santos, in O Benfica
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