quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

"É-VAR" é humano!

"Cada segundo tem 25 frames. Mas há quem diga que são só 24, mas isso seria para outro texto. Não para este!
Parar a imagem significa parar a imagem num desses 25 frames.
Se o corpo se movimenta nesses 25 frames, quem nos diz que o VAR pára no frame exacto?
E pára quando o pé toca na bola? E como se mede? Se 1 segundo são 25 imagens, os tais frames, mede-se no momento que o pé toca na bola? Ou no momento que a bola sai do pé? A escolha deste frame tem implicações na posição do avançado! Não?
E a espessura da linha? Mede-se no centro da linha? Nas extremidades? Porque havendo espessura... um hairline não é uma linha de 2 ou 5 pontos. Qualquer entendido em imagem sabe disso! Quanto mais espessa a linha... vocês percebem! Não?
Em cima do pé? À tangente do pé?
E se for uma camisola? E se a camisola estiver larga? Conta no limite do tecido? Ou no limite do tronco do atleta?
E o cabelo? Se o jogador tiver um penteado, digamos que mais elaborado, ou comprido, com o movimento o cabelo poderá estar... em fora de jogo. Mas o cabelo... ninguém marca golos com o cabelo! Marca?
E a perspectiva? Ou será paralela? Perpendicular não é de certeza, e aqui sim: estamos de acordo.
A posição da linha conta, pois mais milímetro, menos milímetro... tudo influencia. Tudo! Onde se coloca o ponto de fuga? Sim. Ponto de fuga... da linha. A tal linha que o VAR acrescenta ao écran. 
Não sei... são demasiadas perguntas. Demasiadas variáveis. "É-VAR" é humano!
O que sei, é que o VAR acrescenta. E acrescenta mesmo? Agora fiquei com dúvidas..., mas no fim do dia eu agradeço, porque quando é o meu clube a perder um campeonato com um golo de cabeça em fora de jogo é mau. Muito mau! Lembram-se disso?
Na verdade, eu queixo-me das paragens excessivas. Da incerteza. Muitas vezes das injustiças. Quase sempre das injustiças. Até daquelas que só são injustiças... para mim.
Chegaremos ao dia que teremos um VAR a analisar... o VAR! Será?
E não há nada a fazer porque a máquina não decide sozinha.
A máquina decide sim, com a ajuda de um humano. E o erro é algo que nos assiste. E por vezes em demasiado.
É caso para dizer que "o VAR é humano"!"

1 comentário:

  1. É, e se nos habituámos a chamar aos árbitros (entre outras coisas) filhos da p... então os vídeo-árbitros serão por inerência filhos da vídeo-p...

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