terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Cadomblé do Vata (estrangeiros)

"Há pouco mais e um ano o Glorioso foi em digressão a Frankfurt defender uma vantagem de 4-2 nos quartos de final da Liga Europa. Aos 37 minutos, Vlachodimos defende para a frente um remate de fora da área e Kostic na recarga faz o primeiro da partida. Estava fora de jogo uns bons 2 metros. O árbitro era italiano. No mesmo país, mas na jornada inaugural da Liga dos Campeões, Marega teve uma apoplexia na área do Schalke 04 e caiu sem ninguém lhe tocar. Foi assinalado penalty e daí resultou o empate portista. O juiz era espanhol. Sem sair de solo germânico, nos minutos finais do RB Leipzig - SL Benfica, Rúben Dias agarrou um atacante rival que seguia isolado na área. Foi amarelo, mas era vermelho. Por acaso, foi o mesmo espanhol de Gelsenkirchen. Este ano, com VAR ficaram penaltys claros por marcar a favor dos visitantes no Clássico de Camp Nou e no derby de Chamartin. Em Inglaterra já ninguém consegue olhar de frente para o VAR. Na Grécia vêem buscar os nossos árbitros. Dizem que a solução para os erros de arbitragem no futebol português são árbitros estrangeiros e eu não entendo.
Infelizmente, pelos exemplos que semanalmente vemos lá fora, a qualidade dos nossos árbitros é o que de mais próximo temos com os grandes campeonatos, o que necessariamente não quer dizer que seja bom. Lá fora há tantos ou mais erros do que em Portugal. A forma como são entendidos é que difere. Um erro que em Inglaterra define o valor do juiz, neste cantinho à beira mar plantado, mostra a cor pela qual o seu coração bate ou a sua carteira se enche. O Futebol Português não se sabe auto regular e importar árbitros estrangeiros significará exportar a suspeição que polui o pontapé na bola nacional. A menos que esteja tudo convencido de que um erro de um italiano, espanhol ou alemão na relva nacional, não vá resultar no pandemónio do costume quando se trata de um nativo de apito na boca. Não vendo qualquer benefício para o "jogo jogado" na entrada de de não-nacionais para o dirigir, admito que fora do campo pode haver vantagens... estes "observadores" de apito e bandeirinha vão ver o que por cá se passa, talvez contem lá fora o que viram e a UEFA será obrigada a intervir."

2 comentários:

  1. Desde que não os levem a comer a marisqueiras de Matosinhos ou Lisboa e ao Calor da Noite ou ao Elefante Branco, sou acérrimo defensor de árbitros estrangeiros.
    Podem ser Russos, Chineses, Japoneses, Canadenses...
    Que sejam de muito longe e pouco tenham visto ou ouvido do futebol tuga!

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  2. A questão está mal colocada.:
    Temos, e há, bons e maus árbitros cá dentro,
    como lá fora.
    Não discordando do que afirmas, peço que cogites sobre:
    Porque se introduziram na nossa jurisprudência
    Juízes de fora ?
    Porque erra um VAR, com tudo, sim tudo para o não fazer ?
    Ou será que discordas de Mourinho?
    Medita!

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