sábado, 9 de março de 2019

Derrota injusta...

Benfica B 0 - 1 Paços de Ferreira


Voltámos a perder, mas fizemos um bom jogo, contra a melhor equipa da II Liga, que vai seguramente subir de divisão! Entre as muitas ausências, quem está mesmo a fazer muita falta a esta equipa é o Florentino, que não tem substituído, pois o Vukotic é um jogador de características diferentes...

A 1.ª parte foi repartida, com oportunidades para os dois lados, mas no 2.º tempo só o Benfica tentou o golo! Uma desatenção numa bola parada, acabou por 'dar' o golo ao Paços!

Fixem o nome: Fábio Melo, foi o apitador! Mais um que vai seguramente ter uma 'grande' carreira! Inacreditável como inventou faltas ofensivas ao Benfica, em jogadas de perigo dentro da área do Paços!!!

Posso estar a ser polémico, mas neste momento, acho que o Taarabt tem lugar nos 18 do Benfica, pode ser a melhor opção para o lugar do Rafa ou até do Félix!!! Está fisicamente apto, está motivado, fez dois excelentes jogos na B... e o talento nunca lhe faltou!!!
O Willock também, mas esse já não é uma novidade...

Os nossos três avançados da B (Saponjic, Henrique, Zé Gomes), estiveram na ficha de jogo. Sem o Seferovic com o Belenenses, com a titularidade do Jonas, acho que um dos avançados da B deveria ir para o banco... Nenhum dos outros jogadores do plantel principal tem as características de ponta-de-lança, nem sequer temos Centrais no banco para 'adaptar'... Com o Chaves, na primeira vez que o Jonas tocou na bola, foi imediatamente e premeditadamente, agredido nas costas... se acontecer alguma coisa ao Jonas durante o jogo, é preciso alguém no banco!

Manual para totós que pensam que o Rui Pinto é a Madre Teresa de Calcutá

"Tendo em conta a recente campanha de beatificação do Rui Pinto, parece que urge desmontar toda esta teia com uma linguagem simples com perguntas e respostas para que todos percebam:

P : Alguma vez o Rui Pinto foi ladrão ?
R : Sim, o Rui Pinto roubou 264.000€ do Caledonien Bank

P: E foi condenado ?
R: Não, chegou a um acordo mas no final ficou com 18.000€ que nunca foram devolvidos

P: E quem foi o advogado que o defendeu ?
R: Foi o conhecido comentador Aníbal Pinto que recebeu 16.000€ pelo trabalho

P: Alguma vez o Rui Pinto extorquiu alguém sem ser vigaristas ?
R: Sim, a principal actividade do Rui Pinto é extorquir gente honesta e desonesta sem critério.

P: E exemplos ?
R: Temos o caso da doyen em que o Rui Pinto chantageou com 500.000€ para não mostrar contratos de jogadores, alguns do Sporting.

P: E não seria de interesse público publicar esses contratos ?
R: Você como pessoa honesta também gostaria de ver o seu contrato de trabalho e o seu extracto bancário publicado pelo Rui Pinto ?

P: O que é um whistleblowers ?
R: É um delator ou denunciante às autoridades competentes de práticas ilegais

P: O Rui Pinto é um whistleblower ?
R:  Não é. Temos o exemplo do Edward Snowden que não roubava dinheiro dos bancos

P: O Rui Pinto denunciou os e-mails do Benfica às autoridades ?
R: Não, só mais tarde após terem sido apresentados na Porto TV e na comunicação social e blogs é que a PJ resolveu actuar.

P: Seria moralmente correcto denunciar os emails do Benfica?
R: Não porque não conseguiram encontrar nenhum acto de corrupção desportiva, o que fizeram foi devassa da privacidade de um clube, neste caso o Benfica.

P : O Rui Pinto conhecia e/ou negociou com alguém do Sporting ou do Porto?
R: Se conhecia ou não , não sei, mas sabe-se que foi colega de curso de um dos escritores/comentadores desportivo ligado aos assuntos do Porto. Para além disso foi visto na mesma discoteca que o Bruno de Carvalho e o Nuno Saraiva em Budapeste à mesma hora na mesma noite.

P: O Benfica está na origem do pedido de extradição do Rui Pinto ?
R: Não, o Benfica não tem nada a ver com esse assunto

P: O Rui Pinto também tem informações sobre o Sporting e Porto ou só tem do Benfica ?
R: Tem de todos, mas só publicou do Benfica

P: O Rui Pinto é adepto de algum clube ?
R: Sim, é adepto ferrenho do Porto. Parece-me que com isto ficamos esclarecidos sobre a sua santidade"

Salvar o Sporting tem de ser um desígnio nacional

"O Sporting Clube de Portugal vive a maior e mais grave crise financeira da sua história e o risco de perder o controlo maioritário da SAD é uma realidade. Coloquemos os clubismos de lado, esqueçamos as cores defendidas por cada um e concentremo-nos apenas no essencial: o que é o Sporting Clube de Portugal? Em termos absolutos é muito mais do que um clube. É, na sua génese, uma das maiores forças motrizes do desporto nacional. Uma instituição de utilidade pública que teve ao longo dos anos uma tremenda influência social e cultural não só em Lisboa mas em todo o país. Uma escola de formação de atletas, de futebolistas, de cidadãos. Uma fonte de virtudes e valores morais, um veículo para a saúde através da prática desportiva, um aglutinador de massas e um berço de paixões sem limites. Mas por força dos tempos em que vivemos é também uma empresa, um negócio que movimenta milhões, uma Sociedade Anónima Desportiva cotada em bolsa. E também por isso as exigências de quem assume os seus destinos são enormes e não podem ser desvalorizadas: ser presidente do Sporting é liderar uma das mais históricas, marcantes, mediáticas e poderosas instituições que Portugal alguma vez conheceu, e o desempenho desse cargo tem de ser obrigatoriamente levado a cabo com uma tremenda noção de responsabilidade.
Nos últimos anos, infelizmente, isso não aconteceu. Não houve quaisquer limites para os erros crassos que foram sendo cometidos, não houve liderança séria, não houve consciência das consequências dramáticas que teria uma gestão «completamente irresponsável», nas palavras do próprio Francisco Salgado Zenha, atual administrador da SAD leonina. Consequências essas que agora se fazem sentir de forma tremenda, como se estivéssemos perante um amanhecer violento que se abate sobre os sócios e adeptos do clube. Não há outra forma de dizer as coisas para que se perceba de uma vez por todas aquilo que está em causa: o Sporting Clube de Portugal vive a maior e mais grave crise financeira da sua história e o risco de perder o controlo maioritário da SAD é uma realidade cada vez mais próxima e inevitável. Não que essa perda de maioria seja necessariamente negativa, mas deixemos esse tema para um texto futuro.
Falemos de coisas concretas: o Sporting celebrou em dezembro de 2015 um contrato de cedência de direitos televisivos – mais a exploração de publicidade no estádio, mais o patrocínio da camisola da equipa principal, mais uma série de cedências que não importa agora elencar mas que hipotecaram sobremaneira as receitas futuras – válido até 2028, por valores na ordem dos 515 milhões de euros. O contrato, válido por 10 temporadas e cuja primeira foi esta que agora se aproxima do fim, significaria um encaixe teórico superior a 51 milhões por época, não fosse o facto de a anterior direcção ter já antecipado (e gasto!) mais de 205 milhões do respectivo contrato, ou seja, cerca de 40% do montante total. Tudo isto ainda antes de começar a primeira das 10 épocas às quais se refere o valor do acordo em causa! Isto significa que, para as 9 épocas que restam, sobram ‘apenas’ 309,6 milhões, com a agravante de o Sporting já só ter a receber 3,3 milhões em 2018/19 e cerca de 11 milhões em 2019/20. Dinheiro a sério, encaixe significativo proveniente deste contrato, agora só mesmo em 2020/21, já que até lá está tudo antecipado e gasto. E não sou eu quem o diz, é mesmo a SAD do Sporting em prospecto enviado à CMVM no final de Fevereiro.
Dito desta forma e após uma primeira análise mais ou menos superficial, o assunto nem parece particularmente grave. Afinal o Sporting ainda tem mais de 300 milhões a receber só desse contrato e manda a lógica que os mais de 200 milhões antecipados pela anterior direcção tenham sido aplicados em amortização de passivo, liquidação de dívidas, construção de um plantel competitivo... Certo? Errado! Comecemos pelo Empréstimo Obrigacionista de 30 milhões (outra forma comum de financiamento além da antecipação de receitas futuras de contratos celebrados) cujo pagamento vencia em maio de 2018 mas que viu o seu prazo de liquidação prorrogado para Novembro de 2018. A anterior direcção gastou esses 30 milhões – a somar às centenas que referimos anteriormente no que concerne ao contrato de direitos televisivos – mas deixou mais essa factura para a direcção seguinte, privando-a de poder financiar-se através de novo Empréstimo Obrigacionista, já que a operação levada a cabo em Novembro não chegou sequer para fazer frente ao pagamento em falta desde maio. Mas há mais! Além de ter privado a direcção seguinte de poder antecipar verbas do contrato de direitos televisivos ou de recorrer a emissões obrigacionistas – só por si uma herança pesadíssima em termos de limitação operacional –, a direcção anterior ainda deixou mais um presente para quem viesse a seguir: nada mais nada menos do que 29,8 milhões em dívidas a clubes e 24,3 milhões em comissões por pagar, num total superior a 54 milhões de dívidas de curto prazo de acordo com o último Relatório e Contas do Sporting. Nada mau para quem tanto apregoava o seu «milagre financeiro» e a sua «gestão exemplar».
Haverá algo mais a acrescentar aos 30 milhões de incumprimento obrigacionista, aos 205 milhões de verbas antecipadas do contrato da NOS e aos 54 milhões de dívidas a clubes e empresários? Pois, infelizmente parece que sim, pelo menos a julgar pelos processos que constam desde 7 de Fevereiro no portal do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa e que ascendem a cerca de 5 milhões de euros. E a que se referem? A alegadas dívidas e incumprimentos no pagamento do Pavilhão João Rocha, o tal que estava integralmente pago e com verbas excedentes já aprovisionadas para esse efeito caso o Sporting perdesse o processo contra a Doyen. O tal que era impossível o clube perder... mas perdeu. E é nesse mesmo portal que podemos também consultar o processo que mais se temia mas que começava a adivinhar-se como inevitável: o pedido de insolvência da SAD leonina por parte da SAD do Vitória Sport Clube, que reclama uma dívida imediata superior a 4 milhões referentes ao incumprimento de pagamentos pelo brasileiro Raphinha.
O quadro é negro e a descrição da situação actual do Sporting podia continuar por várias páginas como esta, repletas de episódios gravíssimos e cujas consequências estão ainda por descobrir. Para onde foram as receitas antecipadas ninguém sabe, já que o clube está mais endividado do que nunca. Neste momento isso nem é o mais importante, já que é um passado impossível de apagar ou corrigir. O importante é o presente e o futuro. O importante é que se crie um ‘desígnio nacional’ para salvar o Sporting Clube de Portugal. Poderá ser à custa de perdões de dívida? De extensão de prazos de pagamento a clubes que estão, também eles, dependentes dessas mesmas verbas? Dificilmente. Cada SAD é responsável pela sua gestão e tem de arcar com as consequências dos actos dos seus gestores. Mas não estamos perante um caso qualquer, estamos perante uma situação dramática de um clube que deu e dá tanto a este país. Uma crise que urge uma solução à altura. Frederico Varandas e a sua direcção estão a fazer o que podem, descobrindo formas alternativas de financiamento cujos custos ainda estão por conhecer, mas que poderão permitir que o clube sobreviva para tentar levantar-se uma vez mais com a pujança de outrora. Merece – por isso e pela coragem de assumir a hercúlea tarefa de presidir os destinos do Sporting em tempos tão conturbados – a confiança e o apoio de todos os sportinguistas sem excepção. Não é hora de virar costas e debandar de Alvalade. Porque um clube que não consegue que os da sua própria cor se unam na sua intransigente defesa, não pode exigir complacência por parte de terceiros. E sem isso não há ‘desígnio nacional’ que se consiga criar e mobilizar no sentido de ajudar o Sporting Clube de Portugal a sair da profunda crise em que se encontra."


PS: O Brás afinal é um trol !!!

Senta-te aqui, benfiquista, vamos conversar

"Lembras-te daquele tempo em que o céu brilhava, o Benfica ganhava a jogar como nunca e o Bruno Lage era o Rei disto tudo? É normal que te lembres, foi há menos de uma semana!
Não me entendam mal, entendo perfeitamente o desespero e preocupação de assistir a uma não-vitória benfiquista. É algo contranatura, um sentimento de impotência que nos deixa angustiados e com a garantia de uma noite mal dormida.
A derrota na Croácia pôs a nu o carácter bipolar de muitos benfiquistas que passam do 8 ao 80 em poucos dias. Não me entendam mal, entendo perfeitamente o desespero e preocupação de assistir a uma não-vitória benfiquista. É algo contranatura, um sentimento de impotência que nos deixa angustiados e com a garantia de uma noite mal dormida. Basicamente é como ser do Sporting por breves horas e isso não é uma experiência nada agradável.
A lesão do único ponta-de-lança disponível (já lá vamos) mudou o rumo do jogo e não nos conseguimos adaptar porque alguns jogadores estiveram muitos furos abaixo do esperado.
Mas depois de passar a fase da neura temos de voltar rapidamente à realidade e enfrentar os factos com objectividade:
- O Benfica perdeu a primeira mão da eliminatória
Certo, mas temos ainda um jogo em casa e este adversário está perfeitamente ao nosso alcance. Alguém acredita que não somos capazes de dar a volta? A equipa que ganhou 2 vezes ao Guimarães, venceu pela primeira vez na Turquia, goleou em Alvalade, superou o trauma do Dragão e deu 10 ao Nacional não é capaz? Claro que é.
- A equipa não jogou bem
Correcto, mas se há coisa que não nos podemos queixar deste Benfica de Lage é da falta de exibições convicentes. A lesão do único ponta-de-lança disponível (já lá vamos) mudou o rumo do jogo e não nos conseguimos adaptar porque alguns jogadores estiveram muitos furos abaixo do esperado. Krovinovic andou sempre perdido e o Cervi fez o que tem feito ultimamente: absolutamente nada. Mas também isto tem solução num futuro imediato, Pizzi e Rafa serão titulares no próximo jogo e o problema deverá ficar resolvido.
Afinal em que ficamos? Poupamos os titulares ou jogam os mesmos até rebentar? Lage não pode ser culpado de 2 pecados antagónicos.
- A lesão de Seferovic
OK, aqui sim há motivos para arrancar um ou dois cabelos porque aparentemente não temos alternativas para a posição. Ninguém sabe bem o que se passa com Jonas e ainda não existem informações oficiais acerca da extensão da lesão do suíço, mas acredito que não seja nada de grave e que seja recuperável durante a pausa das selecções. Se não houver Jonas haverá outro qualquer... talvez um certo marroquino que aparentemente se tem empenhado nos treinos.
- A equipa parece cansada
Quanto a isto não há nada a fazer, é o preço do sucesso e da dinâmica infernal implementada pelo nosso treinador e também por isso tem havido uma gestão cuidada dos elementos que apresentam mais desgaste, como Pizzi, Rafa ou André Almeida. Felizmente os seus substitutos têm sabido dar conta do recado e ainda falta aparecer Jota na rotação, por isso mais uma vez não me parece que este seja um problema de especial relevância. Afinal em que ficamos? Poupamos os titulares ou jogam os mesmos até rebentar? Lage não pode ser culpado de 2 pecados antagónicos.
Resumindo, o Benfica encontra-se neste momento numa posição invejável: estamos a jogar bem, na liderança do campeonato com 2 pontos (na prática são 3) de vantagem sobre o maior rival e com claras hipóteses de seguir em frente na Liga Europa. Não existem motivos para entrar em pânico, temos sim de marcar presença de forma massiva em todos os jogos que o Benfica fizer para ajudar a equipa a cumprir os seus objectivos.
Segunda-feira tudo à Luz!"

Alterações na lei que regula as sociedades desportivas

"As regras de integridade financeira, incluindo o licenciamento e o controlo das finanças das Sociedades Desportivas, são básicas e não as protegem da má gestão.

A lei regula as Sociedades Desportivas em termos que não são adequados. Passados seis anos da sua entrada em vigor, há que alterar o seu regime, bem como as regras sobre defesa da transparência e da integridade.
O DL 10/2013 de 25 de Janeiro aprovou o regime legal das Sociedades Desportivas (SD). É uma lei com muitas obrigações, mas que não sanciona o seu incumprimento, nem prevê a possibilidade de o Clube recuperar a SD. Apesar da boa intenção do legislador, esta lei deixou por responder questões--chave para a actividade das SD como: o que acontece à firma caso o clube deixe de ser accionista? O capital social deve ser definido em função da prova em que a SD participe ou de acordo com o seu objecto? O que acontece se a SD não respeitar os direitos do administrador nomeado pelo clube? E se o clube não puder acompanhar um aumento de capital, como manter os 10% de participação mínima? O que acontece se a SD não aprovar as contas? Pode o clube vender a totalidade das suas acções? O que é uma "adequada contrapartida" para utilização do estádio do clube?
Mas não ficamos por aqui, persistem outras dúvidas como as relativas à marca, ao respeito pelos símbolos do clube, ao que deve constar do protocolo entre o clube e a SD, à possibilidade de reverter a transmissão da maioria em caso de incumprimento ou, por fim, saber se um clube pode personalizar uma nova SD. Na formação de futebol, verifica-se a ausência de regras claras que permitam evitar que as equipas do clube fundador possam vir a defrontar equipas da formação da SD. Por fim, as limitações ao exercício de direitos sociais não fazem sentido. Um investidor pode ter 90% de uma SAD e 10% de todas as demais. Ou pode deter 49,9% de todas as SAD! Numa e noutra situação, será que não existe conflito de interesses?
Também a propriedade dos clubes é uma matéria que parece não gerar consenso. Note-se que transformação do futebol numa indústria à escala global atraiu grandes investimentos, sendo que uma parte provém de fontes desconhecidas. Nesse contexto, a questão da propriedade dos "clubes" tornou-se crucial para fins jurídicos, financeiros e de integridade das competições. Desde que a FIFA baniu a partilha de direitos económicos com terceiros, os investidores mudaram os investimentos para a propriedade de clubes (ou SD). Em Portugal, não houve uma evolução a nível de implementação de regras de "good governance" e regras de integridade financeira, com reflexo no modelo societário obrigatório. As SD funcionam da mesma forma que funcionavam os departamentos de futebol dos clubes que lhes deram origem. Continuamos a ter um associativismo desportivo com um modelo dos anos 60 e uma lei das SD que não responde aos problemas.
As regras de integridade financeira, incluindo o licenciamento e o controlo das finanças das SD são básicas e não as protegem da má gestão. Há muito a fazer em sede de "good governance", como seja adoptar regras de democracia, de transparência, de prestação de contas e de representação dos diversos "stakeholders". Os problemas estão identificados e prendem-se com: a falta de transparência na aquisição de SD; a aquisição por indivíduos falidos, desonestos ou criminosos; a lavagem de dinheiro; a corrupção; e o investimentos para apostas ilegais.
Em Portugal, a lei 101/2017 de 28 de Agosto, passou a obrigar a comunicação das entidades que adquiram SD e as respectivas participações. A lei das SD foi alterada, mas de uma forma insuficiente uma vez que não está prevista a revelação pública do "último beneficiário efectivo". No imediato seria importante: criar regras de controlo prévio das compras e vendas de participações em SD incluindo um teste sobre a capacidade financeira; a revelação pública dos detentores de SD até ao último beneficiário efectivo; testes de probidade e capacidade para os membros dos conselhos de administração; e criar regras adequadas de boa governança, transparência e verificação de conflitos de interesses.
Temos uma legislação das SD insuficiente que não protege os clubes, nem a integridade das competições, e que urge alterar."

O pior da Croácia foi a lesão de Seferovic

"Com vitória no Dragão fica a consciência de que apenas vencemos um jogo. Somos um clube que só festeja, efectivamente, títulos.

A comitiva do Benfica teve uma noite com rebentamentos de petardos junto do hotel e foi atacada com apedrejamento ao autocarro, quando, sob escolta, se dirigia ao estádio, num ambiente conhecido em Nápoles.
Começado o jogo, o Benfica enquanto conseguiu jogar com 11 deu um banho de bola ao Porto e venceu com classe e categoria.
Melhor mesmo, só se os golos fossem marcados pelo jogador que o Porto não quis, mais aquele que não conseguiu. Ups!
Saímos do Dragão com a sensação que foi uma recepção à Porto e uma vitória à Benfica.
No fundo cada emblema escolhe onde deixa a sua marca e a do Benfica é a qualidade do seu futebol.
No fim do encontro Bruno Lage ainda serviu chã, quer na flash quer na conferência de imprensa.
Saímos do Dragão com mais uma etapa cumprida e deixámos o adversário a fazer 'rodinhas' no centro do relvado.
A consciência que apenas vencemos um jogo e que estamos num clube que só festeja títulos, mantém o foco para os 10 jogos que faltam.
Mas não podemos deixar de elogiar Bruno Lage, a sua ideia de jogo e qualidade que mostra.
Escrevo de Zagreb, porque voltou a ser obrigatório não perder um jogo deste Benfica.
O Benfica fez uma exibição abaixo daquilo que nos vem habituando. Muita posse de bola mas sem objectividade, e com a saída de Seferovic tudo ficou mais difícil.
Ficou a certeza que o Benfica é muito superior a este Dínamo, mas a verdade é que trazemos um resultado perigoso para a segunda mão.
O Dínamo de Zagreb tem um histórico impressionante fora de portas e vai à Luz lutar pela passagem aos oitavos de final na próxima quinta-feira.
Embora o pior legado da Croácia tenha mesmo sido a lesão de Seferovic.
Recuperar o canivete suíço é neste momento tarefa urgente rumo ao sonho."

Sílvio Cervan, in A Bola

Vitória em Ovar... em jogo com recorde negativo !!!

Ovarense 55 - 70 Benfica
8-13, 6-5, 15-18, 22-15, 4-19


Vitória num jogo muito mau... A Ovarense, jogou somente com dois Americanos, os outros dois estrangeiros ficaram no banco lesionados... o parcial de 6-5 no 2.º período é ridículo!!! E nem sequer podemos alegar que defendemos bem...

Apesar de várias más decisões dos árbitros no 4.º período, acabámos por vencer, somente, porque o adversário deu o 'berro' no prolongamento!!!

Algo se está a passar nesta secção. Mesmo com alguns lesionados, começamos a época, com várias boas exibições, mas depois do Natal tem sido sempre a 'baixar'!!!

As únicas notícias positivas desta noite, foram o regresso do Zé Silva e do Cláudio... Em sentido contrário o Cantero nem sequer esteve na ficha de jogo, e o Suarez pareceu-me 'limitado'!!!

Reconquista

"O declínio vertiginoso da carreira de Pepe é evidente: Ao serviço do Real Madrid, pontapeou um adversário deitado no relvado; Em Janeiro, pontapeou a canela do irrequieto João Félix e deixou-se cair prostrado na relva a contas com dores imaginárias; No sábado passado, perante a ameaça do aproximação do irrequieto João Félix, pontapeou a atmosfera, fez uma acrobacia apalhaçada e contorce-se de dores, também imaginárias - louve-se a criatividade - tendo ainda a energia para, num acto fingido de extraordinária superação, insultar o adolescente Félix.
Indiferente a estas tropelias de um reformado activo, o presente e futuro do futebol português limitou-se a sorrir e a ignorar o resquício de um outrora grande jogador, apesar da sua latente e nunca perdida deslealdade com colegas de profissão. Venha o próximo, pareceu pedir Félix.
Entretanto, os Goebbels de algibeira portista já entraram em acção, achando que o mundo cristalizou e que o Benfica actual, com vários campeões no seu plantel (alguns tetra e vários tri) não saberá lidar com tentativas bacocas do uso da psicologia invertida. Não, caros imprestáveis, ninguém no Benfica acha que se pode encomendar já as faixas de campeão. Todos sabemos que serão dez árduas finais e que, a nós, por muito que vos possa parecer estranho - lá saberão como se 'fazem as coisas' - ninguém nos dá nada.
Não deixa, no entanto, de ter uma certa piada que gente afecta ao clube mais videoajudado na primeira volta do campeonato, e que desperdiçou nove pontos para o agora líder Benfica, ache que a pressão estará no lado de quem recentemente celebrou um tetra e que, nos últimos dois meses, tem demonstrado cabalmente que é muito melhor..."

João Tomaz, in O Benfica

Justiça poética

"Aquele segundo em que Pizzi segura a bola até Rafa se livrar dos adversários e ficar livre para rematar à baliza e fazer golo. É essa a imagem que não me sai da cabeça depois do clássico disputado na Antas. É que aquele golo é muito mais do que um simples golo. Além da beleza e da importância da jogada, quero acreditar - e assim me ajudem Bruno Lage e os jogadores - neste lance como a machadada final em décadas de mentira. O golpe que eles mereciam, a resposta certa no momento e lugar exactos. O que Rafa e os seus companheiros de campo conseguiram foi calar os inimigos - há muito que deixaram de ser apenas rivais - e remetê-los ao silêncio, ao desconforto, à vergonha de terem tentado tudo e mesmo assim terem perdido. Não tenho nada contra as equipas que se esforçam ao máximo (dentro da legalidade) para nos ganhar, mas não é disso que se trata. Ao longo de décadas, e nos últimos anos de forma visível, tentaram sujar-nos de todas as formas possíveis. Nesta temporada foram vasculhar o seu passado para lançar suspeitas de doping, arranjinhos, agressões e favores a árbitros. Coitados, como se alguém esquecesse aquilo que eles são.
Na ressaca da derrota caseira até foram ressuscitar o tema do pirata informático, para desviar atenções. Mais um tiro que lhes saiu ao lado. Ou, a ver pelo que aí vem, ainda lhes vai acertar em cheio no pé. Assim o queiram os deuses do futebol e da verdade."

Ricardo Santos, in O Benfica

O Benfica é líder, mas estou sem voz

"Já passou uma semana desde o clássico, e ainda estou afónico. Tenho comunicado por linguagem gestual de forma a poupar a voz. Por vezes até pareço o Casillas, que passou o jogo a esbracejar para os colegas, incrédulo pela amabilidade com que eles estendiam uma passadeira quando os jogadores do Benfica tentavam chegar à baliza. Aliás, circulam uns rumores a assegurarem que a Mimosa já contactou o Sérgio Conceição a implorar-lhe o segredo para produzir uma manteiga tão macia como aquela que ele barrou nos seus defesas para o clássico. No entanto, eu até compreendo. Caso tivesse o privilégio de assistir à troca de bola deste Benfica à flor do relvado, também iria tentar atrapalhar o menos possível.
Se aquela brincadeira do Pizzi com a bola antes de servir o Rafa para o 1-2 pareceu maravilhosa lá e cima desde a bancada, faço ideia desde o ângulo do Felipe, do Pepe e do Herrera. Já são muito poucos aqueles que ainda não se renderam ao talento de João Félix. No Dragão, convenceu mais alguns, até porque teve a astúcia de agradar aos adeptos de ambas as equipas. Os benfiquistas desejavam ver um golo do rapaz, e ele marcou.
Os portistas queriam ver alguém do Benfica a ajoelhar, e ele também ajoelhou. Não teve foi assim tanto tempo para saborear o momento, porque o Rafa foi a correr alertá-lo para se despachar: só a vitória interessava. Apesar de estar feliz, sinto que posso ter desiludido a minha mãe.
Recomendou-me vezes sem conta durante a minha infância que nunca cumprimentasse desconhecidos, e nas bancadas do Dragão não só cumprimentei uns quantos como ainda os abracei com toda a força. É tão bom ser do Benfica."

Pedro Soares, in O Benfica

Cumprir o destino

"A propósito da reacção do povo benfiquista no final da última partida na Luz, o presidente Vieira afirmou que a mesma lhe lembrava os gloriosos anos sessenta.
Eu não vivi esses anos. Ainda cá não estava. Talvez por isso me seja mais difícil encontrar paralelo para este Benfica. Poderia porventura compará-lo ao primeiro ano de Eriksson. Ou à temporada de estreia de Jesus. Mesmo assim, não sei se estaria a ser justo para com esta empolgante equipa, superiormente orientada por um jovem de personalidade forte e ideias frescas, que nos regala a cada semana que passa, a cada nova vitória, a cada demonstração de classe.
A jornada do Dragão foi apenas o mais recente exemplo. Acresce que tudo está a acontecer com uma espinha dorsal de elementos formados no Seixal. Ou seja, o Benfica está finalmente a cumprir, e de forma esmagadora, aquela que foi a sua aposta estratégica há uns anos, quando foi criado o Centro de Estágio, e de forma visionária o nosso presidente repetiu que ali estaria o futuro da equipa principal. E foi um treinador, também ele saído do Seixal, a melhor interpretar essa estratégica.
Sempre aqui defendi que o plantel do Benfica era fortíssimo, e apenas carecia de aproveitamento e organização. E ora aí temos, uma equipa desfalcada de nomes como Jardel, Fejsa, Salvio e Jonas, a esmagar adversários uns após os outros, e a deliciar os adeptos - mesmo os mais exigentes.
É conveniente lembrar que ainda não ganhámos nada. Ou por outra, que ainda não ganhámos títulos, pois já conseguimos uma equipa, um treinador e uma total simbiose com a nação benfiquista, o que não é pouco.
Temos, pois, os alicerces para uma grande temporada. As dez finais que faltam no campeonato, mais as duas na taça, mais as eliminatórias europeias que ainda teremos de enfrentar, irão ditar se foi ou não feita justiça a este magnífico conceito futebolístico idealizado por Luís Filipe Vieira e levado à prática por Bruno Lage."

Luís Fialho, in O Benfica