segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

SL Benfica: O Melhor 11 de 2019

"2019 será sempre relembrado no universo benfiquista como o ano de consagração de Bruno Lage e da sua Reconquista: que é dele, sempre será dele e só ocorreu graças a ele e a uma gestão miraculosa que se traduziu num campeonato ganho numa volta. Varreu, passou com a esfregona e colocou os adereços nos lugares certos, trouxe outros nunca antes experimentados e até recuperou alguns que já ganhavam pó no sótão. É sob a sua égide que este onze é embrulhado e colocado ao dispor de cada benfiquista: os onze melhores de um ano inesquecível a nível nacional, faltando só a consagração internacional.
Guarda-Redes
Odysseas Vlachodimos Louvores a Fernando Ferreira, treinador de guarda-redes e companheiro de Bruno Lage. Muitas graças ao homem que tornou possível uma evolução meteórica das qualidades do guardião grego: o Odysseas de hoje é muito melhor que o Odysseas que começou o ano civil. Mérito do staff e do próprio atleta.
Lateral-Direito
André Almeida Futebolices à parte, o ano especial de André Almeida vale muito pela sua superação e pelo respeito à camisola que veste. O homem que ultrapassou a fase final do último campeonato em gestão de esforço – e que fez questão de nunca parar – sempre insistiu em ajudar os seus colegas a chegarem ao título. André Almeida é a personificação dos valores benfiquistas, por muito que a sua qualidade enquanto futebolista seja posta em causa. Ainda hoje se ressente daquelas semanas infernais.
Defesa Central
Rúben Dias Numa era virada para o valor mercantil de cada futebolista, a melhor coisa que se pode dizer de Rúben Dias é que é imprescindível pelo seu carisma, capacidade de liderança e espírito de sacrifício. Foram 51 jogos oficiais: 51 jogos onde não precisou da braçadeira para ser o chefão da turma em campo.
Defesa Central
Ferro Ao contrário do nome, Ferro não se distingue pela dureza em cada lance: é pela souplesse com a qual se move, num levitar fantasmagórico que baralha pressões adversárias, na visão 360º e na capacidade de passe, sempre à vontade do freguês: curto, médio ou longo, no pé ou no espaço – é o que o colega quiser. Sempre de cabeça levantada e o ar inocente dos génios. Agarrou-se à titularidade quando o papá Lage chegou à casa grande e por ali se deixou estar. 
Lateral Esquerdo
Grimaldo Vruuuuuuuuuuum! Lá vai ele. Os colegas perguntam: onde vai o Álex? E ninguém sabe responder. Quando o descobrem, já ele passou a linha média e vai a todo o gás intrometer-se na rede adversária, pela ala ou em zonas interiores. Foi assim, a ir embora desta forma, que se tornou o mais assíduo nas contas do campeonato – totalista – e o que mais minutos somou neste ano civil. Um duende motoqueiro que desafia as leis da física.
Médio Direito
Pizzi Luís Miguel Afonso teve um ano em cheio. Depois de voltar à direita – o seu lugar de eleição – o seu “futérebro” sofreu mutação genética e dotou-o de poderes sobrenaturais: 27 golos e 26 assistências, 134 no teste de QI e, finalmente, importância em jogos internacionais. Começou 2019-20 com… uma assistência em 30 jogos de Liga dos Campeões. Acabou a fase de grupos com três golos e três assistências. O melhor Pizzi de sempre.
Médio Centro
GabrielAr desinteressado, a condescendência da meia baixa mais a bota preta Adidas, o pé esquerdo arrogante e o queixo levantado, armado aos piparotes: Gabriel veio dos anos 80 para nos relembrar, semana a semana, que no bom futebol a personalidade conta muito e é a bola que se desloca, nunca o jogador. A cadeirinha que usava para se sentar no grande círculo passou a cadeirão com a chegada de Bruno Lage, tornando Seu Gabriel o dono da fazenda encarnada.
Médio Centro
Adel Taarabt Era o tal que já estava cheio de pó, encaixotado no sótão. Lage reparou que mais um fantasista na equipa não fazia mal nenhum e foi rapidamente lá acima puxar o Adel do meio da tralha toda. Tanto jogo pautou e tantos espaços descobriu, que acaba o ano na melhor forma de sempre, a jogar a 8 como nunca ninguém pensou e a fazer parelha ímpar com Gabriel a meio-campo. Samaris foi essencial no 37, mas Adel tem outro perfume…
Médio Esquerdo
RafaTornou-se em 2018-19 num extremo com golo, muito golo. Depois de épocas e épocas a ser acusado de inconsequente, Rafa elevou o nível e tornou-se no melhor extremo a jogar em Portugal. Rato atómico assentava-lhe bem, se não fosse já a alcunha de Miccolli; Speedy Gonzalez também, mas reduzi-lo à comparação com um desenho animado não faz jus a toda a sua qualidade e importância no futebol benfiquista. Rafa, e só Rafa, já chega para meter medo. O Rafa do Benfica. 
Segundo Avançado
João FélixUma vez o João disse a alguém que podia ser só uma curte. Se pensarmos bem, isso foi o que ele fez connosco: só uns beijinhos. Foram seis meses de uma curte mirabolante, umas carícias deliciosas, momentos que nos fizeram apaixonar e perder toda a lucidez. Quando o João pegava na bola, todos nós éramos a tal menina galanteada. E é justo dizer que adorámos. Estávamos prontos para assumir a relação, mas o Mendes foi mais rápido a chegar-se à frente. 
Ponta de Lança
Carlos Vinícius No primeiro jogo do ano civil, alinhou pela equipa adversária. No final de 2019, é o ídolo da plateia da Luz com todo o mérito: demora 49 minutos para marcar um golo no campeonato. São 10 em 12 jogos, uma importância brutal na manobra da equipa, e relega Seferovic, o melhor marcador da edição passada, para o banco de suplentes. E, inexplicavelmente, consegue fazer tudo isto de braços cruzados."

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