quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

O melhor Benfica no Adeus

"No Estádio da Luz conseguiu salvar a Europa League e restabelecer a normalidade. Normalidade, expressa na classificação final do grupo – Cada posição na tabela correspondeu exactamente ao valor (individual, e também financeiro, segundo o transfermarkt) do somatório de cada plantel e de cada onze inicial.
Teorias mirabolantes assentes na performance colectiva à responsabilidade de Bruno Lage procuraram explicar o período mais conturbado – Quando é tão fácil entender o que é individual – Presente e visível na Decisão / Execução, do que é colectivo – Não tinha opções para decidir diferente? Envolvia um gesto de elevado grau de dificuldade a resolução do problema?
Por Portugal continua a acreditar-se que os nossos grandes têm sempre os melhores e jogam sozinhos. E como referi no “Futebol Total” do Canal 11 – Apenas o resultado em Zenit não era consentâneo com a realidade do Benfica.
A performance das equipas bem organizadas e bem preparadas tacticamente para cada momento do jogo cresce com melhores jogadores – O crescimento abrupto da produtividade ofensiva do Benfica na última semana – Ignore-se o jogo da Taça da Liga que serve até para comprovar a dificuldade encarnada quando não utiliza os melhores jogadores – tem muito de alterações individuais – Chegada ao onze de Chiquinho em simultâneo com Taarabt, que até outros elementos tem potenciado.


O Benfica fez o seu melhor jogo na Liga dos Campeões e confirmou uma dinâmica de corredor central que utiliza e promove, assim como o seu colectivo é promovido, pelos seus melhores jogadores – melhores numa perspectiva ofensiva.
Alternância entre Losango no meio, com triângulo, com Chiquinho e Pizzi a abrirem; bem como alternância entre Gabriel a “6” com Taarabt a baixar para receber e procurar os espaços mais adiantados em passe
Dinâmica Assimétrica – À direita um corredor só para Tomás; À esquerda Cervi combina com Grimaldo – Trocas entre Pizzi e Chiquinho
Preparação para a perda – Gabriel com um dos avançados – Lateral lado oposto em espaço interior – Triângulo entre médios
O habitual 4x4x2 em Organização Defensiva

Com menos perdas – Pizzi fez o seu melhor jogo da temporada e juntou-se a Taarabt, Chiquinho e… Tomás Tavares que nunca entregam a bola de forma leviana, e com Gabriel a somar bem menos disparates, o Benfica instalou-se mais tempo no meio campo ofensivo. Com mais qualidade no passe (não ignorando a decisão) chegou a zonas mais prometedoras, e com isso também preparou melhor a Transição Defensiva. Os 16 contra 3 remates do Zenit ajudam a comprovar o melhor jogo encarnado, no adeus à Champions League.
Um regresso à normalidade, que deixará nos encarnados sempre a sensação de que ter fechado melhor o cofre nos período de descontos na Alemanha teria valido um apuramento que desde a primeira hora se percebia ser complicado – Mas possível."

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