segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Aula de Pizzi e Vinícius

"Química especial entre os dois jogadores, num desafio que foi um fato à medida do Benfica

Um sinal de confiança
1. Havia a expectativa de como o Benfica iria reagir à eliminatória da Champions e se Bruno Lage procederia a alterações na equipa. Isso não aconteceu e o treinador optou por dar um sinal de confiança a quem jogou de início em Leipzig. Pelo lado do Marítimo também existia curiosidade pelo facto de estrear um novo treinador.

Eficácia sem deslumbrar
2. O Marítimo tentou surpreender de início e criou duas situações em sete minutos, obrigando, numa delas, Vlachodimos a excelente defesa. O Benfica reagiu e marcou na segunda vez que chutou à baliza adversária. Passados nove minutos surgiu o segundo e o 3-0 apareceu à passagem da meia-hora. Uma eficácia tremenda que emergiu, essencialmente, da química perfeita que começa a existir entre Pizzi e Vinícius, com um a assistir, o outro a marcar. A partir desse momento o Marítimo começou a desconfiar de si mesmo e perdeu atrevimento. Sagaz a aproveitar a largura pelo lado direito, o Benfica até prescindiu de um seis de raiz: Gabriel está a ganhar consistência nessa posição. Não foi preciso deslumbrar para chegar confortável ao intervalo.

Romantismo
3. O Benfica reentrou forte, com Chiquinho numa missão mais próxima da finalização. O quarto golo nasceu precisamente por aí, com Vinícius, de novo, a mostrar ser um grande finalizador. O Marítimo foi acusando o peso do resultado e, mesmo após a expulsão de Gabriel, teve sempre um meio-campo macio e apresentou alguma debilidade na transição defensiva. Percebe-se que José Gomes procura implementar uma ideia de jogo nova, mais ofensiva, mas esse processo tem de ser cimentado. O Benfica aproveitou algum romantismo do Marítimo a abordagem ao jogo e, sem ser brilhante, conseguiu um resultado expressivo.

E podiam ter sido mais...

4. Vitória justíssima do Benfica, com Pizzi e Vinícius em evidência. O Marítimo foi um fato à medida do Benfica, atendendo à pressão que tinha após a eliminação da Champions. Não fosse a expulsão de Gabriel, o resultado poderia ter sido mais volumoso, mas ainda assim Bruno Lage garantiu a vitória, manteve a liderança e continua a pressionar o FC Porto."


Vítor Manuel, in A Bola

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