"Belo discurso de João Soares, antigo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, proferido no jantar de comemoração do 16.º aniversário do nosso estádio, durante o qual foi realizada uma justíssima homenagem a Mário Dias. Além do testemunho relevante e muito elogioso sobre o papel determinante que Mário Dias teve na epopeia do estádio, João Soares discorreu sobre o Benfica e sobre o benfiquismo. Revelou o empenho do seu filho adolescente na expansão do benfiquismo entre os familiares; relembrou Xanana Gusmão, que usou símbolos benfiquistas para alertar, com eficácia, os portugueses para a situação vivida em Timor-Leste; reconheceu a imensa popularidade do Benfica além-fronteiras e a notável representação internacional do clube. E, finalmente, enalteceu o espírito livre e democrático que sempre norteou o quotidiano do clube, mesmo em tempos de ditadura no pais.
Sobre o último aspecto, João Soares citou José Magalhães Godinho para reforçar o seu argumento: 'O grande clube da oposição é o Benfica'. Magalhães Godinho dedicou grande parte da sua vida a combater o Estado Novo. Integrou vários movimentos oposicionistas e foi alvo de perseguição política e ideológica, sofrendo privações de liberdades. E foi, enquanto se empenhou nestas actividades, o primeiro director do jornal O Benfica, cargo que desempenhou ao longo de cerca de três anos. Basta este simples facto para desarmar os ignorantes e os revisionistas que tentam associar o Benfica ao antigo regime. Não é crível que um tão dedicado combatente antifascista como Magalhães Godinho aceitasse um cargo relevante num clube associado ao regime que, com inegável sacrifício pessoal tanto se empenhava em derrubar. Impossível!"
João Tomaz, in O Benfica
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