"Há quem afirme agora por aí e a pés juntos que, no nosso Clube, o Futebol está em crise. A juízes desses se dedicam, como já é costume há muitos, muitos anos, os ignorantes adversários do Benfica que sempre nos cobiçaram a história, a cultura e, sobretudo, as evidências. A novidade é que, com esses, também alinham alguns de nós, menos expertos, menos informados e menos atentos, mas não menos cobiçosos, pretensiosos e imprudentes. Alguns de nós, que desprevenidamente preferem alinhar no coro das teorias daquele radicalismo fracturante e destrutivo, em vez de se pouparem à indignidade de atacar sistematicamente tudo o que, afinal, lhes podia servir de exemplo e de argumento para melhor defenderem o Glorioso em todas as frentes externas, como seria de supor. Num Clube tão abrangente e tão diverso que, de todos, se faz um e único, todas as ideias podem ser aproveitadas, se, em primeiro lugar, a urbanidade e a civilidade forem a base essencial nas interpretações que todos temos o direito de fazer. Mas também não há dúvida nenhuma de que, se, a cada momento, nos faltar a capacidade de cada um observar friamente a realidade dos factos e as circunstâncias em que eles se vão produzindo na vida do Benfica, também estaremos a contribuir mais depressa para a desconstrução e a derrota do que para as vitórias consecutivas que vamos tendo pela frente como o mais desejado e viável de todos os objectivos.
Diz-nos, ensina-nos, a história do nosso Benfica que as vitórias sempre foram, em todas as circunstâncias e à medida dos Presentes que se sucediam, a consequência maior em todos os nossos Futuros. Mas, naquela altura, mesmo para Cosme Damião e os seus Amigos Visionários terá sido certamente muito difícil imaginar, a partir da sua simples ideia conjuntiva, que hoje o Grande Benfica disporia desta impressionante dimensão universal, afinal, por eles legada como esteio e deles aprendida como rumo: o trabalho competente e persistente garante as vitórias que temos por vencer.
Por muito que aos nossos adversários (mais distantes, ou mais próximos...) isso aborreça, agora, três ou quatro vezes por ano, todos os anos, vêm sistematicamente de fora seis sujeitos independentes ter com os clubes para tratar da vidinha deles... Revestidos de funções de selecção pela Federação de Futebol, os seis independentes vêm chamar expressamente, para as Selecções AA, Sub-21, Sub-20, Sub-19, Sub-17 e Sub-15, os melhores jogadores em actividade nos clubes, para os ajudarem a ganhar os jogos que as equipas nacionais têm de disputar sob as suas respectivas orientações.
De um modo geral, só se estivessem completamente doidos é que os seis independentes não se preocupariam em seleccionar os melhores jogadores em actividade, já que inexoravelmente haveriam de pagar com as cabeças a sua ousadia, ou as suas más escolhas... Ora, este processo - que a presente edição de O Benfica analisa nos seus devidos termos - acaba por ser o mais evidente desmentido cabal daquelas tais 'descompensações' de que vão berrando os nossos inimigos, e de que se queixam também alguns dos nossos consócios mais desprevenidos..."
José Nuno Martins, in O Benfica
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