"E de repente, na mesma fila, sentados lado a lado, estão Cristiano Ronaldo, Bernardo Silva e João Félix. Não foi um sonho, aconteceu na fala da passada segunda-feira organizada pela Federação Portuguesa de Futebol. Não vou pelo caminho fácil de fazer contas às clausulas de rescisão ou ao valor de mercado dos passes destes três craques. Tudo isso me parece pouco para quantificar o talento e o trabalho presentes naquelas três cadeiras. São três nomes indiscutíveis da selecção nacional e o sinal de que é possível conciliar passado, presente e futuro na mesma equipa sem perder qualidade. Por mim, CR7 joga por Portugal até à idade que bem lhe apetecer. Um profissional e atleta com as suas capacidades faz perfeitamente o Mundial do Catar e, com jeitinho, ainda estará pronto para bater uns recordes de longevidade no Campeonato do Mundo de 2026 (EUA, México e Canadá).
Bernardo dispensa mais elogios do que aqueles que lhe são constantemente feitos por Pep Guardiola. É, a seguir a Cristiano, a grande figura da selecção, e não vejo a hora em que ele realizará o seu sonho - e de todos os benfiquistas - de jogar na posição certa pelo clube do coração.
E, pelo caminho irá deslumbrando com as quinas ao peito. Félix é apenas o novo menino-bonito de Espanha, pressionado por uma transferência milionária e provando, jogo após jogo, que faz parte das fora de série. Creio (espero) que a sua carreira não vá parar em Madrid, porque tem capacidade para brilhar noutros campeonatos. E porque ainda guardo a esperança de um regresso à Catedral. Três portugueses, da Madeira, de Lisboa e de Viseu. Três exemplos do encontro de gerações que pode fazer com que o Catar se torne um país-talismã para Portugal. No século XVI, os habitantes locais optaram por pertencer ao império otomano em vez de ficar sob o domínio português. Em 2022, vamos lá ver se não querem reescrever a história."
Ricardo Santos, in O Benfica
Sem comentários:
Enviar um comentário
A opinião de um glorioso indefectível é sempre muito bem vinda.
Junte a sua voz à nossa. Pelo Benfica! Sempre!