"Cristiano Ronaldo revela que só não passou fome nos seus primeiros anos em Lisboa, uma criança deslocada das origens madeirenses e da família, porque encontrou umas fadas-madrinhas que lhe ofereciam hambúrgueres de uma loja McDonalds que ele e os seus colegas rondavam à espreita de sobras.
Custa acreditar numa situação destas, realmente chocante. A formação do Sporting, que criou dois Bolas de Ouro da FIFA, não alimentava bem os seus pupilos e ainda deixava que se empanturrassem à margem de todas as boas práticas alimentares?
Imagino a conversa com o nutricionista antes do treino:
- Então Cristiano, comeste bem ontem?
- Sim, limpei três Big Macs que sobraram na loja da Edna.
Não gosto desta imagem da “formação” do Sporting, que já foi considerada a melhor do Mundo, e muito menos que uma marca nociva possa associar-se, ainda que indirectamente, a uma figura tão admirável.
Já temos a homenagem às empregadas que lhe consolavam o estômago, só falta agora vir essa fábrica de digestões difíceis vir também reivindicar o mérito do fast-food no desenvolvimento saudável de uma criança mal nutrida até ao nível de super-atleta.
O melhor jogador do Mundo encetou nas últimas semanas uma operação de charme mediático, dando a conhecer o seu “lado humano”, mas há determinadas “memórias” que deviam morrer com os sujeitos ou, pelo menos, serem reservadas até quando já não fizerem estragos."
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