"Evidentemente que, depois de grande exibição do nosso futebol de elite no passado domingo, não poderia deixar de assinalar a concludente conquista de mais uma Supertaça Cândido de Oliveira. O jogo foi realmente bem disputado; os rivais deram-nos luta, mas, com o seu futebol demasiado nervoso, inconsequente e ineficaz, não só estimularam que os nossos libertassem a transbordante criatividade que define os melhores jogadores, tanto quanto propiciaram, afinal, que o modelo estratégico preparado por Bruno Lage fosse completamente aplicado com crescente exuberância táctica, espírito conjuntivo e incansável energia, até que a taça fosse agarrada e levantada. O Benfica está a jogar de novo com a alegria do grande futebol, e sem dúvida que aquela espécie de felicidade vivida pelos jogadores e pela equipa passa para as bancadas, onde os sócios e a generalidade dos adeptos do futebol competente exultam com o modo de jogar e os resultados, num indescritível ambiente de alegria, orgulho e confiança.
Em face do que se tem visto, hoje é patente para todos os Benfiquistas que dispomos de todas as condições individuais, colectivas e estruturais para podermos cumprir outra época inesquecível. Em todo o caso, tendo em conta que nunca estaremos sozinhos em campo, é importantíssimo manter presente que tudo continua, só a sempre, a depender exclusivamente de nós e que jamais poderemos baixar a guarda.
Mesmo depois de cada vitória, a viver esses momentos de euforia que nos são próprios, é essencial que saibamos preservar permanentemente aquela reserva de serenidade prudente que, por exemplo, caracteriza a postura pública do nosso treinador Bruno Lage.
Mas, de facto, não nos podemos iludir: é inegável que os nossos adversários mais directos vivem, uns por umas razões, e os outros por outras - tão diferentes e tão parecidas, afinal - sob o risco e a angústia de quem desesperadamente ainda tenta salvar a pele... Eles, os uns e os outros, estão sem tempo a perder, tanto no plano internacional como no próprio cenário exclusivamente português. E o problema deles, para eles, é o Benfica. Apenas e só, a crescente grandeza do Benfica e a segurança abundantemente exibida pelo Glorioso diante do futuro que só nós próprios definimos e escolhemos. Pelo Benfica.
Por isso, sejamos claros e guardemos o alerta: sem argumentos de jogo leal suficientes para nos vencerem os terrenos de jogo e na justiça, eles não hesitarão em prosseguir nos mesmíssimos ínvios trilhos colaterais ditados pelo despeito, pelo ressentimento e pela inveja que há anos estabeleceram como único desígnio conjunto para afrontar o Benfica. Até que, certamente tarde demais, mudem os seus regimes, interiorizem o fairplay e consigam escolher outros protagonistas..."
José Nuno Martins, in O Benfica
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