quarta-feira, 14 de agosto de 2019

FC Porto (ou o que resta dele)

"Derrotas com o Krasnodar e com o Gil Vicente não começaram agora: têm meses

Lembra-se de alguma grande defesa do guarda-redes do Krasnodar, leitor?
É provável que não. Eu pelo menos não me lembro. Isso não quer dizer que tenha tido uma noite tranquila, não teve, mas tudo o que foi o obrigado a fazer passou por agarrar uns cruzamentos e afastar com segurança vários remates de longe.
O FC Porto fez, aliás, vinte e cinco remates à baliza, treze dos quais enquadrados entre os postes, mas estou seguro que a esmagadora maioria foram de fora da área.
Houve, de resto, o golo de Zé Luís, um ou outro cruzamento para a área e uma enorme incapacidade de entrar em zonas de finalização.
Por isso - e porque foi incapaz de controlar a profundidade defensiva, permitindo que todas as saídas rápidas para o contra-ataque do Krasnodar pelos extremos se tornassem numa situação de perigo -, por isso, dizia, perdeu, e perdeu bem.
Soma agora duas derrotas seguidas, o que é sinal de que Sérgio Conceição está a encontrar extremas dificuldades em reconstruir uma equipa.
Estas duas derrotas, porém, não começaram agora: começaram na época passada.
Tenho agora de abrir um parêntesis para contar uma história.
Lembro-me de uma vez, há uns seis ou sete anos, ter tido a informação que Christian Atsu não ia renovar. Perguntei a uma pessoa do clube, que me respondeu que nenhum jogador recusava uma proposta de renovação do FC Porto.
Por acaso Atsu não renovou e saiu a custo zero, mas naquela altura, em 2013, aquela informação tinha algum sentido: de facto não havia muito exemplos de jogadores que recusassem renovar pelo FC Porto (Paulo Assunção era talvez a excepção).
Desde então, e depois de Atsu, uma mão cheia de atletas saíram a custo zero. O que é um sinal de como as coisas mudaram no Dragão.
Mudaram tanto que o clube foi incapaz de segurar Brahimi e Herrera, por exemplo, dois jogadores fundamentais e dois históricos dos últimos anos no clube.
Foi aí que começaram estas duas derrotas, na incapacidade de continuar a ser organizado, forte e pujante. A verdade é que muita coisa mudou, a estrutura perdeu vigor e método, o FC Porto foi-se transformando num clube igual aos outros.
Tanto assim é, aliás, que demorou uma eternidade a encontrar os substitutos de Herrera e Brahimi: Luis Díaz e Matheus Uribe chegaram já com a pré-temporada a decorrer. O próprio Marchesín foi contratado praticamente em cima da terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões.
Há uns anos isto era impensável no Dragão: ter meses para se preparar e não o fazer.
Por isso, e porque assim é difícil conseguir reconstruir com sucesso uma equipa, o FC Porto vai somando várias dores de crescimento, exibições pobres e maus resultados."


PS: A azia, misturada com memória selectiva, e ainda com uma pitada de esperança que as coisas vão melhorar, é deliciosa!!!
Por acaso também me lembro das declarações da namorada do Atsu... e até me lembro da 'fuga' do Demol... ou as aventuras do Adriano, etc... etc.. etc...

1 comentário:

  1. Por falar em mulher do Atsu, Ambrósio, lembrei-me de algo:

    1- A mulher de James, diz:
    "O fanatismo dos adeptos em Portugal é muito perigoso. James não sai muito e nunca vai a Lisboa. Tomamos algumas precauções.»

    Do mesmo modo que o belga Defour foi “aconselhado” pela estrutura do clube a não se aproximar nem a não cumprimentar o seu conterrâneo Witsel, pelo menos em público.

    Atsu´s Wife sem papas:
    Casada há um ano com Christian Atsu, a alemã Marie-Claire Rupio, de 19 anos, manifestou ao ‘site’ ganês ‘ghanasoccernet’, toda a revolta pela maneira como os dirigentes do FC Porto estão a lidar com o atleta após este ter manifestado vontade em sair.

    "No FC Porto é só mafiosos. Como é que eles podem estar a fazer-lhe isto?", questionou a jovem, "Mas ele vai conseguir o que quer", observou.



    Marie-Claire diz também que o jogador está a ser alvo de perseguição, isto depois de ter anunciado na rede social facebook, há mais de uma semana, a vontade de abandonar o emblema portista, para assim poder "concretizar sonhos".

    Tudo a fugir de Palermo.

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